Casais Predestinados.



Cap 11. Casais Predestinados – Ciúmes além da conta.


Ás últimas semanas de férias foram extremamente divertidas, jogavam Quadribol, conversavam e namoravam, simplesmente era perfeito. Enfim, estavam seguindo suas vidas, porém com preocupações, o suficiente para terem mais assuntos a esclarecer. O trio se transformara precioso, duradouro.
Dois casais feitos recentemente, um quarteto difícil de ter se realizado, um triunfo terem particularmente ganhado no amor. Harry não era mais aquele garoto triste e abatido pela morte de seus pais. A coragem foi posta para arriscar na guerra para ser feliz junto com Gina e seus amigos. Rony não era mais aquele garoto inseguro em suas decisões, praticamente mudara muito; arrumado, bastante dedicado aos estudos porque queria mostrar-se que era capaz para Mione, que suas implicações lhe haviam ajudado. Ainda era muito jovem, mas já pensara em se casar com Mione.
Molly e Artur sempre preocupados com a família, Hermione e Harry também eram da família agora. Portanto, seus filhos e talvez algum dia pai ou mãe de seus netos. Os gêmeos sempre com brincadeiras, Fred já tinha parado um pouco, se apaixonara por uma garota do colégio e ela o achava uma “criança”. Jorge continuava na galinhagem, sempre aparecia três semanas depois com uma garota nova. Fora isso, as brincadeiras não foram cessadas e o assunto de hoje era o casal mais novo “Rony e Hermione – casais intrigantes até no momento de brigas”.
Hermione não parava de se queixar sobre as piadinhas dos gêmeos que para ela não tinham a mínima graça. Nunca teve paciência com as gracinhas de Fred e Jorge sobre o Rony, não que sentisse pena de Rony, mas porque ele não merecia. Hermione sempre falava a Rony que deixasse passar, não valia a pena.
- Finalmente o Roniquito colocou as asas para voar, depois da Lilá, a Hermione. Quem diria hein?! – disse Fred com entusiasmo.
-Sim, mas com a Hermione é totalmente diferente –disse Rony justificando-se.
-Diferente? Como assim? –disse um dos gêmeos
-Por que eu...eu a amo! –disse Rony meio encabulado.
Hermione sentiu um calafrio em seu pescoço, certamente em todo o lugar. Rony a olhou e se fitaram. Hermione o segurou pelo pescoço e continuou a olhá-lo, aquele olho azul a fascinava, deixava bastante enlouquecida sem reação. Enlaçada seus braços sob o pescoço de Rony, o abraçou fortemente, queria sentir o calor de seu ruivo. Um amor o selou, Rony abraçado a Hermione sorri, aproxima-se dela e se encaminha aos lábios dela devagar. Antes de se beijarem, sussurrem um “Eu te amo” apenas para os dois ouvirem, Hermione arrepia-se toda e o beija.
-Ei, arranjem um quarto!
-Isso, Fred! –disse concordando com o irmão, os dois rindo e fingindo uma cara de nojo.
Hermione e Rony olharam para os gêmeos e caminham para os fundos da Toca. De mãos dadas com Rony, ela estava protegida. Ele sentia-se completo. A parte mais difícil já tinha acontecido, agora era só deixar acontecer. Era exatamente o que Rony ia fazer, mas lembrava-se do dia em que deixou de ser fechado e se abriu todo com Mione.
-Mione, você sabe que não importa o que acontecer eu sempre vou te amar. Pode contar sempre comigo, vejo que você está meio abatida, triste ultimamente. O que houve?
-Nada, Rony!
-Eu te conheço e sei que você não está bem. Quero saber o motivo.
-Se você me conhecesse tão bem saberia o motivo.
Rony percebeu que era melhor mudar de assunto, iriam brigar.
-Temos que arrumar as malas. Rony, daqui a pouco nós temos que ir para o Expresso.
-Ah é! Eu também tenho que fazer uma coisa.
-O que, Rony?
-Nada, Mione. Nada!
Os dois saíram e foram para seus devidos quartos. Rony entrara no seu dormitório e lançou o seu olhar numa caixa pequena folhada, roxo e pompom rosa. Rony pegou a caixa e abriu, continha uma pulseirinha de ouro brilhante, bastante reluzente. Comprara a pulseira com a sua mesada, até pediu dinheiro emprestado ao Harry.
Arrumando suas malas, revisava o que ia dizer a Hermione quando a visse, teria que ser absolutamente especial. Descera para enfim embarcar no trem.

