A Maior Travessura Weasley

A Maior Travessura Weasley



Título: O Começo do Fim.

Autora: Casca, traduzida por Rayssa/Raphael.

Pares: Harry Potter/Gina Weasley, Rony Weasley/Hermione Granger, outros.

Sumário: Passa-se no sétimo e último ano de Harry em Hogwarts, detalhando a batalha de Harry com o caminho que ele escolheu para ele e, com a ajuda de seus amigos, fazer a última defesa a Voldemort.

Spoilers: Depois do Cálice de Fogo.

Rating: PG

Retratação: Todos os personagem e nomes usados nessas fics são propriedades legais de J.K. Rowling e/ou Warner Bros. Não ganhamos nada, nem nós, nem a autora, nessas fics – são somente diversão. Seremos gratos eternamente a Sra. Rowling por ter nos proporcionado esse playground para nossa imaginação.

Nota da Autora: Em consideração a essa estória, está certo que Harry Potter é o Herdeiro da Grifinória. Também por causa da estória, o nome de Sirius foi completo. No entanto, Harry está impedido de viver com ele já que os dois são alvos de Voldemort.

Nota dos Tradutores: Oi! :D Bom, vamos ao segundo capítulo... tá bem legal! Essa travessura Weasley, hein? XDD. Acho que não tenho muito o que falar... como sempre, Casca escreveu maravilhosamente bem e somos seus instrumentos de tradução. E é claro, sempre deixando créditos pra gente! Aliás, espero postar todos os capítulos com uma semana de intervalo. Sempre que possível, claro, postaremos antes. Mas não se preocupem se atrasar, não esqueceremos de vocês! :D. Já falei demais, então, boa leitura e muitos doces da Dedosdemel!


Capítulo Dois

A Maior Travessura Weasley




Na véspera do aniversário de Harry, a Sra. Weasley veio até a cozinha, seu rosto brilhando para ele.

— Eu sei que dia é hoje... — ela cantarolava.

Harry e Rony olharam de relance para ela, sobre seu jogo de Snap Explosivo. Suas cabeças viraram-se simultaneamente para a Sra. Weasley, que sorria alegremente sobre seu ombro para Harry.

— Alguém está fazendo dezessete anos! — ela cantava.

— A senhora está comemorando o dia errado, mamãe. O aniversário do Harry é amanhã. — Rony girou os olhos. A Sra. Weasley deu a Rony aquele olhar só dela.

— Eu sei disso, bobinho. Mas hoje é o dia anterior ao aniversário dele! E você sabe o que isso significa?

Harry e Rony se entreolharam curiosos.

— O que, então? — exigiu Rony.

— É o dia de preparar as coisas! Harry, nós temos que sentar pra conversar sobre o que exatamente você quer no seu dia, o que você quer para o jantar, que tipo de bolo, quem você irá convidar, esses tipos de coisa.

— Sra. Weasley, a senhora não tem que se preocupar com nada disso, de verdade. — Harry se ajeitou incômodo na cadeira, mas ela o cortou.

— Nada disso, querido. Eu acho que poderíamos dar uma festa pequena, e se você acha que deixamos os aniversários passarem despercebidos, está enganado. Então, que tipo de bolo você mais gosta?

Harry olhou de relance para Rony, que estava sorrindo para ele. Harry encolheu os ombros e deu um sorrisinho pelo canto da boca.

— Eu não sei. — disse ele pensativo. — Eu gostei daquele de chocolate que a senhora me deu no ano passado.

A Sra. Weasley se sentou à mesa com um pedaço de pergaminho e uma pena. Empurrou para o lado a pilha de Snaps Explosivos, apontou sua varinha para o baralho murmurando “Finite Incantatem!” e pegou a pena para começar a escrever no pergaminho. Harry e Rony olharam um tanto ansiosos para o baralho de cartas que, com o feitiço da Sra. Weasley, tinham parado de fazer barulho e ficaram lá, assobiando baixo. As cartas não explodiriam até começar um novo jogo.

