A toca



Harry acabou por cochilar, enquanto esperava por sua coruja. Sonhou com um lugar, onde tinha um jardim imenso, um castelo. Neste sonho também estavam Rony e Hermione. Rony estava com uma roupa engraçada, digamos, uma roupa que parecia dos magos das histórias. Hermione estava linda, vestia um belo vestido azul, que contornava seu corpo, ele possuía duas alças que eram prateadas como as flores que enfeitavam o vestido dela na região do busto e também das flores espalhadas pelo vestido. Só que mais ao fundo se via duas sombras. Pelas suas silhuetas se julgavam ser um homem e uma mulher, mas estava muito escuro e não dava para enxergar. Ele, Harry, estava muito elegante. Vestia um terno vinho com uma gravata dourada e seu manto, que cobria a roupa, era da mesma cor do terno. Neste sonho ele usava uma espada muito parecida com que Hermione tinha lhe dado e ela em suas mãos quando um uma criatura estranha atacou. Ele matou o monstro, mas uma sombra o envolveu.

O garoto acordou assustado, só que desta vez sua cicatriz não doía. Quando se deu conta sua coruja estava pousada na gaiola com outro embrulho. Harry foi até ela e pegou o embrulho, a colocou na gaiola e abriu o pacote. Dentro dele tinha uma corrente muito bonita. Ela era dourada e ele também pode notar de que o pingente era grande e redondo. Tinha detalhes em prata e pedrinhas vermelhas e tinha um H no centro em azul prateado. Ele abriu o pingente e do lado direito tinha um espelho, na esquerda havia desenhos que Harry achou muito bonito. Eram três símbolos, aliás, três animais: um unicórnio alado, um leão e um tigre. Era realmente algo magnífico. De dentro do embrulho tinha um bilhete anônimo que dizia:

Cuide muito bem desta corrente, pois você irá precisar muito dela num futuro não muito distante.

Harry se assustou por um instante. Receber algo estranho de sabe-se lá de quem? Seria o que fosse, com certeza um dia ele iria acabar sabendo. Mais cedo, ou mais tarde. Ele guardou dentro do embrulho de veludo vinho e colocou por debaixo do colchão.

Em sua janela aparece uma coruja pequena e “empolgada”. Harry consegue pegá-la com a mão e vê que é Errol, coruja de Rony. Em sua pata havia um bilhete:

Harry,

Hoje á tarde iremos te buscar para você passar o restante das férias conosco, e se seus tios impedirem, vão se ver com o papai. É que eu acabei de voltar do Japão e quero te mostrar uma coisa que me deram lá. Ah! A Mione chegou da Grécia e já está aqui. Ela manda abraços... e a Gina também...

Até...

Rony

Harry embrulhou o papel e deixou a coruja descansar junto de Edwiges na gaiola. Ele então começou a fazer suas malas. Colocou todos os tipos de roupa, mas o mais difícil foi tentar guardar a espada. Teria que carregar separado.

- MOLEQUEE!!! VENHA FAZER O CAFÉ, TENHO QUE TRABALHAR!!! – gritou tio Válter. Harry soltou um suspiro e desceu. Ele fez o café e fritou ovos com bacon para o tio. Logo depois fez seu café e sentou a mesa. Virou para o tio e disse:

- Meus amigos vão vir me buscar hoje... para... eu passar as férias na casa deles... – falou o rapaz com a voz trêmula.

- Como assim? Eu não quero gente dessa sua raça dentro da minha casa, se esses seus amigu...

- O pai deles vem junto, e se você não deixar, terei que falar para o meu padrinho – interrompeu Harry, o atacando em seu ponto mais fraco.

- Se... seu... padrinho...? – gaguejou tio Válter, enquanto Duda e tia Petúnia o olhavam com caras pálidas e espantadas. – Claro que pode ir!!! Pelo menos vou me livrar de você mais cedo... – e mais nada foi dito na mesa, exceto Petúnia que dizia ao filho que pegasse quantos pães quisesse. Harry lavou a louça do café e foi para o seu quarto terminar de arrumar sua mala.

À tarde já tinha começado e logo depois do almoço, Harry estava em seu quarto lendo um livro de Feitiços, quando escutou a campainha e logo em seguida a voz do tio gritando...

- AAAHHH!!! MOLEQUE! DESÇA AQUI IMEDIATAMENTE!!!- o garoto desceu – Eu acho que isto é para você... – Harry olhou para a porta e em seu rosto se formou um sorriso. Estavam lá quatro pessoas, todos ruivos e grandes. Eram Sr. Weasley, Rony, Fred e Jorge.

- E aí Harry!! Vamos, o pessoal lá em casa estão te esperando. – falou Rony.

- Oi Harry – cumprimentou os gêmeos em coro e olhando com malícia para Duda, que se escondeu atrás da mãe.

