A Liberdade



Harry Potter e o Intercâmbio

Capítulo um – A liberdade.



Harry Potter acordou e encarou o teto de seu quarto na rua dos Alfeneiros número 4. Era cedo, o sol acabara de nascer. Sua vista estava embaçada mas ele não se preocupou em pegar os óculos na mesa-de-cabeceira. Óculos eram exatamente o tipo da coisa com a qual ele menos se importava naquele momento. Cruzou os braços atras da cabeça e assim ficou durante longos minutos, observando o teto branco e tentando clarear a mente, mas mil pensamentos explodiam em sua cabeça ao mesmo tempo.
Por fim conseguiu reunir forças para se levantar e caminhar até o armário, que tinha uma das portas abertas, revelando um espelho comprido que refletia todo o corpo de Harry. Ali ele parou e olhou para seu reflexo, pensativo. Ali estava um garoto magricela, de joelhos ossudos e cabelos despenteados, brilhantes olhos verdes e uma cicatriz em forma de raio na testa. Ali estava o menino Harry Potter, na melhor forma de seus onze anos de idade.
- Não – disse Harry, sacudindo a cabeça – Dezessete, a idade da maioridade bruxa.
Por um segundo ele pensou que o espelho o estava enganando, chegou até a se perguntar se não estava se olhando novamente no espelho de Ojesed, como fizera no seu primeiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Mas não, era apenas o seu velho espelho do armário da rua dos Alfeneiros. Além disso, ser mais novo, ou voltar no tempo, não era o que Harry mais desejava no momento.
Ele encarou seu próprio reflexo novamente, e finalmente se viu diante de seu verdadeiro eu, um garoto alto, já não tão magricela quanto há seis anos atras, mas com os mesmos olhos e o cabelo eternamente arrepiado.
Harry suspirou ao lembrar-se dos últimos seis anos de sua vida. Lembrou-se de Hagrid derrubando a porta da casinha à beira do mar para lhe contar que Harry era sim um bruxo, lembrou-se de como descobriu a verdadeira história da morte de seus pais, assassinados por um terrível bruxo das trevas, e não mortos em um acidente de carro, como tio Válter sempre afirmara. Lembrou-se das suas próprias lutas contra Voldemort, o assassino de seus pais, e sua cicatriz deu uma fisgada. Mas sentiu o coração mais leve ao lembrar-se de como conhecera Rony e Hermione em Hogwarts, e de como eles tinham se tornado inseparáveis. Pensou em tudo o que haviam feito juntos até aquele momento, o resgate da Pedra Filosofal, a derrota de Riddle e a destruição do basilisco da câmara secreta, a descoberta da inocência de Sirius, padrinho de Harry, o Torneio Tribruxo e a volta de Voldemort no cemitério, a invasão do Ministério da Magia e por fim, a descoberta das Horcruxes e a morte de Dumbledore.
O coração de Harry pesou, lembrar-se da morte de Sirius e de Dumbledore o faziam sentir-se triste, cansado e solitário. Colocou a mão no bolso e apertou a falsa Horcrux que ele ainda carregava, como um amuleto, e ao mesmo tempo como um lembrete de que a batalha ainda não havia terminado. Mas ao mesmo tempo ele pensava na amizade de Rony e Hermione, e em Gina. Apenas a lembrança do rosto sorridente de Gina o fazia pensar que ele poderia enfrentar qualquer coisa.
Foi com essa confusão de sentimentos e pensamentos que Harry viu chegar sua maioridade no mundo bruxo, já que ele havia completado dezessete anos na noite anterior. Naquele dia tornava-se livre, livre para viver sua vida como, e onde, bem entendesse. Então lembrou-se que só estava na casa de seus tios porque Dumbledore o pedira que agisse daquele modo, mas seu tempo lá havia se esgotado: era hora de partir.
Virou-se novamente em direção a cama e já ia começara a arrumar o malão quando ouviu um pio baixinho. Era Edwiges, sua fiel coruja branca, que havia chegado lhe trazendo uma carta. Curioso, imaginando quem seria o autor da carta, já que, seguindo recomendações da Ordem da Fênix, ele se correspondia muito raramente com Rony, Hermione, Gina, ou qualquer outro bruxo.
Um pouco desapontado por não ser uma carta de Gina, Harry desdobrou o papel, que estava assinado por Aluado.

Caro Harry,
Sei que é perigoso nos correspondermos desse modo, mas preciso falar-lhe com muita clareza, então decidi arriscar-me a mandar uma carta sem códigos.
Só o que eu tenho a lhe dizer é o seguinte: volte para Hogwarts! Não pense em sair por aí em uma caçada solitária contra o inimigo! Volte para Hogwarts e complete sua educação bruxa, faça o exame dos NIEM’s e se forme. Tenho certeza que era isso que seus pais desejavam para o seu futuro! Harry, eles morreram para que você pudesse viver! Pense nisso!


Aluado.


P.S.: depois pensaremos em um modo de levá-lo a Londres para que você possa pegar o Expresso de Hogwarts.

P.P.S.: Feliz aniversário! E tenha juízo!



Harry amassou a carta e atirou-a no cesto de lixo. Não que ele não tivesse imaginado que tentariam impedi-lo de desistir de Hogwarts para procurar as Horcruxes de Riddle, mas ele não gostou nem um pouco do tom da carta de Lupin. “. Tenho certeza que era isso que seus pais desejavam para o seu futuro!” Harry detestava que alguém, que não fosse Sirius ou Dumbledore, lhe dissesse o que seus pais fariam, ou pensariam, se estivessem vivos. Mas o que mais atingia Harry era a frase: “eles morreram para que você pudesse viver!”.
Aquilo fazia com que ele se sentisse mal, não exatamente culpado pela morte dos pais, mas de alguma forma, eram palavras que tinham o dom de faze-lo sentir-se mal.
Com a raiva crescendo, ele sentou-se na cama e apoiou a cabeça nas mãos. Ali ficou até que o sol estivesse a pino e os gritos da tia Petúnia o chamassem para o almoço.







N/A: Pessoal...
Agora us caps vao demorar mais para serem postados...
Eu i a Re estamos em aula. Ela em semana de prova i eu de trabalho...
Mas comentem a fic! xD
Bjao!

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