Harry ficou sentado durante meia hora enquanto ouvia o plano da festa da Sra. Weasley, tentando pensar nas suas comidas e sobremesas preferidas, seus jogos favoritos e quem ele gostaria de convidar. Bom, tinha a Hermione, é claro, mas não havia nenhuma maneira de ela ir desde que a Toca de tornou impenetrável por feitiços. O Pó de Flu já não funcionava nas terras da Toca, e a viagem seria muito grande para Hermione vir apenas como uma visita. Harry mencionou Sirius, mas lembrou que recebeu uma coruja dele dizendo o quão ocupado ele estava, viajando pelo país com Lupin ajudando Olho-Tonto Moody e os outros aurores. Não havia mais ninguém que ele gostaria que fosse, então disse a Sra. Weasley que não havia mais ninguém que ele precisasse convidar.

Era a primeira vez que ele passava seu aniversário fora da Rua dos Alfeneiros. Era difícil para Harry ser feliz já que ele não tinha que passar seu aniversário sozinho no banheiro do Número Quatro. Ele sempre imaginou seu “real” aniversário acontecer em uma casa junto ao Sirius. Sirius iria lhe dar uma festa e Harry convidaria todos os seus amigos para sua casa. Seria depois que aquela guerra terminasse, depois que Voldemort sumisse e eles pudessem respirar aliviados e sem temer nada. Ele não tinha planejado isso. Ele não tinha ganhado isso. Alguma coisa tinha de ser destruída para que Harry pudesse passar o aniversário longe da família que odiava e perto das pessoas que amava.

Entretanto, quando o dia da festa chegou, Harry descobriu que era fácil não pensar nos Dursley e na Rua dos Alfeneiros. Os Weasley eram bons em fazê-lo esquecer essas coisas e se divertir se sentindo um membro da família. Todo mundo se sentou em torno da mesa da cozinha: Sra. Weasley, Fred, Jorge, Gui, Rony e Gina (O Sr. Weasley estava trabalhando e Carlinhos estava na Romênia). Depois de um glorioso jantar repleto das comidas favoritas que Harry podia ter dito a Sra. Weasley, Harry foi servido com o maior e mais bonito bolo que ele já tinha visto. Quando todos se sentaram ao redor de uma mesa de piquenique ao ar livre, agora se empanturrando com bolo, Harry se divertiu ouvindo as histórias engraçadas dos aniversários passados dos Weasley.

Caíram na gargalhada quando Jorge contou sobre o aniversário de dezesseis anos de Rony. Os gêmeos enganaram-no, aparentemente fazendo-o subir num Salgueiro Lutador, dizendo que todos os presentes dele estavam presos em cima da árvore. Quando ele não pode descer, os gêmeos o tiraram de lá de cima enquanto todos procuravam por ele na casa e no quintal. Após algumas horas, a Sra. Weasley percebeu onde Rony estava, sem o Fred. Quando todos chegaram lá, olharam para cima da árvore e perceberam que Rony tinha adormecido em cima dos galhos de musgo do salgueiro.

— Vocês são infantis e presunçosos, não são? — disse Gui com a boca cheia de bolo, olhando para os gêmeos — Eu acho que todo mundo lembra do décimo aniversário de vocês?

Os dois sorrisos idênticos desapareceram. — Diga isso e morra. — alertou-o Fred seriamente.

— Eu adoraria ouvir. — disse Gina com esperança.

— Eu também. — disse Harry harmoniosamente, com um sorriso malicioso.

Gui se ajeitou e puxou as mangas como se estivesse se preparando para discursar uma comédia. — Sou realmente grato à minha irmã mais nova aqui por termos essa grande história pra contar.

Gina girou os olhos e riu maliciosamente.

— Ela tinha meros sete anos de idade quando fez a maior travessura conhecida na história da família Weasley. — disse Gui sorrindo.

— Sim. — disse Rony, piscando para Gina. Gui continuou.

— Uma bruxinha inteligente, minha irmãzinha. Seu caráter fazia o melhor toda hora. Esse foi um dos momentos quando seu caráter e sua inteligência foram bastante úteis. A história começa no dia 24 de agosto, décimo aniversário de Fred e Jorge Weasley. Esses dois jovens rapazes acordaram cedo de manhã para começar a trazer problemas mais cedo do que o comum e quando encontraram Gina acordada, viram uma oportunidade única.

— O que vocês fizeram? — Harry perguntou a Fred e Jorge, sorrindo. Jorge encolheu os ombros.

— Nós a amarramos e a prendemos no sótão. — ele disse como se isso fosse óbvio.

