..:: CAP IV ::..



Harry saiu do quarto e foi seguido pelo ministro. Mark fechou a porta e olhou para Harry


- Vamos para o meu escritório.


Harry assentiu com a cabeça e desceu as escadas, encontrou com um dos seguranças


- Senhor – chamou o segurança


 - O que você quer? – perguntou Harry


- Encontramos algo e seria muito bom que o senhor visse.


O ministro que estava atento à conversa voltou-se para o segurança


- Vamos! - disse o Ministro


Os três cruzaram o salão principal e adentraram a cozinha, os elfos domésticos estavam conversando com agentes do Ministério, um dos agentes levantou o braço e acertou um tapa em uma pequena elfa. Harry se aproximou dela e ajudou-a a se levantar.


- O senhor não pode interferir em um interrogatório! - disse o agente


- E o senhor não pode bater em um elfo! – respondeu Harry


- Um segurança qualquer vai me impedir? – desafiou o agente


- Se for preciso - respondeu Harry


O ministro se aproximou junto com o chefe substituto dos aurores


- O que está acontecendo aqui, Flecher?? – perguntou o chefe substituto


- Esse segurança está interferindo no interrogatório, Senhor! – respondeu


Harry olhou para seu substituto com um olhar indagador, o homem corou violentamente e disse ao subordinado:


- Peça desculpas, Flecher!!


-Mas senhor ele...


- Agora!!!


O homem virou-se para Harry e sussurrou:


- Perdão.     


Harry assentiu com a cabeça e sorrindo afastou o cabelo que cobria a cicatriz em sua testa. O agente olhou perplexo para o chefe e este lhe lançou um olhar zangado.


Harry e o Ministro caminharam mais um pouco seguindo o segurança, param diante da parede atrás da cozinha que dava para o fundo da casa. Na parede havia um símbolo muito grande desenhado por magia. Harry olhou perplexo para o símbolo.


- Não pode ser! – exclamou


- O que é isso Potter? – perguntou o Ministro assustado


Harry continuou fitando o símbolo, perplexo, então se virou para o Ministro:


- Senhor, preciso falar com sua esposa. Urgente!


- Mas é claro que não! Hermione precisa descansar! – disse o ministro. Mas Harry já ia em direção a casa, atravessou o salão correndo e subiu as escadas. O ministro fez menção de segui-lo, mas foi impedido por um de seus assessores que necessitava falar urgentemente com ele. Na frente do quarto de Hermione encontrava-se o mesmo segurança de antes, Harry olhou-o de longe e o homem deixou seu posto. O auror abriu a porta do quarto com cuidado e notou que Hermione estava dormindo. Aproximou-se lentamente da cama a tocou no ombro para acordá-la. Hermione acordou abruptamente e fixou os olhos assustados em Harry. Depois de perceber de quem se tratava ficou mais calma e sorriu.


- Você me assustou! – disse ela - O que você quer?


- Mione, preciso que você venha comigo. – pediu Harry


Hermione levantou-se da cama com um pouco de esforço, a poção a deixara um pouco zonza. Harry apoio-a e a ajudou-a a se firmar


- Você está bem? – perguntou apreensivo


- Sim – respondeu Hermione emocionada com a preocupação na voz dele. Ela apoiou-se no braço dele.


Harry segurou a mão dela e por um instante eles ficaram calados, se olhando. Ele afagou o rosto dela com a outra mão e lhe dirigiu um sorriso triste. Hermione inclinou a cabeça e fechou os olhos sentindo um calafrio percorre-lhe a espinha.


- Harry... – sussurrou ela


Harry colocou o polegar sobre os sábios dela obrigando-a a se calar. Eles se olhavam novamente com anos atrás, era como se tudo que tivesse acontecido entre eles fosse apenas um pesadelo que já acabara e finalmente eles podiam estar juntos de novo. O momento foi interrompido quanto eles ouviram a voz do Ministro no corredor, ambos se afastaram depressa. Mark entrou no quarto.


- Potter! Saia desse quarto imediatamente!


- Senhor...


- Agora! – disse Mark impaciente, fazendo um leve sinal para que seus seguranças particulares avançassem. Dois deles apontaram as varinhas para Harry.


