Grande Amigo



O artigo de Skeeter se espalhou de forma rápida:


- Mande lembranças ao Dr. McGouthy! - caçoou um quintanista sonserino, quando o grifinório subia as escadas para retornar à sala comunal.


- Lava de caldeirão.


Assim que colocou os pés dentro do cômodo, a passagem se fechou. Suspirou fundo e largou um grosso livro de capa dura dourada à mesa. Olhou ao redor, estava só. Pelo menos lá, ele teria um pouquinho de paz, porque já estava exausto com as brincadeirinhas de mau gosto que tinham durado a tarde toda. Porém, em comparação com o insucesso de não ter encontrado Harry e, tampouco, Hermione, as gozações não eram nada.


Sacudiu a cabeça espantando os problemas que insistiam em assombrá-lo, andou de um lado para o outro, mirou o livro de capa dourada, que a pouco segurava, onde se podia ler o título Varinhas – História e Mistério. Aquele livro antigo tinha sido encontrado na sua busca por Hermione na biblioteca do castelo. Aproximou-se do objeto e o abriu. “Quanto maiores são, mais assustadores parecem... Como Hermione consegue ler? “ disse a si mesmo. Seus olhos pousaram-se na dedicatória do livro:


“A você, meu querido. Pois quando se há um grande problema, devemos recorrer a um grande amigo”


Aquelas palavras se fixaram na mente de Rony. Grandes problemas, recorrer a um grande...


- HAGRID! É isso. – Pulou da cadeira, na qual caiu ao chão pelo movi movimento brusco do garoto. Eufórico, subiu os degraus que davam para o dormitório dos meninos. Precisaria da capa. Abriu o malão de seu amigo e, surpreso, constatou que o objeto mágico não estava lá. Onde quer que Harry estivesse, tinha levado a capa. Desceu as escadas mais rápido do que havia subido. Correu até a pintura a óleo de mulher Gorda e murmurou:


- Lava de caldeirão.


A espera em vão. A mulher do retrato não estava mais lá. O garoto repetiu e repetiu a senha por longos minutos, quando estava perdendo a paciência e estava prestes a violar o quadro da Mulher Gorda, a mesma apareceu.


- Ora até que fim! – rosnou o ruivo – Por onde esteve?


A mulher vestida em rosa segurava um cálice prateado à mão esquerda, suas faces estavam coradas devido ao álcool, e tinha um sorriso tímido às faces que nem a fúria de Rony conseguiu eliminar de seu rosto.


- Saúde – felicitou a mulher e em seguida, bebericou de sua bebida.


- ABRA a porta.


- Não seja um estraga-prazeres – e sorveu outro gole da bebida. Rony, já sem paciência, chutou o retrato o que acabou despertando o rancor de Mulher Gorda.


- Ora, seu bruxo insolente! – choramingou.


- Bêbada. – o semblante da mulher retratada endureceu de forma inalterável, e se negou abrir a porta para Rony quando, este disse a senha mais uma vez naquela noite. Diante do fracasso, direcionou milhares de xingamentos ao retrato – Fofoqueira... Gorda... Solteirona.


Mulher gorda congelou por milésimo de segundo, e depois desatou aos prantos.


- Eu nunca fui tão ofendida em toda minha vida! Seu – assuou o nariz na barra do vestido de seda – insensível.


A passagem se abriu e Rony a atravessou. Procurou se concentrar, esquecer o desafeto que a pouco tivera com um mísero e patético retrato. Já estava tarde. A escuridão se instalará, e ele não podia ser pego. Cuidadosamente, caminhou pelos corredores, escadas, andares. Suava frio ao pensar na possibilidade de encontrar madame Norra à sua frente. Rony não precisava de mais detenções. Segurando a respiração, abriu a porta de carvalho do castelo e saiu.


Sentiu o sopro do vento gélido encontrar- lhe a face. Apertou a varinha que empunhava a mão direita e, com cautela, andou até seu destino. Era possível visualizar as finíssimas fitas formadas pela fumaça proveniente da chaminé da cabana de Hagrid.  


- Lumus - Uma ponta de luz emanou de sua varinha, essa mesma luz tornou-se mais nítida e forte, iluminando o caminho do jovem.


Rony apertou o passo, ouvia-se o barulho da relva a cada passo seu. Um frio atingiu a nuca do garoto, ele não sabia se era devido à noite fria ou pela desagradável lembrança de encontrar criaturas das mais assustadoras.