— E Gina ficou lá por três horas inteiras toda amarrada, minha pobre irmãzinha. — disse Gui, passando a mão na cabeça dela. Gina deu um tapa na mão dele, quando ele continuou. — Foi uma tortura ficar lá com o louco do Berstein.

Harry lembrou que Berstein era o fantasma que tomou o sótão dos Weasley.

— Berstein não é um ordinário ou coisa parecida. — Disse Gui a Harry. — Ele só é barulhento, encrenqueiro e que não tem nada mais para fazer a não ser bater nos canos e se despedaçar em lágrimas. Porém, decidindo que Gina não tinha medo, Jorge e Fred subiram para o sótão para soltá-la. Quando eles chegaram lá em cima, Gina tinha fugido e não foi encontrada em nenhum lugar. Eles procuraram por ela em todo lugar, em cima e em baixo, mas nada de Gina. Nem mais ninguém. A casa ficou estranhamente deserta por horas e horas e horas. Pensando que todos tinham ficado loucos, Jorge e Fred continuaram com a busca, agora na sala de estar. E subitamente, de algum lugar, papéis começaram a voar por todo lugar, livros voaram pelo ar e bateram em suas cabeças inchadas. — todo mundo caiu na gargalhada. — lanternas ligavam e desligavam, cadernos abriam e fechavam, todos por si mesmos. Fred e Jorge, agora achando que a casa estava sendo assombrada por um poltergeist, correram, e gritaram o mais alto que puderam. Mamãe, que aparatou atrás d’A Toca, suas mãos cheias de mantimentos, os encontrou. Eles a contaram alguma coisa, gritando freneticamente. Mamãe largou os mantimentos no chão, jarras de vidro quebrando, e correu para dentro da casa. Porém, a situação que ela encontrou não foi a mesma que Fred e Jorge haviam lhe contado. Lá estava a jovem Gina sentada na poltrona, desenhando. A casa ficava calma quando mamãe chegava.

Depois das risadas que encheram a mesa, Harry se viu perguntando “O que...?”

— Vá em frente, Gina. — Rony ria. — Diga-nos como você fez isso. — sorrindo presunçosa, Gina lambeu o glacê de seu garfo e Harry começou de novo.

— Não foi nada tão grande.

— Sim, foi. — Gui disse orgulhoso. — E você sabe disso. Vá em frente e conte. — Gina suspirou dramaticamente.

— Bom, tudo bem. Foi o Berstein. Eu o convenci a me desamarrar prometendo a ele um passeio pelo andar de baixo. — ela se virou para Harry. — Ele nunca tinha ido ao andar de baixo. — ela explicou e então continuou. — De qualquer maneira, ele me ajudou a me desamarrar e nós começamos a conversar.

— Ele geralmente é carinhoso com a Gina. — Rony interferiu.

— Eu o fiz lembrar da sua neta que morreu em 1478 quando ela tinha apenas dez anos. — disse Gina. — De qualquer maneira, nós continuamos com o plano juntos. Eu lhe daria um sinal da escada e ele os torturaria. E ele o fez. — ela disse. — Foi isso.

— Como você fez todo mundo sair de casa de novo? — Perguntou Jorge bravo.

— Ah, isso foi fácil. Eu disse que iria cantar a Crabby Babby, a música do Sapo Cantor. Gui, Carlinhos e Rony saíram correndo pra fora da casa o mais rápido que puderam.

— Então mamãe forçou o Fred e o Jorge irem até o centro para repor os mantimentos que eles a fizeram derrubar e não ganharam bolo de aniversário por mentirem. E Gina se tornou a única que pode calar aquele velho fantasma. — disse Rony, apontando para o sótão.

— É, como você faz isso? — disse Gui, levemente irritado. — Ele estava chorando tão alto na noite passada, eu juro que ele estava cantando. — Gina encolheu os ombros.

— Eu só perguntei a ele. Mas não tente isso. — ela avisou. — Ele disse que qualquer um que lhe perguntar, exceto eu, perderá suas orelhas. Ele não gosta muito de você, ele acha que você é inferior a mim. — ela sorriu triunfante, debruçou-se na mesa e continuou a comer o bolo.

— Você vai corrigi-lo? — exigiu Rony. Ela só encolheu os ombros e pegou um enorme pedaço de bolo.

