Restrições e despedidas



Ao chegar, Fawkes pousou em seu ombro. Dumbledore o convidou a se sentar e disse:

-Harry, com exceção de amanhã de manhã quando terá uma autorização para ir se despedir da Senhorita Chang, você não poderá sair do castelo.

-Mas professor! O Quadribol começa no próximo sábado.

-Sei que gosta de Quadribol, eu estarei em seus treinos e partidas, não sairá dos terrenos e nem a Hogsmeade.

Harry saiu e voltou a sua Sala Comunal. Rony e Mione lhe perguntavam o que tinha acontecido e ele não respondeu. Subiu as escadas e deitou-se em sua cama. Pensou em Cho e suspirou, por pouco, uma pessoa não teria morrido por culpa dele. E um sentimento de culpa atingia seu coração, mesmo que ela não tenha morrido. Acima de tudo os comensais da morte estavam atrás dele.

Resolveu mandar uma coruja para Cho.

Querida Cho,

Devido aos acontecimentos de hoje, gostaria de vê-la amanhã de manhã um pouco antes de você partir para Beauxbatons, para lhe dizer algo que não é possível por meio de corujas, refleti melhor sobre o que disse hoje e algo mais, por favor, mande a resposta pela Edwiges.

Carinhosamente,

Harry.

Sua coruja estava ali então decidiu pedir a ela que levasse:

-Edwiges, por favor, leve esta carta até Cho, na torre da Corvinal.

A coruja deu algumas bicadinhas carinhosas na mão de Harry e partiu.

Alguns minutos depois ela chegava com a resposta de Cho.

Caro Harry,

Obrigado pela sua carinhosa coruja e tudo bem, eu partirei as oito com Fleur, me encontre as sete e meia no lago (Não dentro dele é claro) e poderemos conversar, Dumbledore me disse que você mandaria uma coruja pra mim, então somente esperei por Edwiges com esta carta já pronta, até lá então.

Beijos,

Cho.

Harry leu e releu a carta e foi dormir.

Na manhã seguinte acordou mais cedo que todos os alunos e foi para o lago esperar por Cho Chang.

Pontualmente as sete e meia da manhã a ex-apanhadora (Ela vai para Beauxbatons, lembra?) da Corvinal chegou no lago e Harry diz:

-Olá Cho.

-Olá Harry, como vai? – perguntou a garota simpaticamente.

-Bem por você estar viva – respondeu ele – E você?

-Um pouco feliz por não ter morrido – disse ela – mas um pouco triste por Clarissa ter me enganado.

-Não se culpe – disse ele tentando parecer consolador – Eu também me enganei a respeito de Olho-Tonto Moody, ou melhor, o filho do Senhor Crouch que trabalhava para Você-Sabe-Quem – ele a disse tentando não falar Voldemort, pois isso a faria lembrar de Cedrico e a última coisa que queria ver era Cho chorando.

-Por que você não disse o nome dele? – perguntou Cho surpresa.

-Ora, não vá me dizer que não sabe. – respondeu ele – Sei que ainda gosta de Cedrico, mesmo ele estando morto. – ela fez cara de que iria chorar, mas apenas abriu um sorriso – Mudando de assunto, como é que você se sente indo para a Beauxbatons?

-Um pouco ansiosa, mas contente – disse ela – Em um ponto Clarissa, ou quem quer que seja ela, estava certa... Respirar ares novos irão fazer bem a mim. E você? Como se sairá sem mim?

-Eu ficarei bem – disse ele rindo – Acho que sentia mais, uma admiração ao invés de amor mesmo, além do mais... Se ficássemos juntos como seria meu último ano sem você?

Ela ri da piada de Harry e os dois conversam animadamente até as oito horas da manhã quando Fleur chega no lago.

-Bem, hora de se despedirem garotos? – disse Fleur simpaticamente.

Harry concorda e diz:

-Bem, adeus Cho, um dia nos veremos novamente... Como amigos!

-Harry – disse Cho – tem uma coisa que queria deixar com você... Mesmo que não nos amemos...

-Ahn? – disse Harry meio sem graça quando Cho o abraça como se fosse o beijar e dá um beijo na buchecha dele e ele a abraça.

