Capítulo I



O trem aproximava-se vagarosamente de Londres. O percurso de York até ali levava cerca de duas horas e meia. Draco Malfoy podia ter aparatado, mas gostava de viajar de trem. Lembrava-lhe a mocidade e suas primeiras impressões sobre a grande cidade.

O guarda bateu à porta de sua cabine individual e avisou:

- Faltam só cinco minutos até King’s Cross, sr. Malfoy. Precisa de mais alguma coisa? Quer mais uma bebida?

- Por favor, poderia providenciar para que a minha bagagem seja levada até meu carro? – Draco pediu.

- Claro, senhor. Espero que tenha feito uma boa viagem.

O empregado sorriu polidamente e retirou-se. Depois que saiu, Draco juntou os papéis que examinara e guardou-os em sua pasta. Durante a viagem analisara o negócio com a Havilland e sentia-se confiante por não haver nenhum obstáculo para efetuá-lo. A Química Havilland logo faria parte da Fundação Malfoy, e isto o deixava muito satisfeito. Acendeu um charuto e pousou a cabeça no encosto macio. Pelas janelas levemente embaçadas podia ver as luzes da cidade brilharem intensamente. Passava das sete da noite, era outono e fazia frio. Acabara de voltar da Califórnia, por isso se sentia duplamente atingido pelo frio.

Começou a pensar em tudo que o esperava: sua limusine com chofer, sua casa num quarteirão elegante de Belgrávia, e Hermione, sua esposa...
Comprimiu os lábios ao pensar em Hermione. Àquela hora, já devia ter recebido as flores que ele enviara de Glasgow e, sem dúvida, estaria pronta à sua espera. Tragou profundamente o charuto e lembrou-se da decoração refinada de sua casa, antecipando o prazer da noite que passaria em companhia da esposa, quando então lhe contaria todos os pormenores da viagem.

E ela o ouviria. Hermione sempre o fazia, pensou, e sentiu novamente a sensação de espanto experimentada três anos atrás, quando ela aceitara sua proposta de casamento.

Draco Malfoy lutara a vida toda para ser bem-sucedido. Filho de um empresário manipulador e egoísta, teve de trabalhar arduamente para vencer na vida. Ao contrário de seu pai, não se interessava pela bolsa de valores. Desde muito jovem era fascinado pela química, e um diploma na Universidade de Leeds lhe tinha aberto caminho para suas conquistas mais importantes. Teve a sorte de conseguir um lugar como assistente de laboratório em uma pequena fábrica perto de Selby, e, embora na época os amigos o julgassem tolo por desperdiçar seu talento num laboratório tão inexpressivo, Draco queria adquirir experiência, aprender, ver como funcionava um laboratório. O convite para um cargo de direção foi uma conseqüência natural. Este era o primeiro passo para um dia vir a tornar-se sócio, e Draco sabia perfeitamente disso.

Não escondia um certo remorso pela forma que chegara ao controle da Quartons. E à posição de milionário.

Havia três anos, quando conhecera Hermione, estava à procura de uma esposa, uma esposa conveniente, claro. Muitas mulheres haviam passado por sua vida, mas Draco não considerara nenhuma delas boa o suficiente para ser sua companheira. E foi então que conheceu Hermione Granger.
Draco tinha sido apresentado ao pai dela, membro da alta sociedade inglesa, havia alguns anos. Gerald Granger era filho de um baronete, porém não herdara o título por ser mais jovem que o irmão. Mesmo assim, Geraldo tinha a posição social que Draco escolheria, se pudesse.
Entretanto, quando Gerald morreu em um acidente de automóvel, a família descobriu que estava arruinada, e Hermione, noiva do playboy Harry Potter, se viu abandonada.

Ela havia tido uma ótima educação, numa escola da Suíça, falava fluentemente várias línguas. Draco a encontrou por acaso no Teatro Shaftesbury. Ele e alguns amigos estavam no bar durante o intervalo, quando Hermione entrou em companhia de Giles St. John e sua esposa. Giles era grande amigo e sócio de Draco, e era natural que se cumprimentassem.

