Draco Divinus
Draco havia chegado do Beco Diagonal com seus materiais, alguns novos uniformes (ele havia crescido e os outros uniformes não estavam servindo) e também comprou um kit para polir espadas. Sim, a espada que ele havia recebido de uma coruja, mas até agora não sabia para quê usá-la, embora tivesse gostado muito dela. Ele entrou em casa e Narcisa foi ao seu encontro.
- Comprou tudo o que precisava, Draco? – perguntou ela com seu olhar sério, mas ao mesmo tempo doce como toda mãe olha para seu filho.
- Sim mãe! – respondeu ele e correu para seu quarto, antes que sua mãe lhe questionasse sobre qualquer coisa. Antes que pudesse chegar ao topo da escada, sua mãe ainda disse:
- Draco, depois do jantar, seu pai quer falar-lhe. E se arrume bem, receberemos uma visita muito importante, entendeu? – disse Narcisa, enfatizando o “importante”. Pior que Draco havia entendido sim. Ele gelou por dentro, mas claro que não demonstrou. Apenas acenou com a cabeça e continuou com seu caminho.
Ele chegou em seu quarto, que era muito grande, guardou seus materiais e suas roupas e foi até sua cama.Olhou para porta, para ter certeza de que ninguém ia entrar e se agachou para pegar a espada que se encontrava em baixo. Colocou-asobre a cama, tirou a forte seda que a cobria e a examinou. Não sabia o motivo, mas só de olhar aquele objeto, uma força crescia dentro de si. Ao tocá-la todos os seus temores se desvairaram e deu lugar á uma forte vontade de lutar. Ele sentia em seu sangue que aquela espada tinha sido feita para ele. Só então pôde notar a capa protetora da espada. Era de pura prata, nela havia várias pedras de esmeralda, de um lado um dragão e do outro uma serpente. Também havia uma espécie de insígnia, da qual ele não sabia o que era. Palavras em latim estavam por toda a espada, as mesmas do amuleto. Draco pegou o seu kit de espadas, tirou a capa protetora e a limpou. Ele limpava com todo cuidado, com atenção e tudo em sua volta não tinha mais importância, apenas a espada. Só que o que ele não tinha percebido foi que ao passar a mão sobre a bainha, as pedras dos olhos do dragão e da serpente brilharam e frases e em latim lhe cercaram. Ele se assustou e jogou a espada na cama, mas as frases ainda giravam em torno de si, e Draco pôde escutar vozes que diziam coisas que ele não entendia. O amuleto levitou e ficou de frente para ele, o rapaz sentia seu coração disparar, a adrenalina de seu corpo estava em alta, ele se sentia elétrico. O amuleto se abriu e o relógio começou a girar sem parar, seu quarto desapareceu e no lugar apareceram cenas que ele não sabia descrever, não entendia nada. Mas uma coisa lhe havia deixado intrigado: a imagem soberana de um homem que se parecia com ele, só que vinte anos mais velho. Este homem parecia ser uma espécie de rei, ou chefe, porque os homens que estavam presentes lhe reverenciavam. A expressão fria do homem se tornou uma expressão de ódio, quando este olhou para a porta maior, de onde havia o vulto de uma outra pessoa, pela silhueta parecia ser homem. Quem era a pessoa Draco não descobriu, porque quando se deu conta, estava em seu quarto, caído e bufando de cansaço. O amuleto estava caído á sua frente, e ele escutava passos em direção ao seu quarto. Rapidamente ele se levantou, jogou tudo para debaixo da sua cama e se levantou. A porta se abriu e a imagem de sua mãe se revelou.
- Aconteceu alguma coisa Draco? – perguntou ela olhando para o cômodo todo.
- Não... por quê? – fingiu ele. A mãe apenas o olhou.
- Eu ouvi umas coisas aqui... Bom, de qualquer forma, se arrume. Seu pai e a visita estão para chegar. – disse ela e saiu. Draco suspirou fundo.
