O Casamento



Finalmente chegou o grande dia do casamento de Gui e Fleur.
Naquela manhã A Toca estava repleta de pilhas de presentes de todos os tipos e tamanhos. Alguns úteis outros um tanto quanto, estranhos. Quando Fleur se deparava com um desse tipo, caretas vinham-lhe a face; porém a mulher tentava a todo custo não deixar transparecer a sua insatisfação.


Por outro lado, Gui Weasley estava feliz com o que tinha ganhado, principalmente com os presentes dados pelos professores de Hogwarts: McGonagall, presenteou o casal transfigurando “A Toca”, num verdadeiro castelo de contos de fadas; Professor Filio Flitwick, encarregou de fazer as borboletas dançarem ao ritmo da música;Já a Professora Sprout, cuidou das flores e de todo jardim D’A Toca. Todos aprovaram a decoração, até mesmo, Fleur, que era um pouco enjoada para esse tipo de coisa.


Havia muitos convidados. Colegas de trabalho do Sr. Weasley, amigos da família e familiares. Mas, Rony, ainda estava em seu quarto se arrumando para a ocasião. O ruivo estava realmente elegante. Vestia um terno novo, isso fora uma das exigências da noiva. A cor de seu terno era azul marinho, cor na qual, realçava seus olhos. Tudo estaria perfeito, Rony estaria perfeito se não fosse sua testa.

- Que estilo – disse Harry.
- Ah... Harry. É você?
- Quem você queria que fosse? Perguntou de um jeito sarcástico.
- Ninguém.
- Vai continuar mentido, cara. Lembra...
- De novo essa história de contar a verdade. Da um tempo, cara.- interrompeu Rony.
- Você é quem sabe. Se você se sente bem assim...
- Claro que não.
- Tá parecendo. Olhe-se no espelho Rony.

Rony assim o fez. Este não era o Espelho de Ojesed que estava a sua frente, mas sim, um simples espelho, onde refletia a mais pura e fiel realidade.
Dessa vez não via só sua nova roupa ou como ficara bem nela, mas focalizou-se na sua fronte.

- Você venceu, cara. Vou contar.
- Nossa! Como eu sou bom nisso! – disse Harry, espantado com o seu poder de persuasão.
- Tá bom, viu! Sr. Persuasivo!
- Então, por que motivo você mudou de idéia?
- Esse vermelho da minha “tatuagem”, não está combinando com a cor da a minha roupa nova.
Riram juntos.

Harry e Rony juntaram-se aos demais convidados. Encontraram muitos rostos conhecidos. Um deles foi Olívio que parecia não saber falar de outra coisa a não ser quadribol. O que deixou Harry entediado, mas para Rony, foi incrível, pois ouviu grandes elogios de Wood, o que para Rony, era brilhante. Afinal, não há elogio melhor, senão vindo daquele que um dia, foi capitão e goleiro, ou seja, do antecessor de Rony do time da Grifinória.

- Até que fim – disse Harry após Olívio se afastar.
- Como assim? Olívio é um cara legal.
- Eu não estou falando o contrário só não quero falar mais de quadribol hoje.
- Sobre o que você quer falar? Das Horcruxes?
- SHHHHHH, isso não é assunto de se falar aqui.
- Foi mal, cara. Escapou.
- Por que não falarmos de como você vai contar pra Mione que você gosta dela como mulher e não, como uma simples amiga.
- SHHHHHH, você. Tá maluco! Isso sim, não é assunto de se falar aqui.
- Ora, ora! – disse Fred, entusiasmado.
- Uma Confissão – disse o outro gêmeo.
- Exatamente.

Rony estava com uma dúvida cruel não sabia se azarava Fred ou Jorge ou Harry por ter deixado tal informação escapar.

- Que isso, Rony. A gente já sabia, não é Jorge – disse Fred, ao ver a cara de espanto de Rony.
- Não – disse Jorge.
- Não? – perguntou Fred curioso.
- Não é só a gente Fred. Todo mundo já sabe.
- Claro!
- Olha! – disse Jorge, apontando para a testa de Rony.
- O que aconteceu? Sumiu?
- Você contou pra todo mundo? – perguntou Jorge.
- Não, falta a Gina e a Her...
- Mione – Harry ajudou-o a terminar de fala novamente.
- Tapado. – disse Fred erguendo a varinha e realizando um feitiço não-verbal.
- O que você fez? – perguntou Rony, assustado.
- Nada – disse Fred, puxando Jorge e saindo da vista de Rony e Harry.
- O que será que ele fez?
- Não me pergunte o que eu não sei.
- O que aconteceu com a minha testa?
- Parece que ficou mais claro. Não se anime, não clareou o suficiente para passar despercebido.

