Capítulo VI
N.A: Ah, pelo visto eu realmente preciso passar quase 3 meses sem postar nada para receber reviews e votos, que na verdade ãinda foram muito pouqunhos.. Mas não se preocupem a fic já esta terminada, vou continuar postando, mas depende claro da atitude de vocês! (chatagenzinha básica)..
Agora tbm tenho outras duas fics que estão em adanmento e uma traduçãom caso vocês queiram que eu poste por aqui, por favor, incluam os pedidos nas suas reviews!
obg a tdoas bjos da Cah.
Capítulo – VI
Depois de tudo que aconteceu em sua lua-de-mel a coisa que Gina mais desejava era voltar para Londres e finalmente ver como sua loja havia ficado.
– Ficou ótimo! – Gina não cansava de olhar. Era bom estar de volta ao trabalho. Estranhamente, ela não sentia a menor falta do apartamento onde vivia. Seus tesouros agora estavam mais bem expostos, em vez de estarem todos amontoados.
– Você tem polidor no nariz, poeira nos cabelos, e parece cansada – comentou Fred. – Vou trazer um chá e depois você pode ir para casa. Já é tarde.
Gina sorriu. Ela não se sentia nem um pouco cansada. O dia tinha sido maravilhoso. De manhã, ela deixara Draco tomando café e fora a pé, menos de um quilômetro, de sua nova casa às margens do rio para a loja. E havia passado o dia lá, arrumando tudo.
A bruxi-transportadora que, enquanto eles estavam viajando, levara suas coisas para a casa que ela agora dividia com Draco, também tinha providenciado pessoas que organizaram suas peças.
Se pudesse, passaria a noite inteirinha ali. Ela queria manter aquele estado de espírito, o que seria impossível com Malfoy por perto. Mas não queria pensar nele agora. E podia levar algum trabalho para casa, fazer um sanduíche e ir para seu quarto com toda dignidade. Ele que se ocupasse com o que achasse melhor.
Gina encheu a pasta de papéis. Tomou o chá que seu ajudante havia lhe trazido antes de sair. Fechou tudo. Saiu.
Tudo o que precisava fazer era mergulhar fundo no trabalho, Gina pensava, voltando para casa. Aliás, ele não deveria estar em casa. Estava muito ocupado com a nova fábrica. Certamente não passariam muito tempo juntos. E ela ainda não tinha se perdoado pelo que sentira naquela primeira noite. Nem a ele.
O pior havia sido o fato de que ela não o atraía. Sua virilidade era indiscutível, e, até onde sabia, ele não havia estado com nenhuma mulher nas últimas semanas. E quando trombaram um com o outro naquela noite, as conseqüências foram sexualmente frustrantes. À noite todos os gatos são pardos, costumam dizer, e qualquer mulher numa camisolinha de cetim pareceria interessante. Mas ele não ligou quando ela energicamente se afastou.
“Mas também, porquê diabos eu me afastei! Não, eu realmente não posso ter tido esse pensamento! Preciso de um medi-bruxo urgenteeee! ”
Gina sentia o rosto corando ao cruzar a ponte e seguir pela alameda até sua casa. Talvez porque estivesse andando depressa demais, imaginou, ao encostar na mureta para descansar, antes de entrar em casa.
Não havia nada a temer. Claro que não. O comportamento dele tinha sido exemplar durante o resto do tempo em que estiveram lá. Depois do incidente, ele procedera como um cavalheiro, uma companhia até agradável.
Talvez, se ela tivesse concordado, ele a tivesse levado para a cama, apesar do acordo. Mas apenas porque era ela quem estava por perto, e ele sentisse falta de uma forma mais íntima de companhia feminina. Decididamente, o revés não o incomodara. Prova disso era a rispidez com que havia desistido da tentativa de sedução. Aliás, nada parecia incomodá-lo, exceto seu império industrial, que o impedia de levar a sério qualquer outra coisa.
Nem a perda de uma herança respeitável.
