..:: CAP XI ::..
Hermione acordou e olhou para o relógio em cima da cômoda, eram oito horas da manhã. Ela fitou Harry que dormia a seu lado, ficou com pena de ter que acordá-lo, mas sabia que se não o fizesse ele ficaria bravo com ela. Ela o beijou e o sacudiu de leve:
- Harry, acorde.
Ele murmurou alguma coisa inelegível, Hermione voltou a chamá-lo. Ela percebeu que embora mantivesse os olhos fechados ele já estava acordado.
- Harry!
Ele sorriu e a agarrou pela cintura virando-se e ficando por cima dela e então abriu os olhos. Hermione fitou aquela imensidão verde e o abraçou, puxando-o para um beijo. Ela se afastou e Harry tentou beijá-la de novo, mas ela o afastou e tentou ficar de pé, assim que consegui desvencilhar-se dele disse sorrindo:
- Vamos! Há muitos problemas nos esperando lá fora.
- É por isso que eu prefiro ficar aqui com você.
- Infelizmente, amor, nós não podemos nos esconder aqui para sempre. – disse com o sorriso sumindo de seu rosto
- Diz isso de novo.
- O que?
- Me chama de amor novamente.
- Amor.
Hermione voltou a sorrir e se aproximou dele para um beijo rápido antes de sair pela porta do quarto, sabia que se ficasse ali acabaria não resistindo à tentação.
Embora estivesse ainda cansado Harry apareceu no ministério as dez em ponto, havia um número bem menor de pessoas nos corredores, praticamente não havia visitantes e aurores passavam com pastas e relatórios para todos os lados. Reprimindo um bocejo apanhou o elevador e seguiu direto para a sala do ministro. Olhou para a secretária que aflita remexia uns papéis e perguntou:
- O ministro, já chegou?
- Ainda não, senhor.
Harry sabia a provável causa do atraso, Hermione havia lhe dito que iria tentar falar com Mark naquela manhã. Harry lhe disse que esperasse um pouco, mas não poderia contradizer o argumento dela, as palavras que ela lhe dissera ainda ressoavam em seus ouvidos:
“- Nós não podemos adiar a felicidade, pois a qualquer hora algo ruim pode acontecer.”
Ela tinha razão, Hermione havia sido ameaçada e sofrera um atentado e agora com essa história da volta do Voldemort ou de alguém querendo se passar por ele, as coisas estavam se tornado perigosas para eles.
- Assim como estavam da outra vez. – pensou Harry em voz alta
- Estavam o que, senhor? – perguntou Deniel se aproximando
- Nada não, eu estava pensando alto.
- Senhor se ele retornar, se...se for mesmo ele. O senhor pode derrotá-lo, não pode?
- Eu não sei Deniel. Eu não sei...
- Mas, o senhor o derrotou da outra vez...O senhor..
- Eu pensava que ele estava aniquilado de uma vez por todas.
- Ma...mas....
- Daniel, eu não acho que é ele. – disse Harry
- Não? – perguntou o secretário um pouco mais aliviado
- Sem dúvida é alguém que quer seguir os passos dele, mas não é Voldemort.
- Co..como o senhor sabe?
- Eu não sei, mas acho que se fosse Voldemort ele já teria me procurado.
- Talvez ele matou tanta gente para o senhor ir até ele.
- É uma possibilidade. – disse Harry pensativo
****************
Hermione havia deixado a casa de Harry um pouco antes que ele e apartado bem próximo a sua casa. Esperava encontrar Mark ainda essa manhã pois não suportava mais a sensação de culpa. Sabia que o casamento deles não tinha mais jeito, mas de todo modo esperava que terminasse da melhor forma possível.
Ela entrou pela porta da frente e deu de cara com Wink:
- Minha senhora! Minha senhora! – gritou a pequena elfa indo em direção a Hermione e a abraçando.
- Wink ficou tão preocupada! A senhora não dormiu em casa e aquele elfo mal do Dobby ficou contando mentiras para Wink! Ele disse que a senhora estava com aquele mal do Potter! É mentira, não é?
