O Ataque na Rua dos Alfeneiros
Título: The Begnning Of The End (O Começo do Fim).
Autora: Casca, traduzida por Rayssa/Raphael.
Pares: Harry Potter/Gina Weasley, Rony Weasley/Hermione Granger, outros.
Sumário: Passa-se no sétimo e último ano de Harry em Hogwarts, detalhando a batalha de Harry com o caminho que ele escolheu para ele e, com a ajuda de seus amigos, fazer a última defesa a Voldemort.
Spoilers: Depois do Cálice de Fogo.
Rating: PG
Retratação: Todos os personagem e nomes usados nessas fics são propriedades legais de J.K. Rowling e/ou Warner Bros. Nem nós dois, nem a autora, ganhamos alguma coisa nessas fics – somente diversão. Seremos gratos eternamente a Sra. Rowling por ter nos proporcionado esse playground para nossa imaginação.
Nota da Autora: Em consideração a essa estória, está certo que Harry Potter é o Herdeiro da Grifinória. Também por causa da estória, o nome de Sirius foi completo, entretanto, Harry está impedido de viver com ele já que os dois são alvos de Voldemort.
Nota dos Tradutores: Olá! Bom, aí está o primeiro capítulo da fic “O Começo do Fim”. Como o primeiro capítulo é o grande cartão de visitas, tentamos traduzir o melhor que pudemos. Casca escreve surpreendentemente bem e isso não foi nenhum esforço, na verdade. Todos os créditos de criatividade são dela, realmente ótima escritora... mas é claro, nós também não deixamos a desejar! Hahahaha. Boa leitura e lembrem-se: reviews são tão gostosas quanto um passeio em torno do Lago em um dia de sol em Hogwarts!
P.S.: Houve um pequeno problema com o título, não pudemos colocar o título traduzido por já existir, então usamos o título original. Nada que afete a fic, claro!
Capítulo Um
O Ataque na Rua dos Alfeneiros
Rony
Rony Weasley acordou na manhã de vinte e um de julho em meio a completo caos. Ele ouvia vozes vindas do andar de baixo, vozes altas gritando de pânico e raiva. Ouviu passos pesados descendo as escadas, portas batendo, novas vozes gritando. Em um segundo, Rony estava se retirando de baixo dos lençóis e se lançando escada abaixo. O pânico e o medo apertaram seu corpo inteiro e pareceram espremer sua alma, seu cérebro gritava “Harry” várias e várias vezes, despertando o sentimento de medo intenso que ele sentiu todo o verão sempre que ouvia sobre a segurança de seu melhor amigo.
A visão que Rony teve foi a de um pandemônio. Gui estava andando pela casa, uma expressão de raiva em sua face, falando alto. Sra. Weasley estava inclinada na lareira falando com a cabeça de alguém. Sr. Weasley estava correndo até o fim da casa para juntar-se a um convidado no hall, que era Remo Lupin. Todos pareciam estar em completo pânico.
— O está acontecendo? — guinchou acima de todo mundo. — O que é isso?
Sr. Weasley andou em direção a Rony, mas não disse nada. No entanto, quando ele saiu, Rony pode ver com quem Sra. Weasley falava na lareira: era Sirius Black.
Rony recebeu os olhares de todos e seu coração despencou até o estômago. Parecia que todos haviam parado de falar.
— O QUE É ISSO? — Rony gritou.
Lupin colocou a mão nas costas de Artur e o olhou esperançoso. Artur olhou para sua esposa.
— Molly, tenho que ir.
— Vá. — ela disse ofegante. — Vão, Artur, Remo e Sirius. Cuidem disso. Quando o acharem, o tragam de volta para o lugar que ele pertence.
— Estou indo, pai! — gritou Gui, correndo da cozinha para a sala. Sra. Weasley o olhou assustada.
— Não, Gui, eu não acho que você devia... — mas parou de falar quando viu a determinação no rosto de Gui. — Tomem cuidado, todos vocês... — ela disse, tristemente.
Rony viu seu pai, seu irmão e Remo desaparatarem ali mesmo e a cabeça de Sirius desaparecer em faíscas douradas. Rony virou para sua mãe e a olhou com olhos procupados. “Mãe?”