“Tenho que esconder isto em um lugar mais seguro. Se algum deles descobre, ou até ele... Não vai ser lá um dia muito legal!” – pensou e entrou no banheiro para se banhar e pensar num lugar.
Na Toca, Harry estava arrumando suas coisas para a volta ás aulas. Ele pensou de que agora seria seu sexto ano, sua impressão é de que alguma coisa aconteceria este ano, mas não sabia se era bom ou ruim. Sem perceber acabou pegando na espada que Hermione tinha lhe dado de presente. Ele ainda não tinha parado para vê-la melhor. Era pesada, a capa dela era dourada, tinham uns desenhos nela e pedras de rubi. A bainha tinha uma cabeça de leão e também haviam pedrinhas de rubi. Ele tirou o suporte protetor e apareceu a lâmina. Era de ouro puro, como toda a espada, mas era luminoso e na espada tinha escritos em latim ou hebraico. Harry não sabia direito. Ela era grossa e parecia ser feita para o dono ter muita habilidade e força, porque além do peso ela era extremamente afiada, era uma espada para um digno guerreiro. Harry ainda não sabia o motivo de Hermione ter lhe dado tal espada, ao menos que a amiga queira que ele lute contra Voldemort com ela. Ele estava tão distraído que nem viu Rony entrar. Este apenas parou e ficou boquiaberto com o que viu.
- HAARRYYY! – gritou ele e Harry quase foi parar no teto com o susto que levou.
- Você é louco Rony... – falou com a voz fraca, se recuperando do susto – ... Avisa que chega, né?
- Mas... Harry! Que espada linda... onde você roubou? – disse ele ainda maravilhado. Harry riu.
- Eu não roubei seu besta, foi... – ele parou, talvez a amiga não queria que contasse que tinha sido ela quem deu. Ele se limitou a falar. Rony o olhava com expectativa.
- ... Foi...? - disse o ruivo fazendo sinal pra que ele continuasse, só que nesse mesmo instante aparece Gina no quarto. Harry esconde a espada rapidamente.
- Ei vocês! Mamãe tá chamando para limparmos o sótão... O que há com vocês? – disse ela desconfiada ao ver as caras de Harry e Rony. Os dois se olharam e responderam em coro.
- Nada!
- Têm certeza?
- Temos!
Ela não acreditou muito, mas saiu do quarto. Rony olhou para o amigo.
- Foi por pouco... E você não vai me dizer aonde arranjou essa espada? – perguntou, já irritado. Harry apenas o olhou e disse:
- Depois Rony... depois...
Na mansão dos Malfoy...
Draco estava se arrumando, sua cabeça já tinha achado um lugar apropriado para a espada. Saiu de seu quarto e desceu as escadas sem que ninguém percebesse. Escutou um barulho vindo da cozinha e correu para a porta dos fundos. Ele saiu ás pressas e correu até a mansão ficar pequena pela distância.
O garoto foi até um grande e belo lago que tinha pelas redondezas do lugar. Era escondido de tudo, ninguém nunca se interessou em explorar, á não ser Draco. Estava cheio de árvores, flores e mato. A água era cristalina, não havia muitos peixes, mas eram belíssimos. Tinha um morro não muito grande onde caia a água da cachoeira. Aquele era o lugar favorito de Draco, ele ia para este lugar desde pequeno, quando seu pai ou sua mãe lhe obrigava á alguma coisa ou lhe davam bronca. Ele foi por um caminho pelas pedras onde as águas batiam e criavam um pequeno arco-íris. Entrou em uma caverna, era fria, úmida, mas Draco se sentia muito bem e seguro ali. Ele andava muito e olhava para as paredes da caverna, procurando algo. Ele parou e sorriu. Afastou uma pedra que havia e apareceu um lugar muito opaco, ele colocou o braço dentro, era fundo.
- Ótimo... – murmurou satisfeito. Ele colocou a espada e o amuleto dentro e fechou com a pedra.
