Castigo, oh vida cruel!
CAPITULO TRÊS
30/08
QUARTA
Eu não acredito que estou trancada nesse quarto, em plena oito horas da noite. Tudo culpa daquela cara de buldogue imbecil, e da Narcisa (não chamo mais ela de tia. Bruxa). Sim, não estou exagerando. Aquela comensal com cara de mulher afogada. Como já disse estou e castigo. De verdade. Castigada por causa de uma coisa que eu nem fiz, não que eu não tivesse vontade de ter feito, mas aquela anta, nem precisa de ajuda para se estrepar.
Antes que de falar sobre o meu castigo, tenho que dizer sobre a minha convivência aqui. Nem preciso dizer a “sorte” que eu tenho. Primeiro, ter o azar de ter que passar o resto das férias na casa de um primo que não vejo a anos, mesmo ele sendo um gatinho. Segundo, conhecer seus amigos, um, que tem titica no lugar do cérebro, a outra com cara de buldogue, fresca, e chata. Terceiro, ser castigada injustamente, o que é um cúmulo.
Retrospectiva básica...
Acordei, tomei banho e depois desci. Achei o povo tomando café (eles são ao educados). Tenho que dizer que a mesa tava farta, e eu, com uma fome de leão. Sentei sem dizer uma palavra. Narcisa não estava, e mais tarde fui informada que estava resolvendo assuntos, e não estaria no almoço. Não poderia ter acontecido coisa melhor. Bagunça o dia todo. O resto do café foi silencioso, e estava ficando muito chato mesmo!
-O que a gente vai fazer hoje? – tentei começar uma conversa.
-Podemos dar uma volta no bosque (ele quis dizer a floresta Amazônica que ele tem atrás da casa).
Terminamos o café, e saímos. O sol era de rachar (e chegou o verão), mas você sabe como eu sou um doce de pessoa que consegue se controlar, né?
-Grande idéia essa de vir ao jardim... quem sabe assim vocês não se tornam pessoas de verdade. (ah... foi uma vã tentativa de falar que eles eram tão pálidos quanto fantasmas, mas, eles não entenderam. Tudo bem, eu não sou negona, mas não tenho cara de parede pintada de branco. Eles parecem vampiros. Mas não sacaram, sabe, retardados, e eu que sou a burra da história).
Olharam-me sem entender, eu apenas dei de ombros. Começamos a andar, e paramos em uma clareira muito bonita. Com flores, árvores frutíferas, pedras. Sentei-me em uma das pedras, deitei na verdade, estava muito cansada. Eles se espalharam pela clareira. Ficaram em silencio novamente. Eu sei que apreciar os momentos de tranqüilidade é maravilhoso, mas estava cansando todo aquele silêncio. A minha paciência, que já não é muita, começou a desaparecer, e fui obrigada a fazer alguma coisa para animar, ou seja, cantar. Como não sabia a letra em inglês, mandei tudo para aquele lugar e cantei em espanhol mesmo.
- No soy mujer de las que creen, que entienden lo que es sentirse bien o mal
nunca entender las palabras que te digan cosas sin lastimarte...
-Ou, será que dá para calar a boca?- disse Blaise.
-Não.
Comecei a cantar mais alto. (Ai como eu sou insistente).
-SÉ QUE NO ES FÁCIL, HACER LO QUE QUIERO SIN IMPORTARME, PUEDE SER PARTE DE MÍ, DÉJAME IR O SERÁ MUY TARDE.
-Merlin, me de paciência - a voz estridente de Pansy ecoou nos meus ouvidos.
- NO TE PIDO PERDÓN, PUES SÉ QUE FUE TU ERROR, ÁMAME, DÉJAME, BÚSCAME PERO DÉJAME SEGUIR... COMO É?
Agora imagine a cena: eu, de pé na pedra, como se tivesse um público, cantando e dançando.
