O Que Acontece no Fim



Na manhã seguinte, quando Hermione acordou, viu Snape sentado em uma poltrona, observando-a.
- Que foi? – perguntou ela com um sorriso.
- Estava só te olhando – disse ele. – Não sei quando vou poder fazer isso de novo e nem se vou poder fazer isso de novo.
Hermione levantou-se e foi abraçá-lo.
- Lembre-se sempre que eu te amo – disse ela. – Você pode esquecer quem é, mas não se esqueça isso.
Snape permitiu-se sorrir.
- Espero que suas aulas de oclumência funcionem... Embora eu ache que não vão funcionar nada...
- Não duvide de mim, Severo – disse ela.
Snape puxou-a, fazendo-a sentar-se no colo dele.
- Han... eu... eu te amo também – disse ele um pouco hesitante. Não se lembrava de já ter dito aquilo antes, era muito constrangedor.
Ela percebeu a confusão dele e disse:
- Não precisava me dizer isso, Severo... Eu já sabia – ela sorriu. – Eu acredito em você. E parece que você finalmente acreditou em mim...
Hermione beijou-o.

Durante todas as noites daquela semana, Hermione passou horas se concentrando única e exclusivamente em suas aulas de oclumência. Snape sabia que ela era uma aluna dedicada. A menina não fazia nada nas horas vagas que não fosse praticar oclumência. Ao final da primeira semana, Snape disse que iria avaliá-la. Deu a ela uma espécie de detenção, em que ela teria que se concentrar muito para fazer uma certa poção complicadíssima. Entraria na mente dela a qualquer momento, sem avisar.
Ele estava sendo o verdadeiro Snape, muito rígido, tal e qual um verdadeiro carrasco. Disse a ela que, se a poção não ficasse perfeita, ela teria que cumprir um castigo, que ele não disse qual era.
Aquilo, é claro, tinha como única função desconcentrar a garota, fazê-la tremer, errar tudo, mas Hermione era persistente. E estava determinada a alcançar seu objetivo.
Ela estava parecendo atingir uma concentração tal na poção, que parecia não ter mais ligações com o mundo exterior. Snape decidiu que era a hora certa. Pensou Legilimens, mas não viu nada. Nem uma única lembrança, nem um pensamento, nada. Olhou para Hermione. Aproximou-se dela bastante como que para olhar a poção. Ela não o notou. Ele outra vez fez o feitiço, mas outra vez não conseguiu ver nada. Sussurrou no ouvido dela em seu tom mais letal:
- Meus parabéns, Granger.
Ela teve um sobressalto e quase foi ao chão. Ele a segurou e deu um sorriso maroto.
- Calma – disse ele, no mesmo tom.
- Quer me matar de susto, professor?
Snape fez uma mesura.
- Nós estamos sozinhos – disse ele.
- Ah, eu sei – disse ela, séria. E olhou para sua poção. – Ah, acabei. Se tiver caído alguma coisa, a culpa é sua.
- Você deveria prestar atenção nos meus movimentos – disse ele, sério. – Tem que se concentrar em tudo.
- Ah, então você conseguiu entrar na minha mente? – ela pareceu desapontada. E perguntou em baixa voz, apenas para si mesma: - Mas o que eu fiz de errado? O que? Deve ter sido na hora de pôr o pó de casc...
- Eu não consegui entrar na sua mente – disse ele. – Mas você tem que estar pronta para sofrer um ataque a qualquer momento. Não pode se concentrar só em oclumência tendo o inimigo perto.
- Ah, então você pretendia me atacar – murmurou ela. – Tá, entendo que faz tempo que a gente não...
Ela começou a rir antes de terminar a frase; Snape permaneceu sério.
- Não tem graça – disse ele.
- Eu tava fazendo uma poção superavançada, Sevie, dá um desconto. Eu não vou estar fazendo uma poção superavançada quando o Voldemort vier.
- Não diga esse nome – ralhou ele. – Você quer tentar mais uma vez?
- Ah, não, eu consegui hoje – disse ela. – Vou deixar você pensando numa maneira melhor de me deixar em pânico só para ver se eu não consigo da próxima vez. Tchau, hein, boa noite. Sonhe comigo.
Ela fez menção de sair da sala, mas Snape segurou-a pelo braço e puxou-a para si com força.
- Você só estará liberada quanto eu autorizar, Granger – disse Snape sério. – E beijou-a.
Sem saber como conseguiu pensar em alguma coisa além de Hermione em seus braços, ele tentou entrar na mente dela naquele momento mesmo. Não conseguiu. E, quando as coisas estavam um pouco mais quentes, nem assim ele conseguiu ver nada do que se passava na cabeça dela. Desistiu, ao menos naquela noite.

