O Amor é Quando...
Cap. 10 Amor é quando as diferenças não são mais capazes de separar.
Rony ainda cansado do jogo de ontem e Hermione cansada das brigas freqüentes com Rony, cujo rosto expressava tristeza ao ver Hermione chorando descontroladamente em uma sala próxima ao Salão Principal. Parando quase que precipitadamente foi até ela, sentando justaposto.
- Por que você está chorando, Mione? – disse Rony
Hermione não respondeu, o silêncio os rondou alguns minutos até que Hermione o quebrou. Sem olhar para cara dele, disse:
- Estou cansada disso tudo, de nossas brigas, de não conseguir parar de falar com você, mesmo que você tenha me magoado muito, Ronald!
Rony ficou sem fala. Nunca tinha abastança em suas palavras, mas já estava na hora de acabar com todos esses episódios desagradáveis e confiar mais em seus sentimentos profundos que sentia por ela, e abrir-se confessando seus sentimentos acumulados desde o dia que a conhecera.
- Me desculpe, Mione – apenas conseguiu dizer isso.
Rony se aproxima de Hermione, via cada lágrima dela caindo em sua face. Colocou suas mãos em seu rosto, tirando cada lágrima que caía com um simples lenço, retirava toda a dor e a tristeza que decompusera nela. Hermione apenas o olhava com um olhar de agradecimento.
- Nunca mais quero vê-la chorar, muito menos por mim. Não mereço! Você é uma garota tão...Tão inteligente que é impensável fazê-la chorar. Ronald ia dizer que era uma garota extremamente linda, mas no momento faltou-lhe coragem então resolveu mudar de idéia.
Hermione o abraçou, Rony ficou estático, mas com um sorriso nos lábios e ela o retribuiu, fazendo com que o queixo de Rony caísse.
- Obrigada pelo apoio, por ainda ter a sua amizade Rony, mas eu tenho que arrumar as malas.
- O quê? Pra onde você vai?
- Para a Toca né? A Gina me convidou. O Harry vai também?
- Vai sim! Nos encontramos lá então!
O quarteto, agora, tinha o teste de aparatação sucedido, todos se encaminhando para a Toca, alegres por mais um semestre acabado.
Harry estava abraçado á Gina, pois ela não estava acostumada a aparatar e Rony e Hermione aparataram.
Chegaram lá e Sra. Molly já dera seu discurso de sempre quando a visitavam.
- Olá queridos! – Como vai Harry? Deve estar com fome, venha Harry! – O almoço está pronto! Venham todos!
Todos foram jantar. Harry sentou ao lado de Gina e Rony á frente de Hermione.
- Harry, coma um pouco de lasanha. Você está tão pálido – disse a Sra, Molly docemente.
- Obrigada, Sra. Weasley, mas não estou com fome. Vou me deitar. Tchau!
- Hermione, o que houve com ele? – disse Rony preocupado.
- Acho que ficou um pouco triste, mas nem sei direito o que houve. Vai falar com ele e depois me conte o que aconteceu.
Rony levantou-se da mesa e foi em sua direção para o quarto de Harry. Bateu na porta, não havendo êxito bateu de novo e ecoou uma voz da porta adentro.
- Me deixem em paz! Por favor! Preciso ficar sozinho.
Com um toque de varinha, Rony arrombou a porta.
- Hei, Cara! O que aconteceu? Por quê está tão triste?
- Sabe, Rony, nunca falei a respeito do assunto com você, mas eu tenho que lhe contar. Você não percebe isso, mas você é bastante sortudo, cara. Começando pela família e tem alguém que realmente te ama pelo que você é.
- Por quê isso agora, Harry? – disse Rony surpreso.
- Você tem família, eles gostam de você. Eu só tenho vocês, gostaria que meus pais estivessem aqui comigo, mas não, aquele desgraçado os matou e agora poderão matar minha única família que tive até agora.
- Você sabe muito bem que é como da família, e resolveremos logo a guerra contra o mal, mas agora vamos descer. Elas devem estar preocupadas conosco!
Harry e Rony estavam descendo as escadas e foram em direção onde ás meninas estavam, conversavam animadamente fazendo de conta que os meninos não tinham chegado ainda. Os garotos perguntavam para elas o que elas estavam falando á respeito. Mione hesitou por um momento para que Gina não contasse, mas mesmo assim contou para os garotos.
- A Mione disse que não vai mais se corresponder com o Victor Krum! – disse Gina pausadamente.
Por um instante, Rony sentiu uma breve felicidade por dentro, mas logo virou isso um ódio completo.
- Porque...Não vai precisar mais, ele vai vim morar aqui e pediu para Hermione se encontrar com ele se possível!
