Capítulo IX



Capítulo IX




As garotas estavam agindo como se tivessem esquecido o desmaio de Lily. Assim que colocaram os pés no dormitório, puseram-se a falar descontroladamente, enfeitar as suas camas e colar pôsteres nas paredes. Já se sentiam em casa. Mas por mais que Lily tentasse se envolver na conversa, ainda estava com a cabeça no que vira e na incrível coincidência de uma das pessoas que vira ter o mesmo sobrenome que o monitor.

Lily esfregou o rosto com as mãos, tentando obrigar a si mesma a afastar aqueles pensamentos. Com certeza fora tudo apenas um desmaio e o que vira fora um sonho. Claro! Mas... Como poderia ter sonhado com o nome do Monitor. Vai ver ele disse e você ficou com o nome na cabeça, disse a si mesma. Porém, tinha quase certeza que ele não dissera como se chamava até chegarem à Sala Comunal.

Uma almofada acertou bem o rosto de Lily e ela quase saltou para fora da cama com o susto. Mary e Jean trocavam risadinhas e, segurando a almofada entre as mãos, Lily viu Natasha ajoelhada na cama logo ao lado da sua, pronta para outro ataque.

- Planeta Hogwarts chamando Ruiva Desatenta! – e jogou a outra almofada. Mas, desta vez, Lily estava preparada e se desviou, tentando rir com as outras garotas.

- O que? – perguntou, jogando as duas almofadas de volta para Natasha.

- Queremos fazer um jogo – Alice disse, se curvando diante de seu malão. – Nos conhecer... Ah, caramba... – gemeu, ao ver a enorme bagunça em que estavam as coisas em seu malão.

- Não podemos fazer isso outra hora? Estou exausta... – e, para provar isso, fingiu um bocejo extremamente exagerado, se esticando toda.

Para a alegria da ruiva, as gêmeas concordaram. Disseram que tinham feito duas longas viagens naquele dia e que queriam estar bem dispostas para as aulas que começariam no dia seguinte. Mas Natasha não aceitou essa desculpa, cruzou os braços e amarrou a cara.

- Eu atravessei o Atlântico e nem por isso estou reclamando! – dizia, enquanto as outras quatro garotas vestiam as suas camisolas. – Foram mais de dez horas de viagem! Ora, vamos...

- Amanhã, Natasha – Jean disse, entrando debaixo das cobertas.

Lily, as gêmeas e Alice – que fora convencida pelas outras três – apagaram os seus abajures e Natasha ficou na penumbra. Não sentia a menor gota de sono. Ainda era muito cedo no Minnesota e seu sono demoraria muito tempo para chegar. Mais uma vez irritou-se com o pai por não tê-la trazido antes para a Inglaterra. Será que ele havia se esquecido completamente do fuso-horário?! Olhou para o relógio de pulso, que ainda estava com o horário dos Estados Unidos. Três da tarde?! Gemeu e afundou em sua cama, olhando para o teto.

Mas ela tinha que admitir que cada minuto daquele dia valera à pena. Ainda não havia visto toda a escola e pouco que vira, entretanto, já fazia jus a quase tudo o que seus avós lhe disseram, algumas outras coisas eram ainda melhores! Só não gostara nem um pouco do desmaio da nova amiga.

Olhou para o lado e reparou que, mesmo que os olhos de Lily Evans estivessem fechados, ela não dormia. Natasha já vira muitas pessoas desmaiarem na fazenda de seu pai. E o que acontecera com Lily não era um desmaio qualquer. Natasha sabia reconhecer. A garota não ficara realmente inconsciente. Quem sabe ela não contasse pela manhã o que realmente havia acontecido...

Natasha suspirou e acendeu o abajur ao lado de sua cama, desencavando um livro ao acaso de dentro do seu malão. Transfiguração para Iniciantes. Soltou um suspiro e abriu-o, começando a ler. Afinal, sabia que ainda ia demorar muito para o seu sono chegar...

– x –


- A cama da janela é minha!

Sirius atropelou James na porta do dormitório masculino e jogou-se na cama que ficava logo ao lado da maior janela do quarto, espalhando-se e se segurando a ela, como se alguém fosse roubá-la dele.

