Guerra é Guerra
Capítulo 42: Guerra é Guerra
Estava decidida, não agüentava mais esconder a mentira. Mas não podia revelar a verdadeira identidade de Carlos. Desaparatou rapidamente onde poderia receber respostas, O Quartel General dos Comensais da Morte, Karen avistou Carlos ali sozinho.
-Karen! Você é louca? Não venha mais aqui... Estamos mudando o esconderijo. – disse Carlos rapidamente.
-Preciso que me explique direito o que me disse no ministério.
-Que parte?
-Tudo. O que querem com o Ministério?
-Dominar todos. Quando Voldemort voltar, ele vai dominar todo mundo e todos serão das trevas, não haverá nenhum Sangue-ruim na terra. É por isso que querem sua amiga. Nunca iam conseguir pegar a Granger dentro do ministério, ou seja, Pâmela é a mais vulnerável. Pâmela já está marcada para a morte.
-Como vou avisá-la? Já mandei várias cartas a ela, só que... Não há nenhuma resposta.
-Olha Karen, quanto o que acontece nos outros países, eu não posso lhe contar, pois não estou a par do que acontece por lá. Mas se souber de alguma informação, você vai ser a primeira, a saber. Agora escuta! Precisa ser rápida! Tem que mandar aurores pra cá e nos prender, antes que William faça o pior. Sabe onde nos encontrar. Se não agir rápido, William vai mudar seu esconderijo.
-Não posso prender vocês. Você vai acabar indo para Azkaban.
-Não tem problema. Eu mereço ir pra lá! Tenho certeza de que William vai acabar escapando, mas sozinho ele não conseguirá fazer o mal para as outras pessoas.
-E se acabar recrutando mais Comensais?
-Não serão fortes o bastante. Ele já recrutou os melhores e se forem presos, não sobrará ninguém que possa ajudá-lo com esse plano idiota de trazer Você-Sabe-Quem para o poder de novo.
-Acontece que não trabalho mais no Ministério.
-Conte ao Potter o que está acontecendo, ele vai acreditar em você.
-Vai acabar perguntando onde consegui essas informações. Eu não posso falar que tenho conversado com você ultimamente ou não se lembra que quase o matou?
-É por isso que falo tudo apenas para você. Diga qualquer coisa, sei que vai conseguir contornar essa situação.
Houve um barulho que os assustou.
-Vai! Devem estar chegando. Hey, Karen! Desculpe ter te beijado no...
-Esquece isso! Tenha cuidado. – disse antes de desaparatar.
-Você precisa de mais. - sussurrou.
-Conversava com quem, Carlos? – perguntou uma voz fria as suas costas.
-Com ninguém! – respondeu firmemente.
William pareceu desconfiado, mas não disse mais nenhuma palavra.
-Não vamos mais nos reunir aqui.
-E pra onde vamos?
-Você não vai descobrir agora. Quando souber que posso confiar em você... Saberá o lugar certo.
-Desconfiado de mim por quê?
-Por nada, não preciso confiar tudo a você.
****
Era véspera do natal e toda a família Weasley estava reunida com, é claro, os Potter. Todos estavam presentes na grande ceia de Natal. Karen ajudava com a decoração da casa, onde havia sido posto pelo Sr. Weasley uma enorme mesa. A Sra. Weasley e Gina preparavam os pratos tradicionais de natal, quando Harry e Rony aparataram.
-Bela decoração. – elogiou Harry
-É mesmo, não é a toa que Karen tenha feito à decoração da casa de vocês.
-Obrigada! – disse Karen agradecendo com uma reverência. Karen, que até agora estava de costas, virou-se para olhar o marido e o amigo. Harry estava muito sexy a encarando, com um blazer preto e calças jeans. Rony também usava blazer, porém azul marinho. – Vocês demoraram.
-Harry nos atrasou, pra varia. – Rony revirou os olhos. – Cadê a Hermione?
-Subiu agora a pouco. – respondeu sorrindo, Harry ainda a encarava sem ela perceber.
Rony sorriu para os dois subindo as escadas. Ainda conseguiram ouvir Rony gritando: “E aí gente boa?!” e a Sra. Weasley responder algo em reprovação.
Karen balançou a cabeça sorrindo e virou-se voltando a decorar a lareira com faixas vermelhas e douradas, esquecendo-se de Harry, que se aproximou dela com as mãos nos bolsos da calça. Ainda distraída, Karen arrepiou-se ao sentir a mãos de Harry em sua cintura.
-Você está linda, como sempre. – sussurrou ele no ouvido dela.
-Eu nem estou pronta.
-Não importa. E eu? – perguntou ele dando uma voltinha.
Karen fingiu desdém.
-Dá pro gasto.