Ao fim da cena ele diz:

-Por que?

-Bem, esta é sua recompensa por ter me salvado... E também queria que você lembrasse de mim como uma pessoa boa e não a pessoa que te magoou sábado. Mas não espere mais abraços quando me salvar alguma outra vez hein?

-Tudo bem, adeus! – disse ele abraçando a amiga mais forte pela última vez.

Eles se despediram e ao sair dos terrenos de Hogwarts Fleur aparata com Cho e Harry retorna ao castelo.

Naquele dia as coisas (exceto pelo beijo de Cho) não foram melhores, ao sair da aula de adivinhação, Harry e Rony comentavam: (Harry ainda não havia dito sobre o ocorrido nos dias anteriores).

-Insuportável – começava Harry – Hoje ela mais uma vez previu a minha morte com um pouco mais de convicção do que normalmente ela prevê a minha morte.

-Sim – dizia Rony – com a coisa que se chama... Qual era o nome? I-Ching? (Não é uma referencia a Cho Chang) Mas não se preocupe, ela sempre erra.

-E se desta vez ela tiver razão?

Harry contou a Rony tudo que acontecera no sábado, o salvamento de Cho, a conversa com Dumbledore e o beijinho de Cho na despedida. Quando terminou, estava bem melhor que antes, tinha tirado um enorme peso das costas e Rony estava abismado com o que Harry disse.

-Uau Harry! Feliz e triste ao mesmo tempo hein? – Harry confirma com a cabeça as palavras de Rony e este continuou – Mas não deve deixar isso te abalar não é?

Mas Harry não escutou a segunda parte do que Rony havia dito, estava sentindo a sensação de quando é dominado pela maldição Impérius.

-Mate seu amigo – dizia uma voz em sua mente

-Não, não posso fazer isso – dizia a voz de Harry na mente.

-Sei que pode o fazer – disse a voz.

-Não, não vou! – disse a voz de Harry na mente tentando resistir e quando não pôde mais, a única coisa que conseguiu dizer com a boca antes de atacar Rony foi – Rony cuidado!

-Vá, faça! – a voz ordenava e Rony não teve tempo de desviar e um jorro de luz saiu da varinha de Harry e golpeou Rony que caiu no chão instantaneamente. Mione, que vinha da aula de Artimância com muitos livros e nesse momento descia as escadas, o viu caído no chão, gritou, os livros caíram no chão e ela abraçou Rony:

-Ronyyy! Não! Harry, o que aconteceu?

-E-eu… Não sei.

Harry se sentia estranho. O que havia acontecido? A cabeça doia, não por causa da cicatriz. Não se lembrava de nada do que havia passado. Viu Rony no chão e supôs o que tinha acontecido.

-Alguém me ajude aqui! – Gritou desesperado, mas o local estava deserto. Por que essas coisas só aconteciam com ele? Por que não com Rony, Hermione, Neville e até mesmo Draco? De repente ele viu uma figura chegar perto dele, era Dumbledore.

-Mobilecorpus. – disse ele e o corpo inerte levitou um pouco. – vamos para a enfermaria.

Chegaram na enfermaria e colocaram Rony numa cama. Harry estava furioso consigo mesmo, afinal, ele já tinha resistido ao poder na maldição Impérius, e não era possível que dessa vez não conseguiu resistir. Mione ficava dando voltas pela enfermaria, voltou a abraçar Rony.

-Que pena, Madame Pomfrey não está! Ainda não voltou da Austrália!

-Como? – Estranhou Harry.

-Pequenos, mas ao mesmo tempo, grandes problemas. É muita distância para o Pó de Flu e não há passagens de avião, o transporte trouxa. Enervate. – murmurou, mas o corpo de Rony só se mexeu um pouco, ele não despertou. – Não sou como Poppy, lançaram um Desmaius muito forte e terá que passar a noite aqui. E senhorita Granger...

-Sim professor?

-Ele não está morto, por favor, o solte.

Mione ficou vermelhissima (Mais que o cabelo de todos os Weasley juntos) e o soltou rapidamente. Nessa noite ao dormir Harry olhava com remorso a cama vazia de Rony.

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