Rumo à King's Cross
Capítulo 3
Rumo à King’s Cross
O mês de agosto parecia não acabar, pois a ansiedade de Liam para que primeiro de setembro chegasse só crescia ao passar o tempo. A vontade de começar a estudar era tão grande que Liam só podia satisfaze-la lendo os livros de Hogwarts que guardava embaixo do pedaço do assoalho que estava com a cerâmica solta para que ninguém visse. Nem mesmo as injustiças que tinha que aturar no orfanato, que diminuíram estranhamente, tirava a alegria que Liam tinha agora. A única coisa que o ligava ao mundo exterior eram as cartas onde Lílian lhe contava sobre suas férias na França. Liam estava gostando cada vez mais dela e esperava ansiosamente que a coruja apontasse na janela de seu quarto com uma carta no bico, ela era doce até mesmo escrevendo, agora mais que nunca ele queria que as aulas logo começassem, mas esse desejo foi interrompido por uma carta dela onde apareceu a sentença: “meu namorado...”. Pareceu que ele tivesse sido perfurado bem no meio do estomago por uma lamina envenenada. “Por que ela tem namorado? Ela nunca havia dito... Eu nunca perguntei... Mesmo assim. Quem é ele? Provavelmente um francesinho afrescalhado. Todo francês deve ser. Que saco!” Liam passou as duas ultimas semanas antes das aulas sem escrevê-la. Na véspera de sua ida para Hogwarts ela o mandou uma carta por Lila perguntando raivosamente por que ele não mais escrevera e o lembrando de ir procurá-la no trem. Liam ainda gastou algum tempo pensando se realmente gostaria de fazer aquilo.
No dia 1º de setembro Liam se levantou da cama, onde não dormiu a noite inteira, às 5:30 e começou a se aprontar. Vestiu a mesma roupa que havia usado no dia em que foi ao Beco Diagonal e esperou pelo café da manhã na cozinha sozinho. Aos poucos a mesa se encheu com os outros órfãos que o olhavam curiosos querendo saber por que ele estaria vestido tão bem (para um órfão).
- Acha que vai ser adotado idiota? – Perguntou Masen enquanto o café era servido. – Hoje nem é dia de adoção e quem adotaria um esquisito como você?
- Cala a boca! – Retorquiu Liam vendo que a diretora estava sentada na cozinha lendo um jornal. “Se eu ao menos pudesse jogar uma magia pra fazer a língua dele saltar para fora da boca.”
Depois de terminar o café Liam olhou para o grande relógio velho da salinha ao lado e viu que marcava 7:30. Ele precisa estar na estação King’s Cross às 11:30 e se Madame estivesse de mau-humor e não permitisse? Pode ser que ela tenha desistido de deixá-lo estudar.
- Madame... – Começou Liam quando os outros deixaram a mesa. Ela não respondeu. – Madame Grisley. – Repetiu mais audivelmente.
- O que é seu demoniozinho. – Respondeu ela sem tirar os olhos do jornal.
- Eu preciso... Ir para a estação hoje. – Perguntou temeroso.
- Você tem pernas não tem? – Retorquiu ela por trás do jornal.
Era tudo que precisava ouvir. Saiu correndo em busca de seu malão e coruja que estavam no quarto e deixou o orfanato o mais rápido que pode, como se corresse da morte certa. Ainda era muito cedo, mas queria sair daquele inferno o mais rápido possível. Até chegar à estação não teve problemas, afinal era ele que era obrigado a dirigir os órfãos quando era dia de passeio. A Madame Grisley ficava apenas olhando os meninos com cara de sapo para que o pessoal não percebesse que era ela a responsável pelas crianças. Liam nem podia acreditar que só precisaria voltar para alí no próximo verão. Pegou o trem e resolveu ficar passeando por Londres até a hora do embarque.
Quando voltou a estação percorreu o olhar por todas as entradas e não encontrou nenhuma chamada 9 e ½. Olhou novamente e nunca esteve tão certo de que não havia tal área de embarque. Estava alí parado e pensou por certo momento que estaria na estação errada, mas quando olhou para as portas estava lá escrito: King’s Cross. E agora? O grande relógio da estação marcava 11:25. Se não fizesse algo nunca chegaria à Hogwarts e toda sua fantasia estaria desfeita e voltaria ao inferno. “Ele deveria ter me dito melhor como chegar.”. Mais um minuto passou e Liam começava a ficar impaciente e quando isso o acontecia comicamente começava a estalar os dedos das mãos. “Será que devo perguntar a alguém?”. Mas não queria muito fazer isso. Ia parecer muito idiota: “Pode me dizer como chegar à Hogwarts a escola de magia e bruxarias?”. Resolveu se sentar em cima do malão e ao lado de Erow, sua coruja, e esperar. Esperar um milagre talvez. Mas o que aconteceu foi muito estranho para ser chamado de milagre. Liam observou um homem e uma mulher com o que deveria ser seu filho e ele correu muito rapidamente empurrando um carrinho que continha malas e uma coruja. “Uma coruja. Não pode ser coincidência.”. O garoto corria desesperadamente como se estivesse muito atrasado em direção a coluna de tijolos antigos que ficava entre a estação 9 e 10. Ele ia colidir. Não estava vendo a parede? “Esse aí é doido.”. Mas para surpresa de Liam o menino não colidiu contra a coluna de tijolos. Ele simplesmente atravessou-a. Depois de passar muito tempo admirado com a cena Liam pensou sobre o que Dumbledor havia lhe dito no orfanato: “A coluna do meio! Era isso!”.
Liam olhou para o relógio e viu que mostrava 11:29. “Droga! Droga!” Ele correu empurrando o carrinho apressadamente sem pensar muito que nunca havia atravessado um muro de tijolos. A única coisa que pensava é que se não o fizer logo poderia não chegar à escola com que sonhou o verão inteiro. Fechou os olhos e atravessou a coluna com a estranha sensação que deve se fazer presente com aqueles que não tem o hábito de atravessar paredes. Quando pareceu ter atravessado para um outro lado teve a estranha sensação de que a coluna atrás dele tinha se tornado sólida novamente.
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Então o q stão achando? Por favor, comentem. Ando muito ocupado e qria muito saber o que v6 acham pra dar mais instigação pra escrever. VLW
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