-hahahaha você não precisa me provocar, porque eu já sou louco por você e sei perfeitamente que você me acha gostoso.
-Convencido você, hein. – Karen riu baixinho, enquanto Harry a beijava de leve no pescoço. - Harry, pára tem muita gente aqui. Luna! Neville! – Karen correu para abraçar Luna e Neville que haviam acabado de entrar cobertos de neve.
Harry bufou.
-E aí, Harry como vai? – perguntou Neville apertando sua mão.
-Ótimo! – respondeu ele.
-Vem, Harry, você não cumprimentou os outros. – disse puxando-o para a cozinha.
Harry deixou Luna e Neville irem primeiro, então puxou Karen pelo braço.
-Karen! – ela virou para ele. – Eu te amo!
Sorrindo ela disse:
-Eu também, Harry! – e aproximou-se mais dele para beijá-lo. Mas antes que seus lábios se encontrassem as crianças desceram correndo da escada com a Sra. Weasley em seus calcanhares.
-Harry, querido! – ela veio para abraça-lo – Você fica cada vez mais alto. – Harry sorriu após desvencilhar-se dela. – Karen, ficou linda a decoração! – disse ela observando o local. – Pode me ajudar com o jantar.
-Claro! – sorriu, roubando um selinho de Harry.
-Isso não termina aqui. – sussurrou ele no ouvido dela para que a Sra. Weasley não ouvisse.
Karen riu.
Fred e Jorge e suas famílias chegaram um pouco depois. Os quatro filhos de cada um correram em direção a Andrew e Carolyn que brincavam a um canto com Billy Junior, o mais novo mascote de Andrew. Sozinho, como sempre, Carlinhos, chegou abraçando a todos. Gui e Fleur, também não tardaram a chegar com os filhos, mas somente quando Lupin, Tonks, Kingsley, Olho – Tonto e Hagrid chegaram foi que a Sra. Weasley serviu a enorme ceia.
-Cadê a Karen? – perguntou Harry.
-Subiu. É melhor esperar Harry. – respondeu Hermione.
No momento seguinte, Harry avistou Karen descendo as escadas, então se sentou ao seu lado.
-Está linda!
-Obrigado. – sorriu.
Hagrid bateu com o garfo na taça para chamar à atenção de todos, quebraram a taça ao meio. Hermione lançou um feitiço que a deixou novinha em folha.
-Queria dedicar esse brinde a Família Potter que enfim voltou a passar o natal conosco depois de muitos anos separados. Estou contente por vocês meninos. – disse o Sr. Weasley.
Carolyn, Harry e Karen sorriram um para o outro, enquanto todos brindavam.
-Vovó, será que dá pra servir logo, estou com fome. – disse o filho mais novo de Fred.
Todos riram até alguém gritar: “Devia ser mesmo filho do Fred” arrancando mais risadas.
Riram, conversaram e desfrutaram da saborosa refeição que fora preparada para a ocasião, até não agüentarem. Karen sentiu um calafrio, enquanto observava Carolyn subir junto com os outros para o quarto.
-Ta tudo bem? – perguntou Harry.
-Tudo ótimo. – falou receosa.
****
-Então hora dos presentes! – disse a Sra. Weasley levantando junto com os outros. Agitou a varinha sobre a mesa e os pratos da sobremesa sumiram colocando no lugar vários pacotes de presentes sobre ela.
-Então, Fred, Jorge, Gui, Arthur, Fleur, Carlinhos, Samantha, Giovana, Rony, Hermione, Harry e Karen. – dizia a Sra. Weasley enquanto alcançava para cada um o presente. –Ah! Neville e Luna! Pronto!
Lupin, Tonks e Hagrid também ganharam algo. Kingsley e Olho – tonto já haviam ido embora.
Ninguém reclamou do seu presente, exceto Rony que fez cara feia ao descobrir que ganhara um suéter, outra vez.
Karen olhou para todos um tanto quanto triste e levantou da mesa.
-Obrigado pelo presente Sra. Weasley – agradeceu ela forçando um sorriso. – Boa Noite!
E correu para cima, deixando todos sem entender.
-Com licença. – disse Harry correndo atrás dela.
Ao abrir a porta do quarto, logo constatou de que Karen não estava lá, até vê-la sentada observando os flocos de neve que caíam sobre o parapeito da janela. Harry pousou a capa que ganhar sobre a cama.
-O que aconteceu? – perguntou devagar. – Você ta bem?
-Eu não sei. – respondeu ela sem se virar. – Mas... Senti algo estranho... Um aperto no peito. Lembrei da Pâmela. Costumávamos passar o natal juntas. Cadê ela Harry? – então se virou pra ele, havia lágrimas em seus olhos.
