LEMBRANÇAS E IMPRESSÕES



HARRY POTTER E O SEGREDO DA PROGENITORA

Capitulo 1

LEMBRANÇAS E IMPRESSÕES

Rua dos Alfineiros, nº 4. Um jovem de olhos verdes e cabelos pretos estava deitado em seu quarto lembrando dos acontecimentos dos últimos 6 anos. A vida de Harry havia mudado completamente. Ele descobrira que era um bruxo, foi para uma escola de magia, conheceu seus melhores amigos, descobriu as interferes do primeiro amor, enfrentou inúmeros desafios e descobriu muita coisa sobre si e sua vida. Ele agora pegava as cartas que havia relido já uma porção de vezes. A primeira vinha de Hogwarts, Escola de Magia e Bruxaria.

Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria


Prof.ª Minerva McGonall, Diretora.

Sr. Potter,

É com pesar que lhe informamos que, devido aos últimos acontecimentos, o Ministério de Magia determinou que Hogwarts permanecerá fechada por tempo indeterminado. Pedimos ainda a cooperação dos alunos que fiquem com suas famílias e respeitem as normas de segurança.

Atenciosamente,
Minerva McGonall.


Harry sentiu um aperto no peito ao imaginar que não voltaria ao lugar onde passara os melhores momentos de sua vida, apesar de que jurara para si mesmo, depois da morte de Dumbledore, que mesmo se a escola reabrisse não voltaria para lá

A outra era um convite de casamento de Gui e Fleur. Faltavam apenas alguns dias para completar 17 anos e partir para sempre dessa casa onde tanto sofrera.

Dali ele iria direto para a casa dos Weasley, reencontrar seus amigos, “Gina” e uma família que considerava sua.

Harry imaginava como seria sem Dumbledore, que lhe ajudara tanto.
Tudo iria ser muito difícil, mas ele não queria colocar mais ninguém em risco.

Mesmo assim Rony e Hemione não iriam deixá-lo sozinho, iriam com ele até o fim, e O Menino que Sobreviveu sabia que a presença deles seria muito importante.

Dali a dois dias Harry faria o seu décimo sétimo aniversário, entraria na maior idade, e com isso, também viriam maiores responsabilidades, uma delas é que não iria ter mais a proteção deixada por sua mãe, proteção essa que lhe salvara muitas vezes, inclusive da pior das maldições.

Trancado em seu quarto quase todas as férias, Harry pensava como seria voltar a Godric’s Hollow, ele queria visitar o túmulo de seus pais e a casa onde nasceu, era onde tudo havia começado, algo lhe chamava.

Em meio às lembranças os dois dias até o seu aniversário passaram voando.

Harry acordou com um barulho em sua janela. Eram várias corujas conhecidas, trazendo-lhe cartas e presentes de seus amigos.

Mas uma carta fez Harry empalidecer:

Querido Harry,

Primeiramente parabéns. Seu pai e seu padrinho ficariam realmente muito orgulhosos de ver o homem forte e corajoso que se tornou. Assim como eu estou.

Amanhã eu e Tonks iremos te buscar para levar-lhe ate á Toca, mas antes iremos até o Largo Grimmauld, atual sede da Ordem.

Um abraço,
Remo Lupin

“- Eu não vou ate lá! Nada vai me fazer retornar ao lugar onde convivi com Sirius antes de sua morte, o lugar onde ele se sentira tão infeliz. Nada! Pelo menos por enquanto.”
Harry faria Lupin entender que ele não estava preparado para ver tão de perto lembranças tão recentes.

Recebera varias outras cartas e alguns presentes, uma delas de Gina:

Harry,

Parabéns por seu aniversário, queria que estivesse conosco nesse momento!
Sinto muito sua falta, sei que teme por mim, mas saiba que não me importo em correr riscos.
Quero ficar ao seu lado, sei que não permitiria, mas quero lhe ajudar mesmo que de longe, e não queira que eu lhe esqueça, você bem sabe que durante muito tempo eu tentei e não vai ser agora, depois de tudo que passamos juntos e que sei que o que sinto é recíproco, que vou te esquecer.

Até logo, beijos
Gina Weasley



Após ler a carta de Gina, o animal em seu peito rugia.

Mas Harry sabia que o que sentia por ela era muito grande. Preferia ter Gina longe de si, a vê-la nas mãos do seu pior inimigo ou até mesmo morta.