Draco sentiu que aquela mulher em apuros financeiros, com fina educação e forte influência na sociedade londrina, era tudo que procurara até então. E havia mais um ponto a favor dele: ela estava falida!

Durante semanas Draco pôs seu plano em ação: telefonava, conversavam, saíam, e Hermione começou a mostrar sinais de interesse por ele. Draco, porém, não sentia nenhuma atração por Hermione, já que a considerava muito fria e controlada para excitar sua natureza sensual. Mas era ideal para o que pretendia...

Até que chegou o momento certo de fazer sua proposta: um casamento de conveniência. Queria uma esposa apenas no nome. Queria uma mulher para enfeitar sua mesa, receber os convidados quando fosse necessário e para testemunhar seu poder sobre as mulheres.

Para Hermione, que já estava começando a abrir seu coração para Draco, foi uma punhalada. Porém, que outra alternativa ela possuía? Não tinha experiência para procurar trabalho, não tinha dinheiro… Poderia esconder seus sentimentos e aceitar a proposta como um negócio… Tal e qual Draco propusera!

O dia do casamento foi um grande acontecimento social. Os antigos amigos de Hermione apareceram para lhe desejar felicidades. Draco se perguntava se Hermione acreditava em suas desculpas por terem passado tanto tempo sem falar com ela. E também se aceitaria os convites apressados que agora lhe faziam.

Entretanto, apesar do absurdo do começo, o arranjo estava fazendo bem para os dois. O trabalho de Draco o obrigava a viajar grande parte do tempo, e, durante aqueles três anos de casamento, tinham passado juntos apenas uns três meses. Hermione tinha correspondido às expectativas de Draco. E o relacionamento deles era cordial e sereno.

Draco descobriu em Hermione um gosto muito refinado para decoração, e sua casa no bairro de Belgrávia era muito comentada. Draco sabia que os amigos o consideravam um homem de sorte por ter uma esposa tão talentosa e bonita.

Agora, o trem entrava em King’s Cross e Draco já estava de pé, pegando seu casaco de pele de carneiro. Vestiu-o e passou os dedos pelos cabelos loiros e sedosos. Era um homem alto, forte, embora caminhasse com uma leveza de pantera. Não se achava bonito, mas as mulheres o consideravam muito atraente.

Quando a locomotiva parou na estação, Draco pegou a pasta e saiu para o corredor bem na hora em que o comissário surgiu carregando suas malas. Latimer, seu motorista, estava esperando na plataforma; cumprimentou o patrão, pegou sua bagagem e levou-a para o carro.
Draco, como sempre fazia, tomou o assento do motorista e acendeu um charuto enquanto Latimer colocava a bagagem no porta-malas. Havia um sinal de impaciência na maneira de Draco segurar o charuto. Agora que estava em Londres, queria chegar logo em casa. Fazia mais de três meses que tinha partido para os Estados Unidos.

Latimer acabou de acomodar a bagagem na mala do carro e sentou-se ao lado de Draco.

- E como vai a Sra. Malfoy, Latimer? Ela recebeu minhas flores?
Latimer tossiu apressadamente, depois respondeu.

- Sim, senhor, recebeu. E acredito que está bem, sim, senhor. Eu acho que todos estão com um começo de resfriado, desde que houve essa mudança no tempo.

Draco apenas assentiu com um leve gesto de cabeça. Fizeram o restante do trajeto em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensamentos.

A casa de Draco ficava na praça Kersland, um casarão em estilo georgiano, ladeada por grandes propriedades de empresários locais bem-sucedidos.

Draco parou o carro na porta e desceu.

- O senhor ainda vai precisar de mim esta noite? – Latimer indagou.
Draco levantou a gola do casaco para se proteger do ar frio da noite.

