Arrogante demais pra ser since



N/A: perguntas demais pra serem respondidas fora da fic.... é sério, eu sei vcs estão curiosos( Anderson Potter e Kika Martins, pelo menos os únicos q perguntaram alguma coisa?!) mas eu não quero que a minha visão dos personagens interfira na d vcs... deu pra entende? mas eu espero sinceramente que esse cap. se não esclarecer tudo já dê uma boa idéia de como eu vou levar essa fic.... Sobre as pedras... eu juro q a minha mão tá coçando pra chegar na parte delas mas eu só peço um poukinho mais de paciencia.... naum posso simplesmente colocar as coisas na frente do Harry, a vida dele sempre foi complicada demais pra que uma psico escritora feito eu simplesmente chegue e dê tudo d mão beijada pra ele.... além do mais a fic mal chegou na metade....

Desculpa pela demora de quase ou mais d duas semanas, eu jah perdi a conta.... mas eu juro q adorei esse cap. e espero q vcs também gostem.... eu volto no fim do cap.


BOA LEITURA!!!!!!!




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Cap.14: Arrogante demais pra ser sincera...



Madame Ponfrey parecia enfim ter se conformado com o fato dela entender mais sobre venenos do que ela, tudo confirmado e devidamente autorizado pelo diretor do St. Mungus, muito obrigada...

Mas sempre que ia medicar Lupin ela parava a seu lado e vez ou outra bufava indignada além é claro de fazer inúmeras perguntas que na sua concepção eram idiotas...

--O que é isso que está passando no rosto dele?_ questionou a mulher incrédula ao ver que depois de passar um algodão embebido em um líquido transparente muitas das cicatrizes do antigo professor desapareciam.

--Lágrimas de fênix._ respondeu sem desviar a atenção do que estava fazendo.

Consciente de que sua tia estava recostada no batente da porta só observando.

--Mas isso é incrivelmente caro e raro..._ resmungou a mulher sabendo que nem mesmo a fênix do diretor abastecia a enfermaria com aquilo.

--Digamos que eu tenho um estoque ilimitado..._ respondeu rindo internamente, não podendo deixar de se orgulhar._ Agora será que poderia ficar quieta enquanto tento acordá-lo?

A enfermeira só bufou em resposta enquanto a garota ignorava aquilo e se concentrava em algumas poucas palavras que traduzira e entendera do livro de Merlin com as mãos sobre os olhos de Lupin.

Logo, uma luz prateada envolveu o corpo do homem pra de repente desaparecer, quando o antigo professor num átimo ergueu-se como se só assim fosse fazer com que o ar entrasse por seus pulmões pra logo depois voltar a se deitar pesadamente e sentir como se cada músculo do próprio corpo se contraísse... lembrando-se do aviso da garota, que no momento media cuidadosamente a quantidade de uma poção lilás em uma taça, tentara lhe dar a menos de um mês atrás.

--Madame Ponfrey a partir de agora pode ficar feliz, ele volta a ser seu paciente... dê essa poção antes de cada refeição, e em uma semana ele pode sair daqui, mas o corpo dele só estará completamente livre do veneno em duas ou três semanas_ a garota disse isso de uma vez de forma eficiente, sentindo que a tia se aproximava cuidadosamente.

--Como se sente Lupin?_ questionou a professora apreensiva quando segurava sua mão.

--Vivo..._ respondeu com a voz rouca, embora encarasse Samantha que dava as últimas instruções a enfermeira, a garota não lhe olhara nos olhos nenhuma vez_ Samantha..._viu a garota voltar-se pra ele hesitante._ me desculpe por não tê-la ouvido... eu sinto muito..._ murmurou com a voz ainda rouca como se não fosse usada a dias.

Talvez se não tivesse falado nada e deixasse a garota ir embora sem nem olhá-lo, não tivesse se sentido tão mal por não ouvi-la... o olhar que ela lhe lançou era nulo, gélido e decepcionado... E tinha certeza, a decepção dela tinha sido muito maior que a sua...