- Haha... Como se eu quisesse pegar um resfriado – James resmungou, sentando-se na cama logo ao lado, espreguiçando-se. Bem que queria a cama da janela. Puff...

Peter entrou no dormitório, olhando tudo em volta. Não parecia tão apavorante... Parecia até bem confortável. Até os seus colegas de quarto não pareciam ameaçadores. Talvez pudesse se acalmar um pouco, não é? Sentou-se em uma cama fofa, ainda perdido nos próprios pensamentos. É, talvez Hogwarts não seja tão ruim assim...

- Muito bem, muito bem! Quero a atenção de todos! – James falou, em voz alta, se levantando e indo para o centro do quarto. Ele pigarreou e começou, com as mãos erguidas. – A partir de agora, eu, James Potter, sou o rei deste dormitório! Podem me chamar de Vossa Majestade! – deu um sorriso de lado, empinando o nariz e estufando o peito.

- Ah é, e quem é que te fez o rei, hein, Vossa Majestade?! – Sirius fez uma reverência extremamente exagerada e floreada, que fez Peter soltar uma risada mais parecida com um guincho.

- Eu, oras! – ajeitou a lapela, colocando um sorriso convencido nos lábios. – O mais inteligente tem que sempre comandar.

- Então acho que você não passa de um limpador de latrinas, Potter! – Sirius riu, atirando o seu travesseiro no rosto de James, arrancando-lhe os óculos.

- HEY! Estou cego! – o outro começou a gritar, tateando o ar à sua frente.

Remus riu junto com Sirius e Peter enquanto o outro procurava em vão por seus óculos. Que incrível experiência seria conviver com aqueles três. Ajoelhou-se diante de seu malão, procurando por seu pijama e James tropeçou em seus pés, caindo de bunda no chão.

- Desculpe! – Remus gemeu, mas Sirius riu ainda mais, se deitando na cama enquanto segurava a barriga, tamanhas eram as risadas.

- Você me paga, Black. Ah, se paga! – o outro ameaçou, levantando-se do chão e procurando os óculos no ar, como se pudesse achá-los flutuando em sua frente.

Então sentiu algo se partindo sob os seus pés. As risadas de Sirius – se é que era possível – aumentaram e James sabia o que havia acontecido. Abaixou-se e encontrou um monte de caquinhos do que um dia foram os seus óculos.

- Que maravilha... – resmungou, sentando-se no chão, tateando os bolsos atrás de sua varinha.

- Reparo – outra voz interrompeu a procura de James e Remus pegou os óculos que havia acabado de consertar, entregando-os a James.

- Ora, ora... Temos outro prodígio entre nós! – Sirius emburrou, por terem acabado com a sua diversão. – E um prodígio estraga prazeres!

- Não é um feitiço muito complicado... – ele corou enquanto James colocava os óculos e se virava na mesma hora para Sirius.

- A culpa é sua!

- Ai, que medo dela! – voltou a rir, se escondendo atrás de suas cobertas, o rosto fingindo pânico exagerado enquanto James se aproximava, arregaçando as mangas das vestes.

Remus balançou a cabeça e foi para dentro do banheiro vestir o seu pijama. Trancou a porta e despiu suas roupas, colocando apenas a calça de flanela, para se olhar no espelho depois. Seu torso estava cheio de vergões e feias cicatrizes. A maior e mais feia delas fazia um círculo em que envolvia todo o seu ombro direito, parte do braço e peito, na frente e nas costas. O pai, embora um bruxo inteligentíssimo, nunca havia conseguido fazer com que todas elas desaparecessem. E, sempre que olhava para elas, Remus se lembrava do que havia dentro de si. Se alguém visse...

Sentindo um calafrio, ele colocou a camisa do pijama rapidamente, escondendo todas as marcas das vistas dos outros. Aprovou o seu visual. Nenhuma parte do seu corpo ferido estava visível. Pelo menos, quanto a isso, ele estava bastante seguro.

– x –


Ela não conseguiu realmente dormir naquela noite. Sempre que fechava os olhos e conseguia finalmente adormecer, ouvia o grito de agonia que presenciara em sua visão em seus sonhos e, a cada momento, o homem que gritava ganhava um rosto diferente. Às vezes era Severus, às vezes era o seu pai, ou ainda era alguém que ela nem conhecia, e também algum dos garotos que conhecera naquele dia. Mas sempre havia o mesmo grito de agonia, e isso não deixava Lily dormir como se devia.