Saindo da caverna, olhou para os dois lados e não viu ninguém e partiu em direção á mansão. Mas o que ele não sabia é que um par de olhos o observava.
Assim que pôs os pés para dentro de casa, sua mãe veio ao seu encontro. Ela parecia abatida.
- Draco, por onde se meteu? Seu pai e a visita acabaram de chegar, fui atrás de você e não estava em seu quarto... – ela não parava de falar, mas foi interrompida por uma voz grossa e sombria, que fez Draco ter um frio na espinha:
- Oras, o que é isso Narcisa? – falou e a mãe saiu da frente e o menino pode ver melhor. Era um homem não muito grande, era careca, parecia ter uns 60 anos, seus olhos tinham um vermelho intenso, seu rosto era muito enrugado e pálido. Vestia uma tradicional roupa de bruxo antigo, com capuz. Draco teve uma louca vontade de sair correndo da figura. – Deixe o garoto, provavelmente estava brincando no jardim...
Quando o figurão disse isso, Draco tremeu... será que...? Não, não pode...
- Cumprimente-o Draco... seja educado. – falou Lucius por sua vez. Draco fez uma reverência.
- É um prazer tê-lo em nossa casa... Lord Voldemort... – falou o loiro á horrenda imagem á sua frente. Voldemort riu alto.
- Oras Lucius, seu filho tem muita educação. Espero que ele se mostre muito mais educado com as minhas ordens... – disse você-sabe-quem com uma expressão demoníaca para o garoto. Draco pode ver sua mãe engolindo seco atrás deles, mas apenas ele viu.
- Com certeza meu senhor. Está no sangue...
- Me orgulhe menino, senão você sabe o que pode acontecer, não sabe? – Voldemort não tirava o cínico olhar de Draco. Este apenas acenou com a cabeça que mantinha baixa, sabia que ele tentava usar Legilemência nele.
- Bom senhores, que tal se fôssemos para a mesa? O jantar está pronto! – falou a Sra. Malfoy em um sorriso nervoso. Voldemort a olhou e deu um sorriso satisfeito.
- Estou ansioso para provar de sua boa comida Narcisa. – falou o sádico bruxo educadamente á dama.
Durante o jantar ninguém pronunciava sequer uma palavra. Lucius vezes olhava para a esposa, em outras olhava para o filho e seu senhor. Narcisa parecia apreensiva, mas Draco sequer levantava sua cabeça. Voldemort, pelo contrário, comia e se sentia como em sua própria casa. Olhou para Draco, pousou o garfo e a faca.
- Você deve imaginar o que faço aqui, não é Draco? – falou ele novamente com seus olhos fixos no menino. Draco, com a pouca habilidade que tinha em Oclumência e Legilemência afastou os pensamentos que não queria que ele soubesse e se concentrou em alguma cena imaginária onde Harry estava morto, ou em alguma coisa que fez ao garoto, para depois encarar Voldemort com coragem.
- Sim - falou firme. O horroroso homem fixou mais seu olhar no menino. Draco sentiu um frio na espinha de novo. Voldemort o olhou satisfeito.
- É, vejo que sim. – disse, voltando a comer. Lucius pareceu que tinha tirado um enorme peso de suas costas, mas Narcisa ainda aparecia abatida. Ao terminarem o jantar, os homens seguiram para a sala. Voldemort se sentou num enorme sofá que havia na sala. Lucius em uma poltrona ao seu lado, mas Draco continuou de pé.
- Certo garoto, vamos ao que interessa... – falou o velho e Draco gelou.
Na Toca...
Os jovens tinham acabado de limpar o sótão. Foram para a sala e caíram no sofá exaustos. Apenas Harry e Hermione não estavam tão cansados. Harry aproveitou que ainda estava descendo as escadas junto da amiga:
- Hermione, posso lhe fazer uma pergunta? – perguntou ele.
- Claro Harry. – respondeu ela.
- Será que eu poderia mostrar a espada que você me deu para o Rony? – perguntou ele receoso de a amiga achar ruim.
