Capítulo VIII



Capítulo VIII

O professor Dumbledore se levantou e pareceu que todo o resto do Salão Principal se levantava com ele. A conversa e os passos formavam um som estrondoso, que lembrou à Alice a Plataforma 9¾, abarrotada e amontoada. A garota não sabia para onde ir. E, pelo visto, não era a única. Para o seu alívio, viu que todos os recém-selecionados alunos de Gryffindor haviam ficado parados em seus lugares como ela. Para onde deveriam ir?

- Alunos do Primeiro Ano! Gryffindor, Primeiro Ano?! – uma voz tentava se sobrepor à balburdia causada por Mundungus e os trigêmeos Sasaki, que tratavam de sair correndo por cima da mesa. – VOCÊS QUATRO!

Passando por diversos alunos, podia se ver um garoto de aparência mais velha se aproximando, de costas, enquanto ralhava com os garotos que faziam a festa, sapateando sobre pratos e cálices vazios.

- A sorte de vocês é que ainda não posso lhes dar detenções! – o garoto gritou, e foi retribuído com gestos muito ofensivos de Mundungus.

Parecendo muito afrontado, o garoto ajeitou o chapéu sobre o cabelo claro e depois se virou para os nove novos alunos de sua casa, tentando colocar em seu rosto um sorriso bastante profissional, que soava muito frio aos olhos de Mary. Ele arrumou o seu distintivo de Monitor na lapela e pigarreou.

- Bem, me sigam! – falou, como se isso fosse a coisa mais divertida do mundo.

Sirius e James trocaram um olhar de canto, mas seguiram o pomposo, de braços cruzados, logo atrás das gêmeas Macdonald. Lily, Natasha e Remus iam logo atrás do garoto que, assim que passaram pelas portas do Salão, começou a discursar sobre o castelo.

- Aposto como vão se perder nos primeiros dias – deu uma risada, como se isso fosse muito engraçado. Mas Remus não pensava bem assim. Se perder em um lugar enorme como aquele devia ser realmente inquietante. – Mas logo se acostumam. Vão morar aqui por sete anos.

O grupo começou a subir as escadarias de mármore. Jean não conseguia manter a boca fechada. Os quadros presos à parede estavam se mexendo, acenando para eles e falando!Ela nunca havia visto algo tão incrível. Era como se estivessem exibindo filmes ali. Mas a garota sabia muito bem que aquilo tudo era real.

- ...e tomem muito cuidado com as escadas – o monitor continuava tagarelando. – Elas adoram mudar de lugar. E algumas delas têm degraus falsos, que você tem que pular para não cair. É realmente chato quando você se enrosca. Muito difícil se livrar.

Peter não achou a informação nada agradável. Nunca tivera uma memória muito boa. E agora estava descobrindo que ia ter que se lembrar de centenas de degraus que eram falsos, que estavam espalhados em centenas de escadas que mudavam de lugar a toda hora. Realmente, quem construiu aquele castelo devia ser muito inteligente ele pensou bem sarcasticamente.

- Sem falar nas passagens secretas! – a ladainha não parava. – Atalhos para outros lugares do castelo e até para fora dele! E há portas que não são exatamente portas. Apenas paredes se passando por portas! – riu.

James já estava começando a achar irritante como tudo para aquele rapaz era engraçado. Até agora ele não sentira a menor vontade de rir. A não ser pelo buraco que havia nas costas das vestes negras do Monitor. Mas nenhum dos novatos parecia inclinado a alertá-lo.

- Mas ao que realmente precisam ficar atentos é ao Pirraça. É o poltergeist do castelo. Ele realmente adora provocar confusão. Dá muito trabalho para nós, monitores, sabem?

A única pessoa que mal prestava atenção ao que quer que seja – fossem as palavras do monitor, fossem os incríveis quadros que se moviam – era Lily. Além de sentir o corpo todo dolorido e cansado, algo mais a incomodava. As últimas palavras do diretor ainda estavam em sua cabeça. Havia algo grave acontecendo? Mas... o que?

