OLÁ, MEU NOME TAMBÉM É SNAPE!!
CAPITULO 3 – OLÁ, MEU NOME TAMBÉM É SNAPE!
_Você só pode estar brincando comigo não é? – falou ele com os olhos faiscando.
_ Eu tenho cara de quem brinca? – perguntou ela erguendo a sobrancelha e colocando as mãos na cintura. Ele fechou os olhos, pedindo paciência a Mérlin...
_ Acho que começamos com o feitiço errado – e ignorando um irônica “acha mesmo?!” continuou – Qual é seu nome?
_ Ellen Snape, o prazer é todo seu! – disse recusando a mão estendida de Snape, que pareceu paralisar, deixando cair a mão do lado do corpo e o corpo sobre a cadeira.
_Snape?!? – indagou-a assustado. “Não pode ser. O sobrenome Snape não é nem um pouco comum, nem mesmo no mundo bruxo”. Severo pensou... Seu pai, Tobias Snape, era trouxa e soubera que ele tivera um irmão... ”Será que ela é minha...”.
_ É, Snape, porquê? Escutou bem ou quer que eu soletre? – Ele pôde sentir o desafio na voz dela e os olhos negros se estreitarem. Ele estava tão estupefato que ignorou a provocação.
_Seu sobrenome, você o herdou de que parte da sua família?
_Da parte do meu pai, por que?
_Seu pai teve algum irmão?
_ Qual é?! Vai querer CPF e carteira de identidade também é?
_ Olha, eu só lhe fiz uma pergunta, responda se quiser! – disse ele, já perdendo a paciência com aquela garota.
_ Bom, ele teve um irmão, mas meu pai não gostava muito de falar dele. Dizia que ele se casou com uma mulher e fugiu... Soube que tiveram um filho, mas nunca cheguei a conhecer nenhum deles. – respondeu Ellen, agora parecia curiosa, por que aquele moço a questionara sobre sua genealogia. – Agora é a minha vez de fazer perguntas, qual é seu nome e porque esse monte de perguntas?
_ De acordo com o que eu estou pensando, nós somos parentes, mais precisamente: primos. – o queixo dela caiu – Muito prazer, meu nome é Severo Snape.
_ Você é o filho do tio Tobias? – ele anuiu - Não estou acreditando, ganhei um priminho! – disse com um sorriso enviesado.
_Você não ganhou, sempre teve. – corrigiu-a com um ar arrogante. Ela revirou os olhos. Foi a vez dela fechar os olhos, como que pedindo paciência a Deus.
_ Vamos fazer uma trégua, ok?
_ Por mim tudo bem...
_ Bom Sr. Snape, eu já lhe dei minha ficha toda, falta o senhor me dizer o que faz nessa “linda e adorável” caverna.
Ao ouvir isso, a expressão de Snape mudou de repente, e então, começou a contá-la toda a historia sobre Voldemort e Harry Potter até a morte de Dumbledore.
_Quê?! Como você pôde..... – mas logo se silenciou ao ver o rosto dele, daria qualquer coisa para não ter dito aquilo. Um silêncio constrangedor tomou canta do ambiente. Snape, por alguns momentos havia esquecido o porquê de estar naquele lugar, naquela situação... Ellen percebeu a expressão de arrependimento misturado com rancor, ódio, vergonha e raiva que se espalhava sobre ele, então, ao invés de julgá-lo, preferiu oferecer um consolo.
_Vem cá – disse ela, e abraçou-o. Ele tentou resistir, parecia não querer abraçá-la, como se ela tivesse uma doença contagiosa, mas acabou cedendo. O abraço começou tímido, mas com o tempo ele foi deixando-se levar pelo calor do corpo dela, os dedos dela fazendo carinho em sua cabeça, e aprofundou o abraço. Abraçou-a tão forte que ela achou que ia quebrá-la ao meio. E alí, com a cabeça no colo dela, derramou uma lágrima solitária. A primeira lágrima verdadeira que ele derramava em mais de 20 anos e que não seria percebida por ninguém...
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