- Pode, por que não? – respondeu ela voltando sua atenção para os degraus.
- Não, é que eu pensei que não pudesse falar... – disse ele sem jeito. Para sua salvação Rony apareceu na frente deles e o puxou para cima. Ele não largou o amigo até chegar no quarto. Rony o empurrou para dentro e trancou a porta.
- E então...? Afinal de contas você não vai me contar quem lhe deu aquela espada? – disse o ruivo nervoso.
- Foi... foi a Mione Rony... – disse esperando a reação do amigo. Rony ficou estático e uma cara confusa se formou em seu rosto.
- A Hermione? Por que? – perguntou desconfiado.
- Não sei. Ela só me disse que queria me dar um presente diferente. – respondeu o moreno simplesmente. Rony não gostou de saber daquilo, mas não respondeu mais nada. Ele fez cara feia para Harry e se virou, saindo do quarto. Harry ficou sem entender a atitude e foi atrás:
- Por que ficou com essa cara? – questionou Harry à estranha atitude do amigo. Rony não respondeu, apenas olhou feio para Harry. Desceram para a sala e lá estava Hermione e Gina conversando:
- Que bom que vocês desceram. A Gina e eu estávamos falando sobre o resto das férias! – falou Hermione com seu rosto iluminado.
- É! O que vocês acham de chamarmos a Luna e o Neville ficarem conosco até as aulas começarem. Podemos ir para vários lugares! – falou Gina com o mesmo brilho da amiga.
- Acho uma boa idéia! – concordou Harry num sorriso.
- Pra mim tanto faz. – resmungou Rony ainda com a cara fechada. Ele saiu e foi até o jardim. Gina e Hermione olharam confusas.
- O que deu nele? – perguntou Gina.
- Sei lá! – respondeu Harry. – Eu falo com ele.
Rony estava sentado debaixo de uma árvore no jardim. Harry se sentou ao seu lado.
- O que está acontecendo Rony? – perguntou olhando para o amigo.
- Eu é que pergunto o que está acontecendo. Fiquei com raiva de saber que a Hermione lhe deu uma espada. Por quê? Pra quê ela lhe daria uma espada?– perguntou ele sem olhar para o moreno. Harry não estava entendendo... Que motivo mais besta de ficar invocado!
- Eu é que vou saber Rony? Ela deu porque quis! Vai ficar nervosinho por causa disso agora? – agora era ele quem estava irritado. – Larga de ser besta Rony!
- Besta eu? Aposto que vocês nem iam me falar isso! – resmungou o ruivo. Então era esse o motivo, ficar de fora.
- Oras Rony, você acha que não ia ficar sabendo? Larga de ser bobo! Você não tem que ficar se preocupando. Isso é bobagem. Agora levanta e vamos pra dentro. – Harry riu com a besteira. Rony era mesmo uma criança... Ele ainda estava de cara feia, mas Harry sabia que ele estava mais relaxado, só que não demonstraria.
- Tá certo! Mas o que você vai fazer com essa espada? Vai usá-la para lutar contra Você-Sabe-Quem?
- Hum... até que não é má idéia.
Os dois riram e entraram. Ali perto duas estranhas sombras os olhavam. Uma tinha uma estatura nem muito grande e nem muito média. O outro era baixo:
- Temos que ficar de olho. – falou um com a voz meio rouca e áspera.
- Sim! Não podemos deixar que nada aconteça com... – começou uma voz mais grossa, só que foi interrompido por uma outra voz, mas feminina e fina, que era de uma de outras duas sombras que apareceram.
- Escutem, temos que voltar! Parece que temos notícias!
Estas duas sombras tinham silhuetas femininas. Uma parecia ter asas e a outra também tinha asas, mas era muito pequena, do tamanho de uma borboleta.
- Sim, vamos! – falou o da sombra de voz grossa e as quatro sombras sumiram!
Draco não estava mais agüentando ficar ali. A presença de Voldemort o agoniava, principalmente por saber o motivo da presença horrenda do bruxo.