-Y dónde queda la parte de mi que nunca sabe hacia donde ir, si me equivoco, solo ámame, déjame, búscame, quédate, hasta que regrese a ti, Y donde queda la parte de mi, que nunca ha dado el corazón por ti, no me entiendas, solo ámame, déjame, búscame, quédate, porque santa nunca fui.[/]
Deve ter baixado o santo em mim naquela hora, sei lá, quando eu vi, já estava dando um show, um show MESMO.
[i]- No soy mujer, de las que ven y julzan todo tan solo con mirar, no soy igual que las demás que quieren las cosas que no les puedes dar.
Eles me olhavam assustados. Ta, eu devia estar parecendo uma doida, mas e dai?
- Ven y ayúdame a sentir, que no nesesito ya de nadie más y asi, no me mates la verdad, pues no soy igual, pero santa nunca fui.
Draco revirou os olhos, Pansy fez cara de nojo (idiota), e Blaise riu. Riu não, gargalhou. Parei de cantar e corei fortemente.
-Ué, por que parou? – perguntou Blaise aos risos.
-Imbecil.
Sentei-me na pedra. Comecei a balançar a perna no ritmo da música, mas sem cantá-la.
-O que vamos fazer?Ficar o dia todo aqui?
Ninguém respondeu. Às vezes eu acho que é a falta de oxigenação do cérebro deles.
-Vocês sabem historias de terror?
Todos se viraram para mim
-O que?- perguntou Draco.
-Historia de terror, monstros, gritos, sangue...- Blaise começou a contar nos dedos.
-Ah, não – reclamou Pansy manhosa.
-Eu gosto de historias de terror - disse Draco.
-Bem, eu conheço uma, que aconteceu a...
Um trovão caiu repentinamente, revelando algumas gotas de chuvas. O trovão assustou Pansy, que saiu correndo apavorada. Isso significava que ela tinha medo. Ótimo. Corremos para dentro da casa, e ficamos na biblioteca, que estava escura e sombria, ou seja, o lugar perfeito para se contar historias de terror. Conjuramos algumas almofadas fofas, e nos sentamos no tapete.
-Essa história se chama A Máscara da Morte Vermelha.
Pansy segurou o braço de Draco forte. Coitada da buldogue.
- Por um longo tempo, a Morte Vermelha se instalou por toda parte na Inglaterra. Nunca ouve uma praga tão intensa quanto essa. Primeiro você sentia como se seu estômago estivesse em chamas, depois, tudo começava a girar em sua cabeça, dando voltas e voltas, aí você começava a sangrar por todas as partes do seu corpo. Depois de meia hora, você estava morto. Um príncipe chamado Prospero, muito alegre e inteligente...
-Prospero? – indagou Pansy.
Suspirei para não matar aquela loira aguada.
-É Pansy, Prospero.
-Ah.
-Um príncipe chamado Prospero, muito alegre e inteligente, decidiu que poderia driblar a doença. Decidiu então que convidaria seus melhores amigos para se refugiarem em um de seus inúmeros castelos. Os amigos ficaram maravilhados, pois não queriam morrer de forma tão horrenda. O Príncipe então providenciou comida para mais de um ano, e depois que todos já estavam muito bem acomodados, trancou os portões do castelo e jogou a chave no lago que havia ao redor deste. As pessoas dentro do castelo logo se esqueceram da praga, pois estavam rodeados de músicos, dançarinos, beleza, vinho e muitas outras coisas mais. Depois de cinco meses, o príncipe decidiu dar uma festa para deixar todos felizes. Um baile de máscaras. A festa aconteceu na mais nova parte do castelo, em sete salas que ele nunca havia usado. Eram salas enormes, que se separavam por arcos, e cada sala possuía uma cor diferente. A primeira era azul, e tudo que continha nela também, incluindo os vidros da janela. A segunda roxa, a terceira verde, a quarta laranja, a quinta branca, a sexta amarela e a sétima, completamente preta, porém os vidros da janela eram de um profundo vermelho que lembrava sangue. Na sétima sala não havia nenhuma lâmpada, sendo iluminada pela luz do luar que atravessava cada janela. Do lado de fora das janelas de cada sala, havia uma chama que cobria, as pessoas que ali estavam com variadas cores brilhantes e bonitas, porém, na última sala, as chamas davam um aspecto horrível as pessoas. Como se elas fossem selvagens. Somente os mais corajosos se atreviam a entrar lá. Um grande relógio, preso na mais alta parede da sala negra, fazia um estranho e sutil badalar, porém, quando o ponteiro dos minutos encostava-se ao doze, o relógio fazia um barulho tão forte, tão profundo, tão claro, tão estranhamente musical que os musicistas paravam de tocar e as pessoas paravam de dançar só para ouvi-lo...