- Vamos! – disse Mark – Meu amor, volte para a cama! – disse para Hermione


Harry voltou-se para Hermione fingindo não se importar com os homens


- Vem comigo. – pediu


Hermione estava dividida entre a ordem do marido e o pedido de Harry.


- Por favor – pediu Harry.


Ela lembrou-se que poucas vezes conseguiu negar um pedido do amigo, ela confiava plenamente em Harry e tinha certeza que ele não a chamaria se o assunto não fosse realmente urgente.


- Potter, eu lhe dei uma ordem! – gritou Mark


Respirando fundo para afastar a irritação Harry olhou para o Ministro.


- O senhor pode pedir que seus homens abaixem as varinhas, para que possamos conversar civilizadamente? – perguntou Harry


O ministro fez um sinal e os seguranças saíram.


- Mione, acho que precisamos contar a ele.


- Harry...  – disse Hermione olhando-o com um olhar de súplica


- Eu sei. Mas é realmente necessário.


Hermione suspirou e olhou para Mark.


- Nós precisamos conversar.


O ministro não entendia mais nada, olhava de um para o outro confuso.


- Falem!


Harry e Hermione trocaram olhares preocupados


- Mark, eu não fui totalmente sincera com você.


- O que? – perguntou o ministro


- Mark, quando nós nos conhecemos eu...eu estava usando um nome falso.


- Hã? Não! – disse o ministro, com o semblante confuso


- Mark, eu trabalhava no ministério, como uma inominável.


- Você...você não era jornalista?


- Não.


Agora além de confuso o homem parecia irritado


- Potter! Saia. Isso é um assunto de família!


- Não, Mark! Isso tem a ver com o Harry.


- Vocês já se conheciam? – perguntou o ministro


- Sim. – respondeu Harry


- Então por que não...por que não me....


- Por que não lhe contamos? Por que para isso teremos de explicar muitas outras coisas e acho que agora é o momento certo! – disse Hermione


- O que mais você escondeu de mim? – perguntou Mark irônico


- Meu nome – começou Hermione


- Nem seu nome é verdadeiro? Eu me casei com uma completa estranha!- interrompeu Mark indignado – Qual é seu verdadeiro nome?


- Hermione. Hermione Granger.


Mark olhou para os dois, na época em que Harry Potter liquidou Volmort saiu uma infinidade de matérias nos mais diferentes jornais, registro históricos, livros e tudo mais, e Mark lembrava-se de ter lido algo sobre uma amiga de Harry que morreu durante a batalha: Hermione Granger!


- Mas então, você...


- Depois da batalha a maioria dos envolvidos mudou de nome ou foi posto sobre a proteção do ministério. Eu como já tinha um cargo lá fui enviada em uma missão com o nome de Hermione Kilbert e foi assim que você me conheceu! Se eu me apresentasse com meu verdadeiro nome estragaria o disfarce e...


- Por que você não me contou depois do nosso casamento?


- Eu fiquei com medo que você não me entendesse... – disse Hermione   


- Mas como? Não entender o que ? – Mark estava branco pelo choque, ele e Hermione estavam casados há três anos e agora ele percebeu que não sabia nada sobre sua esposa.


- Mark – começou Hermione – Eu não fui apenas um membro da Ordem. Você sabe o foi à Ordem da Fênix?


- Sim. Continue. - disse o Ministro


- Eu e Harry, nós crescemos juntos. Ele sempre foi muito mais que um amigo para mim! Só que nós tivemos uma séria discussão há alguns anos, muito antes do nosso casamento. Na verdade eu cortei todas as relações com o meu passado.


Hermione segurou a mão de Harry, buscando apoio e esse fato não passou despercebido a Mark.


- Mas agora que alguém dessa época está tentando nos atingir é muito possível que a Ordem da Fênix tenha que voltar a agir, muitas pessoas terão que assumir suas verdadeiras identidades. Inclusive eu.


- Hermione? Você sabe quem estava tentado te atingir? – perguntou o Ministro


- Não.


- Mas você...Conte-me toda sua Historia, desde o começo.


Hermione respirou fundo e consentiu.


