De volta à Hogwarts



Por mais que Harry tentasse dormir ele não conseguia. Passou a noite em claro, perguntando para si mesmo em que suposto lugar do castelo poderia estar a taça, e se é que ela estaria mesmo no castelo. Ele precisava pensar em algum lugar do castelo que demonstrasse grande importância para Voldemort e que também não fosse um lugar muito fácil de se encontrar. Algum lugar que fosse meio perigoso e que também possuísse desafios para conseguirem pegar a horcrux. Alguma coisa que só mesmo Voldemort poderia ser capaz de passar. Será que era alguma coisa relacionada a Sonserina? Talvez... Mas o que? Ou alguma coisa que passasse despercebida por olhares comuns. Quem sabe poderia estar na floresta proibida? Nas masmorras? No lago? Hogwarts era muito grande... Seria uma grande idéia se ela estivesse escondida em Hogwarts. Mas tinha que ser em algum lugar preciso,em algum lugar preciso... Harry se levantou em um súbito. Então era isso! A horcrux estva na sala precisa!
Demasiadamente cansado ele se deitou e dormiu. Como não tinha pensado naquilo antes?

Na manhã seguinte, Harry contou para Rony e Hermione o que tinha pensado.
- Mas você acha mesmo que poderia estar na Sala Precisa, Harry? – Perguntou Hermione enquanto tomava um gole de suco de abóbora.
- Eu acho bem provável. Ele poderia pensar em um esconderijo, em um labirinto, ou sei lá o que, para poder usá-la. – Falou Harry.
- Não sei... acho que está muito fácil... – Disse a garota.
- Por ser tão obvio é que fica difícil. Quem imaginaria que uma horcrux de Voldemort estaria em Hogwarts, e ainda por cima em uma sala precisa, ou como chamam os elfos, em uma sala do vai e vem?
- Você pensou. – Falou Rony.
- Vocês tem alguma outra idéia? – Perguntou Harry.
Rony e Hermione balançaram a cabeça negativamente.
- Harry tem razão Mione. Acho melhor nós irmos.

Eles aparataram em Hogsmeade levando somente o mapa do maroto (como iriam para Hogwarts iria ser bastante útil), e a capa de invisibilidade. Caminharam pelas ruas desertas do povoado finalmente chegaram a Hogwarts, também deserta.
O castelo não era mais o mesmo. Talvez fosse por Harry saber que Dumbledore não estava mais lá, ou talvez ele estivesse mesmo diferente.
A primeira coisa que Harry fez foi gritar por Hagrid, ou outra pessoas que estivesse lá. Mas Harry não tinha certeza de que alguém estivesse mesmo no castelo, pois ele parecia muito abandonado.
Então Harry fez um patrono enviando uma mensagem para alguém abrir o portão.
- Será que tem alguém aí? – Perguntou Hermione.
- Não faço a mínima idéia. – Falou Harry.
- Olhe! – Disse Rony. – É o Filch.
Lá estava ele, andando meio manco, e também cauteloso.
- O que vocês querem? – Disse ele mal educado. – Não vou abrir as portas. Quem me garante que são mesmo vocês?
- Precisamos falar com Hagrid, McGonagall, ou qualquer pessoa que esteje no castelo Filch, por favor, é urgente. – Disse Hermione.
- Quem me garante que são vocês mesmo?
- Somos nós! Você tem que acreditar! Chame a professora Minerva e ela pode ajudar você a acreditar em nós. – Falou Harry.
- É isso mesmo o que eu vou fazer... – E saiu mancando em direção ao castelo.
- Bem que Hagrid podia ter vindo nos abrir a porta. – Falou Rony. – Ele nos abriria com certeza.
- Talvez. As seguranças em Hogwarts... – Disse Mione.
- Pra que segurança? Ano passado não adiantou nada toda essa segurança.- Falou Harry. – O perigo estava dentro de Hogwarts. O próprio Snape.
- Harry... Acho melhor mudarmos de assunto. – Disse Hermione.
- De assunto até podemos mudar, mas os fatos não Mione. E isso é um fato.
Ela ficou quieta por um instante.
- Olhe. – E apontou para dentro do portão. – É a Minerva. – Falou Rony.
Harry se virou, e a viu. Uma bruxa cansada,caminhando cautelosamente com sua varinha na mão.
Se aproximou devagar os observando.
- Pelas barbas de Merlim! São vocês mesmo! O que querem?
- Bom dia professora McGonagall. – Falou Hermione. – Bom, Hagrid nos falou que o professor Dumbledore tem um quadro, e aí queríamos saber se podemos falar com ele.
McGonagall enxugou algumas lágrimas e abriu os portões da escola.
- Entrem, entrem...

