O décimo sétimo aniversário



A primeira semana de férias chegou de um modo intenso a toda a comunidade mágica, até ali o medo tinha se transformado em pânico e todos tinham um terrível pressentimento de que agora o partido das trevas crescerá consideravelmente, o medo era tanto que parece que até os trouxas estavam suspeitando dos inexplicáveis acidentes estranhos que estavam acontecendo por todo o país.

Porem, nenhum bairro trouxa parecia estar mais atento do que a Rua dos Alfineiros numero 4, pois nessa rua morava um adolescente de 16 anos, alo, cabelos escuros e sempre bagunçados, usava calça dins desbotada, camisas largas do seu primo Duda e tinha uma fina, porem nítida cicatriz de raio na testa, seu nome era Harry Potter.

Deitado em sua cama no seu quarto, Harry tinha acabado de chegar da Escola de magia e bruxaria de Hogwarts, porem ele sabia que esta seria a ultima vez que voltaria de lá, pois tinha certeza que nunca mais veria o castelo novamente, pois a pessoa que mais se importava com ela o deixara de vez, então, por que motivo voltaria? E Hogwarts? Voltaria também?

Harry olhou em volta, o quarto tinha ficado exatamente como Harry o deixará nas férias passadas, parecia que tinha Petúnia não via sentido algum e arrumar o lugar para alguém que não era bem vindo, os Dursley sempre se empenharam em fazer os momentos de Harry na casa os mais infelizes de sua vida, porem Harry sabia muito bem que seus dias na casa dos tios estariam contados, pois dentro de alguns dias, Harry faria 17 anos, o que significava que seria um bruxo maior de idade e poderia finalmente, depois de ano cumprir seu segundo maior desejo, deixar para sempre a Rua dos Alfineiros.

Depois de algumas horas deitado, olhando para o teto e pensando nos seus ultimo momentos em Hogwarts, Harry se levantou e procurou sua capa de viagem, não demorou muito para achar o que estava procurando, o medalhão falso que ele e Dumbledore procuraram na noite em que o diretor foi assassinado por Severo Snape, o professor que Harry sempre detestou desde o seu primeiro dia de escola, quando pensava em Snape e seu ultimo encontro com o professor, as entranhas do garoto ardiam de ódio, depois de Lord Voldemort, a pessoa que Harry mais queria morta era Snape.

Os dias seguintes de Harry na rua dos Alfineiros 4 foi de retiro, Harry evitava agora mais que tudo a companhia dos tios e do primo Duda, ultimamente eles andavam muito mais felizes do que Harry jamais os vira, e sabia o motivo, estavam alegres por que finalmente nunca mais iriam ver o sobrinho na vida, porem Harry não se importava, pois apesar do luto pela morte de Dumbledore, ele não pode deixar de se sentir feliz por também finalmente se livrar dos Dursley.
Chegará então finalmente o ultimo dia de estada de Harry na casa dos tios, longe de fazerem festa, os Dursley fizeram daquele um dia como outro qualquer, porem naquele ano, algo diferente aconteceu, logo ao amanhecer tio Valter foi até o quarto de Harry.

- Você moleque – Disse o tio num rosnado já conhecido – Venha até a sala, eu e sua tia precisamos conversar com você.

Estranho a aquela reação do tio, Harry se vestiu e foi até a sala, quando chegou no aposento já encontrou os tios sentados no sofá e aparentemente irritados, sempre se irritavam a iminente presença de Harry, coisa que o garoto já se acostumará.

- Sente-se – Disse Valter ao sobrinho que logo obedeceu, estava realmente curioso com o que os tios tinham de tão importante a dizer.
- Bem – Começou o tio com sua voz trovejante – De acordo com aquele velho maluco (aquela referência ofensiva a Dumbledore fez os nervos de Harry subirem) Este ano você seria maior de idade, de acordo com o pessoal da sua laia – Disse o tio como uma voz desdenhosa.
- Isso – Concluiu Harry com uma voz calma, aonde aquele conversa iria chegar?
- Então – Continuou o tio – Eu e sua tia estivemos conversando e depois de muito pensarmos nós não vemos motivo algum para deixar você sair dessa casa até completar a idade adulta de qualquer pessoa “normal” – Terminou o tio frisando a ultima palavra.
- Como é? – Disse Harry mal acreditando no que ouvia – Como é que o senhor espera me impedir?
- Bem, já disse você não vai e pronto. – Disse o tio como se essa fosse a solução mais óbvia do mundo.
Harry que estava com a varinha no bolso de sua calça levantou, já estava furioso por ouvir tio Valter chamar Dumbledore de velho maluco, mas aquilo era demais, ele puxou a varinha e apontou para a cara vermelha do tio que estava petrificado com a varinha apontada para ele.
-Acho que o senhor não entendeu – Disse Harry mantendo a voz calma apesar da fúria que sentia. – Fazer 17 anos para significa mais do que deixar essa casa, significa que poderei fazer mágicas fora da escola, então. – Harry apontou para o vaso em cima da mesinha e o transformou num pequeno rato que começou a correr pela sala – Não nenhuma palavra de nenhum dos dois que vai me manter nesta casa nem mais um dia.

