<b>Prólogo</b> (betado)







O sol nascia mais uma vez naquele pequeno vilarejo, simples e isolado.
O cheiro de orvalho estava presente no ar, os habitantes chegavam a sentir o gosto fresco da manhã...
Ali entre aquelas montanhas o verde era comparável ao de um paraíso.
As cascatas surgiam resplandecentes entre os cumes das montanhas e o rio cortava a pequena cidade ao meio,
Fenix douradas rasgavam os céus formando arco-íris e como se estivessem brincando com aquela água cristalina, se havia um lugar abençoado no mundo era esse.
Ninguém que ali passeasse, por entre as barracas do mercado matutino, seria capaz de provar outras frutas que não fossem as que ali se vendiam, deixar de comparar a alegria sincera com a dos lugares antes visitados ou se encantar com as aves raras que ali viviam em paz...
Pena que estranhos não eram vistos com bons olhos...
Traziam a guerra, o ódio, a ganância, a vingança, e talvez o mais imperdoável para aquele povo gentil...o poder.
Nada tiraria daquelas pessoas a alegria de viver, das crianças a inocência de existir, dos jovens a força e a vitalidade e dos adultos a paz e a honra, talvez exceto...

A forma como se deu o início da mais pura linhagem mágica...
Ele, um forasteiro que ali chegara a beira da morte, trazido pela correnteza do rio, que se recusava a dizer seu nome...
Ela a menina mais doce e amada, mais terma e carinhosa...porém a sacerdotisa, sempre vestida de branco...aquela que deveria manter sua pureza e inocência até o fim de seus dias.
Sob os olhares, desconfiados dos mais velhos, invejosos dos mais jovens e inocentes das crianças,
eles se amaram...
Sempre com a partida incerta dele e o medo silencioso dela...
Não tardou pra que os habitantes descobrissem a desonra da sacerdotisa que viveu escondida por quase nove meses em seu quarto...
Sangue seria derramado...Morto seria o forasteiro...
Se a jovem já fraca quase a ter o filho não tivesse se interposto entre ele e a derradeira lâmina da morte. Tornando assim o branco de suas vestes o vermelho de seu sangue.

E.e aqui termina um pequeno conto de Bruxos,
Porém...
Não termina a linhagem de tal grandeza que ali nascera... pois a sacerdotisa morrera, Lirah d’Loryen era seu nome. Mas o fruto de seu ventre ali permaneceu...aos cuidados daquele povo arrarrependido...e com uma única recordação do pai...
Um cristal puro, intocado e poderoso...





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