--Eu também Lupin... Você quase morreu..._ respondeu fria, antes de entregar um último frasco à Madame Ponfrey e deixar a enfermaria.






Seguia contra a maré de alunos que tentava aproveitar umas poucas horas da manhã livre nos jardins. Não pôde deixar de rir ao lembrar que Rony e Hermione estavam discutindo na sala comunal e Ania cumpria o que devia ser a quinta detenção desde que chegara a Hogwarts...

Tudo isso enquanto ele caminhava com as mãos nos bolsos da calça rumo a enfermaria ignorando a incrível sensação de culpa já que a quase um mês mal olhava na cara de Samantha sem sentir a menor culpa ou vontade de pedir desculpas pelo que fizera ao pulso dela e no momento também não olhava pra garota, mas por outro motivo...

Vergonha, no fim ela só tentara avisar Lupin do que aconteceria e ele acabara brigando e machucando-a enquanto o antigo professor ficara com uma imagem nada boa dela... E o pior de tudo, depois de tudo aquilo quem cuidava de Lupin era ela, a única que sabia como livrá-lo daquele estranho veneno que os centauros haviam usado...

Parou perto da porta da enfermaria tomando coragem pra entrar e torcendo pra que o antigo professor estivesse bem ou pelo menos que Samantha não estivesse ali, leso engano...

--Eu também Lupin...Você quase morreu..._ respirou fundo soltando o ar ruidosamente ao reconhecer aquela voz fria...

Quando a garota ia passar direto ignorando-o segurou o braço esquerdo dela, obrigando-a a encará-lo.

--Foi dura demais com ele..._ afirmou embora não tivesse a intenção de negar os motivos dela.

--Falei alguma mentira?_ questionou irônica.

--Ainda assim foi dura demais, ele quase morreu..._ murmurou sem querer chamar a atenção.

--Isso mesmo, ele quase morreu... fui taxada de garota mimada e preconceituosa e meu pulso está roxo até hoje... não quero bancar a pobre coitada ou a vítima da história, mas ele não estaria assim agora se tivesse me ouvido ou pelo menos deixado que eu terminasse de falar..._ a garota murmurou perigosamente soltando o próprio braço e rumando, tinha toda a certeza, pra biblioteca.

Vendo-a ir embora Harry chegou a uma única conclusão nada extraordinária, tinha que pedir desculpas e sem saber o porque, torná-la mais sociável.









--Onde está aquela maldita revista!_ gritou irritada, atirando seu exemplar do livro padrão de feitiços pra fora de seu malão.

--Ania vai com calma!

--Foi mal Mione._ desculpou-se vendo a cara de poucos amigos da monitora com a mão na testa depois de ser atingida pelo livro_ mas eu estou louca atrás de uma revista que ensina como retirar coisas gosmentas das unhas..._ explicou desesperada voltando-se pro malão novamente.

--E pra que você precisa disso?_ questionou a amiga encarando todos os pertences que a garota atirara no chão sem cerimônia.

--Porque eu estou prestes a arrancar os meus dedos, por causa desse negócio que está nas minhas unhas!_ resmungou prestes a chorar quando mostrava as mãos a monitora.

--É você está precisando mesmo se livrar disso..._ a garota bem que tentou, mas não conseguiu impedir uma careta de nojo ao notar os restos depositados nas unhas de Ania_ Mas como...

--Tente continuar com as unhas intactas retirando tripas de salamandra em conserva por três horas sem luvas..._ interrompeu resmungando já sabendo qual seria a pergunta.

-- Quem te...

--Snape!_ interrompeu novamente enquanto buscava a tal revista no chão, já que o malão encontrava-se vazio.

--E por...

--Detenção por ter explodido o caldeirão do Malfoy..._ respondeu prontamente embora tivesse interrompido a amiga de novo.