-Ai, para!- disse Pansy com as mãos no ouvido. Eu sabia que ela era medrosa, mas não tanto.
-Tudo bem, eu paro.
-Não Stacy, continua - disse Blaise.
Se eu fosse uma pessoa boazinha eu teria parado, mas como a cara de medo da loira estava me matando de rir, decidi continuar. Nada me fez mais alegre do que Pansy Parkinson chorando de medo. HUAHUAHUAHUA (risada maligna).
-Enquanto eles ouviam ao som, algumas pessoas ficavam pálidas, outras colocavam a mão na cabeça surpresos, como se estivessem sonhando acordados, outros ficavam tontos... E quando o som acabava, um estranho silêncio se apoderava do local. De repente, graves risadas começavam a quebrar o silêncio. Os músicos se entreolhavam sorrindo, prometendo que na próxima vez não seriam tão estúpidos, e não iriam deixar de tocar para ouvir um som qualquer. Porém, seiscentos segundos depois, o relógio fez o mesmo o som, tudo parou, as pessoas ficaram estranhas, depois o silêncio, as risadas, os sorrisos e as promessas... Tudo aconteceu novamente. Deixando esse fato de lado, era uma festa maravilhosa. Pode-se dizer que o príncipe era um ótimo decorador, e soube escolher as cores muito bem. Porém, não fora apenas à decoração que Prospero havia escolhido, tudo o que as pessoas estavam vestindo havia sido escolhido por ele. Durante a dança, as pessoas mudavam-se de sala, e o brilho do luar através da janela, combinado com a cor das vidraças transformava as cores das roupas das pessoas, dando-lhes um toque sublime. A única sala que se encontrava parcialmente vazia era a última, com suas janelas cor de sangue. O relógio bateu novamente, e todos fizeram o que prometeram não fazer. E assim continuou-se a festa. Sexta, sétima, oitava... Décima, décima primeira badalada, e tudo se repetia. Porém na décima segunda badalada, algo diferente aconteceu. Enquanto as pessoas passavam pela estranha vertigem, uma figura encapuzada e com uma máscara de caveira adentrou a primeira sala. Os demais convidados ficaram intrigados, como essa pessoa poderia ter adentrado no castelo se este tinha sido fechado e as chaves jogadas fora? Todos sabiam que este não havia sido convidado, a final, o príncipe não escolheria uma fantasia como aquela, não para seu baile de máscaras. Prospero ficou muito bravo, pois além de estar usando uma roupa muito feia, não havia sido convidado. Ele com uma raiva profunda pegou uma adaga, que fazia parte da decoração, e foi se aproximando do sujeito encapuzado. Os convidados ficaram meio receosos mais observavam a cena com muita atenção enquanto tocava as badaladas. Prospero chegou muito próximo ao sujeito encapuzado, olhou diretamente nos olhos dele e... deu um Grito Horrendo de dor, caiu com o rosto virado para cima, e o rosto estava cheio de sangue, pois era a única parte do corpo que se podia ver, a máscara havia voado metros de distancia também coberta de sangue. Os convidados se puseram em choque e revolta, fazendo com que vários pegassem espadas e adagas e correndo em direção ao encapuzado, e este deixou as pessoas tirarem sua máscara. E não havia nada debaixo da máscara.
Coloquei a minha voz mais grave e mais arrastada, ver a buldogue agarrando meu primo morrendo de medo era muito bom.