- Eu disse que a professora McGonagall é a Diretora de nossa Casa – o monitor disse, virando-se para Lily. Só então ela reparou que seus pensamentos haviam se tornado palavras em sua boca. – Não estava ouvindo?

Os olhos claros e cansados do Monitor encontraram os da garota, e Lily sentiu tudo ao seu redor girar...

– x –


- O dormitório de vocês é por ali e os seus horários já estão na cabeceira de suas camas. E isso é tudo. Bem vindos à Slytherin.

Lucius Malfoy, o monitor do quinto ano de Slytherin encerrou o seu discurso com uma pequena mesura e foi se sentar perto da lareira, junto com uma jovem tão loura quanto ele. Os alunos do primeiro ano logo se dispersaram, mas Severus ficou parado bem onde estava, admirando o lugar ao seu redor.

Tinha certeza que em algum dia do passado aquele lugar devia ter sido uma masmorra. O teto baixo e as luzes penduradas por correntes só confirmavam a sua suposição. E tudo lá tinha um irritante tom de verde. E não havia nenhuma janela. A umidade ali era palpável e Severus se lembrou de um dia sua mãe ter dito que a Sala Comunal de Slytherin ficava sob o lago.

Fora isso, todo o resto do lugar parecia ter muito requinte. As poltronas, embora não parecessem das mais confortáveis, eram viçosas e decoradas em prata e verde-esmeralda. A serpente símbolo da casa estava estampada em vários lugares e Severus teve a impressão de que cada uma delas se movia.

- Não vai subir, Prince? – ouviu uma voz, vinda de um lugar logo à frente.

Logo reconheceu o garoto. Era Rabastan Lestrange, o mesmo garoto que havia debochado de Lily no trem. Mas Severus tinha que reconhecer que agora eles seriam colegas de quarto por sete anos. E o que menos queria era uma grande confusão logo no seu primeiro dia. Mesmo que sua vontade fosse socar o garoto por ter insultado Lily, Severus apenas crispou as mãos e seguiu o moreno, escada acima.

Além do mais, ele o havia chamado de Prince. Não de Snape...

– x –


Gwen não tinha palavras para descrever a Sala Comunal de Ravenclaw. A sua primeira sensação era de que tinha ido parar direto no céu. Um cilindro com um pedaço de céu dentro, como um caleidoscópio. Tudo ali era muito azul. Desde o carpete, que tinha a cor da noite, as cortinas e até o teto abobadado. E todos eles, sem exceção, cobertos com estrelas, como se quisessem transformar aquele lugar em um observatório espacial particular.

Ela sequer ouvia as palavras que a monitora dizia. Os seus olhos corriam das poltronas confortáveis às estantes abarrotadas de livros de todas as grossuras. As janelas eram arqueadas e a garota podia sentir perfeitamente a brisa da noite passando por suas narinas, mesmo que todas as vidraças estivessem fechadas.

E ali, do outro lado da entrada, estava a estátua em tamanho real de uma bela mulher. E não podia ser outra a não ser Rowena Ravenclaw. Gwen não pôde deixar de admirar a sua altivez, com um diadema repousado sobre a cabeça, como se fosse a rainha daquele lugar. E realmente o era.

Só quando alguém tocou o seu ombro, é que ela percebeu que estava sozinha no meio da Sala. Os outros alunos do primeiro ano já haviam disparado para os outros cantos da Sala, pegando livros ou então já estavam subindo as escadarias para os seus respectivos dormitórios. Gwen virou-se e viu que a mão que lhe segurava era a de Josephine, que sorria tão altiva quanto a própria Ravenclaw na estátua.

- É incrível, não é?

Gwen abriu a boca, mas não conseguiu articular nenhuma palavra para expressar o que estava sentindo. Josephine sorriu ainda mais, levando a menina até uma das poltronas, as duas sentando-se de costas para a lareira, mas de frente para uma mesinha baixa, cheia de pergaminhos limpos.