--Será que dava pra deixar eu terminar as perguntas!_ gritou Hermione perdendo a pouca paciência que restara depois da nova discussão com Rony._ desculpa..._ murmurou vendo que se alterara quando Ania voltou-se assustada pra ela.

--Brigou como Rony de novo?_ perguntou compreensiva, desistindo de sua busca.

A monitora só balançou a cabeça confirmando.

--Quer falar sobre isso?_ questionou calma sentando-se ao lado da amiga na cama.

--Não..._ respondeu Hermione murmurando e com a cabeça baixa.

--Mione você já pensou em abandonar os livros?

--Como?_ questionou a monitora levantando a cabeça com cara de quem não entende o que dragões têm a ver com unicórnios.

--Eu perguntei se você já pensou em abandonar os livros?_ repetiu como se não houvesse como não entender a questão_ parar de se esconder atrás de páginas amareladas e empoeiradas pra provar a si mesma que é uma boa bruxa, gostar do que vê no espelho antes revisar a matéria do morcegão velho, perder o medo de errar, ter dezesseis anos de vez em quando... entender que você pode ser bonita e inteligente, que não precisa se tornar uma velha amarga e decrépita como a bibliotecária que não nos deixa conversar no melhor lugar pra se fofocar...

--Já entendi!_ interrompeu vendo que a amiga não pararia pra respirar enquanto ela não desse algum sinal de entendimento.

--Que bom, eu tava ficando sem ar..._ comentou divertida pra depois respirar fundo enquanto a amiga ria_ eu quero essa coisa fedorenta e asquerosa longe das minhas unhas!_ choramingou apoiando a cabeça no ombro da amiga e voltando a vasculhar o chão com os olhos.

--Calma Ania..._ consolou Hermione tentando assimilar o que a amiga dissera_ Eu te ajudo a procurar, depois que arrumarmos essa bagunça_ completou vendo a garota se levantar e bagunçar ainda mais os livros, roupas e objetos largados por todo o chão do dormitório feminino.

Ania já levantava a varinha e fazia floreios quando a monitora segurou sua mão.

--Melhor fazermos isso do jeito trouxa... Ainda me lembro quando você tentou fazer isso na aula do Flitwick a duas semanas..._ explicou perante a cara de confusão da amiga.

--Eu não tenho culpa se saiu um pouco mais eficiente do que deveria...

--Um pouco mais eficiente? Uma mesa saiu voando pela janela e atingiu um corvinal que quase se afogou no lago..._ retrucou rindo enquanto recolhia os livros da amiga.

--E cá entre nós foi um corvinal bem bonitinho, não?_ disse divertida_ Qual era mesmo o nome dele?_ completou pensativa.

--Acho que era algo como Bryan Sandsfleir..._ respondeu ainda rindo quando atirava os livros em cima de sua cama arrumada e se voltava pras roupas, reparando que Ania buscava pulseiras e colares...

--E que corvinal hein, Mione?_ murmurou ainda com o semblante sonhador quando pegava uma pulseira com uma pedra um pouco grande pra acompanhar tal objeto e vermelha.

Um grito fez com que a monitora desistisse de dobrar as roupas, enquanto repensava todas as palavras da amiga, pra encarar Ania encolhida a um canto mirando horrorizada a própria mão.

--O que aconteceu?_ questionou vendo que a palma da mão da amiga estava completamente queimada.

--Eu não sei, fui pegar aquela pulseira e me queimei_ explicou indicando o objeto, embora desse pouco crédito as próprias palavras, segurando as lágrimas por causa da dor da queimadura.

Hermione foi até a pulseira e hesitante segurou a pedra...

--Isso não está queimando Ania..._ disse segurando a pedra firmemente na mão direita.

--Mas estava, queimou a minha mão Mione..._ já não conseguia segurar-se pra não chorar perante a dor_ Será que vai ficar cicatriz?_ questionou choramingando, vendo toda a mão começar a avermelhar a partir do centro queimado.