A roupa do encapuzado caiu no chão e um grito agudo e fino vinha da última sala. Os mais próximos do encapuzado começaram a gritar de dor e cair no chão com o rosto todo ensangüentado, e assim se repetindo com os mais próximos e o grito fino continuava a ensurdecer as pessoas, que apavoradas corriam para o mais longe das vítimas como se fosse adiantar algo. Mais nada adiantava iam morrendo todas as pessoas. Então a última pessoa caiu com o rosto sangrando dentro da sétima sala. A última Vela se apagou na última sala. E a última badalada do relógio soou. E o grito fino terminou. E uma risada ecoou passando como um fantasma até a última pessoa morta e se foi.
Pansy estava agarrada ao pescoço de Draco, com os olhos fechados. Nunca vi uma pessoa tão medrosa, eu tive que rir. Você sabe como desgraça pouca é bobagem não? Eu tentei, juro que tentei, mas não resisti. Com toda à vontade do mundo, dei um tapa na perna da garota que deu um grito ensurdecedor. Será que ela se assustou, será?
-Você tem problema garota?- eu fingi indignação colocando minhas mãos nos ouvidos - eu quase fiquei surda!
Eu sei, eu sei. Eu sou uma cara de pau sem tamanho, mas eu não pude segurar a vontade de me fazer de vítima. Depois que a buldogue descobriu que tudo não passava de uma brincadeira, me olhou feio.
-SUA IDIOTA!
A essa altura minha audição já estava comprometida, a louca saiu batendo o pé, sem deixar a pose, é lógico. Ri em um descontrole total, rolando no chão feito louca, mas parecia que nenhum dos dois tinha visto graça.
-Não sei por que você esta rindo. Parece uma doida varrida – reclamou Draco.
Mostrei o dedo (esse mesmo) para os dois e me levantei.
-Tapados.
Sai da biblioteca. Povo sem graça, vai entender essa raça. AFF. Mas não perdi meu tempo com aberrações feito eles. Fui para o meu quarto, afinal era o que eu mais fazia nesses dias, peguei meu DVD portátil (é, eu trouxe), e coloquei o show do Simple Plan. O que? Você não achou que eu só gosto de Rebelde achou? Eu gosto de muitas outras bandas, mas nada que se diga “nossa como eu sou eclética”. Curto Simple Plan (trouxa), um pouco de As Esquisitonas, Avril (trouxa)... É, a maioria são trouxas, simplesmente porque não há bruxo que cante decentemente (como se eu cantasse alguma coisa). Ouvi até não querer mais. A fome começou a apertar, ainda eram dez horas, mas mesmo assim... Juntar fome com vontade de comer, você me entende. Desci correndo para a cozinha, para ver se tinha alguma coisa de comer. Ao chegar, vi alguns elfos preparando o jantar, todos me olharam mal encarados.
-Podemos ajudar, senhorita Malfoy?- perguntou um dos elfos.
-Não, acho que se confundiu, é Boston e não Malfoy. – disse com desdém.
-É da família. E tenho certeza que concorda comigo, que Boston não é lá grande coisa.
Aquela foi à gota d’água. Quem aquele elfo pensou que era para falar assim do meu sobrenome? Eu não tenho nada contra elfos, acho um absurdo às condições em que eles vivem, mas aquilo foi demais.
-Pois fique você sabendo que Boston é muito melhor que essa porcaria de Malfoy!
-Mas...
-NEM MAIS, NEM MEIO MAIS. – estourei, afinal ele estava falando da minha família, e uma coisa que eu não admito é que mexam com a minha família.
-Pois que seja – disse o elfo voltando aos seus afazeres.
Alguns elfos pedem para serem tratados mal, não é possível.
-Deseja alguma coisa, senhorita? – me virei e vi uma elfa, bem bonitinha, mesmo que toda suja devido à poeira.
-Oh, eu queria algo para comer, sabe, se não for incomodo?
-Claro que não – disse ela alegre – já trago algo, sente-se menina Stacy.