Harry, Gina, Rony, Mione demoraram muito para encontrar um vagão vazio e acharam um que dividiram com Rachel e Luna. Harry e Gina sentaram-se juntos com as mãos dadas, mas Rony sentou longe de Mione e ela também, de frente para o outro.
- Olá! Como vão? – disse Rachel.
- Vou bem e você? – disse Rony.
- Também. Como foram as férias?
- Foram boas, bem proveitosas – disse Rony olhando fixamente para Hermione.
- E você, Mione?
- Ah sim! Vou muito bem, me diverti muito. Fiquei na casa do Rony e da Gina e o Harry também estava lá. Conversamos e eles treinaram Quadribol né, Gina?
- Né, Gina? – disse Hermione, mas era como se estivesse falando com as paredes. Harry e Gina se agarravam e perceberam que isso não ia acabar tão cedo.
- Vocês ficaram de vela é? Odeio ficar de vela, é um saco!
- Não ficamos de vela – disse Hermione de imediato olhando para Rony esperando uma confirmação.
- Pois é!Eu e a Mione estamos namorando.
- Ah!Parabéns para vocês.
- Obrigada! – disse os dois juntos, felizes.
- Quando vai ser o seu próximo jogo, estou desinformada sobre isso? – disse Rachel
- Próxima semana, espero que os meus treinos na minha casa façam efeitos. O próximo jogo não vai ser duro, é com a Corvinal, mas provavelmente eles estão lá para jogar, tentar ganhar.
- Mas Rony, eu sei que você é ótimo goleiro!Tenho certeza que você vai se sair bem, você sempre se sai!
- Valeu Rachel. Você também é!
- Obrigada você também, mas não sei não, tenho faltado muito aos treinos.
- Que isso! Eu sei que você vai se sair bem! – disse Rony balançando os ombros da garota, sorrindo.
Hermione sabendo que esta conversa ia durar bastante preferiu retirar-se do lugar, talvez fosse comprar doce.
- Luna, vamos comigo na moça de doces?
Luna que estava alheia aos freqüentadores do vagão, lendo sua revista, olhou para Hermione e confirmou com a cabeça.
- Vejo que você se incomoda com a conversa de Rony com Rachel, o que há?
- Claro que não, só vim aqui para comprar doces, só isso.
- Algo está lhe perturbando, Mione. – disse Luna
- Não é nada, vamos voltar. – disse Mione desconversando.
Quando entram encontram Rony e Rachel abraçados, Hermione faz um barulho com os pés, como se estivesse caminhando, assim perceberiam que alguma namorada do ruivo aqui chegara.
- Você voltou?
- Sim, queria apenas alguns doces, mas o que vocês estavam falando, afinal?
- Nada, apenas conversando sobre algo.
- Algo? O quê exatamente?
- O que você acha? Quadribol é claro! – disse Rony assimilando esta resposta repentina.
- Hum...Sempre o Quadribol – disse Mione resmungando alto.
- Rachel, obrigada! – disse Rony saindo do vagão para monitorar os alunos, Hermione deu um aceno e saiu acompanhado com Hermione. Faltava pouco tempo para chegar porque dava para ver a pequena freada do trem.

***

Estavam todos na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, numa aula prática para defesa e ataque. Todos os alunos estavam exaustos, Rony diferente dos outros estava enérgico sem fazer nenhum esforço, pouco se importando com a aula. Estava simplesmente sentado na cadeira com os braços na carteira olhando os alunos fazendo esforço, um “misero” esforço, enquanto ele se divertia com histórias em quadrinhos de um valho bruxinho que largou a bruxaria e foi para o Sul tentar conquistar garotas. O professor Gustavo o olhava fixamente, também olhava os demais fazendo esforços, alguns momentos dando broncas, outras vezes elogiando e dando instruções cada vez mais difíceis que fazia os alunos resmungarem.
Gustavo aproxima-se de Rony e lhe deixa um bilhete na carteira. Rony lê. Estava escrito: Detenção! Sala dos professores. Encontro-te lá, não falte!Senão...Mais duas detenções. Rony tentou se explicar, mãos o professor voltou ás aulas normalmente. Olhou novamente e leu no papel deixado para o professor no canto abaixo: “Sem explicações, apenas compareça”.
Rony resmungou como sempre. Julgava o professor, o único que lhe deu detenção sem motivo algum. Mione o julgava por ser tão estúpido em não prestar atenção na aula, deveria saber que Gustavo não era moleza; o repreenderia e com certeza pegaria implicância.
Agora tinha um tempo sem Hermione, iria cumprir uma detenção, surpreendentemente não era Snape que estava dando, nem se metia em encrencas com Harry, algo que sentia muita falta. Agora ele estaria, na sala dos professores fazendo exercícios extras que nem doido para se possível sair com facilidade e encontrar Rachel, assim encontrar Hermione e lhe dizer uma coisa muito importante.

