A Tempestade (Um mau tempo)



O que acontece é que na semana seguinte ao baile, ninguém viu muito Rony, nem Harry mesmo conseguiu falar com ele. Nas semanas seguintes, nada mudou. Ele não falava, apenas comia e ia a aula (Estava indo muito mal nelas, mal mesmo), depois das aulas subia ao dormitório e não saia dali. Mesmo que Harry fosse falar com ele, Rony não o escutava. Ele ficou apenas sentado em sua cama de cabeça baixa e todas as cortinas fechadas. (Pelo menos as de sua janela.).

-Mione, por que não acredita nele? – lhe perguntou Harrry, a beira de explodir – Ele falou serio, olha como está agora!

-Há! Não devia ter o tratado assim? Eu acreditei que ele estava rindo de mum porque... Já sabe... Se não me apressar, chego atrasado na aula de Artimância!

-Mione!

Março trouxe os primeiros raios da primavera e dias um pouco mais amenos. Harry treinava a equipe de Quadribol para a próxima partida: Grifinória contra Lufa-Lufa.

Nos treinos, ele teve a oportunidade de ver em ação os novos jogadores. (O resto da equipe na verdade) As Artilheiras estavam excelentes, os Irmãos Creevey, ótimos e Rony, muito mal.

-Geralmente ele joga muito bem – comentou Gina a Harry, depois de uma sessão de treinos – Vê-se que isso o afetou muito.

As goles passavam por ele e ele nem sequer dava sinais de reação. Harry tentou animar ele deixando-o ganhar no xadrez, mas nem isso teve efeito; Rony nem sequer quis jogar. Harry sentia que seu amigo ia caindo num poço fundo de depressão, do qual dificilmente sairia.

-Chega a me deprimir também – Contou Harry a Gina, esta concordou com a cabeça – Não sei o que fazer para ajudar.

-Acho que deveria falar com Hermione, Harry. – sugeriu Gina

-Eu tentei, mas ela não me escuta. – disse Harry desanimado.

-Então tente novamente! – Gina o incentivou – Odeio ver meu irmao assim!

Harry havia proposto a si mesmo não falar mais com Hermione até que a situação mudasse, mas havia chegado o momento de tomar medidas drásticas. Rony já estava nessa depressão há quase um mês.

-Hermione, tenho que falar com você. – ele falou seriamente com ela, a pressionando contra a parede para que não escapasse como da outra vez.

-Então fale. – ela disse nervosa. Ficava cada vez mais nervosa se Harry olhasse ela diretamente nos olhos.

-Tem visto Rony? – perguntou ele. Sabia a resposta, só queria saber se ela ia responder como ele pensava.

-Não. Ele está muito mal?

-O que você acha? Tem que vê-lo, é claro que ele está mal.

Hermione mordeu os lábios. Não queria ir, pensava que se o fizesse sua consciência iria pesar a tal ponto que acabaria ficando tão deprimida quanto Rony. Mas não poderia negar.

-Certo, irei, mas só porque você me pediu.

Na verdade, Hermione não queria ir falar com Rony por medo de que ele começasse a recriminá-la pela maneira que ela havia o tratado. Mas convenceu a si mesma de que mal como ele estava não poderia dizer muito. E ela vai ao quarto.

-Rony, você está aí?

Ronu não respondeu, continuava sentado, cabisbaixo, de frente para a parede.

-Queria... Me desculpar com você... Pela maneira com a qual eu o tratei…

-Você ri de mim. – disse depois de muito tempo calado.

-Não, não pense isso de mim. Admito que me enganei! – ela ainda tentou se desculpar.

-Hermione Granger admitindo um erro? Isso eu teria que ver – respondeu sarcasticamente ele e se virou para Hermione. Ela se surpreendeu com a resposta dele.

-Ei, espere, falo sério. – afirmou, ficando nervosa, pelo menos um pouco. Rony não acreditava nela!

-Olha, se é uma brincadeira, não está tão ruim, teria que praticar mais, meus irmãos podem te ajudar com isso. Agora, se está falando seriamente, minha resposta é NÃO. Por favor, deixe-me em paz.

-Se você quer...

Hermione saiu do quarto chutando a porta, aparentemente furiosa, mesmo se sentindo muito triste. Tinha mil perguntas na sua cabeça. A primeira era, Por que ele havia a tratado assim? De todas as formas ela tentou ter paciência e esquecendo de seu orgulho, (Que digamos é bem grande) queria ter se desculpado, lhe explicar que queria que eles continuassem a ser amigos, que tudo voltaria a ser como antes. Foi para o seu quarto muito desanimada e se perguntando por que as coisas chegaram ao extremo de que Rony não queria a ver nunca mais.

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