--Acho que não, Madame Ponfrey dá um jeito nisso rapidinho_ consolou divertida depois daquela pergunta_ Mas onde você conseguiu essa pedra?_ completou encarando a runa ao centro da pedra vermelha.

--Sabe que eu não me lembro..._ respondeu Ania se levantando._ Vem comigo à enfermaria?

--Claro..._ respondeu a monitora largando a pulseira na cama da amiga.

O que elas não viram é que depois que a porta foi fechada a pedra brilhou por alguns minutos, pouco tempo pra uma pessoa, mas suficiente pra causar estragos em outro país...









--Onde está a Ania?_ perguntou irritado pro restante do time quando sobrevoava as balizas e via Gina atirar a goles marcando um gol perfeito depois de desviar de um balaço.

--Eu vou te responder a mesma coisa que te respondi nas últimas vinte vezes que me perguntou isso Harry, eu não sei! Estou aqui e não procurando ela pelo castelo!_ vendo como as orelhas do amigo estavam no ápice da coloração vermelha se afastou pra comprovar irritado que o único batedor que tinham no momento só se dava ao trabalho de defender as garotas do time.

Tentou desviar rápido, mas não rápido o suficiente pra que o balaço poupasse sua coluna, a sorte é que estava a poucos metros do chão... Sentiu a movimentação do ar ao seu redor e antes mesmo de abrir os olhos já sabia que todo o time o rodeava...

--Harry você está bem?

--Ele ainda tá acordado?

--MClagan onde você estava pra não rebater aquele balaço?!

--Cuidando da Gina oras!

--Harry quer ir a enfermaria?

--Não Gina, obrigado..._ respondeu calmo levantando-se como se nada tivesse acontecido_ Não adianta treinarmos sem a Ania e pelo pouco que vi ninguém aqui tá a fim de voar, por hoje chega pessoal..._ informou se afastando e ignorando os olhares incrédulos dos outros jogadores quando pegava sua vassoura.

--Harry você está bem mesmo?_ perguntou Rony preocupado, o amigo tinha corrido pra alcançá-lo no outro lado do campo.

--Estou Rony... Vai se entender com a Mione, eu tenho umas coisas pra fazer..._ respondeu como quem comenta o tempo.

--Como se eu quisesse me entender com ela...

--E quer..._ contradisse ainda calmo.

--Você está bem mesmo?_ viu o amigo perguntar de novo ignorando seu comentário, quando já atravessavam o saguão de entrada.

--Estou Rony..._ repetiu virando um corredor e separando-se do ruivo.










Bufou frustrada e revirou os olhos, tamanha a irritação e tédio antes de encarar a própria mão... A sensação que tivera fora muito parecida com a asfixia e desespero que lhe acometia na recém adquirida facilidade pra sonhos, ou melhor, pesadelos.

Balançou a cabeça na tentativa de esquecer pra depois encarar o lugar ao seu redor... Ala hospitalar, quando chegara encontrara sua tia um pouco menos preocupada do que se acostumara nos últimos dias. Um gemido baixo fez com que levantasse seus olhos pro leito escondido por cortinas a frente da cama onde estava sentada, a única pessoa que se encontrava ali além dela.

Levantou-se e com passos cuidadosos se aproximou, talvez conversar um pouco fizesse bem a ele e por menos que entendesse sobre poções ou medibruxaria tinha plena consciência do bem que uma boa conversa fazia. Ou talvez fosse o simples fato de não gostar de ficar sem falar num ambiente tão serio como aquele.

--Sabe, você nos deu um belo susto lobinho..._ disse sorrindo enquanto ele tentava se sentar.

--Sirius e Agatha me chamavam assim...

Fora somente um sussurro, um simples comentário desatento e triste de quem desenterra lembranças...

--Sirius Black? O fugitivo?_ questionou com estranhamento recordando de manchetes que haviam saído no mundo inteiro alguns anos antes.

--Sirius Black um dos meus melhores amigos..._ a convicção que havia na voz dele era discutível.

