Depois de Hogwarts
Os dias de julho nuca foram tão longos, para um certo rapaz no nº 04 da Rua dos Alfeneiros, e não era só o calor que tirava as forças do “menino que sobreviveu”, como o Profeta Diário gostava tanto de se referir à Harry nos últimos tempos.
Ele havia voltado para a Casa dos Durley, conforme o desejo de Alvo Dumbledore, a fim de completar o feitiço do falecido diretor que lhe conferiria a proteção de sangue engendrada com magia antiga.
Desde que chegara à casa dos Durley ficara imaginando meios de conseguir localizar as outras Horcruxes de Voldemort e assim acabar com ele de uma vez por todas.
Uma dor profunda e o sentimento de revolta e vingança tornavam a vida de Harry um torvelinho de sensações cada vez mais alucinante para um garoto da sua idade.
- Maldito Snape. Harry não conseguia entender a confiança que seu antigo mestre depositava naquele espião das trevas e, isso o enlouquecia.
Sem conseguir dormir, olhou para o relógio e notou a claridade em sua janela. Decidiu descer e preparar o café da manhã, afinal logo completaria 17 anos e poderia cuidar da própria vida, sem a interferência ou imposição dos tios.
Desceu as escadas e, dirigindo-se para a cozinha, começou a fritar o bacon, salsichas, fazer o café, o chá e ferver o leite para o mingau e não devia esquecer de arrumar a mesa.
Tio Valter, Duda e Tia Petúnia desceram para tomar o desejum sem ao menos se importar com Harry, como se o fato dele ter preparado a refeição não fosse mais do que uma obrigação dele por morar sob o seu teto.
-Vou embora hoje à meia noite. Disse quase sem emoção, mas logo em seguida Tia Petúnia quase se engasgou com a xícara de chá que estava tomando.
- Não acredito. Falou um Tio Valter quase que deliciado com a notícia
Duda, cujos punhos mais pareciam presuntos, começou a tossir e, quase derrubou a tigela de mingau que estava tomando.
A expressão de tia petúnia era de puro terror e isso chamou a atenção de Harry.
- Pensei que isso iria alegrar o seu dia Tia. Algo errado ?
-N..Não, nada mesmo, mas isso vai acabar com a proteção que aquele velho doido pôs nesta casa, não é ?
A pergunta deixou Harry ensimesmado, mas daí ele lembrou do que Dumbledore lhe dissera. “Enquanto puder chamar aquela casa de sua, a proteção permanecerá”.
A expressão de Tio Valter mudou de plena felicidade para um púrpura esmaecido e ele começou a pigarrear.
- Escute aqui moleque, está dizendo que aqueles anormais vão poder entrar aqui? É isto que está dizendo ?
- Bem de uma forma ou de outra uma hora eu teria de mudar e, sim Tio Valter eles vão poder entrar e matar todo mundo aqui dentro.
- Se esses anormais pensam que vão me pegar estão muito enganados, vou à polícia dar queixa de ameaça à nossa família, vocês verão, verão...... Enquanto falava Tio Valter visualizava o que policiais comuns poderiam fazer, para protege-lo dos comensais da morte e, por mais que pensasse não conseguia acreditar que estaria mais seguro em outro lugar que não a sua própria casa.
Balançando a cabeça, extremamente infeliz com a situação, Harry foi para o seu quarto, afinal precisava reunir suas coisas e coloca-las no malão, escrever cartas para seu s amigos e despachar suas bagagens para o largo Grimmauld.
Horas depois sua Tia veio chama-lo para almoçar e ele notou o quanto ela estava nervosa e apreensiva, na certa temerosa da nova situação, após a saída do detestado sobrinho .
- Sinto muito mestre, não consegui capturar o Potter. Dentro da sala da velha mansão dos Ridley, Severo Snape dava explicações a seu mestre Lord Voldemort que estava bastante contrariado em seus planos.
- Isso eu até deixaria passar Severo, pois dei ordens de que Potter deveria ser deixado para mim e apenas para mim, mas que você tivesse de interferir e estragar seu disfarce por causa da covardia de Draco Malfoy, isso eu não posso tolerar. E, assim que for encontrado e trazido a minha presença ele terá o castigo que merece.
- Por ora, fique de prontidão junto aos meus outros servos, afinal, agora você não me serve mais como espião e assim perdeu um pouco de seu valor para mim.
Isso fez com que Snape engolisse em seco, pois o Lord geralmente descartava peões menores e sem valor no grande jogo, sempre que necessário aos seus propósitos. Além disso, o voto perpétuo o obrigava a esconder Malfoy das garras de Voldemort.
Anoiteceu na Rua dos Alfeneiros nº 04 e Harry terminando de arrumar suas coisas, olhou o relógio e viu que eram 08:00, portanto havia perdido o jantar. Sem animo para discussôes resolveu ir descansar um pouco pois à meia noite estaria de partida. Com um feitiço encolheu o malão e a gaiola de Edwiges, em seguida despachou a coruja com as cartas para seus amigos, indo depois se deitar um pouco
Um ruído intermitente, como um objeto batendo na janela, acordou Harry de mais um dos seus costumeiros pesadelos. Desconfiado ele procurou os óculos e a varinha tateando no escuro, a fim de descobrir a origem do barulho que o acordara. Olhando o relógio descobriu que eram 11:00 da noite.
Cuidadosamente foi até a janela e olhou para fora na esperança de descobrir o importuno que o acordara, mas, não viu nada. Assim abriu a janela e olhou melhor, mas a escuridão apenas o olhou de volta e o deixou apenas coma mais dúvidas ainda.
Dando de ombros, virou as costas e foi para a cama, mas antes de chegar lá foi surpreendido por um clarão que preanunciava a aparição de uma fênix branca como a neve
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