Depois daquela noite, quando as estrelas sumiram, eles continuaram em seus lugares na mesa de piquenique, conversando e rindo, embora as conversas tomassem um tom mais preguiçoso.

A Sra. Weasley deu a Harry os presentes de aniversário e Harry ocupou seu tempo abrindo a grande pilha deles. Hermione lhe mandou (outro?) livro, mas os olhos de Harry engordaram quando ele viu o título: Vassouras enfeitiçadas: Uma referência ao Feitiço Sabe-Tudo nas Vassouras enfeitiçadas e fascinantes.

— Legal. — ele murmurou, virando o livro.

Ele parou para ver uma figura que descrevia modo cuidadoso de se fazer o Feitiço Loopellai, que dava à vassoura a habilidade do jogador fazer um movimento de montanha-russa. Abriu um retrato de madeira do Hagrid com os famosos bolos de pedra dos artilheiros (Ele e Rony giraram seus olhos para os outros). Rony deu a Harry uma grande variedade de doces e um chapéu dos Canhões de Chudley (“Já é hora de você ter um”). Fred e Jorge deram-lhe algumas das novas “gemialidades” que eles inventaram para a WWW, incluindo (mas não limitados) vários Peacock Tarts, (sua nova versão do Canary Creams) e três pacotes de Chicletes Implosivos da WWW, somente para uso profissional. A pilha de presentes acabou e Harry agradeceu a todos enquanto a Sra. Weasley foi para dentro limpar a sujeira e esperar seu marido voltar para casa.

A manhã havia chegado com uma brisa leve. Harry inclinou-se para trás e apreciou o lugar que estava. A culpa não tinha aplainado toda a noite e ele ficou contente por isso. Fora sensação agradável passar seu aniversário sem se preocupar, não desejando estar em outro lugar. Fora muito bom e ele se lembrou de agradecer novamente a Sra. Weasley na manhã seguinte.

— Hei, Jorge. Eu acho que é hora de dar o troco em nossa irmãzinha pela peça idiota que ela nos pregou anos atrás. — disse Fred zangado. Harry viu Gina se sentar preguiçosamente na cadeira.

— Você sabe, Fred, você está certo. Nós temos uma reputação para sustentar.

— E nós vamos sustentar.

Eles se levantaram em um segundo, mas Gina foi mais rápida. Harry assistiu com um riso abafado como Gina correu em direção a casa, empurrou a porta dos fundos e entrou apressada para dentro, os gêmeos em seu encalço. Ela voltou alguns segundos depois, correndo em torno da gente da casa (eles devem tê-la perseguido e saído pela porta da frente) rindo o tempo todo. Harry recuou quando Fred a pegou e a derrubou no chão.

— Fred! — ela guinchou. — Pára, não, ISSO FAZ CÓCEGAS!

— Vire-a, Fred, e faça mais cócegas! — Jorge deu uma gargalhada maníaca enquanto Gina se debatia no chão, rindo muito, não podendo nem respirar.

— Parem... eu vou... chamar... a mamãe... — E com socos repentinos, empurrou Fred e sentou em cima dele, puxando o tornozelo de Jorge. Ele perdeu o equilíbrio e rolou no chão.

Harry riu alto, junto a Rony e Gui.

— Eu acho que ela vai pegar vocês de novo, seus patos. — disse Gui baixo.

— Nunca! — disse Fred rolando, mas Gina foi mais rápida, notou Harry. Ela se soltou do braço de Fred e saiu rastejando.

Ela tentou se levantar e subiu na cadeira, se sentou ao lado de Gui e agarrou seu braço. Ela estava rindo desesperadamente. Quando os gêmeos foram até ela, Gui levantou e os mandou desistir e Gina deitou em seu ombro.

— Meu herói. — ela suspirou.

Harry estava meio chocado vendo a imagem, não de Fred e Jorge fazerem cócegas em Gina, mas do afeto que ela tinha com seu irmão Gui. Em uma vez, Harry teve a idéia de que Gina tinha um carinho um pouco mais especial com Gui do que com os outros irmãos. O ciúme que ele sentiu o surpreendeu, pois ele não havia sentido nada parecido durante a estadia dele na casa dos Weasley. Mas Harry logo achou que deveria ser muito legal ter um irmão favorito; ele nunca iria saber, pois não tinha irmãos.