Ele apenas balançou a cabeça. Num forte impulso Harry correu para abraçá-la, mas em vez disso Karen lhe roubou um beijo molhado. Ele a deitou sobre ela na cama e como da primeira vez, eles se amaram.
****
-Onde ela costumava guardar o livro? – perguntou William. Lançando a Maldição Cruciatus sobre Pâmela que gritava e chorava desesperadamente. Cleber já estava morto e jazia a alguns centímetros dela. A casa que dividia com Cleber nos Estados Unidos estava destruída pela luta que os dois travaram para não deixarem serem capturados pelos Comensais da Morte.
Pâmela parou de gritar arfante.
-Karen nunca me disse onde guardava o livro... Nem mesmo ela sabe onde fica... O livro só aparece quando ela realmente precisa dele. – esbravejou ela de uma vez só.
William agachou-se próximo a ela.
-Talvez você não saiba. Mas tenho conhecimento dessas informações. – disse divertido.
Ela continuava chorando baixinho.
-Na verdade, só precisa acordar a sua amiga para a realidade. Guerra é guerra e ela precisa entender isso.
Ela olhava horrorizada para ele. Ele levantou sacando a varinha.
-Avada Kedavra! – disse calmamente e o jato de luz verde a atingiu no rosto.
****
No mesmo instante, Karen acordou assustada e ofegante. Harry acabou acordando também, com a rapidez que Karen procurava suas vestes pelo chão.
-Karen, o que houve?
-Pâmela foi morta! – disse ela chorando.
-O que? Como sabe? – perguntou sem entender nada.
-Eu senti Harry!
Harry deu uma risadinha fraca e deitou-se para voltar a dormir.
-Você enlouqueceu.
-Harry, você precisa ir comigo! – dizia apavorada.
-Pra onde? – perguntou com a cabeça enterrada no travesseiro.
-Pros Estados Unidos. É sério, você tem que acreditar em mim!
-Você anda meio paranóica ultimamente, sério Karen. Tudo bem que ela é a sua melhor amiga, mas só porque ela não passou o natal com você, não quer dizer que ela vai morrer de repente e você vai sentir isso a milhões de distância.
-Eu nunca lhe contaria uma coisa dessas se não fosse tudo tão real.
-Então quer dizer que sonhou? – Harry levantou uma sobrancelha.
-Harry, você ridículo! Obrigado por me deixar numa hora dessas.
-Karen, não é isso! – e a porta se fechou com estrondo.
Quando chegou à cozinha todos a olharam com olhares tristes. A Sra. Weasley a abraçou com ternura e só então Karen percebeu a presença de Kingsley ali. Harry desceu rapidamente as escadas atrás dela encontrando todos daquela maneira.
-Eu lhe disse que estava certa Harry! – Gritou ela chorando, subindo as escadas logo em seguida.
Harry ficou aguardando alguém que lhe respondesse sua pergunta silenciosa.
-O Profeta Diário publicou hoje de manhã. – disse Rony.
-Pâmela foi mesmo morta?
Ninguém respondeu.
-Como descobriram tão depressa?
-Era isso que William queria. Ele queria que Karen fosse à primeira, a saber. – respondeu Kingsley.
Harry lembrou das suspeitas ou talvez certezas de Karen, que talvez Fudge estivesse sendo manipulado por William, por alguma razão e que Fudge tivesse dado essa informação ao profeta.
-Cleber também foi morto. Deixaram a casa em ruínas. Como moravam numa comunidade bruxa, os Comensais da Morte não tiveram o trabalho de deixá-la como a acharam. – Dizia Kingsley - Foram torturados para contarem informações sobre o livro e Karen.
-A Marca Negra pairava sobre a casa quando os corpos foram encontrados. - Leu Hermione no jornal.
-Também nem precisava, os vizinhos já tinham ouvido toda a agitação. – comentou Rony.
-Karen disse que sonhou com isso. – disse Harry. O Sr. e a Sra. Weasley, Rony, Hermione e Kingsley o olharam. – Queria que fossemos para os Estados Unidos verificar se haviam sido ou não assassinados. Ela se zangou comigo porque não acreditei. – Estava transtornado, era fato. – É melhor falar com ela.
-Não Harry, deixa que eu converse com ela. – disse Hermione levantando-se.
N/A: oooi =P Bom, realmente nada a declarar. Apenas que a Pâmela estava predestinada a morrer desde o ínicio dessa 2ª parte. Sinto muito por quem gostava dela, mas era necessário. Era melhor morrer um personagem meu do que um personagem já criado, naum acham?! Obrigado por lerem e comentem, realmente quero saber se estão gostando... PLEASEE! ;~~ Beijãooo ;***
P.S: Semana que vem capítulo 43! :D
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