- A primeira impressão do lugar é sempre assim – Josephine falou, como se já fosse uma grande especialista no assunto. – Você acha difícil acreditar que existe um lugar assim...

- Parece... – Gwen conseguiu pronunciar, ainda impressionada com o lugar. – Parece sonho.

E para ela era algo como isso. Nunca imaginara que em Hogwarts poderia haver um lugar como aquele, parecido ter feito especialmente para ela. Mas Josephine não estava admirada com a reação de Gwen.

- Espere até ver o seu quarto – sussurrou.

A menina não pôde esperar nem mais um segundo. Deixando Josephine sentada à poltrona, Gwen correu para a única porta que havia, subindo os degraus, parando apenas para ler as plaquetas penduradas às portas. A escada subia em espiral, mas ela só achou a porta com os dizeres: “Dormitório Feminino – 1º Ano”, no último lance de escadas.

Gwen hesitou antes de girar a maçaneta. E quando o fez, seu queixou foi ao chão mais uma vez. Se a Sala Comunal era incrível, realmente nunca se compararia ao quarto. Ela entrou, dando passo atrás de passo. As duas únicas garotas que já estavam lá estavam deitadas em suas camas, em completo silêncio.

Segurando a sua mexa rebelde de cabelos brancos, Gwen examinou melhor o lugar. O chão de pedra antiga estava coberto por um carpete grosso de um azul muito escuro e nas paredes que eram da mesma cor, havia várias estrelas pontilhadas cintilando suavemente, véus e panos bronze e azuis de várias tonalidades caíam por entre as camas.

As pernas dela bambearam, fracas e Gwen se sentou na cama mais próxima e, pela janela logo atrás da cabeceira da cama, ela viu a linda paisagem, das montanhas próximas recortando o céu noturno.

Ela se deitou na cama como as outras garotas e olhou para cima e viu o que havia de mais impressionante naquele quarto. O teto. Ou melhor, a inexistência de um teto. Era exatamente como no Salão Principal. O teto do dormitório havia sido encantado para refletir o céu do lado de fora.

- Não é o melhor lugar em que você já esteve? – disse a voz de uma das garotas, que Gwen reconheceu como sendo de Marlene McKinnon.

Era sim. Para Gwen o dormitório era ainda mais magnífico do que toda a Hogwarts. Era o que realmente havia de mágico naquele castelo. Ela se sentia como se estivesse deitada em uma cama que flutuava no céu...

– x –


Tudo começou a girar... E tudo ficou escuro... Mas não durou mais que um segundo. No instante seguinte via de novo. Mas não era a escadaria de Mármore. Nem tampouco qualquer lugar que ela conhecia. Estava em uma floresta. Ou melhor. Via uma floresta. Havia muitas pessoas lá... Barracas... E com certeza bruxos. Que homem usaria uma camisola bem em meio ao dia sem saber que isso era incorreto. Mas... O que estava fazendo ali. E então viu uma barraca bem pequena e peculiar, parecia haver uma família reunida ao redor de uma fogueira. Todos ruivos, exceto por uma garota de cabelos armados e dentes salientes, e um garoto extremamente familiar. Um senhor ruivo, que começava a ficar calvo falava com as duas únicas crianças não ruivas. Então uma dupla passou por eles, e o senhor ruivo diminuiu o tom, mas ela conseguiu ouvir perfeitamente as suas palavras... “...e aqueles outros são Bode e Croaker... são dois Inomináveis...” Ela seguiu a dupla com o olhar. Podia jurar que conhecia o mais jovem dos dois...

Mas então tudo rodou novamente, e ficou escuro. E, novamente, um segundo depois havia luz mais uma vez. Mas não estava de volta à Hogwarts. Nem tampouco continuava na floresta. Estava em uma casa, um lugar desconhecido para ela. Havia um pequeno bebê de rosto redondo dormindo num berço e, curvada sobre ele, uma mulher loura acariciava o seu rosto, os seus olhos escuros transbordando de amor...