Mas não desistiu. Pelo menos não até que o sol tivesse nascido. Porque assim que os primeiros raios passaram pela janela ao lado de sua cama, ela definitivamente não conseguiu mais pregar os olhos. Lily ficou apenas deitada em sua cama, olhando para o teto. Por mais que tentasse não conseguia esquecer o ocorrido da noite anterior. O que vira passava perfeitamente diante de seus olhos, como se estivesse acontecendo naquele mesmo momento.

O que mais a incomodava em toda aquela visão é o nome do monitor. Ainda não estava certa se ele havia lhes dito o seu nome antes do seu desmaio. Mas o fato é que ela ouvira o nome dele quando estava inconsciente no chão. Talvez fosse apenas uma grande coincidência. Talvez até o nome que ouviu o velho ruivo dizer não era Croaker. Poderia ser qualquer outro, não?

Bem devagar, ela saiu da cama, exausta de ficar contando os tijolos de pedra que havia no teto e colocou as suas vestes novas com o brasão vermelho e dourado de Gryffindor. Ela não conseguiu deixar de sorrir à sua imagem no espelho. Mesmo longe do seu melhor amigo, Lily sentia que havia ido parar no lugar certo.

Com o horário das aulas em mãos, separou os livros que teria de usar naquele dia e colocou-os todos em sua bolsa. Ainda havia tempo até a hora do café da manhã. Talvez tivesse tempo para escrever aos pais uma carta contando sobre o seu primeiro dia no mundo da magia. Mas, é claro, não iria contar-lhes sobre o pequeno incidente nas escadarias da escola...

– x –


Remus foi o primeiro a sair da cama. Nenhum dos seus novos colegas parecia disposto a levantar ainda, pois mais de meia hora depois de Remus se vestir eles ainda dormiam a sono solto. O pequeno Peter até roncava! O garoto teve tempo de sobra para escrever aos pais uma longa carta com cada detalhe do que lhe acontecera no dia anterior. Havia prometido à mãe que escreveria sempre contando como ele estava se saindo em meio às outras pessoas. Pessoas normais, Remus não se cansava de lembrar.

Jogou a mochila nas costas e, silenciosamente, saiu do quarto, a carta dos pais em mãos. O único problema agora era: Onde fica o corujal? Ele não fazia a menor idéia de onde se localizava o lugar. Teria de procurar. Mas o castelo era enorme! E não fazia a menor idéia de por onde ele poderia começar.

- Parece que eu não fui a única a cair da cama.

Tamanho foi o susto, que Remus deixou o seu pergaminho cair no chão e levou a mão ao peito, o coração disparado. Tinha que parar de reagir assim a cada vez que falavam com ele. Definitivamente tinha que parar com isso.

- Calma!

Quando voltou realmente a si, viu que era apenas Lily Evans, a menina que havia passado mal na noite anterior. Ela olhava para ele com estranheza. É claro, o que você esperava?! Faltou apenas cair duro no chão!, a familiar vozinha em sua cabeça ralhava. E ele não podia deixar de concordar. Suas reações eram muito exageradas.

- Estava distraído – se explicou, abaixando-se rapidamente para pegar a carta.

- Bom, isso eu reparei – ela sorriu e levantou-se da mesa onde estava sentada, e dobrou uma folha de papel, colocando-a em um envelope. – Mas onde você está indo tão cedo?

Ele mostrou o rolo de pergaminho e ajeitou a mochila nas costas, sem dizer palavra. Mas a ruiva entendeu, pois se aproximou, mostrando o envelope que tinha em mãos.

- Então acho que vamos para o mesmo lugar. Quer me fazer companhia?

- Não faço idéia de onde fica o Corujal.

- Pois hoje é o seu dia de sorte – ela piscou, puxando-o pela manga das vestes. – “Hogwarts, uma história” tem um mapa maravilhoso da propriedade e eu meio que o decorei.