Mas não pôde deixar de notar a hesitação e tristeza na voz do homem que tinha a sua frente, parecia estar escondendo algo ao mesmo tempo em que indicava não querer falar sobre aquilo.

--Desculpe._ murmurou não querendo que Lupin se desgastasse.

--Não se preocupe...é um erro comum, e... e onde está a Jade?_ questionou em meio a uma careta de dor, o que não a impediu de notar por debaixo dos curativos que ele corava.

--Você sabia que fica uma gracinha quando está sem graça?_ perguntou divertida e sorrindo ao ver que ele também sorria sem jeito e corava ainda mais.

--Sua mãe me dizia isso...

Um novo murmúrio triste, Samantha avisara que a poção que estava usando pra se livrar do veneno causava devaneios, mas não imaginara que lembranças fizessem uma pessoa ficar daquela forma, tão desatento e ao mesmo tempo consciente.

--Resumindo: Eu queimei a minha mão, e ela e a Hermione nos abandonaram porque um grupo de alunos pareceu estar se atracando no quinto andar. E você, como anda?_ perguntou tentando distraí-lo quando sentava num canto vazio da cama, ao mesmo tempo que tentava se controlar, sempre que tocavam no nome de sua mãe ela sempre fazia uma pergunta que nunca recebia resposta.

--Vou ficar bem...

Após breves momentos vendo o olhar baixo de Lupin e o tom da voz dele, sabia exatamente qual era o maior mal que o acometia.

--Sabe, muitas vezes eu posso parecer uma garotinha fútil e boba, mas eu sei perceber muito bem quando alguém é vítima de uma bronca orgulhosa da Sam._ comentou despreocupada lembrando-se da queimadura na mão e que deveria estar treinando quadribol.

--Você não é boba ou fútil Ania, é parecida com a sua mãe...Mas o que você define como sendo uma bronca orgulhosa da Sam?_ o tom ameno de Lupin não a enganara.

Já vira fotos de sua mãe em sua verdadeira forma e não se achava nem um pouco parecida, desde os sete anos aprendera que sempre que falavam aquilo, e não eram poucas as vezes, se referiam a sua forma de agir, falar e até mesmo pensar.

--É algo que só a Sam consegue fazer, ou pelo menos é a única pessoa que eu já vi fazer isso, ela olha friamente pra você com toda a sua falsa segurança e aponta o seu maior erro pra depois sair e te deixar pensar._ explicou calma tentando parecer divertida, suas dúvidas apagando qualquer possibilidade de ser bem sucedida.

--Talvez eu devesse esperar isso dela, levando em consideração de que é filha de quem é..._ sorriu, sabia exatamente a quem Lupin se referia, Jack_ só não sabia da parte da falsa segurança...

--Você acha mesmo que ela se põe num pedestal? Ela empina o nariz e levanta a cabeça quando na verdade se arrasta por dentro..._ disse calma e simplesmente olhando nos olhos de Lupin quando ouviu passos se aproximando.

--Senhorita Loryen aqui está aquela pomada, eu demorei porque faltava um ingrediente... O que está fazendo aí? O senhor Lupin precisa descansar!

Sorriu enquanto se levantava, a enfermeira a seu lado examinando o ex-professor... Continuou muda enquanto a enfermeira passava o remédio em sua mão e depois a enfaixava.

--O que a senhora acharia de mudar a decoração da enfermaria heim, Madame Ponfrey? Eu ‘tava olhando e depois de um tempo esse branco fica deprimente._ comentou fazendo com que a enfermeira a olhasse de forma estranha e descrente enquanto Lupin ria.

-- Amanhã de manhã sua mão estará melhor, já pode ir querida._ disse a enfermeira afável como se ela não tivesse comentado nada.

Estranhou, mas não fez perguntas, só voltou-se pra Lupin uma última vez antes de sair.

--Lupin, a Sam não mente ou engana, só é necessário fazer a pergunta certa na hora certa e também não é preconceituosa...Você tinha o direito de sair de lá, mas ela também tinha o direito de terminar de falar..._ murmurou.