Rony nada falou, mas era possível notar o desanimo em seu rosto. De repente, viu algo, ou melhor, alguém que lhe chamou a atenção.
Em sua direção, aproximava-se Hermione. A garota estava fabulosa. Seu cabelo estava completamente diferente. Solto e liso e a coloração não era a mesma, parecia que a garota havia feito luzes.
Mas a transformação da garota não parava por aí. Suas curvas eram realçadas devido ao corte de um belo vestido de alça tom de lavanda.

- Oi, Harry. Oi, Rony – disse Hermione com um sorriso estampado no rosto.
- Oi, Mione – cumprimentou Harry.

Rony ficou maravilhado ao ver Mione dentro daquele vestido... Não tinha olhos pra nada. Estava cego para mundo, ou melhor, seu mundo era um só: Hermione.

- Rony? – disse Hermione, chacoalhando Rony pra ver se o garoto acordava.
- Sim? – disse Rony, saindo do transe.
- Oi – disse ela novamente.
- Oi.
- Então, tava pensando na morte da coruja?
- Não, só tava vendo como você está...
- Her-mionini – interrompeu uma voz conhecida.

Victor Krum, era um homem de traços fortes. Rosto com uma feição brava, sobrancelhas grossas e escuras e tinha um nariz adunco. Krum, cuja descendência é búlgara, jogava quadribol na seleção do seu país. Ele provavelmente havia sido convidado por Fleur. Após ficarem amigos quando eles mais Harry e o falecido Cedrico participaram do Torneio Tribruxo.

- Victor! – disse Mione um pouco surpresa.

Krum nada disse. Apenas estendeu a mão para a garota, convidando-a para dançar.
Rony ficou apreensivo, olhava de Krum para ela e vice-versa.
Hermione educadamente aceitou e dirigiu-se para a pista de dança com o búlgaro.

- Linda. – disse Harry.
- O quê? – perguntou Rony sem entender.
- Você ia dizer isso pra ela. “Só tava vendo como você está linda”
- Harry, da próxima vez que você continuar a dizer o que eu pretendia ou não, eu prometo que vou quebrar a sua cara. – disse Rony, irritado.
- Quem vai quebrar a sua cara sou eu.
- Não entendi.
- Como você deixa o Krum tirar ela pra dançar?
- Eles estão juntos. Você ouviu. Ela confessou naquela brincadeira trouxa que ficou com aquele trasgo.
- Então, Rony. Ela disse ficou, ou seja, é passado. Eles não estão saindo juntos ou algo do tipo.
- Como você pode ter tanta certeza?
- Você viu a cara dela de surpresa quando o viu?
- Namorados fazem esse tipo de coisa não fazem? Lembra quando a Lilá me deu aquela corrente, a cara que fiz?
- Você não tem jeito mesmo – disse Harry rindo da piada do amigo.
- Não to brincando não, a Mione fez a mesma cara quando viu o Krum.
- Mais um motivo para você ir lá e salvar a mocinha do trasgo outra vez... Então, você está esperando o quê, Rony? Vai atrás dela logo! – disse Harry.

Mas antes que Rony tomasse alguma atitude um som ecoou em seus ouvidos...

- Boa tarde, Senhoras e Senhores!

As vozes eram de Fred e Jorge.

- Estou aqui não para falar dos noivos, isso eu deixo para o meu pai...  Vou falar de meu irmão caçula, Rony – disse Fred.

“Não. Ele não se atreveria a abrir a boca”, pensou Rony.


- Isso mesmo, nosso irmão, Rony, está apaixonado e pretende se declarar na frente de todos nós.

Fred e Jorge foram de encontro a Rony e Harry.Rony parecia um cadáver, seu rosto não tinha nenhuma expressão. A única coisa que parecia ter vida era: sua “tatuagem” e suas orelhas que estavam rubras.
Os gêmeos ficaram ao lado do irmão caçula, segurando um microfone.
Rony era o centro das atenções. Todos o olhavam fixamente, esperando por uma declaração de amor.
Um flashback passou-se em sua mente. Lembrou-se de quando convidou Fleur para ser seu par do Baile de Inverno. Isso que estava acontecendo agora era bem pior. Havia muitas pessoas e foi pego de surpresa. Ele não pretendia contar pra mais ninguém exceto Gina e Hermione. Se declarar na frente de muitas pessoas seria, na opinião dele, suicídio social.