Todos olharam para o Rony, inclusive Mione. Ele, apenas o fitaram e continuou colocando geléia de amora em suas torradas. Cada nervo do seu corpo se liberando, tantava disfarçar. Contudo, cada pensamento que rondava que Hermione tivesse com Victor Krum de mãos dadas felizes o deixava mais angustiado.
- Cadê o berro, Sr. Rony? – disse Harry zombando-o
- Não haverá berro nenhum. Se quiser a Hermione vá com o Krum, por mim tudo bem.
- Sério!? – disse Hermione espantada.
- Claro. É o que você mais quer né?!
Hermione nada disse, apenas levantou-se e saiu da mesa. Harry percebeu que ela não estava saindo dali satisfeita com a atitude de Rony, nem em milhares de sorrisos encontrava-se o seu. Rony continuava colocar geléia em suas torradas, agora apressadamente. Todos esperando mais uma reação dele, quando eles iam desistir Rony resmungou:
- Eu não agüento mais isso, eu não agüento mais! COMO POSSO FICAR DESSE JEITO? DESSE JEITO? – Rony se alterou na última frase e lacrimejava bastante. Suas mãos estavam trêmulas e escorria lágrimas em seu rosto, cada segundo dizia a mesma frase.
Harry e Gina se entreolharam. Observavam-no assustadíssimos, nunca tinham visto Rony reagir daquela forma, nunca vira Rony chorar, não na frente deles, é claro. Rony voltou a se acalmar e colocar geléia nas torradas, mas novamente mudou a reação equilibrada para uma totalmente eufórica. Saiu da sala e foi para o aposento de Hermione.
- Você não liga para os meus sentimentos né?! Fica de papo sobre o Krum na minha frente e quer que eu não faça nada né?! Pois bem, isso infelizmente não vai acontecer.
- O quê você vai fazer, Rony? – disse Hermione espantada.
Rony se aproxima de Hermione toca-lhe o beiço de Hermione, fica ali parado sentindo a respiração descompassada deles e enfim aprofunda o beijo. Hermione teve dúvidas em deixar ele continuar, mas não resistiu ao beijo do ruivinho. Terminando o beijo, gritou:
- Como pôde fazer isso novamente? Beijar-me assim...
- Não que eu queira beijar assim sem motivo, eu só esperava que você me entendesse, pelo menos uma vez.
- Entender o quê, Rony? – disse Hermione alterando-se a voz.
- Que eu gosto de você mais do que aparenta ser. Sinceramente, te amo muito!Amo-te absurdamente que não consigo me conter, meus ciúmes incontroláveis, meus conceitos de rejeição, incredulidade, acima de tudo achar o que eu não sou. Simplesmente, não sou o Victor Krum, sou apenas Ronald Weasley, sempre o mesmo legume insensível para você né?!- disse Rony alterando-se a voz mais do que a de Hermione, agora lacrimejava bem mais do que estivera de manhã.
- Não, Rony. É claro que não. Por quê você acha que todas as vezes que você me beijava te correspondia? Porquê, hein?! Você que tem que me entender, não existe nenhum convite de Krum, a Gina só disse isso para ver a sua reação e vejo que sua reação foi a melhor que você já teve. Mione ironizou. Rony você sempre será o meu Rony, meu leal amigo. Não posso deixar de dizer que você não precisa ser o Krum para eu gostar de você, eu gosto de você do jeitinho que você é. Claro que somos diferente, mas é cada diferença sua que me impressiona. Seu jeito de ser é surpreendentemente, imprevisível, mas seja quem você for eu te amo! – disse Hermione com um sorriso de cair os queixos.
Rony não acreditava nas palavras de Hermione, por outro lado queria acreditar, tinha que acreditar. Virou-se de costas para não encará-la, Hermione o cutucou e ele se virou devagar, sem entusiasmo. Quando Rony se virou, ficaram muito próximos um do outro. Olharam-se apaixonados cada um admirando o outro a cada fisionomia, Hermione acariciou seu rosto e o beijou. Um beijo demorado, caliente, especial, principalmente este. Hermione pensou: “Sou a pessoa mais feliz do mundo quando me dizes oi ou me sorris, porque se que, ainda que tenha sido para só um segundo, pensaste em ser só meu”.
Rony e Hermione tinham parado de se beijar, olharam um para o outro vendo que sentiam a mesma felicidade e estavam protegidos um perto do outro se lembrando da realidade lá fora. Abraçaram-se e desceram. Encontraram Harry e Gina abraçados, contentes e certamente ficaram mais contentes ainda quando viram Rony e Mione de mãos dadas, bochechas rosadas, porém bastante felizes.
- Não precisa dizer nada, nos sabemos!
- Nem deu para ouvir os gritos de lá de cima. – disse Harry com um tom sarcástico, porém feliz.
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