Quando eles conversaram, por puro acaso, ele estava quase perdendo o prazo para cumprir a exigência do tio-avô. Embora soubesse desde muito antes que tinha de se casar para receber a herança, não tinha tomado providência nenhuma. Provavelmente, encolhera os ombros e esquecera o assunto. Perder uma fortuna não o incomodava nenhum pouco.
Até que se encontraram.
Ela não era a mulher da vida dele, mas serviria. E ele percebeu que se casar era a única forma de ela se livrar de Potter, e ainda de quebra conseguiria irritá-lo muito, tomaria algo que ele queria muito mesmo que temporariamente. E ela não o chatearia. E, um tempo depois, poderiam ir cada um para seu lado, e ele estaria ainda mais rico. Sem problemas.
Não. Não havia nada a temer. Claro que não.
Gina sentiu um calafrio. Ela estava ali fazia tempo. Já estava escurecendo. Melhor entrar.
A casa parecia deserta. Então por que ela parecia mais alegre quando, ao entrar pela porta da frente, viu luz lá na cozinha?
– Como foi seu dia?
Draco estava de camisa preta, colarinho aberto, mangas arregaçadas, um vivo contraste entre os cabelos louros, a pele branca e olhos gelados.
Ali dentro a temperatura estava bem mais agradável. E da cozinha vinha um cheiro delicioso. De repente, Gina se sentiu quase em casa. Bobagem.. Aquele era só um lugar onde ela ia viver durante algum tempo. Depois da TOCA, era difícil acreditar que algum dia, em algum lugar, ela voltaria a se sentir em casa. Mesmo em seu apartamento, tão aconchegante, ela não se sentia assim.
– Foi bom e o seu? – Gina perguntou por mera cortesia, sem esperar resposta, enquanto subia a escada. Já estava no meio do caminho quando ele disse:
– Você está atrasada. Já ia sair para procurá-la.
– Que meigo! – Gina voltou dois degraus, observando a severidade no rosto dele. – Não somos um casal normal. Não somos responsáveis um pelo outro.
– É verdade. – Lá estava aquela detestável ironia, outra vez. – Mas sabermos onde o outro está pode ser bastante útil. Um bilhetinho é suficiente. Se sua mãe aparecer na lareira, ou alguém me procurando, vai ser constrangedor um ter que admitir que não sabe onde o outro está.
Gina prosseguiu escada acima. Ele tinha razão. Na noite anterior, mal eles tinham chegado, e sua mãe já apareceu querendo saber como fora a lua-de-mel. E enquanto ela verificava se a transportadora havia posto as coisas no lugar certo, Malfoy tinha ligado para um de seus assessores para dizer que já havia chegado.
Sim, se eles queriam tudo perfeito, eles teriam que ter uma boa idéia do que o outro estava fazendo ou a que horas chegariam, se já haviam se abstido de ter uma governanta ou um elfo (Gina não quis ter um Elfo), eles não poderiam deixar escapar mais nenhum detalhe.
– O jantar sai em meia hora.
Gina ouviu antes de chegar ao fim da escada. Parou no último degrau.
– Não vou jantar.
Como se tivesse aparatado, Malfoy surgiu no pé da escada, com uma certa ferocidade.
–Nada disso. Você está suja e morrendo de fome, parece um elfo doméstico. Precisa tomar banho e comer. Acha que pode tomar banho sozinha? – disse erguendo uma das sobrancelhas.
(olha o meu Draco, todo fofo gente.. ai da vontade de levar pra casa!)
Gina foi. Questão de prudência.
“Elfo doméstico, hein? Aguarde-me, ela pensava enquanto tomava banho”.
Embora ainda não tivesse tido tempo de arrumar as coisas vindas do seu apartamento, Gina não demorou a achar o que queria: um conjuntinho de veludo de seda que lhe caía muito bem. Cor de vinho do Porto, que enfatizava a palidez de sua pele, o castanho-escuro dos olhos e o ruivo brilhante dos cabelos. Nas orelhas, usava brincos de cristal, que cintilavam entreas mechasdos cabelos. O último botão da blusa, sem gola, ficou aberto. Para deixar ver o brilho de um pingente de cristal aninhado entre os seios.