- Muito bem Draco, quero saber se você tem mesmo aptidão para me servir. Fique sabendo que não tem honra maior do que fazer serviços em meu nome, seu pai mais do que ninguém sabe disso. E também sabe a honra que vai ter se não fizer um serviço direito ou me trair, não sabe Draco? – Voldemort sorria sadicamente para o garoto. Draco suava frio, mas mantinha um olhar firme e acenou a cabeça. – Vim aqui por que seu pai me confiou que você é muito obediente e parece que está muito bom em questão de luta... Você me confirma isso Lucius? – perguntou ao seu “fiel” servo.
- Sim meu lorde. – respondeu ele levantando a cabeça orgulhoso. Draco sabia do enorme medo que o pai tinha do bruxo e fazia de tudo para agradá-lo, nem que isso significasse matar a própria família. Draco tinha nojo do pai por causa disto.
- Bem, quero ver isso. – falou o outro olhando para Draco.
- Sim. – respondeu prontamente. Recusava-se a chamá-lo de “senhor” ou “lorde”. Os dois mais velhos se levantaram e saíram da sala. Draco hesitou por um momento, olhou para a porta da cozinha e pôde ver sua mãe andando de um lado para o outro. Ele foi atrás dos bruxos.
Eles faziam uma longa caminhada até os porões da mansão. Draco mantinha um passo devagar atrás dos bruxos, o que fez seu pai olhá-lo com reprovação. O garoto não queria ficar do lado daquele bruxo que se quisesse, á qualquer momento, poderia sacar a varinha e mandar um “avada” tanto pra ele quanto pra seu pai. Voldemort parou de andar e Lucius parou também. Draco quase esbarrou no bruxo das trevas, mas conseguiu parar a tempo. Voldemort olhou sério para o menino, Lucius mantinha um olhar receoso sobre o filho e o mestre.
- Certo Draco! Vamos direto ao ponto. Antes de seguirmos caminho quero lhe deixar bem claro meu objetivo. – falou o figurão. Draco mantinha um olhar firme. – Sabe perfeitamente que vim aqui para ver como anda seu treinamento para comensal e quero resultados garoto. Quero ver fidelidade e força! – a voz de Voldemort se tornou mais gélida. Draco iria mostrar que não tinha medo dele, teria que mostrar que podia ser mais forte do que ele se quisesse.
- Sim senhor! Estou muito ciente do que você quer! – respondeu o loiro. Lucius parecia que ia ter um enfarte. Seus olhos se arregalaram para o filho e o rosto ficou pálido e á muito custo mantinha a postura. Voldemort o olhou com surpresa e depois riu alto, como o próprio demônio.
- Ora, ora! E não é que o garoto tem coragem! Muito bem garoto é isso que eu gosto! Espero que você demonstre esta coragem quando for fazer os serviços corretos, me entendeu garoto? – falou Voldemort ferozmente. Draco não respondeu, apenas o olhava com ódio. – Certo, vamos começar!
Voldemort se pôs à frente de Draco e estendeu a varinha. O jovem fez o mesmo com a pose de luta. O bruxo das trevas, pelo contrário, se mantinha numa postura ereta, sua mão esquerda para trás das costas e olhar fixo no filho de Lucius. Este apenas assistia a tudo com muita expectativa e receio. Draco não se sentia bem. Sabia que um descuido custaria sua vida. Suava frio, olhava com muita atenção para Você-Sabe-Quem...
- CRUCIUS! – gritou Voldemort e atacou Draco. O menino deu uma pirueta para o lado.
Unos, dos, três, catorce!
Lights go down, it’s dark
Luzes se apagam, está escuro
The jungle is your head
A selva é sua cabeça
Can’t rule your heart
Não pode mandar no seu coração
A feeling is so much stronger
Eu estou me sentindo muito mais forte
Than a thought
Do que eu pensava
Your eyes are wide
Seus olhos estão mais largos
And though your soul
No entanto sua alma
It can’t be bought
Não pode ser comprada
Your mind can wander
Sua mente pode viajar
- ESTUPEFAÇAA! – devolveu Draco. O bruxo deu apenas um passo para o lado. Riu gostosamente.