- Não, não é. – respondeu Hermione
- Mas senhora, ele já abandonou a senhora. Wink viu o quanto a senhora sofreu. Como pode querer ele de volta? Como?
- Wink eu...
Hermione se calou ao ver Mark descendo as escadas apressado.
- Eu preciso falar com você. – disse para o marido
- Agora não, deixe suas bobagens para depois Hermione. O mundo bruxo está um caos!
- Não é bobagem, Mark!
- Hermione, por favor, deixe isso para depois. – disse o ministro indo em direção a porta de entrada
- Eu quero o divórcio! – disse Hermione
O ministro olhou para ela surpreso e se aproximou dela tocando-a no rosto:
- Eu sei que eu não tenho dado atenção para você esses dias, mas você sabe a pressão que eu sofro, quanto isso tudo acabar nós voltamos a falar sobre isso, meu amor. Assim que tudo voltar ao normal você vai se acalmar.
- Eu não vou mudar de idéia Mark. Eu quero o divórcio e não tem nada a ver com o que está acontecendo.
Mark fitou-a com um olhar desconfiado
- Tem a ver com o Potter, não é?
Hermione não respondeu.
- Você está dormindo com ele? – perguntou Mark indignado
Hermione desviou o olhar e também não respondeu. Mark ergueu a mão e lhe deu uma bofetada com força, o impacto do golpe a fez cair no chão.
- Eu não sabia que você era capaz de descer tão baixo. – disse Mark olhando-a com raiva
- Mark...
- Não fale comigo!
Mark saiu pela porta e disse por cima do ombro:
- Eu vou providenciar os papeis. Não quero ficar casado com uma vadia com você nem um minuto a mais.
Hermione ficou sentada no chão e foi amparada por Wink, a elfa a olhou com pena e disse:
- Está vendo o que aquele Potter faz com a senhora. Sempre que ele aparece os problemas começam. Foi por causa dele que a senhora se separou do senhor Rony e agora também do senhor ministro. Ele só faz minha senhora infeliz!
- Não, Wink – respondeu Hermione – Ele é o único que realmente me faz feliz. O meu casamento com o Rony e até mesmo com o Mark, foram apenas para eu tentar esquecer o quanto eu o amo.
Hermione se pôs de pé a ajeitou os cabelos. Fitou-se no espelho do hall e se virou para Wink:
- Ajeite minhas coisas eu vou pedir para alguém vir buscar.
- Mas e Wink?
- Se você quiser pode vir comigo, mas eu não vou poder lhe pagar o mesmo que lhe pago aqui, você entende...
- Wink não importa com isso. Wink vai com a senhora.
***************
Harry fazia um enorme esforço para se manter atento as informações dos agentes. Quase todos eles trabalhavam com a hipótese de que fosse Voldemort de novo, mas Harry não tinha a mesma sensação. Enquanto um inominável apresentava uma estratégia de combate Hermione entrou na sala de reuniões. Ela trazia o broche símbolo dos inomináveis preso à blusa. Ela tomou seu lugar ao lado de mais dois agentes. Harry não pode deixar de notar o tom avermelhado em seu rosto. Sua raiva foi com muita dificuldade contida, ele teve de se controlar para não azarar o ministro ali mesmo, diante de todo o ministério. Hermione olhou na direção dele e sorriu. Harry não parecia bravo por ela ter voltado à ativa. Isso era bom, por que mesmo que ele reclamasse nada a impediria de retornar. Vários integrantes da reunião a olhavam surpresos, poucos ali imaginavam que a primeira dama era uma inominável. Às onze horas decidiu-se por uma pausa. Harry se aproximou de Hermione e a chamou para irem até a sua sala. Assim que fecharam a porta Harry tocou o hematoma no rosto dela.
- Eu vou matar aquele desgraçado. – disse entre os dentes
Hermione segurou o rosto dele entre as mãos, obrigando-o a fitá-la.
- Não se preocupe com isso, meu amor. Eu falei com ele, o quanto antes nós vamos assinar os papéis.
Harry encostou os lábios nos dela. Assim que se afastou a olhou profundamente nos olhos e perguntou:
- Mione. Você quer se casar comigo?
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