Era quase de manhã quando todos finalmente se levantaram e decidiram ir para a cama. Eles levaram um tempo para subir as escadas, rindo das piadas e histórias que eles contavam e agitaram as cabeças quando Fred e Jorge prometeram levar Gina de volta para o seu fantasma depois que o verão acabasse. Fred e Jorge desapareceram para dentro de seus quartos, depois de Gui, deixando Harry, Rony e Gina subindo. Quando Gina chegou e abriu a porta do seu quarto, se virou para eles.

— ‘Noite. Feliz aniversário, Harry!

— Obrigado. — ele disse. — E obrigado também pelo presente. — ela sorriu.

— De nada. ‘Noite... — ela disse para os dois e entrou no quarto, fechando a porta.

O presente de Gina foi surpreendentemente bom. A única coisa que estava faltando no seu malão que Gui e Lupin tinham recuperado era o seu exemplar de “Quadribol Através dos Séculos”, e Harry se lembrou de que estava lendo na noite depois que a Fawkes fora embora. Harry pensou que podia ter sido na sua cama ou no chão do seu quarto quando o Número Quatro foi atacado. Gina tinha comprado para ele uma outra cópia do livro — uma segunda edição de capa-dura contendo um novo capítulo inédito sobre a história de formas não muito usadas de se apanhar o Pomo, incluindo informações da Copa Mundial que ele mesmo tinha dado há alguns anos atrás.

Quando Harry deitou-se na cama (um colchão macio ao lado da cama do Rony), ele pode ouvir os roncos de Rony quase imediatamente. Ele fechou os olhos e imaginou que, de fato, aquele tinha sido o melhor aniversário da vida dele. Aquele pensamento não o culpou nem o preocupou: simplesmente o pôs em um sono profundo.

Entretanto, nem duas horas depois de seu corpo começar a descansar, Harry estava sentado na cama. Um grito alto tinha perfurado seu sono, um grito que ele tinha ouvido repetidamente na voz da sua mãe. Harry viu Rony se sentar na cama num estalo, e percebeu que devia ter gritado alto também.

— Desculpe. — ele começou a palpitar, confuso. Mas ele foi cortado por mais um grito. Pareceu chacoalhar a casa e emitiu algo como gelo que percorreu o corpo de Harry. Ele soube imediatamente que não tinha ouvido sua mãe gritar.

— Gina. — disse Rony rastejando-se sobre a cama.

Harry pegou sua varinha e desceu tropeçando para o hall onde encontrou Sra. Weasley correndo pela escada em direção ao quarto de Gina. Ele viu Gui e os gêmeos emergirem dos seus quartos, ambos empunhando suas varinhas, seus olhos cheios de medo.

— Ela está bem. — eles ouviram o Sr. Weasley de dentro do quarto da Gina. Ele devia ter sido o primeiro a correr para lá. — ela está ótima.

Harry ouviu um suspiro coletivo de alívio e percebeu que tinha feito parte dele. Os gêmeos, agitados, deslizaram-se para dentro do seu quarto, mas Harry viu Gui parado na escada, seu rosto como uma máscara de fúria. Soluços podiam ser ouvidos do quarto de Gina e arrolhos suaves da Sra. Weasley.

— Pesadelos. — disse Rony a Harry gravemente quando ambos se deitaram em suas camas. — Ela teve dois de manhã nesse verão. Eu acho que são a respeito do primeiro ano dela, mas ela nunca nos conta.

Harry sentiu uma onda de enjôo vir sobre ele enquanto olhava fixamente para o teto. As paredes da Toca eram bastante finas e os soluços de Gina podiam ser ouvidos timidamente junto às palavras de conforto da Sra. Weasley. Harry viu subitamente a imagem da Sra. Weasley abraçando Gina balançando-a para frente e para trás como tinha feito com ele na noite da Terceira Tarefa há poucos anos atrás. Gina não estava tão crescida nos pensamentos de Harry. Agora ele a imaginou exatamente como ela estava na Câmara há cinco anos atrás. Pequena, jovem e espantada. Às vezes, como agora, Harry tentou cair no sono novamente. Sentiu-se exatamente como ele mesmo.





Continua...
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