- Acho que não, obrigado. Pode guardar o carro.

- Sim, senhor. – Latimer o cumprimentou e Draco deu meia-volta para subir os degraus da entrada, abrindo a porta com sua própria chave.

Entrou em um espaçoso hall, acarpetado em azul e amarelo-ouro, as paredes forradas com painéis de madeira e um lindo lustre de cristal. Era uma entrada muito elegante. À esquerda e à direita, portas almofadadas levavam à sala de jantar, ao salão de festas e ao escritório de Draco. As portas fechadas, porém, fizeram com que Draco franzisse o cenho. Onde estaria Hermione? Ela sempre vinha recebê-lo! Será que não tinha escutado o barulho do carro? Nem a porta da rua se abrindo?

Estava atravessando o hall quando a porta que dava para a cozinha e para o apartamento dos empregados se abriu, e a Sra. Latimer apareceu. Sorriu alegremente e pegou o casaco das mãos de Draco.

- Boa noite, senhor! E bem-vindo ao lar! Fez boa viagem?

- Sim, obrigado. – Respondeu Draco. – Como tem passado? – Enquanto falava, olhava impaciente em volta. – Onde está a Sra. Malfoy?

- Receio que tenha saído. – Respondeu a Sra. Latimer, corando violentamente.

- Para onde foi? – Ele perguntou, tentando manter o controle na voz.

- Não tenho certeza, senhor. Ela não disse. Só sei que está com o Sr. Potter.

- Potter? – Draco estava atônito. – Harry Potter?

- Acho que sim, senhor. – A Sra. Latimer estava atrapalhada. – Ah, o jantar já está pronto. Acho que deve estar com fome. Se... Se quiser lavar as mãos...

- Diga-me. – Draco afrouxou o nó da gravata e, interrompendo o que a mulher falava, indagou: - Minha mulher sabia que eu ia chegar esta noite?

- Sabia, senhor. Suas flores chegaram de Glasgow ontem à tarde.

- Entendo. – Pigarreou e prosseguiu: - Muito bem, Sra. Latimer. Vou tomar um banho. Estarei pronto em uns vinte minutos.

- Sim, senhor.

Draco subiu as escadas, de dois em dois degraus, o sangue fervendo por todo o corpo. Abriu de um só golpe a porta do quarto, entrou e bateu a porta. Sentia-se terrivelmente zangado, quase traído por Hermione ter escolhido justamente aquela noite para sair. Nunca tinha feito isso antes. Sempre estava presente quando ele voltava de suas viagens de negócio, pronta para sorrir e escutar o que ele tinha a contar. Com os diabos!, pensou, era para isso que ela estava ali. Ele a tinha “comprado” para servi-lo, e não para sair na companhia de seu ex-noivo, Harry Potter!
Irritado, tirou a roupa e foi para o banheiro. A água morna do chuveiro foi acalmando-o aos poucos. Mesmo assim, sentia os dentes trincar de raiva. Como ela ousava? Como se atrevia a sair com um homem que a abandonara três anos atrás? O que será que os amigos estariam comentando? O que estariam pensando?

Fechou a torneira do chuveiro e enrolou-se em uma toalha imensa, enxugando-se automaticamente. Vestiu calça preta e uma camisa verde de seda.

Impulsivamente, abriu a porta do quarto de Hermione. Acendendo as luzes, observou seu gosto tão refinado. No chão, havia um tapete branco macio, enquanto colcha e cortinas se completavam em delicadas nuances de rosa. A penteadeira estava coberta de vidros de perfume e havia um robe de chiffon, descuidadamente jogado ao pé da cama, provavelmente no lugar onde Hermione o havia tirado. Draco mordeu o lábio e rapidamente apagou as luzes e fechou a porta. Estava surpreso com a raiva que, de novo, o dominava inteiramente. Desejou fazer alguma coisa para se vingar. Como Hermione ousava fazer isso a ele?, perguntou-se novamente, enquanto descia a escada acarpetada e macia.