Outra vez o mundo girou e escureceu. Quando voltou a ver estava em uma sala de pedras antigas. O ambiente era decorado com livros e aquários onde ela podia ver as mais bizarras criaturas. Sentado em uma mesa logo ao centro, estava um homem parecendo muito cansado e abatido. Havia cabelos brancos por toda a sua cabeça e ele olhava muito atentamente para um velho pedaço de pergaminho que estava sobre a mesa. O homem coçou a cabeça, parecendo exasperado e então ergueu os olhos. Ele se levantou e saiu da sala...

Uma quarta vez sentiu que tudo girava e se apagava. A luz voltou e ela viu um homem, parado sozinho em frente à uma casa que estava semi-destruída. Ele entrou e, no instante seguinte, Lily ouviu o mais terrível grito de agonia que jamais havia ouvido...

E tudo girou novamente e se apagou definitivamente...


– x –


- Ela está bem?

- O que aconteceu?!

- Se afastem! – Natasha gritou para que as duas irmãs gêmeas se controlassem e abrissem espaço.

Todos estavam tentando se amontoar diante do corpo caído de Lily. Ninguém ainda entendia direito o que havia acontecido. Num minuto estavam todos subindo as escadas, ouvindo a falação do monitor. E, no instante seguinte, a garota ruiva estava caindo sem sentidos. Se não fosse por Sirius, ela teria rolado escada abaixo. Mas o garoto havia conseguido segurá-la no instante em que o corpo dela se chocou contra o seu.

- Acha que deveríamos chamar alguém? – Peter gemeu, dançando nos próprios pés.

- E-ela... Está acordando! – Remus exclamou, e era verdade.

Os olhos da menina se moviam rapidamente sob as pálpebras. Lily se mexeu levemente e levou a mão até a cabeça, antes de recuperar de vez os sentidos. Todos pareciam estar segurando a respiração, como que para se assegurar de que ela não ia desmaiar novamente.

Lily sentiu a sua cabeça pesar como um caminhão. Por um minuto se esqueceu completamente de onde estava. Mas, assim que abriu os olhos e viu aquelas dez cabeças curvadas sobre ela, olhando-a, ela se lembrou: Hogwarts. Mas... Por que raios estava... Deitada no colo de Sirius Black?!

Ela se levantou de supetão, sobressaltando a todos, mas logo percebeu que aquele movimento foi um erro. Pois sentiu uma forte pontada em uma das suas têmporas. Mas conseguiu segurar-se e sentou-se em um dos degraus, fazendo com que todos ao redor se afastassem. Ainda estava confusa demais.

- O que...? – ela estreitou os olhos. – O que eu estou fazendo no chão?

- Ora... Você desmaiou, não foi? – James disse, olhando-a um pouco mais longe do que os outros.

- Desmaiei? Eu...

Então se lembrou. E se lembrou também de cada imagem que vira em sua cabeça. A família de ruivos, o bebê, o homem, o grito... Ela baixou os olhos, se sentindo ainda mais confusa do que antes. O que fora aquilo?

- Quer ir para a enfermaria? – o monitor perguntou.

A menina levantou os olhos novamente e, pela segunda vez, encontrou os olhos claros do monitor que – dessa vez – pareciam preocupados.

- Se sente bem? – ele continuou.

Não sabia como se sentia. As imagens ainda estavam passando diante de seus olhos, como se pedissem para serem interpretadas. Ela passou os dedos pelos cabelos, que haviam se soltado do rabo de cavalo e viu uma mão surgir diante de seus olhos. Conseguindo disfarçar o susto, ela viu que Sirius lhe estendia a mão, para ajudá-la a se levantar.

Lily, sem hesitar, segurou-a firmemente. Não estava sentindo mais a cabeça pesada afinal. Estava se sentindo até muito bem, cheia de energia. Ela soltou a mão do garoto e se voltou para o Monitor, sorrindo como se nada tivesse acontecido.