Naquele momento, a porta dos fundos bateu e Fred, Jorge e Gina entraram. Jorge e Fred tinham vassouras apoiadas em suas costas e Fred carregava um bastão de batedor.
— Oi! — Fred gritou. — Estou famito. O que tem para o café da manhã?
Gina parou, olhando de Rony para sua mãe. “Mamãe?”, disse com a voz fraca. Os gêmeos olharam para ela, repentinamente sóbrios.
— O que aconteceu? — reclamou Jorge, confuso.
A guerra fez isso bastante comum – alegria se transformar em medo em uma fração de segundo. Sra. Weasley respirou profundamente.
— Ok. Ninguém sabe de nada ainda, então tentem não entrar em pânico. — ela virou para Rony. — Rua dos Alfeneiros, a rua trouxa em que Harry mora, estava sob ataque hoje.
— Harry? — o estômago de Rony deu uma sacudida.
— Ninguém sabe de nada ainda, Rony. Remo Lupin descobriu no jornal trouxa hoje mais cedo.
— Então o que o jornal trouxa disse? — disse Jorge. — Alguém se machucou? — Sra. Weasley olhou para cada um de seus filhos.
— Houve quinze mortes, mais ou menos trinta pessoas feridas. — naquele momento, os olhos de Gina se marejaram de lágrimas. Rony pareceu claramente enjoado e Sra. Weasley voltou a falar. — Mas isso não significa que Harry...
— Claro que significa! — gritou Rony. — O que você acha que isso significa?
— Rony, pare com isso. — sua mãe disse agudamente — nós não podemos deduzir coisas que ainda não aconteceram e...
— Eles sabem a identidade das pessoas que morreram, mãe? — Fred perguntou. Sra. Weasley hesitou.
— Aparentemente, algumas vítimas não foram possíveis de serem identificadas. — disse evasivamente.
Rony a olhou fixamente. — Bem, por que não? — Sra. Weasley suspirou.
— As casas da rua ficaram muito destruídas e algumas mortes não foram causadas por maldição. Pelo menos foi isso que Remo Lupin conseguiu juntar do jornal trouxa. Os aurores estão todos lá agora, estiveram durante toda manhã. Rony, seu pai, Sirius e Remo estão indo procurar Harry. Então eu sugiro que todos nós esperemos qualquer novidade antes de pensarmos no pior.
Mas Rony não queria esperar. Não era justo, por que ele deveria sentar e esperar para saber se seu melhor amigo havia... ele não podia. Ele não podia sentar, não podia esperar. Então ele levantou e saiu da casa.
Hermione
Hermione acordou cedo na manhã de vinte e um de julho vestida em roupas casuais, fazendo café da manhã na cozinha. Ela estava acostumada a acordar e fazer tudo sozinha. Além do mais, seus pais passavam horas no consultório e geralmente tinham que estar lá bem cedo. Ela puxou para baixo a alavanca da torradeira e se serviu de uma alta taça de suco, dando a volta na mesa para chegar a uma pequena televisão no alto da parede para ver as notícias das oito da manhã. Isso se tornou um tipo de segunda mania durante as férias de verão.
Do nada, ela ouviu uma batida de leve na janela da cozinha e ela correu para abrir. Uma grande e morena coruja entrou pela janela aberta e deixou cair um grande jornal em cima da mesa, cujo não era feito de papel, mas de pergaminho. A coruja levantou sua perna, que tinha um pequeno bolso preso, observando Hermione passar os olhos pela cozinha para achar a moeda bruxa apropriada.
Hermione quase não teve tempo de dar uma olhada n’O Profeta Diário e a torrada pulou da torradeira. Ela se esticou para puxar a alavanca pra baixo, seus olhos olhando a capa d’O Profeta. Era uma foto de Harry, uma das que foram tiradas três anos antes para divulgação do Torneio Tribruxo. O coração de Hermione afundou até o fundo do estômago enquanto ela agarrava o papel e lia freneticamente o artigo.
