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Capítulo 8:
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Faye começou a chorar loucamente. Madame Pomfrey também. Harry estava paralisado. Os olhos de Dumbledore brilhavam de um jeito muito triste e melancólico. A garota saiu correndo, não parou até chegar à Sala Comunal. Jogou-se numa poltrona em frente à lareira, que nesta hora estava apagada. O Salão comunal estava cheio de gente, que começou a perguntar o que estava acontecendo com Faye. Ela anunciou, entre lágrimas, a doença de Harry. O Salão ficou muito quieto. Várias pessoas começaram a chorar. Rony e Hermione não conseguiam nem chorar. Estavam tão chocados, paralisados e totalmente arruinados. A dor deles superava as lágrimas.
Harry continuou na Ala Hospitalar aquela tarde. No jantar, Dumbledore anunciou a doença do famoso e querido Harry Potter. Parecia impossível. Ninguém acreditava. Ninguém QUERIA acreditar. Todas as mesas ficaram caladas e cabisbaixas. Até Draco ficou calado durante alguns minutos. Como Harry poderia ter pegado uma doença daquelas? Ele não podia morrer. Mas ia. Aquilo não tinha cura. Ele sobrevivera à duelos cara a cara com Lord Voldemort, mas não a uma doença trouxa modificada.
No dia seguinte Harry voltou para a torre da Grifinória. Ficou o dia todo calado, deitado na cama. Edwiges estava ao seu lado. Ele acariciava as longas e brancas penas da coruja. Às três horas, toda a família Weasley entrou no dormitório masculino. A Sra. Weasley abraçou Harry. Ela tremia, chorava, soluçava. Todos os Weasley choravam. Hermione e Faye estavam encolhidas a um canto do dormitório masculino. Elas não falavam nada. Permaneciam caladas e cabisbaixas.
Sirius foi avisado por Dumbledore. Ele não pode visitar o sobrinho pois ainda era um criminoso procurado. Mas Dumbledore e ele arranjaram um jeito dele ver o afilhado. Ele veio através do pó de flu e ficou conversando com o fraco Harry Potter, na deserta Sala Comunal da Grifinória.
Nathalie ficara sabendo do ocorrido. Ficou com tanta pena de Faye que resolveu não atormentá-la mais, como fez durante vários meses. Harry iria morrer, e não havia como reverter isso.
Durante uma semana muitos médicos, tanto bruxos quanto trouxas, vieram examinar o garoto. Nenhum deles tinha o remédio, a salvação do menino-que-sobreviveu. Eles entravam e saiam do quarto dos garotos do quinto ano da Grifinória, sempre sem sucesso.
Três semanas depois Harry estava irreconhecível. Ele estava mais magro, pálido e fraco. Perdera a maioria dos músculos que ganhara com o quadribol. Falava baixo, sorria pouco e não tinha o habitual brilho no olhar. Ele agora andava devagar e não praticava mais o esporte que tanto gostava e que jogava tão bem, pois tinha desmaios freqüentes e repentinos, então ele corria o risco de despencar da vassoura a qualquer instante. Rony fazia companhia para ele nos jogos de Quadribol. Harry não conseguia descer até os jardins e assistia os jogos de uma sacada do castelo. O amigo ficava ali, conversando com ele, comentando o jogo, pois nem a vista de Harry era mais a mesma.
Um dia, Rony chegou perto de Harry e sentou na beirada da cama.
- Harry, Dumbledore disse que você não tem mais muito tempo.
- Eu sei, Rony. Eu sinto isso em cada parte do meu corpo. Parece que meu corpo está se esticando, como uma quantidade pequena de manteiga espalhada num grande pedaço de pão.
Um médico trouxa, chamado Harold Culler apareceu no castelo numa manhã fria e cinzenta. Ele e seu filho, Zion, gostavam muito de bruxos. Quando ficaram sabendo que Harry Potter estava com Tuberculose, foram até o castelo, para ver se podiam ajudar em alguma coisa.
Dumbledore os levou para o quarto dos quintanistas da Grifinória. Harry estava deitado lendo um livro sobre quadribol. Ele foi apresentado ao doutor e seu filho. Harold era alto e calvo. Seu pouco cabelo que restava, apenas alguns fios no topo da cabeça, era castanho claro. Tinha olhos cor de mel muito grandes e astutos. Já o filho, Zion, tinha cabelos castanho escuro, herdados da mãe. Ele era muito parecido com ela, tinha os mesmos olhos azul turquesa.
Zion aproximou-se de Harry, e pegou a mão dele. "Espero que meu pai encontre a cura". Durante muitos dias o doutor Culler foi visto estudando, examinando Harry, fazendo pesquisas, experiências e testes. Durante todos estes dias Harry foi definhando ainda mais rapidamente, sinal que seus dias estavam contados. Zion passava o dia todo com Harry. Os dois ficaram muito amigos em pouco tempo. Hermione e Rony apareciam no intervalo das aulas e depois do almoço. Todos começaram a simpatizar com Zion, ele estava sendo muito bondoso com Harry Potter. Ele continuava com Faye. Ela fazia tudo que podia para ajudar. Passava quase todo o tempo com ele. Matava aulas só para ficar ali deitada ao lado dele, conversando, fazendo-o rir, contando histórias. Toda a escola visitava-o, pois agora ele quase não saia da cama. Presentes chegavam todos os dias. Faye chorava pelos cantos da escola. Ela era sempre vista em algum canto sozinha ou com os amigos, mas não era mais vista rindo alegremente e brincando com os outros como sempre fazia. Toda a alegria dela parecia estar morrendo com Harry. Todo o castelo parecia entorpecido por uma doença.

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