-É só isso que sabe fazer menino? – desafiou ele. – Chega de brincar criança... IMPERIUS!
Hello hello
Olá, olá
I’m at a place called Vertigo
Eu estou num lugar chamado Vertigem
It’s everything I wish I didn’t know
Isso é tudo que não gostaria de saber
Except you give me something I can feel, feel
A não ser que você me dê algo que eu possa sentir, sentir
O ataque foi em direção ao loiro, que gelou...
- FINITE INCANTATEM! – Draco rebateu o feitiço que voou para a parede. Ele avançou em Lord Voldemort e pulou – PETRIFICUS TOTALUS!
- IMPEDIMENTA! – Draco foi lançado para a parede e caiu. Com dificuldade ele se levantou. Olhou para sua frente e Voldemort não estava mais lá. Olhou para seu pai que olhava horrorizado para o ombro do filho. Olhou para a parede molhada e algo se movia atrás Del, sem pensar Draco pulou – ESTUPORE!
The night is full of holes
A noite é cheia de buracos
As bullets rip the sky
Aquelas balas rasgam o céu
Of ink with gold
De tinta com ouro
They twinkle as the boys play rock and roll
Elas cintilam como os meninos tocam rock and roll
They know they can’t dance
Eles sabem que eles não podem dançar
At least they know…
Pelo menos eles sabem ...
Malfoy se virou e imediatamente mandou outro golpe:
- EXPELLIARMUS! – Voldemort foi lançado pelo corredor. Lucius prendeu a respiração e se escondeu atrás de uma estátua. Draco sentiu vontade de vomitar, sabia que agora iria pagar caro pelo que fez, mas não deixou de sentir uma ponta de orgulho de conseguir golpear o “Grande Voldemort”.
I can’t stand the beats
Eu não posso aguentar a batida
I’m asking for the cheque
Eu estou perguntando pelo cheque
The girl with crimson nails
Menina com unha carmesim
Has Jesus round her neck
Tem Jesus no seu pescoço
Swinging to the music
Balançando com a música
Swinging to the music
Balançando com a música
Oh oh oh oh
Woooao
Nenhum ruído foi escutado. Draco apenas esperava e prestava atenção em qualquer ruído que se pronunciasse. Mas seu coração batia muito e dificultava qualquer coisa. Numa fração de segundos, Draco foi atingido por um feitiço vindo da direção em que Voldemort foi lançado. Ele caiu no chão e ficou paralisado. O mago surgia da escuridão com os olhos vermelhos de ódio. Draco tentava se soltar, mas era como cordas o prendesse fortemente.
Voldemort parou na frente do gélido rapaz, vez um gesto em “S” com a varinha e gritou:
- SERPENSORTIA!
All of this, all this can be yours
Tudo isso, tudo isso pode ser seu
All of this, all this can be yours
Tudo disso, tudo disso pode ser seu
All of this, all this can be yours
Tudo disso, tudo disso pode ser seu
Just give me what I want and no-one gets hurt…
Só me dê o que eu quero e ninguém se machuca ...
A varinha do bruxo se tornou uma cobra naja de tamanho médio em relação ás cobras comuns. Ela era negra, com desenhos em seu corpo de cor prata e olhos vermelhos brilhantes. Ela se arrastava em direção ao menino. Seus movimentos eram graciosos, lentos, insinuantes, porém perigosos. Ela fazia uma espécie de “Dança da Morte”.
