À descoberta de novas informaç
Cap. II - À descoberta de novas informações style='mso-bidi-font-weight:normal'>
Se a sua primeira reacção foi sorrir ao ver Draco Malfoy, Harry Potter se
arrependeu do acto um segundo depois, quando o loiro o agarrou pelo colarinho e
disse:
- Só vou largar você quando me explicar o porquê de eu estar aqui…
Harry ficou confuso. Não sabia o porquê de ele estar ali, muito menos sabia o
porquê do seu maior inimigo. Tentando ser discreto, disse:
- Malfoy, me larga! Está todo o mundo olhando.
- Estou pouco me lixando para eles! Se explica, vai!
- Eu não sei o que a gente está fazendo aqui! Aliás,
sei tanto quanto você. Então me larga e vamos conversar.
De princípio, pensou que Draco não teria acreditado nele. Contudo, pouco a
pouco, foi sentindo o afrouxar de uma força contra o seu colarinho e finalmente
pode se mexer, já sem qualquer mão a segurá-lo. Olhando para Malfoy de novo,
pode perceber que este estava furioso, mas mais que isso, estava com nojo. Nojo
de estar a conviver, sem bem que pouco, com gente trouxa. Reparou também que
Draco segurava algo no seu bolso que se parecia, decididamente, com uma…
varinha.
- Malfoy! Onde você arranjou sua varinha?
- Hunf! Estava desejando uma varinha quando ela
apareceu assim, na minha frente e com… um bilhete!
- É sério?
- Vai catar coquinho! Claro que sim!
Harry fechou os olhos, concentrando-se na sua varinha e desejando-a. Como
poderia ter sido tão burro ao ponto de não se lembrar da sua varinha antes? Com
ela, tudo seria mais fácil. Desejando-a cada vez com mais força, não foi
difícil desta aparecer no seu bolso. Ia pegá-la quando Draco agarrou-lhe
na mão.
- Não seja bobo! Vai tirar a varinha aí no meio do átrio, onde todo o mundo
pode vê-la?
- É… você tem razão.
- Como sempre, né?
Harry afastou-se um pouco da multidão e pegou no pedaço de pau que lhe apareceu
no bolso. Era realmente a sua varinha, mas ao contrário do que Draco dissera, a
sua varinha não tinha bilhete nenhum. Compenetrado estava que nem se apercebeu
da chegada do loiro junto a si, dando um salto quando ouviu a sua voz
arrastada:
- E então?
- E então o quê?
- O seu bilhete, o que diz…
- Não tem bilhete nenhum aqui…
- COMO NÃO?!?
- Não, não tem!
- Mas olha aqui, olha.
Draco levou a mão ao bolso e tirou de lá um pedaço de pergaminho amarrotado,
que desenrolou e esticou a Harry. Numas letras feitas à pressa, podia ler-se:
“O porquê de você estar num colégio trouxa, na companhia de trouxas, está
explicado no pergaminho de Harry, Harry Potter;
Assinado: DHAD”
Aquilo estava ficando estranho demais para Harry. Quem era “DHAD” e que queria
essa pessoa dizer com o pergaminho dele? Não tinha pergaminho algum…
- Potter! No seu bolso…
- Como? Ahn?
- No seu bolso, sua besta! Olha…
Aí estava ele, o tal pergaminho que se falava. Olhou para as suas mãos, que
surpreendentemente estavam suadas e tremiam, e levou a mão ao bolso uma vez
mais. O seu pergaminho, bem maior que o de Draco, estava também amarrotado, no
entanto, bastante mais visível. Desenrolou-o e leu em voz alta:
“Caro Harry,
Está na hora de você e o senhor Malfoy descobrirem alguma coisa sobre o vosso
passado, que tem mais em comum do que se possa imaginar.
Viverão muitas situações no mundo trouxa, que terão sempre de resolver e
ultrapassar em conjunto. Um motivo muito forte une-vos e só vocês o poderão
descobrir.
O porquê de terem sido transferidos para o mundo trouxa é simples: Precisam de
estar longe do vosso mundo, de modo a que possam ter a tranquilidade suficiente
para investigarem e descobrirem mais sobre vocês. Só conseguirão voltar quando
o mistério for revelado.
Atenciosamente,
DHAD”
Ao parar de ler, Harry olhou para Draco e viu que este estava mais branco que o
habitual. Draco olhou para Harry e viu que as mãos deste tremiam como varas
verdes. Olharam um para o outro, e suspiraram. Aquilo era estranho, estranho
demais.
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