Não sabia se Lupin entenderia, mas esperava ao menos que não se sentisse tão mal depois do ocorrido... Logo que cruzou a porta da enfermaria ainda pôde ouvir o que Madame Ponfrey não dissera na sua frente.

--Sabe, a mãe dela me disse a mesma coisa a dezoito anos atrás.








--Você ficou doido?!_ gritou quebrando a constante daquela sala...

Faziam duas horas que nenhuma palavra era dita, pedira um local pra treinar e ganhara uma sala ampla com grandes janelas por onde entrava o vento gélido da noite... A partir daí tudo o que se ouvia era sua espada batendo contra a da armadura enfeitiçada...

Até que quando viu o objeto se despedaçar a sua frente sentiu uma lâmina atrás de si e virou rápido, defendendo-se com a própria espada...

--Só imaginei que ainda se lembrasse dessa parte do treinamento do Zairus... Ataques surpresa..._ respondeu calmo afastando as espadas e pondo-se em posição de ataque...

Se ele estava querendo brincar ela que não iria reclamar... O único problema era que quando se colocou em posição de ataque e desferia o primeiro golpe viu no rosto dele um sorriso sarcástico... Desde quando Harry Potter sorria daquela forma?

--Me lembro como se fosse ontem._ afirmou defendendo-se quando a espada dele quase atingia sua barriga.

--Quantos anos você tinha?_ perguntou sem que as espadas deixassem de se bater.

--O que?_ perguntou sem entender o interesse dele ou aonde ele queria chegar.

--Quantos anos você tinha quando Zairus te treinou?_ repetiu de forma completa quando tentava encurralá-la na parede.

--Nove._ respondeu curta e grossa.

Prevendo o que ele queria fazer deu um salto acompanhado de uma pirueta no ar que a fizeram ficar a uma distância segura de dois metros do chão desviando da espada de Harry e passando por cima desse, retomando seu lugar no centro da sala.

--Muito nova não acha?_ questionou ignorando a surpresa pela atitude da garota e voltava-se pra ela retomando o bater de espadas.

--E o que você tem a ver com isso?_ retrucou ríspida quando as espadas continuavam a se bater sem trégua.

--Curiosidade..._ respondeu rindo da irritação da garota._ ele te fez sofrer o efeito do próprio cruciatus?

--Demorei quatro semanas pra cuspir sangue e você?_ retrucou fria.

--Três..._ respondeu orgulhoso, tanto pela agilidade com que alcançara os resultados que Zairus pedia quanto com o que acabara de fazer.

Num floreio da espada ele cruzara as duas armas, no momento a garota se encontrava de costas pra ele a ponto de conseguir ler claramente a sua frente o nome de Godric Griffindor reluzindo rente ao seu pescoço, só não encostando porque ela mantinha a sua espada posicionada em riste e segurando a outra...

Podia sentir a respiração do garoto em seu pescoço e daria todos os galeões de seu maior cofre a Cornélio Fudge se ele não estivesse rindo daquela estranha forma sarcástica novamente...

--Godric Griffindor?_ disse quando ele já não impelia tanta força na espada_ Não é pra qualquer um..._ completou com pouco caso quando escapava daquela situação se esquivando.

--Está dando o braço a torcer Samantha?_ perguntou Harry rindo divertido quando ela tirava uma incomoda mecha da franja que escapara do coque no alto da cabeça do olho.

--Nunca..._ respondeu com um sorriso sarcástico quando fazia a espada dele escapar girando no ar depois de um floreio elegante.

Harry bem que tentou pegar a espada de novo, mas Sam foi mais rápida e agarrou a espada no ar com a mão esquerda...

--O que você quer?_ murmurou perigosamente com uma espada em cada mão, as duas apontadas pro garoto a sua frente, que ainda sorria divertido.

--Pedir desculpas..._ respondeu com o sorriso morrendo.

