8- Ele quer me ver?




Já estava quase perto do jantar quando Snape aparecera no quarto de Liz. Ela estava se divertindo ao ver Wonky, seu elfo doméstico, limpar seu quarto apavorado seguindo uma montanha de ordens que a garota lhe dava. Horas antes ela havia lançado um feitiço para seu quarto ficar imundo.
Estava deitada na cama apreciando a vista de fronte.
Ao ver a cena, Snape riu e lhe lançou um olhar.... “ahhh! Que olhar!” pensou Liz!
-Saia Wonky. Quero falar com sua ama. - Disse friamente.
O elfo olhou pra Liz com o olhar cansado. (Liz o tinha proibido de usar magia na limpeza) e ela concordou.
-Pode ir. Está liberado, por enquanto.
O elfo saiu. E Liz pegou sua varinha e apontou pra o quarto e ele voltou ao estado habitual. Impecável.
-Que divertimento você arrumou, Liz!!! É admirável o tanto que se parece com Bellatrix. A mesma arrogância, atrevimento, sinismo e um .... – Snape pausou em sua fala - dom de humilhar e infernizar seus subordinados....
Liz se levantara da cama, levemente enfurecida. Sentia um certo orgulho de parecer com sua mãe, mas seu rancor pela mesma era maior. Nunca conseguiu entender o que realmente sente por ela.
Apesar desta ter ido pra Azkaban quando Liz tinha pouco mais de um ano, Bella simplesmente mandou que a levassem pra outro país. Era óbvio que o fato de mantê-la afastada de Lucius não era o único motivo. Sua mãe não gostava dele, mas também não era pra tanto!!!
Porém, por outro lado viver longe da família, de carinho, amor e outras coisas a tinha feito mais forte. Não deixava sentimentos banais lhe dominarem. Sabia escondê-los pra não demonstrar suas possíveis fraquezas. O que sua tia Cissy, por exemplo, perdera algumas aulas.
-Fale logo o que quer Severus. Não to a fim de te ouvir hoje. Tô sem saco pra aturar seu sarcasmo e sua ironia. Desembucha ou saia!
-Lestrange, Lestrange. Creio que em Durmstrang não lhe ensinaram boas maneiras. Cuidado com o jeito que fala comigo, poderá se arrepender....
-Ensinaram azarar, enfeitiçar, torturar, matar .... o que eu julgo ser mais importante para minha educação, do ser alguém que não sou.
-Ou seja, educada.
-Entenda como quiser, Sev. O que vc pensa ou fala da minha educação e dos meus modos de agir não me importa.
-Pois bem. Vamos ver então como se comportará na frente do Lord das Trevas. Amanhã cedo irá comigo. Ele quer te ver.
-Ele quer? Se é que posso saber o porque? - Disse em tom desafiante e provocador.
-Não é da sua conta. – Snape fez uma pausa. -Por enquanto.
E ele se retirou.
“O que? Ele quer me ver? O que quer comigo? Minha mãe!! Será que aconteceu algo com ela? Tantas perguntas surgiam em sua cabeça que ficava zonza só de pensar. Iria conhecer finalmente o Lord das Trevas. Aquele a quem sua mãe servia com tanta devoção. Como ele seria? Será que era tudo o que o povo dizia? Draco dizia? Mas, bem. Tinha que se comportar. Aquele a quem estava destinada a servir a chamava. Sim, estava destinada. Afinal, com exceção do grifinório Sirius, sua família toda o servia. E não queria ser uma aberração ainda mais sendo filha de quem era. Queria matar trouxas, sangues-ruins, livrar o mundo dessa escória. Ah, sim! Queria e muito”.Pensava a garota.
Desceu para jantar. Estava ainda meio perplexa pelo que seu Snape dissera. “Nossa! Será que o verei de novo?” Afinal Liz gostava de provoca-lo, tenta-lo, seduzi-lo. E seu ultimo encontro a sós não tinha sido lá essas coisas. Tinha que fazer algo mais caliente juntos.
-Oi tia, Draco, Severus. Finalmente estou te vendo no começo de uma refeição tia. – Ela sorriu, sentando-se à mesa.
Seu mau humor já tinha passado e já tava pensando em .... procurar alguém mais a noite.
-Oi, querida. Tenho que ficar um pouco na nossa casa também. Afinal, tento passar pr’o ministério que o Snape sumiu com o Draco, e que eu “não” sei o seu paradeiro. E tem os negócios obscuros de Lucius pra dar continuidade. O ministério bloqueou a nossa conta em Gringotes assim que ele foi preso. Mas é lógico que lá não tinha um milésimo do nosso dinheiro. E ainda tem o Lord das Trevas. Temo que ele possa fazer com o Draco. Sabia que ele não daria conta de matar o Dumbledore. Ele o designou pr’aquela missão pra se vingar do que Lucius fez no ministério.
-Mas o dever de Draco foi cumprido por mim. Eu matei o Dumbledore.
Draco se levantou. – Eu vou mostrar a ele que sou digno de confiança. De que posso ser um comensal merecedor de prestígio.
Cissy olhou desesperada pro filho, mas nada falou. Liz sabia que sua tia também estava tendo algumas missões do Lord a cumprir. Nas poucas vezes que se viam, reparava que ela sentia a convocação Dele na Marca Negra.

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