- Arania Exumai, Arania Exumai. – repetiu para si – Se algo grande e peludo aparecer, lembre-se, Rony... Arania Exumai.                  


 Rony apertou o passo, cansado e ofegante, chegou à porta da cabana. Deu três batidas à porta.


 - Quem está ai? - perguntou o meio-gigante.


- Sou eu... Rony.


- Er... um minuto. - O grande homem, surpreso, abriu a porta. Olhava para Rony que ainda estava com a varinha em posição de ataque.


- Você sabe – e fez o gesto com a varinha – em casa de eu encontrar algo grande e peludo.


- Eu sou grande e peludo – disse o Homem pensativo – poderia, isso... isso... Abaixe.


Rony aos risos guardou sua varinha.


- Não vai me deixar entrar? - perguntou o ruivo, vendo que Hagrid bloqueava a passagem.


- Vou fazer um chá. - disse dando alguns passos para trás, deixando que Rony adentrasse sua cabana. - Em que o velho Hagrid pode ajudar?


- Bem - sentou-se ao sofá, onde recebeu uma caprichosa lambida de Canino. - Harry... ele esteve aqui?


- Não.


Rony não convincente fixou os olhos nos de Hagrid. O homem grande abaixou seus olhinhos de besouros.


- Hagrid?


Os olhos fujões do homem fitou os de Rony, e por fim, disse:


- Não está mais...


- Mas esteve?


Não precisou de resposta. Hagrid conseguia ser muito transparente. Ele sempre o era.


- O que ele queria?


- Olha aqui, Rony. Posso ser um bobalhão... Deixar escapulir as coisas, mas não sou de fofocas.


- Desculpe, eu... eu não quis ofender.


- Hum – Hagrid levou a mão direita até sua comprida barba e a alisou. – Está certo. O chá!


Hagrid reapareceu, logo depois, com duas canecas de alumínio, estendeu uma delas para Rony, que aceitou por mera cordialidade. Sentado com canino em cima de seus pés, Rony contou tudo, narrou cada palavra que se lembrava do artigo de Skeeter. Hagrid ouvia tudo, irritado, porque ele melhor que ninguém conhecia o gênio e língua mordaz da jornalista.


- Ela é mesmo uma...


- É sim! - bebeu mais um gole do chá que o amigo lhe tinha preparado. Estava forte. Intragável, bem mais intragável que a própria Skeeter, pensou Rony. – Eu juro que não sei o que me deu! Tudo bem que tenho problemas com os nervos, mas eu nunca me irritaria assim tão fácil ainda mais com Harry! Espero que ele me per...


- Ora, Harry é um bom garoto. – sorriu – Sabe, bom coração.


- Espero.


- Ele já te perdoou.


- Ele disse, isso?


Hagrid paralisou. Levou a mão à boca como se algo que não poderá acabava de sair dali.


-Está tarde, boa noite. – levantou e correu até a porta e a segurou.


- Está me mandando embora? Eu não tenho culpa se você é boca aberta! HEI!!


Tudo que Rony ouviu foi uma grande e estrondoso baque da porta sendo fechada.


“Eu, boca aberta? A gente tenta ajudar, mas... Boca aberta?” Rony ouvia a voz de Hagrid fora da cabana. Olhou com pesar para a porta da cabana, puxou a varinha do bolso, e retornou ao castelo.


O caminho de volta foi mais vagaroso. Milhares de coisas flutuavam na mente de Rony, problema s e mais problemas... Brigas e outras mais. Harry, Hermione e agora Hagrid. O que poderia ser pior?


- Vejo que o passeio não foi tão agradável, senhor Weasley.





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Aha! E não é que saiu! Demorou o que? uns dois anos? :p


Bom, tá fresquinho acabei de fazer/digitar; mas está sem betar. Acho que perdi minha beta :/


Vou te rque me virar sozinha... Se alguém ve um erro medonho, avise-me, ok?


como disse nas notas, não sei se alguém cheogou a ler, estou reeditando a fic ( fiz até o cap. 4), farei com todos os caps, mas não será preciso reler.  Como muito tempo se passou, minha escrit amudou. Reli a fic, o que me ajudou pacas a sair desse momento infértil, achei ums coisinhas que ficaram mal feitas :p


Entonces, é isso.  Tô hiper feliz, pq acho que agora vai... Desejem-me sorte e comentem, tô meio carente, ok?


abafa!



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