--Pois então está fazendo errado._ afirmou atirando a espada de volta pro garoto quando se afastava pra pegar a mochila que largara perto da porta e saia da sala.










O sorriso divertido não abandonara seu rosto em nenhum momento, desde que ela saíra da sala batendo a porta, em seu caminho até a torre ou quando dissera a senha a mulher gorda um minuto antes do toque de recolher ser dado... aquela reação era mais do que esperada... Pra não dizer o mínimo que se esperava de alguém com aquele gênio e aquela clara bagagem de segredos ou simplesmente coisas não entendidas.

Não sabia porque, talvez nem quisesse entender aquele súbito e vivo interesse...

Sua curiosidade era simplesmente cada vez mais atiçada, e tinha certeza, acabaria descobrindo o porque de tudo aquilo no final, pra bem ou pra mal, mas descartava veneravelmente a segunda possibilidade.

A sala comunal ainda era ocupada por um bom número de alunos... Muitos dos quais começavam a olhá-lo disfarçadamente ou sem nenhum receio, mas logo encontrou um grupo de amigos, Ron, Ania e Neville ocupavam a mesa na qual Samantha se escondia durante os períodos fora de aula ou da biblioteca... Não pode deixar de reparar ao se sentar sem dizer nada que era um bom lugar, um lugar estratégico...

Recebia o calor e luz da lareira acesa só por conveniência na intensidade necessária; era escondido ao máximo de olhos curiosos, mas não impedia uma visão completa do salão, desde as escadarias que levavam aos dormitórios a cada canto escondido ou fresta não identificável; a janela ao lado da mesa propiciava as visitas noturnas de Jack, que muitas vezes já assustara primeiranistas com sua expressão predadora; e certamente com um mínimo de esforço meditativo ou um fraco feitiço abafiatto, poderia se manter à parte do tão comum barulho que os grifinórios faziam... Mas uma coisa estava errada, a magia dela ali estava fraca...

--Harry me desculpe por não aparecer pro treino, eu estava na enfermaria..._ explicou Ania deixando de ditar o dever de transfiguração pra sua pena, mostrando a mão enfaixada com receio da mudez e ar pensativo do amigo.

--A Samantha não passou por aqui, passou?

Em resposta Ania fez uma cara estranha por ser cortada daquela forma, Ron levantou a cabeça com disfarçado interesse e Neville pela primeira vez na noite desprendeu completamente sua atenção do minucioso dever de Herbologia que fazia...

--Não Harry, não a vejo desde a aula de poções..._ respondeu Neville com um interesse que lhe chamou a atenção.

--Não tivemos aula de poções hoje Neville...

Verbalizou o que achou mais estranho. Neville nunca fora muito atento, mas tinha certeza que o vira conversar com Samantha no café da manhã.

--Eu não te contei?_ questionou Neville que vendo o amigo franzir o cenho continuou_ Ela tem me ajudado em aulas de poções depois das aulas da manhã, estou aprendendo mais com ela do que nos últimos cinco anos com o morcegão velho..._ Neville usara o apelido que Ania dera “carinhosamente” a Snape com um entusiasmo que certamente desconhecia a alguns anos antes_ Veja, tirei ótimo no último trabalho sobre a poção do morto vivo.

Podia parecer estranho, mas encarou com desconfiança a forma orgulhosa com que Neville lhe estendia um pergaminho completo com uma letra meio desajeitada, no canto um O certamente escrito com má vontade chamava a atenção. Mas uma coisa chamava mais atenção pra sua desconfiança além do nome Neville Longbottom associado a uma boa nota num dever de poções, a figura orgulhosa e o brilho nos olhos do amigo sentado a sua frente.

A seu lado Ron e Ania só o observavam.










“Afaste-se... afaste-se, é o melhor que pode fazer...” O que estava errado afinal?

Aquela voz aparecia vez ou outra lhe dizendo o que fazer e ficava ali...