- Eu estou bem... Que tal continuarmos?

Ninguém ali parecia realmente confiante nas palavras dela. Olhavam-na como se, com a queda, tivesse batido com a cabeça e ficado insana. Mas Lily se sentia realmente bem. Até mesmo as imagens não estavam mais diante dos seus olhos, embora ainda estivessem bem vivas em sua mente.

- Ela disse que está bem – James interferiu, impaciente. – Vamos logo que quero dormir!

O Monitor pareceu bastante dividido entre a sua vontade de pegar a garota nos braços e levá-la correndo para a enfermaria e seguir o seu tour pelos corredores. Mas, ao ver que a garota ainda sorria, ele tomou a sua decisão, virou-se e voltou a andar. Lily foi a primeira a segui-lo, como que para mostrar a todos que estava realmente bem. Mas o monitor não ia tirar um olho sequer da garota.

Com as mãos nos bolsos, James olhava fixamente para as costas da ruiva. Havia sido uma cena realmente estranha e até mesmo tenebrosa vê-la caindo para trás, como se sua vida estivesse deixando o corpo. Não podia negar que sentira um arrepio ao ver aquilo. Mas era apenas um desmaio. E, por mais que seu humor estivesse ótimo pelas novidades que Hogwarts trazia, achava que jamais teria paciência para frescuras de meninas.

Peter voltara a sentir um pouco de medo quando viu a garota cair. Por um instante pensou que ela tivesse encontrado um daqueles degraus sumidouros que o monitor havia falado. Mas quando ela não abriu os olhos, ele temeu. E se isso pudesse acontecer com os outros? Será que havia degraus que provocavam o desmaio também?!

Sirius garantiu que ficasse bem atrás de Lily o resto da caminhada. Não acreditara realmente quando ela dissera que estava bem. Ninguém podia se recuperar tão rapidamente depois de um desmaio daqueles. E ele temia que ela pudesse perder os sentidos novamente, a qualquer instante. Mas estaria lá novamente, para evitar que ela rolasse pela escada.

Ninguém mais prestava atenção à nada que o Monitor falava. Até mesmo Natasha não ouvia sequer uma palavra dele, e estava bem às suas costas. Ela olhava a todo momento pelo canto dos olhos, tentando ver Lily. Embora ela sorrisse, sabia que alguma coisa ainda estava errada com ela.

E essa era a mesma sensação que Alice tinha. Quando Lily caíra no chão e ela dera tapinhas leves em sua mão, tentando despertá-la, sentiu algo realmente estranho passar por seus dedos, como uma espécie de poder ou magia, algo que nunca sentira antes. Mas poderia estar enganada. Afinal, quanta magia deveria existir em Hogwarts para ela sentir?

- ...Bem, aqui estamos! – o Monitor falou, se virando para o grupo. Haviam chegado ao fim de um corredor longo e ali, à frente deles, estava pendurando um enorme quadro, onde uma enorme mulher se vestia de rosa. – Esta é a entrada para a Torre de Gryffindor. A Mulher-Gorda é quem guarda a entrada. Há sempre uma senha que sempre lhes será informada quando for mudada – ele se virou para o retrato da Mulher-Gorda. – Honor.

Depois de dizer a senha, a mulher na moldura fez uma leve reverência e o retrato se abriu, revelando uma passagem atrás de si. O monitor foi o primeiro a passar, seguido de perto pelos outros. Peter precisou de um empurrão de Alice para alcançar o degrau.

Quando pisaram pela primeira vez na Sala Comunal de Gryffindor, não puderam deixar de admirar. Havia muito glamour ali. E, definitivamente, o lugar transbordava conforto. Tudo ali era em tons vermelhos, amarelos e dourados. A sala circular estava cheia de poltronas fofas, mesas e cadeiras. O Leão de Gryffindor repousava aqui e ali em flâmulas grandes e vistosas. O lugar já estava cheio de alunos, o que dava ainda mais sensação de aconchego.