“O Lorde das Trevas ataca de novo e desta vez ele escolheu ir atrás da única pessoa que algum dia o deteve – Harry Potter. Harry Potter foi proclamado um dos mais seguros bruxos do mundo com as ávidas proteções colocadas sobre ele e sua residência por ninguém menos que Alvo Dumbledore. No entanto, nesta manhã, a segurança do jovem Harry Potter pareceu ter diminuído. A rua trouxa em que Sr. Potter passa as férias de verão foi violentamente atacada, resultando na morte de vários trouxas. Sr. Potter não foi achado no local e desde então não foi confirmada nenhuma identidade das vítimas, o que pode significar que nosso jovem Potter pode ter sido uma vítima...”
Hermione jogou o jornal num canto como se tivesse queimado suas mãos. “Como puderam supor uma coisa dessas?”, ela pensou violentamente. “Como eles podem escrever uma coisa tão enganosa assim?”
Harry sabia se defender sozinho. Era um bruxo extraordinário, saberia se alguma coisa fosse acontecer. Ela estava certa de que ele estava absolutamente bem, ela quase juraria isso. Suas mãos tremiam enquanto passava manteiga em seu pão, e ela tentou com muita força engolir as lágrimas que machucavam sua garganta. Harry estava bem, ela não iria supor nada até ouvir a verdade de alguém confiável.
Ela sabia que veria Edwiges ou Pichitinho voando pela sua rua a qualquer minuto com novidades do que aconteceu exatamente e onde Harry estava. E se Harry tivesse de fato em perigo, Rony não a deixaria desavisada, ele a falaria para irem ajudá-lo. Hermione sabia disso e se recusava a acreditar em qualquer coisa até saber a verdade. Hermione pegou o prato, andou até a mesa e sentou-se. Congelou de horror ao ver o repórter seriamente vestido falando em um microfone na televisão. A mulher apareceu no que parecia ser um campo de batalha onde tinham casas em ruínas e muita fumaça preta.
“O fogo começou por volta de cinco horas da manhã de hoje e a fonte ainda é desconhecida. Desde que as chamas destruíram muitas casas e se apagaram da rua na Rua dos Alfeneiros em Surrey, pode ser suposto que o fogo foi causado por um vazamento de gás que saiu do controle. No entanto, nosso próprio Peter Glen comentou que se a causa foi um vazamento de gás, ele certamente nunca viu um desastre tão grande e destrutivo como esse. Peter, você está aí...?”
O prato escorregou da mão de Hermione e caiu no chão com um ruído. Ela se sentou na cadeira da cozinha, apoiou a cabeça nas mãos e se preparou para esperar.
Harry
Harry Potter, herdeiro da Grifinória, sentado em uma grande e almofadada cadeira olhando fixamente sem expressão para as ruidosas flamas vermelhas na pequena lareira. Ele fechou seus olhos tentando lutar contra a fadiga e achou que isso melhorou um pouco, o que o fez ficar sonolento. Ele podia se imaginar escorregando da cadeira e dormindo em segundos. Mas Harry não queria dormir, então abriu seus olhos de novo e quando o fez, se achou olhando a enorme figura de Alvo Dumbledore. Ele não se moveu, simplesmente continuou a encarar os olhos da pessoa que havia salvado sua vida horas atrás. Ele viu Dumbledore andar do corredor ao quarto, puxar uma cadeira e sentar do outro lado de Harry na frente de uma pequena e circular mesa.
— Sua tia, seu tio e seu primo estão bem, Harry. Sua tia se machucou e foi levada para um hospital, mas não é nada sério. A casa foi destruída, eu sinto muito. — disse Dumbledore.
Se Harry tivesse que expressar o que sentia naquela hora, não conseguiria. Ele se sentiu aliviado por um momento, mas depois se perguntou o motivo. Ele não se importava com os Dursley, não significavam nada para ele. Ou significavam? Quanto a casa, bom, foi sua escravidão por dezessete anos. Mas ele não podia ignorar o fato de que alguma coisa dentro dele estava doendo por isso. Harry se lembrou do quarto em que Rony, Fred e Jorge haviam o salvado no meio da noite, as incontáveis corujas com cartas e presentes de aniversário que ele abriu sobre sua cama, a sala de estar onde ele estava quando centenas de cartas endereçadas a ele entraram pela lareira. Ele odiava a maioria das coisas na casa da Tia Petúnia, desde as janelas até as recém pintadas paredes da garagem. Mas foi sua casa, e agora ele não tinha mais nada.