Os dois passaram pela passagem atrás do Retrato da Mulher-Gorda e foram caminhando pelo corredor, Remus um pouco atrás da garota, seguindo-a, os olhos fixos no rabo de cavalo de cabelos ruivos dela, nenhum dos dois falando coisa alguma. “Pelo menos você não gaguejou, Lupin, e isso definitivamente é um avanço”. Realmente, era um grande avanço conseguir dizer frases coerentes.

- Acho que ainda não fomos apresentados formalmente – ela falou, quebrando o silêncio, olhando o garoto pelo canto dos olhos. E acrescentou: – Lily Evans.

- Lupin – ele disse, com a garganta seca. Pigarreou um pouco. – Remus Lupin.

- É um prazer, Lupin Remus Lupin – ela deu uma risadinha e passou a subir uma escada em espiral que parecia ser bastante longa.

Ele apressou os passos, igualando-os aos dela. Parecia que aquela longa escada jamais ia terminar! Quando já estava ofegando, eles ficaram de frente para uma porta de madeira grossa e gasta. Não havia nenhuma placa ali dizendo onde estavam, mas Remus tinha certeza que haviam chegado ao corujal.

Lily abriu a porta e Remus viu que estava certo. O Corujal era um aposento redondo e com o teto muito alto. O chão era coberto por uma mistura realmente nojenta de palha, esqueletos de ratos em decomposição, além de muita titica de aves. A despeito disso, as paredes estavam cobertas de poleiros e mais poleiros, e em cada um deles havia várias corujas, escondendo as cabeças embaixo de suas asas para proteger-se do sol que entrava pelas janelas estreitas.

- O Corujal! – a menina falou, parada à porta.

- Primeiro as damas! – ele disse e a ruiva passou pela porta, caminhando com cuidado para não escorregar em toda aquela sujeira no chão.

- Esse lugar precisa de uma limpeza, não acha?

- Definitivamente! – concordou, entrando logo atrás dela, quase caindo ao escorregar em um esqueleto enquanto procurava alguma coruja disposta a fazer uma longa viagem.

Depois de fazer uma coruja grande e castanha descer do poleiro para fazer a sua entrega, Lily demorou a prender a carta às suas patas propositalmente. No momento em que se vira sozinha com Remus Lupin, pegou-se perguntando a si mesma se ele era nascido bruxo. Se ele fosse, talvez pudesse lhe ajudar a ter algumas respostas. Não custava nada tentar.

Com a coruja firmemente presa ao seu braço, ela levou-a até a janela de onde Remus havia acabado de despachar a sua ave. Ele havia se apoiado ao parapeito olhando não apenas o vôo da coruja, mas também os arredores do castelo. A coruja de Lily, logo que viu a janela, abriu asas e levantou vôo, parecia ansiosa para cumprir logo a sua tarefa. E a ruiva juntou-se ao outro, admirando a paisagem. Mas mal prestava atenção às árvores e às montanhas ao redor.

- Remus? – ela finalmente perguntou. – Você foi criado entre os bruxos?

O garoto saiu de seu transe. Ele observava a floresta ao lado da propriedade lembrando-se da floresta ao lado da qual ele morava. Muitas lembranças em sua cabeça. Especialmente a daquela noite de Lua Cheia, anos atrás. Mas a voz de Lily trouxe-o de volta para a realidade. Ele se virou para ela e só depois de alguns segundos entendeu o que ela havia dito.

- Como? Ah... – ele pensou um pouco antes de responder. Havia sido criado entre apenas dois bruxos: sua mãe e seu pai, e seu pai era nascido trouxa. Mas a resposta a essa pergunta poderia ser muito subjetiva. – Bem, sim... De certa maneira – acrescentou em voz baixa, logo depois.

Lily pareceu não perceber o pequeno comentário. Ela não o encarava. Os seus olhos estavam firmemente fixos no Guarda-Caças de Hogwarts, Hagrid, que saia de sua cabana com um enorme regador em mãos.

- Então você sabe bem sobre essas coisas de bruxaria.

- De certa forma...

Ela hesitou novamente. Era estranho confiar em um completo estranho. Ainda mais quando ele estava sendo tão esquivo. Podia esperar para perguntar a Severus. Mas não queria preocupá-lo com o seu desmaio, como sabia que aconteceria. E Lily sentia que podia confiar no garoto ao seu lado. Achava que ele podia guardar o seu segredo. Sentia que ele confiável só de olhar para os olhos cansados dele.