Draco estava enfeitiçado pelos movimentos da serpente, mas algo ou alguém atirou uma pedra em sua cabeça que o fez despertar. Voldemort que ainda queimava em ódio olhou imediatamente a Lucius, mas o comensal ostentava um olhar confuso para o ar. Ele começou a olhar para todos os lados, para ver o indivíduo que havia atirado a pedra. Mas não havia nada. Enquanto isso, Draco aproveitou a distração dos dois bruxos e se arrastou até sua varinha. A cobra estava á dois palmos de seu corpo, um impulso e ela poderia mordê-lo. Ele se virou e impulsionava seu corpo cada vez mais até a varinha. Pegou-a com a boca e sussurrou:
- Priori Incantatem... – e se viu livre da prisão invisível. Voldemort se virou e falou algo na língua de serpente, que fez a cobra pular no menino. – INCENDIUS! – e a cobra fulminou em chamas.
Hello hello
Olá, olá
I’m at a place called Vertigo
Eu estou num lugar chamado Vertigem
It’s everything I wish I didn’t know
Isso é tudo que não gostaria de saber
Except you give me something I can feel, feel
A não ser que você me dê algo que eu possa sentir, sentir
- JÁ CHEGA MOLEQUE, EU ME CANSEI DE VOCÊ! AVADA KEDAVRAAA – Lucius paralisou em choque. A maldição fez um movimento ligeiro e num rápido reflexo, Draco deu um salto e gritou:
- INCARCEROUS! – Voldemort caiu no chão e cordas o envolveram. Antes que ele desfizesse o encanto, Draco atacou de novo – ESTUPEFAÇA! – o bruxo das trevas foi atirado contra a parede. Voldemort ficou ainda com mais ódio. Seus olhos estavam mais vermelhos atirou sua varinha no chão e apontou seu braço esquerdo para Malfoy.
A surpresa do próprio e do comensal que a tudo assistia, o lugar começou a tremer, as pedras levitavam e trovões atravessavam os céus do lado de fora. Draco estava parado, seus cabelos balançavam com o vento frio, seus olhos tomaram um brilho verde intenso e, assim como Lord Voldemort, largou sua varinha no chão e apontou sua mão direita.
- AVADA KEDAVRAAAA! – berrou o bruxo. A maldição voou. Draco, ainda parado olhou fixamente para ele...
- DRACCOOOO DIVINUS!
O que aconteceu, não se pôde ver, pois um clarão invadiu o lugar.
§
- HARRY! – gritou Hermione para o amigo que estava com Rony. Ela foi até eles. – Chegou uma carta para você. – informou a amiga e entregou a carta. Harry pegou o envelope a viu que não tinha remetente. Abriu na frente dos amigos:
“... era muito forte e poderoso. Sua espada era sua alma... seu amuleto seu coração.”
Um grande silêncio vagou entre os três. Harry olhava de Rony para Hermione. Esta mantinha um olhar vago para o teto, já o ruivo tinha uma expressão confusa. O papel que Harry havia recebido era de pergaminho antigo, sedoso e a tinta ainda parecia viva. Parecia ser um pedaço de algum texto ou livro, pois estava rasgado. O menino olhou para o pedaço de papel e franziu a testa. Não estava gostando daquilo... bilhetes anônimos e um amuleto que nem ao menos sabia para o que servia? Havia algo de muito estranho naquilo e ele tinha a impressão de aquele seria um dos mais longos anos de sua vida.
Os três não se mexiam, até que de um sobressalto, Bichento passou correndo para o jardim.
- Provavelmente deve ser algum rato... – falou Hermione distraidamente. Harry e Rony (que estava com as orelhas vermelhas) a olharam – Não acho que seja Rabicho. A Ordem implantou uma espécie de feitiço anti-animago aqui, qualquer um que entrasse iria voltar a sua forma normal rapidamente.
- Isso explica a tentativa frustrada de Fred e Jorge não conseguirem se transformarem em animagos. Mamãe estava achando estranho, já que eles se empenharam tanto para isso. Até se registraram... – falou Rony.
- Por que eles querem ser animagos? – perguntou Harry.
- Segundo eles... para serem como os Marotos. – respondeu o amigo. Harry não deixou de sorrir ao saber que os gêmeos queriam ser como seu pai, seu padrinho, Lupin e até Rabicho. Harry também já pensou várias na possibilidade de se tornar um animago. Sua curiosidade era saber em qual animal se transformaria.