Dumbledore continuou a falar dos Dursley. “Suas memórias foram modificadas, eles acharam que o desastre foi causado por fogo, eles não suspeitam de você, e...”
Nesse momento, Harry deu uma risada. Dumbledore fitou os olhos de Harry.
— Você pode vê-los, se quiser. Eles estão no hospital logo ali... — Dumbledore parou de falar assim que viu Harry balançar negativamente a cabeça. — Muito bem, Harry. Vou lá embaixo checar se Sirius já chegou. Você quer alguma coisa?
Harry deu um aceno negativo com a cabeça de novo. Dumbledore andou novamente até a porta e a abriu, voltando quando Harry abriu a boca para falar.
— Obrigado, professor. — ele disse em voz baixa e Dumbledore acenou longamente com a cabeça. Ele pôde sentir que o significado daquelas palavras ainda não havia se perdido dentro dele. Sozinho, Harry encarou a lareira que faiscava calmamente e fechou os olhos. Lembrou-se daquela manhã...
[Flashback]
Harry dormia muito inquietamente, sonhos assombrando seu sono. De repente, ele acordou com um grito alto e intenso. Caiu de sua cama e se amaldiçoou mentalmente pela dor. Não tinha ninguém lá, como sempre, nenhum Voldemort espiando debaixo da sua cama ou escondido dentro do seu guarda-roupa. Era só, como sempre era, só um sonho.
Seu relógio marcava cinco horas da manhã, ainda estava escuro lá fora, um pouco antes do sol se pôr. Harry continuava deitado na cama, se virando de um lado para o outro sem sossego. Ele passou a maioria das noites assim, então estava bem acostumado a não conseguir dormir. Mas ele não conseguia parar de sentir que alguma coisa o mantinha acordado. Alguma coisa...
De repente, Harry ouviu um barulho alto vindo de fora, ele se sentou e o que ele viu fez seu coração parar de bater. Um grande e flamejante pássaro estava voando em direção à sua janela. Harry observou receoso quando a critaura bateu dentro do seu quarto aterrissou em sua cama. Ele arfou.
— Fawkes! — ele disse ofegante. Fawkes, a fênix, bateu suas asas enormes e Harry passou os olhos freneticamente pelo quarto todo.
— O que é, Fawkes? O que aconteceu? — Harry perguntou como se esperasse que a fênix abrisse a boca e começasse a falar com ele, mas Fawkes simplesmente levantou sua perna que mais parecia uma garra e Harry viu que tinha uma carta presa a ela. Abriu a carta furiosamente e passou os olhos rapidamente sobre ela.
“Harry,
Pegue o que puder e deixe a Rua dos Alfeneiros o mais rápido possível. Fawkes o guiará. Permaneça escondido, seja rápido. Nós faremos o que pudermos para manter sua família em segurança.
Alvo Dumbledore.”
Harry respirava muito rápido. Ele segurou a carta nas mãos e abriu o malão. Ele pegou as duas únicas coisas que mais importavam: a Capa de Invisibilidade para se manter escondido e sua Firebolt, seu único meio de transporte. Fawkes estava empoleirada no parapeito da janela, calmamente esperando por Harry. Invisível, Harry desceu correndo as escadas, abriu a porta da frente e saiu voando pela noite, seguindo Fawkes de muito perto.
Eles voaram sobre Londres por muitas horas e, por fim, eles chegaram na frente d’O Caldeirão Furado onde Dumbledore estava sentado esperando por ele, mas Harry não precisava ouvir explicações. Ele já sabia, em seu interior, o que havia acontecido. Ele ouviu vagamente Dumbledore dizer que havia recebido a notícia que Comensais da Morte haviam planejado atacar a Rua dos Alfeneiros. Harry não perguntou como Dumbledore sabia daquilo – Harry já sabia quem havia ajudado a salvar a sua vida.
[/Flashback]
Isso aconteceu um bom tempo antes de Sirius chegar n’O Caldeirão Furado onde Dumbledore tinha arranjado um quarto para Harry. Sirius entrou no quarto seguido do Sr. Weasley, Gui Weasley e Remo Lupin. Harry e Dumbledore estavam sentados silenciosamente, Harry fitando mais uma vez a lareira e Dumbledore lendo O Profeta Diário.