Ah, um pouco de batom também ia bem. Escarlate.
Descalça, Gina entrou na cozinha.
“Elfo. Ele vai ter de engolir o que disse...”
Draco não deu a mínima importância.
– Vamos comer lá na sala. Já arrumei a mesa – disse tirando uma salada da geladeira.
Gina foi na frente, amuada. Até deixou de rebolar, como pretendia. Seria inútil. Ele nunca a notaria.
Gina sentou-se à mesa.
– Você disse que teríamos de receber algumas pessoas aqui por causa de seu trabalho. Não sei como poderemos fazer isso. – falou, ainda amuada.
– Comer vai melhorar seu humor – ele disse, servindo-lhe frango ensopado com legumes de uma fumegante travessa de cerâmica. Em seguida, serviu-se também.
A comida estava ótima. O vinho, excelente. Gina começou a relaxar.
– Sempre me perguntava como seria chegar do trabalho e encontrar comida pronta...
– Não é para acostumar...
Gina sorriu. Não parou de sorrir quando ele perguntou:
– Por que você evita os homens? Ouvi dizer que sempre os mantêm a distancia.
“Hum, então ele andava se informando sobre mim.”
– Você parece me achar uma feminista fanática. Não sou.
– Mas, fora o Potty, que não conta, você não saí com ninguém há anos.- Embora não tenha faltado oportunidades.
Gina ainda sorria. Ele era mesmo um gato. Pena que fosse um patife.
– É verdade. Cuidar da loja não me deixou muito tempo para procurar o homem certo. Mas quando o encontrar vou gostar muito de me casar e constituir família. Sou perfeitamente normal.
– Você é casada. Comigo. Mas só se casou porque queria se livrar do Potter. E porque o casamento não seria consumado. Até onde isso é normal?
Pergunta difícil. Exigia pensar. E o vinho estava muito bom. Gina mudou de assunto.
– Quem lhe deu tantas informações ao meu respeito? Você está por aqui faz menos de um mês e acha que sabe tudo da minha vida sexual. Ou a falta dela.
– Adelle – ele respondeu sem rodeios.
“Isso significava que ele havia perguntado? Ou não? Será que Adelle falara por falar.. Com certeza foi assim... Ela e aquela boca enorme”...
– Talvez você evite os homens porque nenhum deles lembre seu pai. Vocês eram muito chegados um no outro. Ou talvez a morte dele numa idade em que você se encontrava vulnerável, seja a causa dessa sua incapacidade de se apaixonar, fazendo-a temer a perda de alguém que ame, perder o amor, mais do que teme ficar sozinha.
Gina levantou-se derrubando a cadeira, mãos nos quadris, olhos fuzilantes.
– Pode guardar essa sua psicologia barata. Não sou nenhuma neurótica. Só não gosto e não quero em envolver de homens como você. Um tipo mesquinho, sarcástico, egoísta que só olha para o próprio umbigo. – e saiu batendo pé.
No meio do caminho, parou, voltou-se e arremeteu:
– E sou perfeitamente capaz de me apaixonar, se um dia encontrar o homem certo,e isso não lhe diz respeito.
– Que bom ouvir isso. Mas nunca se sabe. Talvez seja da minha conta. – falou debochando.
O que será que ele quis dizer com aquilo? Não, ela não queria saber. E escondeu a cabeça sob o cobertor para não ouvi-lo no banheiro logo cedo na manhã seguinte.
Gina dormira muito mal, e a única coisa que queria ouvir era que ele ainda estava respirando.
Como se atrevia a imaginar que havia algo de errado com ela, quando ele mesmo não passava de um canalha, agora tinha a audácia de sugerir que tinha problemas emocionais...