***

- Pronto, pode sair daqui! Weasley, não banque o ser da aula anterior, ok? Senão mais detenções! – disse Gustavo arrumando sua pasta e apagando a lousa.
Para um jovem rapaz como Sr. Gustavo ele parecia mais um velho resmungão, sem ninguém.
Rony acabava o exame quando Gustavo o dispensou, terminou e lhe entregou rapidamente e saiu da sala. Nos corredores da escola avistou Rachel e foi falar com ela. Era uma garota muito bonita, bastante alegre. Ultimamente andava assim, talvez porque seus planos que tinham em mente talvez pudessem acontecer, algo naturalmente. Rachel era uma garota frívola, totalmente amalucada, ela não mediria esforços para conseguir o que quer, exatamente “quem”.
- Weasley, pronto para hoje?
- É claro! Mas é melhor revisarmos, ok?
- Ok! Você começa.
Hermione estava à procura de Rony nos corredores da escola, certamente ela achava que Gustavo já tinha dispensado. Estava preocupado com a demora, tinham combinado na Sala Precisa. Viu Rony indo falar com Rachel, ficou observando-os. Rony estava extremamente meigo, até demais pela maneira dele de ser. Pareciam alguns trechos, algo decorado. Rachel estava sorridente e repetia rapidamente o que Ron falava. Ficou observando-os por algum tempo, não quis ir conversar com eles, apenas ficou parada e olhando fixamente neles, até que eles se abraçaram e ela saiu. Iria novamente chorar, chorar por pensar que ia perder Ron mais uma vez.
Ron ensaiou as últimas falas, Rachel era uma boa atriz. Talvez fosse o obvio, queria seguir a carreira esta profissão, ele auror. Foi ao seu dormitório e pegou a caixinha posta em cima do criado-mudo e seguiu em direção á Sala Precisa. Pensou em Hermione, no que poderia acontecer e a porta abriu, mas não se encontrava nenhuma Hermione. Talvez não tinha chegado ainda, mas vendo por outro lado ela nunca atrasaria. Foi ao alcance de Harry no Salão Principal.
- Ei, Harry!Onde está Hermione?! Você a viu? – disse Rony firme.
- Sim, ela foi ao seu encontro, na Sala Precisa. Por que?
- Suponhamos que ela não foi? – disse Ron ironizando.
Rony percebendo que ela não estava lá saiu em direção aos arredores da escola. Primeiramente foi a biblioteca, não estava lá; depois na Sala Comunal, a encontrou com uma expressão que não julgava ser de infinita felicidade.
- Olá, Mi! O que você está fazendo aqui? Por que não foi ao meu encontro?
- Eu fui, mas saberia que você me acharia, então melhor aqui.
- É melhor mesmo aqui. Olha, eu quero te dizer uma coisa.
- Fale.
- Foi muito bom enquanto...
- O que você fez hoje, Ron? – disse Mione desconversando.
- Fiquei na detenção.
- E depois?! Veio direto para a Sala Precisa?
- Vim. Por quê?
- Por nada, mas o que você estava fazendo com a Rachel após a detenção? – disse Mione com os olhos marejados, mas com um jeito insistente.
-Mione,eu posso te explicar. É que eu e Rachel...Nós estávamos fazendo algo muito importante. Bom, pelo menos pra mim, né?
- O que é?
- Eu estou querendo lhe dar isso – disse Rony estendendo na mão uma caixinha rouxa.
Hermione pegou a caixinha, abriu e levou um choque. A pulseira era muito linda, ela tirou da caixinha e colocou no seu pulso, olhou para Rony surpesa:
- Muito obrigada Rony! Muito linda a pulseira! Mas pra quê isso?
- Lembra que você me deu um colar de amizade, mas esta é uma pulseira do amor que sinto por você. Bem diferente!Você sabia que estamos juntos a um mês, Mi?
- Claro Ron. Você acha que eu ia esquecer? – disse Mione tentando fingir interesse em se fazer de sabe-tudo, mas naquele momento sem querer não tinha a mínima noção disso.
- Você não se lembra, né? – disse Ron percebendo o nervosismo dela.
- Não. – admitindo a derrota.
Ficou um silêncio por algum tempo, mas Rony quebrou. Ele estava com uma expressão indefinida, não se sabia se era felicidade ou tristeza.
- Tudo bem. O importante é que você gostou da pulseira – disse Ron, sorrindo e a beija. Um beijo gostoso, poderia ter sido melhor se não houvesse uma tristeza por dentro.