Atravessou o hall e entrou na sala de estar de teto baixo e iluminado, que ia dar na sala de jantar. Era um cômodo muito agradável, um lugar para se ficar, completamente diferente do salão do outro lado do hall, onde ele recebia os convidados. A mesa da sala de jantar era de madeira escura, com cadeiras forradas de couro escuro e macio. A mesa estava posta apenas para ele.

Por alguns momentos, Draco observou as arrumações da Sra. Latimer. Então, dirigiu-se ao bar e serviu-se de uma dose de uísque. Então, dirigiu-se à outra sala e sentou-se em uma das confortáveis poltronas.

Olhou ao redor: nada tinha mudado. As cortinas de veludo turquesa harmonizavam perfeitamente com o verde-azulado do tapete macio, onde os pés afundavam delicadamente. Estantes com livros ladeavam a lareira imponente que quase nunca era usada devido ao perfeito sistema de calefação central. Olhar a perfeita mistura de peças antigas e modernas deveria dar-lhe alguma satisfação, mas ele não conseguia apreciar nada. Estava se consumindo de ressentimento e raiva, e ficava furioso só de pensar que tinha voltado com tanto entusiasmo e esse entusiasmo tinha sido totalmente destruído pela atitude insensível de sua mulher.

A Sra. Latimer entrou e sugeriu cuidadosamente:

- Se o senhor desejar, poderei servir o jantar.

- Sim. Sim, muito bem. – Falou Draco, levantando-se. – Já estou indo.

Terminou a bebida e deixou o copo vazio na mesa antes de ir para a sala de jantar. Sentado à mesa vazia, tentou mostrar-se interessado na comida que a Sra. Latimer tinha preparado. Ficou tentado a fazer-lhe perguntas sobre o cotidiano de Hermione enquanto estivera ausente. Gostaria de saber se tinha visto Potter muitas vezes e se ele tinha vindo em sua casa. Seu queixo enrijeceu. A idéia de Harry Potter ali, em sua casa, era demais para que a admitisse.

Mas não disse nada e comportou-se como se a ausência de Hermione não tivesse a menor importância.

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A noite passou incrivelmente devagar e Draco se deu conta de que sua raiva aumentava a um ponto quase insuportável. Tinha desligado a televisão, depois de assistir a uma entrevista especialmente medíocre, e estava se servindo de mais uma generosa dose de uísque quando ouviu o ruído de uma chave na fechadura. Seu primeiro impulso foi correr para o hall e pedir uma explicação como qualquer pai autoritário, mas conteve sua ansiedade. Pegou uma revista sobre a mesinha central e sentou-se à poltrona em frente à lareira, como se toda a tranqüilidade do mundo tivesse dominado seu corpo. Hermione na certa viu a luz, pois alguns minutos depois a porta da sala de estar se abriu e ela parou na soleira, olhando para ele.

De repente, Draco se deu conta, com uma incontrolável clareza, de que Hermione estava especialmente linda naquela noite. Vestia um cafetã azul bordado que ele havia trazido para ela do Japão. Que soubesse, ela nunca o havia usado antes, e isso o aborreceu profundamente. E pensar que se vestira tão bem para Harry Potter! Os lindos cabelos castanhos estavam penteados em coque, à moda grega, enquanto alguns fios soltavam-se na altura das orelhas e acariciavam a nuca de desenho perfeito. Brincos pingentes de brilhantes enfeitavam-se as orelhas, os mesmos que ele lhe dera no último aniversário.

Draco fez com que Hermione baixasse os olhos ante a intensidade de seu olhar e ela entrou na sala obviamente hesitante.

- Olá, Draco. – Falou, colocando a bolsa de contas em uma mesinha com um cuidado exagerado. – Você parece bem-disposto. Fez boa viagem?