- Você sabe se é comum... Sabe? Ver coisas?

- Ver coisas? – Remus franziu a sobrancelha, sem entender. – Como assim?

- Sei lá... – ela alisou o rabo de cavalo entre as mãos, o olhar ainda do lado de fora do castelo, sem se atrever a olhá-lo. – Ver algo que não aconteceu, mas que pode ser real.

- Como uma premonição? – ele tentou ajudá-la.

- Isso! Como uma premonição – ela franziu a testa e arriscou, finalmente se aventurando a olhar para ele. – Uma visão?

- Foi isso o que aconteceu ontem, Lily? – ele concluiu sabiamente, um sorriso de compreensão em seu rosto.

A ruiva suspirou e contou a ele tudo o que havia visto depois que havia sentido o chão desaparecer sob os seus pés. Contou a ele cada detalhe das coisas que vira na outra noite. E salientou o fato de ter visto na visão o nome do monitor antes mesmo que ele se apresentasse.

Depois que ela terminou o seu relato, Remus ficou em silêncio por algum tempo pesando cada uma das palavras dela antes de dizer qualquer coisa. Era realmente estranho o que ela havia lhe dito. Se bem que ele não tinha muita experiência com outros bruxos para comparar.

- Olha... – ele pensou mais um pouco. – Não é muito comum ter... Hum... Visões do Passado, Presente e Futuro – falou, coçando a cabeça, com uma risadinha sem graça. – A Adivinhação não é muito bem aceita entre os bruxos, minha mãe sempre disse. Foi a primeira vez que isso aconteceu?

Lily concordou com a cabeça, muito sem jeito, sentindo-se um pouco envergonhada.

- Mas já tive sonhos que se tornaram reais. – disse, como se isso ajudasse em alguma coisa.

- Isso já é comum. Até trouxas têm e se chama déjà vu – ele sorriu. – Não se preocupe. Não deve ser nada demais...

Ela olhou-o bem dentro dos olhos castanhos e cansados, achando que havia algo de familiar neles. Mas não conseguia se lembrar do por que. Respirou fundo e voltou a olhar o grandalhão Hagrid do lado de baixo. Não deve ser nada demais...

Remus, ao lado de Lily também observava Hagrid sem, contudo, vê-lo. Nunca havia ouvido falar sobre algo semelhante ao que Lily havia acabado de lhe contar. E seu pai sempre lhe comentava sobre as mais absurdas coisas que ele via no trabalho, e não eram poucas. Talvez ele devesse perguntar ao pai, ele poderia saber de algo e então Remus poderia ajudar a sua colega de cabelos ruivos.

O olhar dele, automaticamente, se desviou de Hagrid para uma frondosa árvore ao longe e ele sentiu um arrepio. Queria que alguém pudesse ajudá-lo naquilo também. Mas era impossível, jamais ninguém poderia ajudá-lo, nem a amenizar o seu sofrimento, muito menos a curá-lo. Remus fechou os olhos e respirou profundamente e sentiu um leve e gostoso perfume floral lhe enchendo as narinas. Sua agonia sumiu no mesmo instante do seu coração e ele deu um sincero sorriso, virando-se para Lily que ainda mantinha a testa franzida olhando o horizonte, perdida em pensamentos. Vendo-a daquela maneira, de repente encheu-se de uma estranha coragem e curiosidade, pela primeira vez então, tomando a dianteira de uma conversa.

- Quando foi que fez magia pela primeira vez?

Lily virou-se para Remus, os olhos levemente arregalados, mas sorriu e ficou de costas para a janela, começando a contar sobre a sua flor que ela fizera brotar, empurrando para o fundo de sua mente a visão. Afinal, era realmente “nada demais”.

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N.A.: Here we are again! :D Mais um capítulo e minha fic não presta! ;-; *crise auto depreciativa* Anyway, eu continuo escrevendo e aqui está mais um capítulo! ;)

Luanne Davis: Será que eu te desapontei? =/ Não sou uma excelente escritora, mas me esforço. Espero que goste do que vai ler. ^^

Fico por aqui! Já estão por dentro das filmagens de HP6? :D Sem Gaunts? ¬¬" Warner me paga... u.ú

Beijos,

→ Tαsh LeBeαu

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