— Harry! — Sirius disse. Ele parou na porta e sua expressão era de alívio. — Por Merlin!
Harry encarou Sirius enquanto ele se aproximava. “Estou bem”, disse, fitando seus olhos. Harry havia crescido bastante nesses últimos anos. Quer dizer, quase, não tanto para alcançar a altura de Sirius. Sirius colocou suas duas mãos no pescoço de Harry, olhando para ele, e acenou afirmativamente com a cabeça. Lupin pigarreou, limpando a garganta, quando Harry voltou seus olhos para ele. Ele viu alguma coisa voando sobre Lupin e Gui — era o seu malão.
— Nós pudemos salvar isso da sua casa, Harry. Parece que está tudo em ordem. — Lupin disse gentilmente.
— Obrigado. — Harry disse, surpreendentemente aliviado. Ele não tinha um baú da fortuna em seu malão, mas havia muitas coisas valiosas para ele lá dentro e o causou muita dor ter que deixar seus únicos pertences pra trás. Sr. Weasley virou para Harry.
— Harry, acabei de enviar uma coruja pra Rony para dizer que você está bem. Eles estão esperando por você em casa.
Harry sentiu uma onda de alívio tão grande que fechou os olhos. Ele percebeu que Sr. Weasley disse “casa”, não “Toca” e Harry sabia que ele fizera isso propositalmente. A Toca havia sido uma espécie de segunda casa desde o seu segundo ano em Hogwarts e ele sabia que a porta estaria sempre aberta pra ele. No entanto...
Harry não respondeu imediatamente Sr. Weasley e, em vez disso, olhou para Dumbledore. “Ele irá me achar lá?”
— A Toca se tornará Impenetrável depois dessa noite, Harry. Você não será achado lá. — Dumbledore lhe assegurou. Harry fitou os olhos do diretor e sentiu Dumbledore dizer isso de boa vontade. Foi Sr. Weasley que andou até Harry e colocou a mão em seu ombro.
— Vamos, Harry. Rony está te esperando, ele enviou Pichitinho para Hermione para dizer que você está bem. Você poderá descansar em casa.
Harry fechou seus olhos de novo ao ouvir a palavra “casa” e virou-se para seguir Sr. Weasley e Gui. Um barulho repentino o fez olhar para trás. O coração de Harry elevou-se. “Edwiges!”, ele exclamou enquanto olhava Lupin a deixava entrar no quarto. Ela estava sumida por quase uma semana e Harry estava começando a se preocupar.
— Espere um segundo, Sr. Weasley. — Harry disse e se debruçou sobre a mesa, pegando um pequeno bloco, um lápis e rapidamente rabiscando um bilhete. Prendeu o bilhete na perna de Edwiges e deu uma pancada de leve em suas asas cor de neve. — Leve isso para Hermione para mim, ok? Seja bem rápida. — Edwiges piou suavemente, soltou o dedo de Harry e voou para fora da janela.
— Pichitinho demorará a eternidade e um dia. — disse, dando uma risada. — Ela ficará preocupada. — disse com simplicidade, se referido a Hermione. Então, seguiu Sr. Weasley para fora do quarto e se preparou para ir pra casa.
Gina
Perto do meio-dia naquele dia, Gina Weasley entrou n’A Toca pela porta da cozinha, carregando várias flores. As deixou em cima da mesa e se esticou até um armário para pegar um vaso branco e liso. Ela começou a acertar o final dos botões com a varinha, achando divertido poder usar magia em casa. Desde que a guerra havia começado, alunos do quinto, sexto e sétimo ano tinham privilégios especiais de praticar magia em casa. A pedante e monótona tarefa a permitiu pensar calmamente os eventos acontecidos naquela manhã.
As coisas estavam resolvidas agora. Papai estava no escritório, mamãe tinha ido comprar mantimentos e Rony, Fred e Jorge estavam lá fora jogando o Quadribol para se estabilizarem melhor no jogo. E Harry estava lá em cima dormindo quarto de Rony. Ele dormia já fazia quase uma hora e isso alegrava Gina. Quando ele chegou n’A Toca há pouco tempo atrás, ele parecia ter passado por uma guerra emocional e Gina sabia muito bem o que ele havia sentido. Mamãe se dirigiu a ele imediatamente e o abraçou tão forte como se fosse seu filho. Rony deu uma palmadinha nas suas costas e o lançou um grande olhar de alívio e felicidade. Fred Jorge fizeram uma piada que alivou a tensão. Mas Gina deu um passo pra trás e deixou o cômodo antes que Harry pudesse vê-la.