Um lugar deserto, sem nenhuma voz, com cara de abandono, era no que Hogwarts havia se resumido. A escola sem Dumbledore, de nenhuma forma era igual.
Eles caminharam até a sala do diretor, e viram que a sala continuava igual. Minerva, agora com aparência de uma bruxa muito mais velha do que ela realmente era, e também com a aparência de alguém que não dormira a dias não havia feito nenhum a modificação na sala. Todos os objetos, todos os móveis e um quadro diferente estavam na sala.
Sentado em uma confortável poltrona, ao lado de uma fênix, estava um bruxo de cabelos e barbas prateadas, com um nariz muito torto e oclinhos de meia-lua.
Harry, Rony e Hermione observaram o quadro por alguns longos minutos, em silêncio.
- Bom dia Senhor Potter, Senhor Weasley e Srta. Granger. – Disse Alvo Dumbledore sorridente.
Harry se aproximou dele e sorriu para o prefessor.
- Bom dia Senhor.
Dumbledore deu um leve sorriso e Harry teve certeza que viu uma lágrima sair dos olhos do diretor e se perder dentre as barbas brancas.
- Bom, mas tenho certeza de que vocês não vieram aqui somente me dar bom dia.
Harry riu.
- O senhor tem razão. Bom, prefessor, eu Rony e Hermione achamos que podemos saber onde está escondida uma horcrux.
- Sabem? Mas isso é uma ótima noticia! E onde vocês acham que ela pode estar?
- Nós sambemos que o senhor pode achar isso estranho, mas nos achamos que ela pode estar aqui em Hogwarts. – Falou Hrary.
Dumbledore não soube bem o que falar. Ficou entre surpreso, contente e apavorado.
- Mas, de onde vocês três tiraram essa conclusão?
- Bom, estávamos pensando, Hogwarts sempre foi um lugar muito importante para Voldemort. – Começou a falar Harry. – Foi o lugar onde ele descobriu que era bruxo. Foi onde tudo começou para ele. Hogwarts também é um lugar muito seguro, e ninguém nunca desconfiaria que pode ser onde está escondida a horcrux.
- É uma boa teoria, mas, onde vocês acham exatamente que essa horcrux está? Hogwarts é um lugar tão grande. – Falou Dumbledore.
- Então, eu achei que tinha que ser um lugar preciso, que poucos soubessem que existem, que podesse conter labirintos, e poucos pudessem saber como entrar.
- Se for o que eu estou pensando é realmente genioso.
- Acho que é mesmo o que o senhor está pensando. Eu acho que ela está escondida na Sala Precisa!
Uma outra lágrima caiu dos olhos de Dumbledore e se perdeu por entre as suas longas barbas brancas.
- Você não sabe o quanto é bom saber que você está se saindo bem Harry. É muito bom saber que você está conseguindo buscar e pensar nas horcruxes. Estou realmente orgulhoso de você nesse momento!
- Então quer dizer que o senhor acha que uma horcrux pode mesmo estar na Sala Precisa?
- É uma teoria Harry. Ela tanto pode tanto estar certa quanto errada, mas que é uma boa teoria isso é. Mas quero que você não se esqueça que mesmo que se a horcrux não estiver lá, você não pode desistir. Em qualquer batalha, e principalmente nessa que você vai enfrentar agora, o mais importante é não desistir nunca. Só assim vai haver um vencedor de verdade.
Harry concordou com um aceno de cabeça.
- Eu não vou decepcioná-lo senhor!
- Eu tenho certeza que não vai Harry.
E o diretor sorriu, fazendo a fênix ao seu lado soltar um pio alegre.

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