BONUS I - A nova passagem

BONUS I - A nova passagem



Como prometido, o primeiro dos capítulos bônus.
O próximo, a Belzinha vai ter que dar uma espiada antes, por causa de pequenos detalhes interativos com a fic dela.


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BONUS I - A nova passagem


Aquela era uma ocasião muito especial para todas as famílias de jovens bruxos, mas, com certeza, para uma determinada família era... um acontecimento memorável e incrível: a família Black!
Após tantos anos, um membro, ou melhor, dois membros da família estavam embarcando para Hogwarts, pelo menos até o momento...
Serenna Black abraçou a filha mais uma vez, antes de vê-la entrar no trem, seguindo Alan.
- Me escreva contando tudo. Bella já aprendeu o caminho. – ela apontou para a grande gaiola no carrinho da filha, onde a águia de topete olhava a todos com ar imponente.
- Certo, mãe, pode deixar.
Aline sorria, seu rosto mulato irradiando alegria, enquanto seu primo Alan a observava com toda a condescendência que os garotos mais velhos conseguem ter para com “crianças menores”. Ainda não se acostumara com a idéia de uma prima na escola... mas outras crianças do “Lar de Elizabeth” também eram novatos em Hogwarts. Ele os viu entrando no vagão ao lado, acompanhados por Lucy e Peter, que vieram até Serenna e a abraçaram, também se despedindo. Pelo menos, ele pensou, não seria o único a quem recorreriam como “irmão mais velho e sabido”. Alan sorria intimamente, já antecipando a curiosidade dos colegas mais antigos, vendo um sonserino considerado não sociável rodeado de primeiranistas nada intimidados... e por um momento, um curto momento, ficou ainda mais parecido com seu pai adotivo, os olhos brilhando como quem ri de uma piada particular que ninguém consegue perceber.
Foi o que o homem ao lado de Serenna pensou, franzindo a testa por um momento. Sirius Black segurava na cintura da esposa com uma mão e tinha a outra apoiada no ombro de um garoto que olhava para tudo maravilhado, pois do pequeno grupo era o único a vir pela primeira vez e não conseguia segurar a emoção: Daniel Thompson.


Ainda extasiado com o fato de que Sirius Black, seu primo distante e um bruxo famoso no mundo de Harry Potter, cumprira a promessa de levá-lo para embarcar, o garoto não conseguia fechar a boca espantada.
Aline rira muito ao sugerir que ele segurasse sua mão para atravessar a barreira, caso sentisse medo. Ele levantara o nariz, altivo, mas aceitara a ajuda, ante as risadinhas do pequeno Leonardo que corria pra lá e pra cá, sob os olhares atentos de Lady Marjorie.
E agora, estava prestes a embarcar no trem. Verdade que não trazia o nome Black, como sua nova amiga, mas percebera com orgulho os vários pares de olhos que haviam se voltado curiosos em sua direção, só por estar ao lado do ex-prisioneiro de Azkaban. Pena que não poderia contar nada disso aos seus amigos antigos! Mas teria amigos novos, com certeza. Alguns, ao que parece, ele estava prestes a conhecer, pois Aline, que saíra do trem pra buscar o “primo” hesitante, apontou para um grupo que chegava:
- Veja, são meus amigos Mel e Lipe. Eles também são brasileiros, como eu! – e já acenando efusivamente pra eles - Meeel! Liiiiipe! Oi!
Os dois já corriam em sua direção, acompanhados por outros garotos que se aproximavam, curiosos, e que foram logo apresentados, seus olhos se arregalando mais a cada sobrenome anunciado: Lupin... Schakebolt... como se não bastasse o primo que Aline apresentara como Snape. Só faltava agora...
- E aquele é Harry Potter – ela apontava o bruxo que se aproximava, tentando ser discreto e não chamar muito a atenção, coisa que parecia praticamente impossível.
Sirius se voltou para cumprimentar o afilhado, que já o abraçava, sorridente, embora contrafeito.
- Eles podiam mandar qualquer auror... mas tinha que ser eu! Por Merlim, isso está sendo um inferno, acredite!
- Mas porque toda essa movimentação? Nunca pensei que fossem necessários aurores no embarque pra Hogwarts, não em tempos de paz...
- Foi por causa dos trouxas, eles ficam vigiando a Estação o tempo todo agora. Tivemos até que mudar a passagem de lugar.
- Eu fiquei curioso sobre isso. Porque agora temos a passagem na plataforma 1 e ¾? O que aconteceu com a antiga? – Sirius indagou, divertido com a expressão contrariada do afilhado.
- Os trouxas colocaram um carrinho atravessado nela, “em homenagem a Harry Potter”... (1) Como nós e as crianças passaríamos debaixo de flashes e gritinhos dos trouxas a todo instante? Impossível! E eu ainda tive que atravessar a Estação inteira usando a capa, ou estaria perdido... Poderia ser confundido com um fã “fantasiado” – Harry parou de falar ao ver o garoto que o fitava de boca aberta. Notando sua indagação muda, Sirius os apresentou:
- Harry, esse é Daniel. Daniel Thompson. Meu primo.
- Mu… muito prazer… Sr. Potter – o garoto conseguiu dizer, depois de engolir em seco.
Todos à volta haviam parado. Mel se aproximara e olhava de um para o outro, abismada, e já segurava Lipe, antes que ele dissesse alguma bobagem...
Serenna sorria, depois de cochichar para Sirius:
- Eu não disse? Até a sobrinha da Ana percebeu a semelhança...
Mas o apito do trem fez todos despertarem do susto, e os garotos já entravam no trem, afoitos para achar uma boa cabine.
- Pronto, Daniel? – a voz rouca do seu “padrinho bruxo” o despertou de seus devaneios. Afastando os olhos do homem à sua frente, com quem se parecia muito, faltando apenas a tal cicatriz na testa, Daniel sorriu timidamente em resposta e seguiu a falante Aline para dentro do trem.



Logo estavam acomodados em uma cabine, juntamente com Alan. Lucy estava na cabine ao lado com os outros “elisabetanos” e Peter tivera que ir para outro vagão, mas logo voltaria – era monitor da Corvinal, este ano.


Quando o trem soltou o último apito e começou a se mover nos trilhos, Aline correu para a janela, acenando para seus pais adotivos e seu irmão, que corria pela plataforma gritando “tchau” e fazendo gracinhas. Sirius e Serenna, abraçados e sorridentes, acenavam também, assim como todos os outros que ficavam para trás.


Daniel a seguiu, também acenando para todos eles. Todos aqueles bruxos que há pouco tempo julgara existirem apenas em livros estavam ali, e ele era como eles: um bruxo!


Sua nova vida acabava de começar! E fora um belo começo!


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(1) a origem desse trecho está em uma conversa de msn:



Belzinha diz:
kings cross seria o primeiro lugar que eu visitaria
Regina diz:
eu também
Belzinha diz:
uma foto naquele carrinho é souvenir in-dis-pen-sá-vel



se vocês não sabem do que se trata, é sobre uma foto divulgada na internet, em que os ingleses puseram um carrinho na pilastra entre as plataformas 9 e 10 de Kings Cross, e tem até uma coruja igual a Edwiges.


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bem, gente, este é só o primeiro bônus, como disse acima, apesar de ter sido o segundo ponto em que parei e disse: heis o final da fic.


hihi, esta está difícil de terminar, né? mas prometo que já consigo.
teremos ainda um bônus e, finalmente, o Epílogo!


até breve!

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