Alice absorveu cada detalhe daquele lugar, seus olhos se embebedando com a beleza que havia ali. Era tão bonito e muito elegante. Parecia a sala de um rei ou imperador, tamanho era o luxo. Os móveis antigos só contribuíam para o estilo da sala. Ela uma maravilha!

O Monitor se virou de frente para o grupo e abriu os braços, começando a falar, como se houvesse decorado um texto:

- Bem vindos à Gryffindor! Esta é a nossa Sala Comunal. Se passarem por aquela porta – e apontou uma porta logo atrás dele, - chegarão aos seus dormitórios. À esquerda o das meninas. À direita o dos meninos. Suas bagagens já estão devidamente arrumadas e seus horários de aulas já estão sobre as suas mesas de cabeceiras. Qualquer problema que haja, basta falar com a Diretora de nossa Casa, a professora Minerva. A mulher que lhes fez a seleção. Ela fará o possível para ajudar – e sorriu, como quem encerrasse a conversa.

Mas todos estavam ainda admirados demais para perceber que ele havia parado de falar. Era deslumbrante o teto alto do lugar e as janelas compridas. Mary se sentiu imediatamente aquecida e em casa. E não havia sensação melhor do que essa.

Pigarreando, o Monitor conseguiu reconquistar temporariamente a atenção deles. Ele sorriu e juntou as mãos.

- E, se não encontrarem a professora Minerva, podem vir até mim, e farei o que puder. Sou do quinto ano e meu nome é Benjamin Croaker.

A atenção de Lily já estava se dispersando novamente quando ouviu o Monitor dizer os eu nome. Croaker? Era isso mesmo o que ela teria ouvido? Ou apenas imaginara. “...e aqueles outros são Bode e Croaker... são dois Inomináveis...”, ainda se lembrava exatamente do que vira e ouvira e Croaker fora uma dessa coisas. Mas, antes que pudesse perguntar qualquer coisa, Natasha a puxou pelo braço.

- Vamos ver nossos quartos! – e as cinco Gryffindor subiram animadas pelas escadas, exceto por Lily, que acompanhou as outras, mas olhando por cima do ombro para o monitor que a observava com a testa franzida.

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N.A.: Postei! \o/ É, eu sei que estou demorando demais para postar novos capítulos, mas é porque eu realmente empaquei no capítulo 13! xD Vou tentar continuar ainda hoje, e postarei mais! ;) Neste capítulo eu ousei! Desde que comecei a escrever fics dos Marauders, eu tive essa coisa com relação à Lily. Mais pra frente eu vou explicar porque a Lily viu isso, o que é e porque eu fiz ela ter esse "dom", ok? ^^

Mrs. Mandy Black: AH! Brigada! :D Uma autora sempre fica feliz quando seu trabalho é elogiado! ^^ Claro que pode me chamar de Tash! Só não pode me chamar de "taxinha! xD Tipo... Vai ter um pouco de cada ano na fic. Mas nada muito extenso. O primeiro ano vai ser um pouco longo, pois é a época das descobertas. Então o 2º, 3º e 4º vão ser um pouco mais curtos e a partir do quinto vou escrever bem mais, certo? Essa sempre foi a minha idéia inicial! ^^ Mal posso esperar para eles chegarem na puberdade! *-* Mais uma vez obrigada! ;*

**Poli_Black**: Postei! :D Obrigada por ler, continue por aqui! ;*

Fico por aqui desta vez! :D Ah, e com uma boa notícia do mundo de Harry Potter! O quadribol estará de volta no sexto filme! \o/ Acabei de ver um vídeo com a confecção do novo uniforme! (y) Tá feio, mas pelo menos é a volta do nosso esporte favorito, né?! =P

Nos vemos, rezem pra minha inspiração voltar! ;-;

Beijos,

→ Tαsh LeBeαu

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