trailler



TRAILLER

Quando a vida começa de maneira catastrófica...

- Papai, por que ela não se mexe? Por que ela não acorda?

Ele mirou o filho por alguns instantes e, no momento seguinte, desviou seus olhos dele. Não conseguia encará-lo, de maneira alguma. Levantou-se e, sem dizer nada à frágil criatura ao lado do corpo, virou-se e passou pela porta da cozinha.

Ela tende a seguir da mesma forma...

- Nós viemos levá-lo.

- Não! Não, papai! Eu não quero ir!

- Vão logo.

Quando as coisas finalmente parecem começar a dar certo...

- Posso me sentar aqui?

Ele fez que sim com a cabeça.

- Eu sou Lily Evans.

- Severus Snape.

- Prazer em conhecê-lo.

É porque vai acabar tudo errado.

- Quem é esse daí?

- Sei lá eu, quem se importa?

- Gente, ele é sonserino...

- Hmm... Tá começando a ficar interessante...

Quando os fatos tomam um rumo estranho...

-... só porque eu nasci trouxa.

- Você nasceu trouxa?

- É, nasci, sim. A primeira bruxa da família.

...os mistérios mais obscuros são revelados...

- Sim, fomos nós, mas foi por bem.

- Por bem? POR BEM!

- É. Veja só, você está muito melhor agora.

Ele sacou a varinha e apontou para os dois.

- Vou matá-los... Desgraçados!

...as lembranças mais dolorosas vêm à tona...

Um corpo. Vejo um corpo na neve. Mentiras. Mentiras sustentam a minha vida.

...e os momentos mais felizes de sua vida acabam por se perderem...

- Você não sabia? Eles se casaram há uns dias. Quase todos da escola foram convidados!

- Não... Eu não sabia...

Ele vai em busca de vingança...

- Estique o seu braço, Severus.

Ele o fez e o homem tocou a ponta de sua varinha sobre o seu braço esquerdo. Uma dor dilacerante tomou-o, mas ele já acostumara-se a senti-la. Então, foi abraçado pelas trevas. Ali estava, a serpente e o crânio, o veneno e a morte.

- Seja bem vindo aos Death Eaters.

Contra tudo e todos em que um dia ousou crer...

A porta fora aberta raivosamente, com um baque estrondoso, e por ela apareceu um rapaz sob uma longa e escura capa. O homem à lareira levantou os olhos em sua direção, pronto para mandá-lo para fora dali, mas as palavras pareceram morrer dentro de sua garganta.

- Boa noite... Papai.

Mas demorou a entender que era ele mesmo a raiz de sua própria tragédia.

Seus joelhos ossudos bateram contra o chão, enquanto seus olhos, cheios d’água, miravam horrorizados o corpo embaçado a sua frente.

- A culpa... É toda... Minha...


SEVERUS SNAPE – VINGANÇA E TRAGÉDIA

mentiras na neve

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