- Olá Harry!! Rony, Fred e Jorge, subam para ajudar Harry a pegar suas coisas – ordenou Sr. Weasley. Os quatro subiram.

- Por que a Mione não veio? – perguntou Harry para Rony.

- Sei lá. Ela disse que preferiria esperar lá por você, para não ter que ver a cara nojenta do seu primo.

- Harry, onde é o quarto do seu primo? – perguntou Jorge.

- Er... é logo ali – disse o menino apontando para a esquerda.

- Vão indo vocês dois que a gente já volta. – falou Fred.

- O que vocês dois vão fazer? – falou Rony com ar desconfiado.

- Depois contamos... – e foram em direção ao quarto de Duda.

Harry e Rony pegaram as bagagens, quando o ruivo viu a espada.

- Puxa, onde você conseguiu essa espada? – perguntou ele, não tirando os olhos da lâmina.

- Foi a Mione... – respondeu simplesmente.

- A Mione???? Como? Onde ela conseguiu? – questionou ao amigo.

- Não sei. Ela falou que não ia falar e pra que nem tentasse perguntar, porque ela não responderia. – explicou o moreno.

- Que estranho... Aliás, ela está estranha. – falou Rony.

- Estranha? Como assim?

- Não sei. Ela não brigou comigo, não me obrigou a estudar e ela e a Gina andam muito de segredinhos.

- Mulheres Rony... mulheres...

- Não, não são segredinhos de mulher. Elas não ficam dando risadinhas por aí... Sei não – terminou Rony. Harry também iria falar, mas neste instante os gêmeos entraram ás risadas no quarto.

- Antes que você me pergunte alguma coisa, Rony... Falaremos depois – disse Fred ao irmão, se recuperando das risadas. Os quatro desceram e foram diretos para o carro (o mesmo do segundo filme). Duda havia corrido para o seu quarto, e os gêmeos trocaram sorrisos maliciosos. Harry não se despediu dos Dursley, que, aliás, era reconfortante se livrar deles. Só iria vê-los mesmo dali á um ano. Um ano, onde muitas coisas aconteceriam para o garoto.

Assim que o carro estava a meio metro, eles escutaram o grito estrondoso do primo de Harry e os gêmeos deram várias gargalhadas.

- Será que agora dá para vocês dois dizerem...? – perguntou Rony impaciente.

- Colocamos um monte de bolas de fedor debaixo do colchão dele – disseram e riram de novo. Rony e Harry se entreolharam e riram juntos, mas também levaram sermão do Sr. Weasley.

Finalmente chegaram a Toca e Harry foi recebido calorosamente pela Sra. Weasley.

- Harry querido, como você cresceu!!! Mas está tão magro... Tem se alimentado direito? – falou ela e o abraçou carinhosamente. Ele sorriu e logo em seguida recebeu um abraço de Gina. Assim que se virou seu coração acelerou e seu estômago congelou e suas pernas bambearam tanto, que ele teria caído se não fosse por Hermione segurá-lo e abraçá-lo.

- Harry!!! Puxa, que bom te ver!!! – ela soltou dele e ele pode vê-la melhor. Não sabia como, mas Hermione tinha mudado muito. Seus cabelos continuavam encaracolados, mas não estavam mais volumosos e até brilhavam. Sua cintura se definiu mais, seus seios cresceram e já se notava que em seus olhos tinham amadurecimento e mais brilho. Ele sorriu envergonhado de olhar a amiga de tal forma.

- É bom ver você também, Mione...

- Bem, chega de cumprimentos e vamos entrar. Lá dentro tem uma mesa cheia de guloseimas te esperando, Harry. – falou Sra. Weasley, o conduzindo para dentro. Eles comeram tudo e riram. Harry ás vezes furtava olhares de Hermione, sem que esta percebesse. Depois da comilança, Harry, Rony, Hermione, Gina e os gêmeos foram para o lado de fora. Harry chegou perto de Hermione:

- Mione, está tudo bem com você? Quero dizer, eu vi na televisão um acidente de avião que vinha da Grécia, então eu pensei...

- Oras, não se preocupe Harry. Eu estou bem, eu não estava naquele avião. – falou ela, sorrindo para a preocupação do amigo, mas seu sorriso se desfez. – Mas aquele acidente... bem... sabe Harry, têm muitas coisas que preciso dizer. Mas não é a hor nem o lugar adequado para te contar. O que eu digo, é que a queda daquele avião...

- Harry, Mione!!! Vão ficar parados aí? Venham – gritaram Rony e Gina juntos.

- Já estamos indo!! Harry, eu vou te contar, prometo! Mas não agora, não é o momento... – falou ela.

- Certo! Confio em você. – os dois sorriram e foram até os dois irmãos. Rony estava doido para contar a ele sobre o Japão. E também mostrar duas coisas que havia ganhado lá.

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