***

No dormitório dos garotos, Rony estava dormindo, um sono suave e reconfortante. Harry estava na mesa da cabeceira, escrevia uma carta endereçada a Gina, não sabia o que ia dizer. O primeiro parágrafo pareceu promissor, já que só continha “Amor da minha vida, Gina Weasley”. Ele desolado pedia ajuda em seu subconsciente, viu Ron deitado, parecia bastante cansado. Mesmo assim, foi acordá-lo, talvez pudesse o ajudar.
- Rony, acorda! Acorda, dorminhoco!
- Ai, o que foi?
- É que assim, sua irmã faz aniversário semana que vem e eu queria escrever algo, além do presente que eu vou dar para ela e achei que você poderia me ajudar.
- Gaveta a esquerda – disse Ron logo após Harry falar.
- O quê?
- Abre!
Harry abriu a gaveta e viu um papel rosa com moldura roxa, no fundo do papel coraçãozinhos. Parecia mais um cartão e estava endereçado a “Mione-sabe-tudo”.
- O que é isso, Ron?
- Bom, o que eu ia enviar para a Mione, depois de eu falar o quão chega o amor que sinto por ela e daria uma pulseira de ouro. Eu dei a pulseira de ouro, ela gostou!
Harry leu:

“O amor verdadeiro.
Não se conforma com brigas.
Diante dos desentendimentos
E das intrigas,
Retrai-se e chora.
Condena a indiferença,
A mágoa e o rancor.
Tudo que é nocivo deplora.
É inimigo da dor!
Nele estão contidos os mais puros sentimentos,
Sua construção começa por dentro,
Como fruto de nossas palavras,
Nossos atos, nossa ação!
Tem como aliados o respeito e a confiança,
Como companheira a esperança,
Está sempre presente onde há entendimento.
O verdadeiro amor nasce e cresce a partir do coração!
Então, saiba que meu verdadeiro amor é você, Mione.

- Eu parabenizo a Mione, porque fazer de você um romântico é um fato inimaginário!
- Cala a boa e copia logo!
- Alguém te ajudou a fazer isso né?
- Sim, Rachel. Somos amigos, temos muito algo em comum, sabe?
- Sei, o que a Mione acha sobre isso? – disse Harry desconfiado.
- Por que?
- Eu acho que isto a está incomodando.
- É claro que não, ela confia em mim plenamente.
- Ok, vou copiar.
- Então, vou dormir!

***

No dormitório das garotas, Hermione estava deitada em sua cama, com o travesseiro em cima da cabeça, parecia bastante cansada. Ficou ali, apenas imóvel, olhando para a pulseirinha em seu braço, era muito linda. Esta pulseira era o melhor presente que podia receber, ela achava até melhor que os livros.
Achava que o seu relacionamento com o Rony estava indo muito bem, o problema era quando o via com Rachel sabia que eram amigos apesar do que tinha visto, mas mesmo assim sentia completamente raiva de Rony, um pedaço de ciúmes a consumia inteira e ela não conseguia contraí-lo, então quando o verem juntos, ela iria se afastar, decidira isso para o bem dela, para o bem dos dois.

# FLASHBACK

Hermione estava na biblioteca, quando viu Rony e Rachel conversando animadamente. Ela se aproximou deles fazendo-os não perceberem que ela estava presente. Pode ouvir um pouco a conversa, apesar das vozes serem baixas.
- Rony, você acha que meu plano de conquistar o garoto vai dar certo?
- É claro! Garoto adora quando percebe que uma garota está interessada nele.
- Você gostaria?
- Como assim? Eu já conquistei a Hermione, não preciso de mais ninguém. Nós estamos muito bem.
- Sério? – disse Rachel, chegando bem perto dele e lhe dando um beijo. Beijo devagar, mas não correspondido totalmente.
- O que você está fazendo, Rachel? Você sabe que eu amo a Mione. Você disse que seríamos amigos e que você me ajudaria naquilo, sabe? – disse Rony esclarecendo.
- Ah, desculpe! Foi um erro.
Rony transpareceu ficar bastante vermelho.”Aquela desgraçada está dando em cima do MEU Rony! “.
- Tudo bem, Rachel. Eu só espero que a Mi goste do meu presente, agora tenho que ir para a detenção, os encontramos mais tarde. Tchau – disse Rony dando um beijo na bochecha de Rachel.

Hermione não tirava aquele pensamento da sua cabeça, saber que sua colega que considerava ser sua amiga estava dando em cima de Rony isso a fuzilava, mas não queria se importar. Saber que aquela tinha tocado os lábios dela a deixava aflita, mas logo se acalmava e chegou a seguinte conclusão: ele a amava, portanto não a trairia. Passando a constante aflição, adormeceu devagar.
Hermione pouco se importou com a cena anterior, adorou a pulseira e sabia que Rony ainda a amava, estava totalmente como antes. O destino não lhe surpreenderá com fatos ruins, isso poderia ser apenas o acaso.

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