Tanta raiva a surpreendia. Gina nunca detestara alguém antes, mas parecia estar recuperando todo o tempo perdido, pensava, tapando os ouvidos porque agora o patife estava descendo a escada.
Durante a próxima meia hora ela com certeza ia ter de agüentar o barulho que ele faria na cozinha, preparando o café. Naquela casa, o barulho parecia refletir por toda parte. Deixar de ouvir era impossível. E claro que ele não queria uma casa maior, onde fosse possível andar sem tropeçar um no outro. O chefão havia saído e alugado a menor casa que encontrou, provavelmente a mais barata. Claro, ele não ficaria muito tempo ali. Por que desperdiçaria o seu dinheiro.
Irritada, Gina tirou a cabeça de debaixo do cobertor. Claro que podia ouvi-lo na cozinha. Recostou-se nos travesseiros, com os braços cruzados. Se lhe trouxesse café na cama, ela jogaria a bandeja na cabeça dele.
Mas felizmente ele não veio. Ou será que infelizmente?
Quando finalmente o ouviu sair e fechar a porta da frente, Gina se sentiu desapontada, estranhamente sozinha. O que, reconhecia, era uma bobagem.
Bem, ela também precisava trabalhar e, a contragosto, saiu da cama. Uma xícara de café era tudo o que precisava. Viu um bilhete rabiscado dizendo onde estaria, e leu sem o menor interesse, quando Gina já despejava água quente, a lareira começou a apitar.
Provavelmente era sua mãe, querendo almoçar com ela.
Gina pensou desanimada enquanto ia até a sala. Fingir estar alegre seria difícil porque ela não estava nem um pouco. E enganar sua mãe não era uma tarefa fácil. Mas ao olhar para a lareira se surpreendeu. Não era o rosto de sua mãe que estava lá, mas sim traços masculinos.
– Quem está aí?
– É a Gina... – ela respondeu.
– Você deve ser a mulher que se casou com meu sobrinho-neto – resmungou – Draco está ai?
– Oh.. – Gina arregalou os olhos, tentando ordenar seus pensamentos.Ele não aprecia prestes a morrer.
– Você disse não? Fale mulher.
Só podia ser tio-avô de Malfoy. Um grosso.
–Draco já saiu para trabalhar – respondeu Gina – Quer que eu peça para ele retornar para o senhor quando voltar?
– E quando é que ele volta, posso saber?
O humor do velho não melhorava. E, se estivesse doente ou não, ela ia lhe dizer para ter mais educação.
– Volta tarde. Ele tem um jantar de negócios. – agradeceu por ter lido aquele bilhete.
– Certas coisas nunca mudam. Diga para ele aparecer em minha lareira, quando tiver tempo. Temos umas coisinhas para esclarecer. Por que não fui convidado para o casamento?
– O senhor teria vindo? – Gina não sabia o que dizer. E, doente como devia estar, ele poderia ter vindo?
– Claro que sim. Pelo menos para ver se ele sabia o que estava fazendo. Draco é um cabeça-dura. Quando cisma com alguma coisa, não há o que o faça desistir. Casamento não combina com negócios. Experiência própria. Tive quatro. Todos desastrosos. Não sobrou nada.
– Que pena- Gina ironizou num tom deliberadamente doce. – Quatro casamentos fracassados. E o senhor parece tão gentil.- arrematou, esperando que ele sumisse da lareira.
– E você parece bem insolente – ele disse- Diga para seu marido trazer você aqui. Quero conhecê-la. E se achar que você se casou com ele por dinheiro, ele esta fora do meu testamento. Você pode conseguir por as mãos no dinheiro dele, mas não vai ter um centavo meu.
– E o senhor passe muito bem – Gina resmungou. Mas ele já havia desaparecido.
Mas do que irritá-la, o homem a tinha intrigado. Ele parecia completamente avesso a casamentos.
Draco mentira ao dizer que seu tio-avô doente o deserdaria se ele não se casasse no prazo estabelecido.
Por quê?
O que Draco Malfoy estava tramando?
...Continua?...
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