- Eu nasci trouxa, mas sempre soube da existência do mundo bruxo. Aos onze anos eu ingressei na escola de magia e bruxaria de Hogwarts e conheci Harry Potter.


Hermione virou-se para Harry


- Meu maior problema até hoje!


- Nós, ou melhor, Harry sempre se meteu em confusões e eu e Rony, que aliás foi meu primeiro marido...


- Eu pensei que você tivesse casado com um vizinho em...Esquece! Já vi que não sei nada sobre você!


- Me desculpe Mark, eu realmente não...  – Disse Hermione chateada


- Continue.


- No sétimo ano de Hogwarts. Bom, creio que a historia sobre a derrota de Voldemort você já conheça


- Sim, continue me contando sobre a sua vida.


- O único fato importante nessa época é que meus pais morreram em um ataque surpresa a sede da Ordem.


Hermione parou como se tentasse se lembrar daquela época, ou como se relutasse em falar.


- Depois...Um ano depois eu me casei com Ronald Weasley. Mas usava o nome de Hermione Kilbert, ninguém sabia que nós trabalhávamos para o ministério, eu como inominável e Rony como assistente dos julgamentos, ele foi responsável pelas condenações dos últimos Comensais da Morte que sobraram. Eu e o Harry fomos responsáveis pelas capturas, junto com os membros da ordem disfarçados.


Harry interrompeu Hermione.


- Com licença, mas daqui para frente eu acho melhor vocês continuarem sozinhos.


Mark concordou. Hermione relutou um pouco, mas acabou concordando. Harry saiu pela porta mergulhado nas lembranças mais dolorosas de seu passado, sabia o que viria a seguir. Agora Mione contaria a Mark sobre o fim de seu casamento e sobre a época em que eles perderam definitivamente o contato.


 Hermione voltou a contar sua vida de casada e seu trabalho, relutando em chegar a parte crucial da historia, a parte em que seu marido entenderia os verdadeiros motivos das diferenças entre ela a Harry.


- Mark, eu...eu vou lhe contar agora por que eu me divorciei de Rony, dois anos antes da gente se conhecer.


O ministro ouvia com atenção a história da esposa, era difícil assimilar em um dia que ele estava casado com uma completa estranha e que tinha muitos segredos para revelar. Agora ele entendia os sumiços repentinos e as viagens de Hermione na época em que eles namoravam, mas ainda faltava um detalhe. Onde as novas investidas dos Comensais se ligavam a ela? Com foi possível descobrirem a verdadeira identidade e uma inominável? Mais do que um assunto pessoal, este era um assunto para ser tratado com Potter, o Ministro da defesa e chefe dos Aurores. Agora Mark compreendeu por que Harry veio tratar pessoalmente da defesa e sua esposa!


Hermione voltou a narrar sua historia:


- Meu casamento com Rony ia de mal a pior, nós nunca nos entendemos! Foi tudo um caso de momento que infelizmente nós levamos a sério de mais. Oito meses depois nos já conversávamos sobre o divórcio. Finalmente nós decidimos nos distanciar por um tempo, eu estava arrasada e não conseguia fazer mais nada, não tinha mais ninguém com quem contar. Eu me sentia sozinha e... – Hermione parou de falar, as lágrimas que escorriam por seu rosto atrapalhavam a visão e as lembranças ainda eram como feriada abertas que nunca cicatrizaram.   


 Mark abraçou a esposa, estava tão comovido com o choro dela que preferiu ignorar o resto da história que tanto a machucava.


- Deixa pra lá!  Eu não quero saber mais nada, Hermione! – disse Mark – Eu conheci uma nova mulher hoje, uma mulher que eu amo tanto ou mais do que minha antiga esposa!


- Então você, você entendeu por que...


- Sim.


Hermione sorriu para ele e secou as lágrimas.


- Mas...mas agora eu tenho que te falar sobre....sobre....


- Eu não quero saber mais nada.


Hermione assentiu com a cabeça e se levantou.


 - Eu preciso conversar com o Harry agora. Nós precisamos esclarecer algumas coisas que ainda incomodam entre nós.


- Tudo bem. – disse o Ministro


Hermione saiu do quarto e procurou por Harry.


 


 

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