- Acho que ele está emocionado - disse Fred, para os convidados que não estavam entendendo nada.
- Nosso irmão está apaixonado por uma amiga de infância. - disse Jorge.
- É, esta morrendo de amores por Hermione Granger.

- Rony? – disse Harry, preocupado.

Fred e Jorge não se agüentaram mais, os gêmeos caíram na gargalhada. Fato que despertou Rony pra vida novamente.

- Não tem graça – disse o ruivo recuperando do susto.
- Quem disse que não tem? – perguntou Fred.
- Vocês me fazem de idiota e acham que é engraçado? Disse, ao ver todos os convidados fitando-o.
- Discordo.
- Ninguém lhe faz de idiota, Rony. Você que tem mérito por isso e não a gente!

Os olhos de Rony brilhavam de raiva. “Jorge e Fred ainda vão se arrepender de ter feito isso”, pensou Rony.

- Não olhe a gente assim! – disseram os gêmeos.
- Depois do que vocês fizeram, vocês tem que agradecer de eu não ter quebrado suas caras.
- Rony, você não sabe contar? – perguntou Jorge.
- Como assim?
- Como assim? Nós somos dois e você um só, então, acho que você iria sair no prejuízo. Meu Merlin! Rony, como você acha que a gente faria isso com você? Nós te amamos...
- Não ria Harry – repreendeu Jorge ao ver Harry rir do que Fred acabara de dizer.- A gente não faria isso contigo, maninho!
- É. Olhe para essas pessoas, Rony. Veja as feições delas.
- Estas pessoas não estão entendendo nada do que a gente está falando – riu-se Fred.
- Quem não está entendendo sou eu – disse Rony
- Tá difícil, hein...
- Rony, essas pessoas não escutaram uma palavra do que nós falamos! – explicou Fred.
- NÃO?
- Isso mesmo. Não ouviram uma palavra.
- Mas...
- A gente usou o abaffiato.
- Então, foi isso que você fez quando apontou a varinha pra mim...
- Mais ou menos, cheguei a fazer isso, mas discretamente apontei para essa região em que estamos agora.
- Mas como vocês sabiam que iríamos ficar aqui? A gente poderia ter ido para a pista de dança. Como sabiam que não iríamos sair daqui? – Harry perguntou interessado.
- Harry, quem não arrisca não feitiça – disse Fred pegando sua varinha e retirando o feitiço.
- Olhe, é o Lino! – disse Jorge.

Fred e Jorge foram de encontro com o amigo de tempos de escola.
Lino Jordan era o antigo narrador de jogos de quadribol, suas narrações eram dignas as de um verdadeiro amigo dos gêmeos.

- Vamos, Harry. Depois disso, preciso tomar alguma coisa, parece que entalou algo na minha garganta.

Dirigiram-se para a mesa onde estavam as bebidas e cada um pegou uma taça de Whiskey de fogo.

- Oi, de novo. – cumprimentou Hermione.
- Se divertindo muito, na companhia de seu NAMORADO? - perguntou Rony, enciumado.
- O Krum não é meu namorado.
- Mas é isso que ele quer, não é? Ser seu namorado?
- Diga, Rony. Por quem, mesmo, você está apaixonado? Na hora que o Fred e Jorge foram perto de vocês, não deu para escutar mais nada.
- Er... Não importa por quem Hermione. O que importa é que não estou apaixonado por nenhuma inimiga.
- Uma amiga talvez? – perguntou Hermione.

Rony mais uma vez ficou quieto. Sem graça. E com cara de bocó.

- Vamos, a cerimônia vai começar – disse Mione, ao ver o mestre de cerimônias se preparando para anunciar a entrada dos pais, padrinhos, etc...
- Aliás, Rony, não importa se o Krum quer namorar comigo ou não, mas o que realmente importa, é o que eu quero e com quem quero namorar...

Rony sentiu um friozinho na barriga. O que ela quer dizer com isso?, pensou o ruivo.


A cerimônia foi linda.Fleur estava incrível! Combinava perfeitamente com a decoração.
Quando chegou a parte das alianças, o Professor Fílio Flitwick se encarregou de conjurá-las.


- Vingardium Leviosa – murmurou o pequeno bruxo.
- O que aconteceu com o accio? Leviosa não! Até as alianças chegarem lá, vocês podem aproveitar o juiz e realizar o meu enterro! To morrendo de fome! – disse Rony, sério.
- OUCH! – gritou o garoto após ter recebido um cutucão de Hermione.

Rony havia se expressado com um tom bem alto na voz, fato que o fez, novamente, o centro das atenções.

- Ops! – disse, ao ver todos olharem em sua direção.

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