Passou-se mais uma semana. O fim do prazo. Em nenhum dos dias daquela semana, em nenhuma circunstância, Snape conseguira ver os pensamentos de Hermione. Ele disse isso a ela. E ela comemorou.
- Nem o Dumbledore conseguiu ver a sua mente – disse Snape, no dia anterior ao do ataque final. Ou melhor, na noite, pois era depois do jantar.
Hermione olhou-o, um pouco surpresa:
- V-Você pediu ao... ao diretor que entrasse na minha mente? – perguntou ela.
- Claro. Se Dumbledore não conseguiu, o Lorde das Trevas não consegue. Pronto. Você ganhou.
Hermione deu um pulo e abraçou-o.
- Devia ter aprendido a não me desafiar, Sevie – sussurrou ela.
- É, eu devia. Fico... hum... satisfeito que você tenha conseguido.
Hermione olhou-o com um sorriso divertido.
- Tudo bem, Sevie, não precisa falar o que você não se sentir à vontade pra falar – ela disse calmamente. – Então... você vai lá amanhã de manhã e...
Ela não conseguiu terminar de falar. Sua garganta deu um nó apertado e ela sentiu lágrimas vindo aos seus olhos.
- Ah, não comece a chorar! – ele exclamou, aproximando-se dela.
Ele enxugou as lágrimas dela e beijou-a.
- Por favor, Severo, viva – ela sussurrou.
- Não posso prometer nada – ele disse, sério. – Mas vou me esforçar muito para voltar, está bem?
Hermione fez que sim com a cabeça e voltou a enxugar as lágrimas que insistiam em cair.

Passaram a noite juntos, claro, mas ela acordou e não viu Snape ao seu lado. E sabia para onde ele tinha ido. Levantou-se, se vestiu e olhou em volta.
- Por favor, Harry... mate logo o maldito Voldemort – ela murmurou.
Passou o dia inteiro na expectativa. E a noite seguinte. E assim foi durante dois dias seguidos. Todos em Hogwarts estavam apreensivos. A guerra terminaria. De um jeito ou de outro.
Até que uma coruja negra entrou no salão. Só Hermione reparara nela, pois havia muitas corujas entrando na hora do café da manhã. Todos aguardavam notícias do resultado da batalha, mas ninguém tão ansiosa quanto Hermione. Ela poderia perder tanto seu grande amigo quanto seu amor. E essa possibilidade a apavorava.
Mas aquela coruja... Ah, era a coruja de Snape!!! Temendo notícias ruins, mas ao mesmo tempo feliz por ver que Snape ainda vivia, ela pegou a carta que a coruja trazia.

“Minha Hermione,
Ainda estou vivo, como pode perceber. Nosso lado venceu. O Lorde das Trevas resistiu o máximo, mas os membros da Ordem estavam decididos a destruir esse grande mal.
O Potter conseguiu fazer o trabalho dele, por incrível que pareça.
No entanto, tenho um problema, no mínimo, sério. Sofri alguns feitiços não muito bons. Não estou em St. Mungus e não posso voltar à escola nesse estado. Não vou dizer a você onde estou porque – vou ser bem sincero – não acredito que eu vá viver.
Não me procure. Amo você, por isso quero que você siga a sua vida.
S.S.”

Enquanto lia a carta, Hermione sentia pontadas no coração. Não podia ser verdade. Não era.
- Notícias ruins, Mione? – perguntou Rony, ao notar o desespero da amiga.
- Não, não... – murmurou ela transtornada. – Nós vencemos. Mas...
Ela levantou-se.
- Ah, não, Severo Snape – ela murmurou para si mesma. – Não vai morrer não. Não vai brincar comigo desse jeito.
Hermione ignorou Rony completamente; correu para a torre comunal da Grifinória com toda a força que possuía nas pernas e entrou no quarto dos meninos sem nem olhar se tinha alguém lá dentro. Remexeu as coisas de Harry até achar o que queria: o Mapa do Maroto. Mas ouviu uma voz bem conhecida atrás de si:
- Ah, eu tinha certeza que você não ia me obedecer, Granger. Menos dez pontos para a Grifinória.
Hermione virou-se bruscamente e encarou um Snape visivelmente ferido, mas em pé, de braços cruzados, olhando para ela.
Ela sorriu aliviada.
- Da próxima vez que você fizer isso comigo, eu me encarrego de matá-lo, Sevie – ela disse.
Olhou para todos aqueles ferimentos e disse:
- Vamos. Tenho que cuidar de você... – ela aproximou-se dele e, abraçando-o, ajudou-o a andar. – Para a sua sala.
Tinha uma passagem secreta no quarto que levava a um dos corredores das masmorras. Foram por lá e chegaram logo à sala de Snape. Entraram e Hermione trancou a porta.
- Bom, vamos ver o que eu posso fazer por você – ela disse.
- Ah, eu sei me cuidar sozinho – ele disse. – Mas, talvez, acho que você pode vir aqui e arrumar um jeito de fazer eu me sentir melhor...
Hermione sorriu.
- Te amo – ela sussurrou, aproximando-se. – Te amo...
E beijou-o várias e várias vezes. E depois... bem, acho que é a hora de pular para o “Viveram felizes para sempre”....



AEWWWWW, GALERA, EU SEI QUE O FIM NÃO É BEM O QUE TODOS ESPERAVAM, PODIA SER MAIS ELABORADO, MAS ME DÊEM UM DESCONTO: É MINHA PRIMEIRA SS/HG....
BOM, SE ALGUÉM QUISER ME MANDAR ALGUMA COISA DIZENDO O QUE ACHOU, AGRADECEREI.
BJOSSSSSSSSSSSSSS
ANNINHA SNAPE




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