Frustrada e buscando formas de obedecer... Não por medo, seus motivos eram bons, eram realmente bons... Inúmeras foram as vezes que por não ouvir fora obrigada a comparecer a funerais ou encarar com fingida surpresa massacres noticiados em jornais... E desde que o encarara pela primeira vez; não pessoalmente, em sonhos; o aviso fora só um, claro e curto... “Afaste-se!”.

Mas não era tão fácil, e ficava mais difícil a cada dia...

Como adorava encarar o chão, ele sim não lhe fazia perguntas, não lhe ordenava nada nem a deixava frustrada ou decepcionada consigo mesma... “Levante a cabeça Samantha, pode acabar quebrando muito mais do que a cara ao cair”.

Ouvira aquilo em uma aula de esgrima há quase seis anos atrás. Mas a intimidante, grosseira e rude voz de Zairus pareceu vivamente gritada a seu lado. Não pode deixar de obedecer...

Aquele corredor estava vazio e certamente alguém não acostumado com o breu já teria esbarrado nas várias armaduras pelas quais passara em seu caminho da sala precisa até o quinto andar. O toque de recolher fora dado alguns minutos antes, e se quisesse, já estaria no salão comunal da grifinória como a boa garotinha que não chamava a atenção como lhe convinha, coisa quase impossível tendo em vista o sobrenome que carregava e os escândalos que já propiciara...

Não pode deixar de admitir a si mesma ao fechar os olhos por alguns segundos que estava cansada... E foi ao encarar o velho retrato onde uma mulher dormia que se deu conta de como o tempo andara se arrastando... E em algum lugar, uma música conhecida soou fraca, distante... Somente respirou fundo antes de voltar pelo mesmo caminho que tomara pra chegar até ali, agora com resignação e sem hesitação...

Nunca recusava um chamado ou um simples convite dele...

Quando deu por si já estava de volta a um corredor vazio, onde tinha certeza que não seria pega e ao contrário de alguns andares acima a seu lado esquerdo a parede era ocupada por altas janelas...

Concentrou-se respirando fundo e intensamente, pedindo àquela força a qual recorria poucas vezes por não saber de onde vinha ou o que significava, que lhe fizesse esquecer do cansaço relembrando os prováveis pesadelos que teria ao simplesmente encostar a cabeça no travesseiro. Com sua mochila agora seguramente escondida atrás de uma armadura encarou abaixo de si e a sua frente a paisagem que poucos tinham coragem de encarar daquele ângulo, em pé, encima do parapeito da janela.

Ouviu mais uma nota daquela música tranqüila antes de sorrir travessa sem medo de parecer a garotinha que a muito já não brincava com uma varinha de brinquedo... E logo, com os olhos fechados, pôde sentir a sensação do vento contra o seu corpo, respirando fundo quando se transformava a poucos metros do telhado contra o qual se jogara.








N/A: aiai.... será q eu matei ela?


bom, isso naum vem ao caso... afinal a resposta está no próx. cap.... e antes q eu me esqueça, a fic agora tem beta!!!!!!! a Kika, mas eu não achei ela no msn... e dpois q ela me passo esse cap. betado eu mudei d idéia e fiz alterações, bem drásticas por sinal ( d 12 passou pra 18 pags d word).... enfim dê sinal de vida Kika! porfavor....


e tem mais uma coisinha....eu dei uma d loka e toh escrevendo otra fic!
COMO NOSSOS FILHOS....OS PORQUES EM MEIO À GUERA, título legal neh?
Mas eu axo q vcs vão gostar mais c eu disser q é sobre os pais da Sam da Ania e dos marotos...o q acham? dos curiosos eu espero visitas e coments lá dos empolgados eu espero coments aqui, enfim espero coments d qualquer jeito.... Então entrem pra campanha em prol d uma autora feliz e comentem e votem mtu....pq issu faz com q eu me empolgue tb e escreva mtu mais e mais rápido.... valew povo!!!!!!!!!

próx cap.: soh Deus sabe....

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