*-*-*

Depois de ler as cartas e abrir seus presentes, Harry desceu até a cozinha da casa dos Dursley.

Para a surpresa de Harry seus tios pareciam muito contentes. Ele concluiu que deveria ser por ser seu último dia naquela casa.

- Harry meus parabéns – disse tia Petúnia.
Seguido pelos cumprimentos de Duda e Tio Valter.

- Obrigado! – disse Harry ao mesmo tempo surpreso e desanimado.

Tia Petúnia foi até a cozinha e lhe trouxe um pequeno bolo:

- Para comemorar seu último aniversário aqui...

- E que finalmente nos veremos livres de você – completou Tio Valter.

Harry teve a impressão de que a tia lançou um olhar reprovador ao marido. O dia seguiu normalmente e Harry aproveitou-o para arrumar seus pertences, afinal, na manhã seguinte iria embora.

A noite, ao sair do banho, Harry percebeu que Tia Petúnia saia de seu quarto:

- Algum problema tia?
- Errr... Não. Nenhum Harry. Apenas queria ver se já juntou todas suas coisas.
- Hum. Sim já arrumei tudo.
- É amanhã não é? Que você vai embora?
- É sim. Boa noite, então.
- Boa noite! Durma bem, querido.
- Falou alguma coisa?
- Nada não.

Na sua cama Harry estava agitado. A tia estava diferente ou era apenas impressão? Mas seus pensamentos logo foram tomados pela ansiedade de esperar até a manhã. Reveria as pessoas mais importantes em sua vida.

*-*-*

O dia amanhecera ensolarado, Harry acordou e foi direto para o jardim. Esperaria ali a chegada de Lupin e Tonks. Ele passou algum tempo se divertindo em tentar adivinhar qual seria a cor do cabelo da bruxa dessa vez.

Logo, uma mulher de cabelos fúcsia com mechas verde-berrante, acompanhada de um homem grisalho aparecera. Harry correu ao seu encontro. Como era bom vê-los novamente.

- Harry você está cada vez mais bonito e forte – brincou Tonks enquanto abraçava o rapaz e sorria ao ver a expressão de Lupin
- Que saudades Tonks, Lupin!!!
- E ai? Preparado Harry? – perguntou Remo.
- Na verdade eu queria lhe pedir uma coisa...- Lupin consentiu com o olhar – Eu ainda não estou preparado para voltar à sede da Ordem. Não agora. As lembranças ainda são muito dolorosas.
- Se assim você deseja, vamos direto a Toca.

Harry entrou na cassa dos tios para pegar suas coisas e percebeu os olhares de reprovação do tio e do primo ao verem Tonks e Lupin. Subiu até seu quarto e teve um grande trabalho em arrastar toda sua mudança.

- Ei Harry! Você já tem 17 anos! Lembra?

Sim, Harry lembrou-se. Agora que havia completado a maioridade podia utilizar magia sem correr riscos de ser novamente julgado pelo ministério. Com o auxilio da varinha levitou suas coisas até o hall da casa.

Chegou a hora da despedida. Olhou para a porta embaixo da escada, onde durante 11 anos fora seu quarto; olhou para a lareira que o Sr. Weasley havia destruído quando veio visitá-lo via Flu e riu.

Despediu-se então de Duda e Tio Válter, frios como sempre. Mas Tia Petúnia abraçou-lhe fortemente, e quando Harry desvencilhou-se de seus braços, percebeu, por incrível que pareça, lágrimas em seus olhos. Tonks e Lupin também despediram-se. Quando eles saíram Tio Válter bateu a porta atrás deles.

- Você sabe o que fazer, Harry?
- Bom Lupin, saber aparatar eu sei. Mas, com aquela confusão toda eu acabei não fazendo o teste...
- Ah, já íamos nos esquecendo. O Ministério, devido as circunstancias, acabou liberando provisoriamente a aparatação para os alunos de Hogwarts que não puderam fazer os testes.
- Obrigado por lembrar Tonks. Preparado?

Harry imaginou-se no jardim d’A Toca e sentiu um frio na barriga.

Harry via-se agora diante daquela casa torta, onde os Weasley moravam e ele tantas vezes estivera. Seu coração batia mais forte. Ele sabia quem teria que enfrentar.


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