- Sim, foi razoavelmente bem-sucedida. – Falou displicente.

- Sinto muito não ter podido estar aqui quando chegou. Eu... Eu tinha um compromisso.

- Já ouvi dizer...

- Bem, tenho certeza de que a Sra. Latimer providenciou para você o melhor jantar...

- Para o diabo a Sra. Latimer! – A raiva contida de Draco explodiu. – Por onde você andou?

- A Sra. Latimer deve ter-lhe dito... – Falou Helen, procurando manter o sangue-frio.

- Não estou interessado no que a Sra. Latimer disse! – Draco interrompeu. – Quero saber onde você esteve, e com quem!

- Fui a uma festa... Com Harry Potter.

- Como tem coragem de me dizer, assim com essa calma, que foi a uma festa com Potter?

- E por que não? – Perguntou secamente.

- Por que não? Você é minha mulher. Isto devia explicar tudo!

Hermione girava no dedo o magnífico anel de brilhante que Draco lhe dera como presente de noivado.

- E quanto a você? – Perguntou ela calmamente. – Você também é meu marido. Isso explica tudo o que faz?

A expressão de Draco tornou-se mais tensa.

- O que está querendo dizer?

Hermione ergueu as sobrancelhas escuras.

- Acho que é óbvio. Pensa que consigo ficar alheia a suas conquistas? Pensa que não fico constantemente enojada com suas... Digamos assim, confidências bem-intencionadas?

Draco passou as mãos pelos cabelos.

- E você acha que meus... Atos... Lhe dão o direito de agir do mesmo modo?

- Não! Não sou como você!

- E como eu sou? – Ele perguntou, irônico.

- Honestamente, pouco me importa como você é. Mas não vejo motivos para se queixar do meu comportamento. No que me diz respeito, estes três últimos meses foram a gota d’água! Não vejo por que me afastar de meus amigos pelo simples fato de ter casado com você...

- Posso lembrar a você que estes... Digamos assim, “amigos” a abandonaram depois do acidente com seu pai? – Observou Draco.
Hermione recuou como se ele tivesse lhe dado uma bofetada.

- Essa é uma coisa muito mesquinha para se dizer. – Retorquiu com voz trêmula.

Draco encolheu os ombros largos, observando-a com surpresa. Era a primeira vez que a via emocionada. Normalmente não conseguia dela mais do que um controlado movimento de sobrancelhas, incapaz de alterar suas feições sempre serenas.

- Mas, apesar de tudo, verdadeira. – Comentou ele, os olhos fixos em seu rosto. – E agora o que vai me dizer? Que sou mal-educado por mencionar uma coisa dessas? Que não tenho as maneiras daquele intrometido do Potter?

- Harry é um cavalheiro. – Hermione falou, muito tensa.

Draco deu uma risada de desprezo.

- Ah, ele é? E qual seria a sua definição de cavalheiro? Imagino que é alguém que come ervilha com faca?

- Você é muito rude! – Exclamou Hermione. – Vou dormir.

Draco atravessou a sala e, num instante, estava ao lado dela.

- Ah, vai? – E, apertando os lábios, gritou: - Vai para a cama quando eu mandar, não antes!

Hermione levantou a cabeça sem acreditar no que ouvia.

- Lembre-se, Draco, estamos no século vinte e um! E você não é minha babá! Você não pode me obrigar a fazer o que quer o tempo todo!

- Não posso? – Falou furioso. – Eu não me fiaria nisso se fosse você!

Hermione tentou sair da sala, mas Draco estava na frente, impedindo.

- Não gosto desse tipo de conversa, Draco. Preferia que não tivesse acontecido nunca.

- Nem eu! – Ele respondeu. – Mas deixe-me lembrá-la que sua ausência aqui esta noite foi a causa de tudo!

Hermione suspirou.

- Estou exausta. Não podemos discutir isso amanhã de manhã? Nós estaremos... Bem... Estaremos mais razoáveis.

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