Era muito difícil ver Harry passar por tanta coisa. Gina gostaria de estar lá com ele, para confortá-lo com um abraço ou mesmo uma piada, mas aquele não era seu lugar. Com o passar dos anos, ela aprendeu a lidar com o fato que ele não a percebia e realmente aprendeu a esquecer isso às vezes. Mas quando coisas que aconteceram esta manhã aconteciam, seus sentimentos por Harry voltavam e Gina sabia que não havia nada que ela pudesse fazer para reprimi-los. Então ela foi para o jardim pegar umas flores.
Ele simplesmente não a via. E isso era fato.
Satisfeita com o grande buquê que havia feito, Gina pegou sua varinha e tocou uma das flores, que começou a murchar. Ela murmurou alguma coisa suavemente e tocou a sua varinha no caule da flor, então a flor se encheu de cor e se abriu. Ela fez isso a outras três flores murchas e, satisfeita, posicionou o vaso no centro da mesa. A ausência do arranjo a fez olhar para a porta e ela olhou de relance para quem estava parado em frente a ela.
Harry entrou na cozinha e o coração de Gina disparou em seu peito. Seus cabelos pretos estavam bagunçados, suas roupas estavam enrugadas e ele olhava diretamente para ela. Seus olhos verdes penetrantes tinham o mesmo olhar vazio que tinham três anos atrás. Estava quase a um ponto que Gina podia ver as janelas fechadas atrás deles. Ele sorriu para ela e ela e seu coração quase quebrou.
— Oi. — ele disse.
— Oi! — ela disse em uma voz surpreendentemente clara. — Dormiu bem? — ela o viu encolher os ombros e puxar uma cadeira da mesa para sentar-se.
— Quer beber alguma coisa? — ela perguntou a ele e dirigiu-se para um armário, tirando uma jarra de suco de abóbora.
Ele não respondeu, então ela virou para ele. Ele o olhava de maneira peculiar. Gina não sabia por que, mas o olhar cauteloso na face de Harry fez crescer uma enorme bolha em sua garganta, provocando um sorrisinho.
— O que foi? — ela perguntou com diversão. — Tem alguma folha no meu cabelo ou qualquer coisa do buquê? — ela levantou sua mão livre e passou sobre o cabelo, preso em um simples rabo-de-cavalo. Ele compensou Gina um sorriso largo.
— Não, não. Você parece diferente, é só isso.
— Oh! — Gina parou no meio da cozinha com a jarra de suco de abóbora ainda na mão. Ela virou subitamente um momento depois e pegou dois copos no armário.
— Obrigado. — Harry murmurou depois que ela lhe deu o copo. Ele terminou o suco com quase três goles.
Eles ficaram em silêncio por um instante, Harry reenchendo seu copo mais uma vez e Gina pegando uma revista em uma prateleira e folheando. Ela sabia que ele não queria falar, então ela se forçou a parecer confortável com a presença dele, o que o faria se sentir confortável pelo fato de não estarem conversando. Isso pareceu ter funcionado até Gina pega-lo olhando para ela de novo. Deveria haver grande novidade porque Harry nunca a olhou, realmente olhou para ela daquele jeito que estava olhando agora. Entretanto, não era esse o olhar que ela sempre sonhara.
Ele não tinha um sorriso bobo nos lábios nem olhar convidativo. Ele a olhava muito pensativo e... ele tinha as sobrancelhas franzidas e a cara amarrada. Por uma fração de segundo, os olhos de Gina e Harry se encontraram, mas Harry quebrou a conexão imediatamente. O conforto foi embora. Ficaram em silêncio de novo. No entanto, o ar estava pesado com uma tensão que nenhum dos dois entendia. Gina voltou para sua revista, Harry voltou a observar seu suco. Mas foi ela quem levantou seus olhos ligeiramente para olhar para ele mais uma vez.
Continua...
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Mais Fanfics (em inglês) de Harry Potter por Casca em:
The Hidden Tower
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