- Eu pretendo me tornar uma animaga! – falou Hermione empolgada – Estou indo mais fundo nisso e a professora McGonagall disse que me ajudaria a me tornar uma.
De súbito, Harry começou a sentir sua cicatriz latejando. Ele caiu de joelhos no chão e apertou sua testa com muita força. Seus amigos o acudiram e o levaram para o sofá. O menino soava frio e tremia. Hermione começou a chorar e Rony andava de um lado para o outro. Não dava para chamar ninguém, pois todos tinham saído. Harry caiu no chão e gritava até que desmaiou.
Um suspiro...
- Haaarrrryyyy...
Um sussurro...
- Haaarrrrryyyyy...
Um grito...
- HHHAAAAARRRRRYYYYYY!
Uma risada medonha e diabólica...
“ HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!”
Olhos rubros nas trevas, sangue, uma jóia, sangue, olhos agonizantes, sangue...
-HHHHHHHAAAAAAARRRRRYYYYYYYYYY!
Ele seu um salto. Estava pálido, seus olhos estavam saltados. Seus amigos estavam angustiados à sua frente. Lágrimas nos olhos de sua amiga e temor no rosto de seu amigo.
- Harry, o que aconteceu? – perguntou Hermione com a voz barganhada.
- Fala Harry! O que você viu? – disse Rony sacudindo o amigo. Harry gemeu.
- Eu... acho... que alguém... moorrreeeuuu ...
(CONTINUA...)
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Bem, aí está... demorei 11 meses (uau! Só vi isso agora O.o!), mas aí está! Agora que eu terminei o colegial (Graças à Deus!) atualizarei as fics... BJOS!
E claro, por favor não esqueçam as reviews, elas são muito importantes para a continuação da história... VALEW GENTE!
E obrigada aos que me deixaram as reviews até agora e me desculpem por não respondê-las, no próximo capítulo eu respondo. Para compensar, aí vai um trecho do próximo e em seguida a música deste episódio, Vertigo do U2:
“ – Finalmente vamos voltar para a escola – disse Gina empolgada.
– O que aconteceu... – perguntou Draco tonto.
– Olá Harry, me chamo Heleny Dreams!
(...)”
§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§
U2 – Vertigo (Vertigem)
Unos dos tres catorce!
Lights go down, it’s dark
Luzes se apagam, está escuro
The jungle is your head
A selva é sua cabeça
Can’t rule your heart
Não pode mandar no seu coração
A feeling is so much stronger
Eu estou me sentindo muito mais forte
Than a thought
Do que eu pensava
Your eyes are wide
Seus olhos estão mais largos
And though your soul
No entanto sua alma
It can’t be bought
Não pode ser comprada
Your mind can wander
Sua mente pode viajar
(Chorus)
Hello hello
Olá, olá
I’m at a place called Vertigo
Eu estou num lugar chamado Vertigem
It’s everything I wish I didn’t know
Isso é tudo que não gostaria de saber
Except you give me something I can feel, feel
A não ser que você me dê algo que eu possa sentir, sentir
The night is full of holes
A noite é cheia de buracos
As bullets rip the sky
Aquelas balas rasgam o céu
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They twinkle as the boys play rock and roll
Elas cintilam como os meninos tocam rock and roll
They know they can’t dance
Eles sabem que eles não podem dançar
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Eu não posso aguentar a batida
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Menina com unha carmesim
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Swinging to the music
Balançando com a música
Swinging to the music
Balançando com a música
Oh oh oh oh
Woooao
(Chorus)
All of this, all this can be yours
Tudo isso, tudo isso pode ser seu
All of this, all this can be yours
Tudo disso, tudo disso pode ser seu
All of this, all this can be yours
Tudo disso, tudo disso pode ser seu
Just give me what I want and no-one gets hurt…
Só me dê o que eu quero e ninguém se machuca ...
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