Os Dursley estavam em estado de choque, nunca viram o sobrinho fazer uma mágica proposital, o tio levantou e verificou a janela como se procurasse uma coruja com um recado oficial pelo uso de magia por menores, para sua fúria não tinha nenhuma coruja sobrevoando a rua dos Alfineiros 4, então se dirigiu a Harry que ainda apontava a varinha para o tio.

-Agora – Disse Harry caminhando pela sala e encostando a varinha no rosto púrpura do tio -- Acho que o senhor não esta em condições de me impedir de fazer nada que eu queira, por tanto – Harry agora pressionava a varinha contra as bochechas do tio – Se não quer que eu revide os 17 anos de infelicidade que os senhores me fizeram passar aqui eu peço que me deixe em paz, que me deixe ir embora daqui entendeu?

Harry agora sabia que tudo aquilo era verdade, poderia muito bem revidar em Duda cada soco que o primo dera nele, ou todas as vezes que os Dursley o trancaram debaixo do armário sobre a escada, mas isso seria se igualar ao seu pior inimigo, por isso decidiu simplesmente sair da casa dos tios sem precisar ter dementadores no seu pé e leva-lo para azkaban.

-Então fique sabendo seu moleque ingrato – Disse o tio agora definitivamente enfurecido com a ameaça de Harry – Que se for de verdade eu nunca, repito, NUNCA poderá por os pés nesta casa de novo, você me entendeu? Foi-se o tempo que sentimos pena de você.
Harry deu uma risada e se dirigiu para fora da sala, porem ele parou abruptamente e se virou para o tio, agora não tinha mais medo dos Dursley.
-Foi-se o tempo em que isso me deixava preocupado. – Disse Harry desabafando algo que sempre quis dizer. – Um orfanato teria me feito mais feliz do que a sua má vontade de me deixar ficar aqui.
E sem nem olhar para trás Harry subiu para o seu quarto.

Quando chegou no seu quarto, uma coruja pequena que lembrava um pomo-de-ouro macio o esperava na janela, Pichitinho a coruja do seu amigo Rony Wesley o esperava, Harry foi até a janela para apanhar a carta de Rony.


Caro harry.

Neste fim de semana vai acontecer o casamento de Gui e Fleur, mamãe disse que você precisa vim, e Gui também gostaria muito que você fosse, venha até A toca no sábado, Hermione também vai vim.

Rony.

Dando seu primeiro sorriso sincero desde o inicio das férias, Harry rabiscou um bilhete confirmando que iria ao casamento de Gui, Harry estava ansioso para ver quais efeitos a mordida do lobisomem tinham deixado em Gui, e receoso também, sabia que veria Gina Wesley e não tinha idéia de como seria o encontro, porem decidiu se preocupar com isso mais tarde.

Harry então olhou para todo o quarto que ocupou durante sete anos, sua mala estava pronta, chegara finalmente o dia que ele tanto esperara, o dia que deixaria a casa dos Dursley de vez, ele pegou o malão, apagou a luz do quarto e fechou a porta com um baque suave.

Os três Dursley se encontravam na sala, pareciam já estar esperando que Harry fosse ainda aquela noite, Harry olhou por um tempo para a casa se sentindo estranho, por mais que odiasse aquele lugar ele sabia que sentiria falta dos gritos do Tio Valter, das implicâncias da Tia Petúnia e até mesmo das surras que lavava de Duda, ele se digiriu a porta, olhou para a família e disse. – Boa noite e adeus – E saiu da casa.

Harry então olhou para a rua escura deserta, ele estava finalmente só, sem seus pais, sem seus tios, sem o seu padrinho Sirius Black e sem seu maior mentor, Alvo Dumbledore, mas o nome Dumbledore lembrava ele de um lugar que deveria ir, não sabia por que, mas tinha que ir até lá, e então enfeitiçando seu malão para ficar mais leve e montando em sua Firebolt, harry se foi para sempre da rua dos Alfineiros.

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