Ela entrou em uma pequena porta na parede enquanto eu sentava. Observei ao redor, e percebi que ali não era um lugar que se diga pobre. Toda a parede em prata (pode? Bem, analisemos... Estamos falando dos Malfoy. É, pode.), a decoração composta de quadros e estátuas... Tudo muito refinado.
-Aqui está, quer que leve para a senhorita?
-Oh, não, eu mesma levo.
Peguei a bandeja e agradeci, depois fui para o meu quarto, onde comi os bolinhos e tomei o suco, que por sinal estava uma delicia. Quando terminei levei a bandeja de volta, mas estranhei a casa estar tão silenciosa. Onde estava todo mundo? Dei de ombros, afinal não me importava
-Que morram – sussurrei enquanto andava em direção ao quarto
Entrei e me joguei na cama. Estava ficando com sono, e o dia parecia não passar.
Coloquei Rebelde (novidade) em meu diskman e tentei relaxar. Depois do que pareceu ser horas parei de ouvir e fui pra baixo. E adivinha, todos já tinham almoçado e nem me chamaram. Ás vezes eu gostaria de ter uma faca para arrancar a cabeça deles.
A Narcisa (não vou chamar ela de tia a partir de agora, aquela cobra Albina), não estava e os bonitinhos nem lembraram da tonta aqui. Que se f***, não tava a fim de almoçar junto com eles mesmo. Na verdade, nem comi para ser mais exata. Já que depois de tantos bolinhos, se eu comece mais virava uma bola. Joguei-me no sofá e fiquei olhando para o nada, e me bateu um sono. E quando me dei conta dormi. Acordei eram seis horas. SEIS HORAS! Eu tinha dormido a tarde toda. Bem, melhor pra mim. Fui para o quarto e tomei um banho rápido, para jantar. Desci e só a cachorra da Parkinson estava na mesa.
-Antes que pergunte, os garotos saíram e disseram que poderíamos jantar, assim me poupe de ouvir a sua voz irritante.
Levantei a sobrancelha. A garota tava mesmo brava comigo. Depois de todo aquele escândalo infantil (minha atitude também não foi muito adulta, mas...) ela estava brava comigo. E eu com isso? Sentei no outro lado da mesa, para ficar o mais longe dessa cobra “lora”. Mal toquei na comida. O sono, ao invés de me dar fome, a tirou, mas eu estava com uma sede incrível. Tenho que dizer que a Parkinson parecia bastante incomodada com a minha presença, como se eu fosse um tipo de verme e fosse lhe passar alguma doença. Garotinha nojenta essa, não? Estava pronta para sair da mesa, quando um vento forte (da onde ele veio eu não sei), entrou na sala e apagou todas as velas. Confesso que deu medo. Não tenho medo de escuro nem nada, mas aquela casa, na verdade castelo, era sombrio. Sei lá, parecendo que a qualquer momento pode aparecer Voldemort em pessoa, saindo de dentro de um dos armários e te pegar. Credo! Ouvi Pansy gemer, e uma coisa me passou pela cabeça. Por que não lhe pregar uma peça?
Então fingi medo.
-Pansy... Pansy você está ai?
-Aham – Respondeu com a voz fraca. Eu pude sentir seu receio.
Bem, com medo ela tava, então só precisava de uma idéia.
-Sua varinha está ai?
-Não, está no quarto.
-Vamos lá comigo... Sabe, tá escuro...
-Ah, Boston, você, a senhorita coragem, com medo do escuro?
Fiquei em silencio, me segurando para não rir.
-É que...
-Ah, pelo amor de Salazar, fala sério – tentou falar corajosa.
Levantei-me arrastando a cadeira, Pansy gemeu de medo mais uma vez. Dei alguns passos, mas parei.
-Você vem comigo ou não “Pansy” – perguntei com um pouco de sarcasmo.
Outro barulho de cadeira arrastando.
-Claro que vou Stacy querida... Não sou medrosa como você...
Balancei os braços a fim de achar algo conhecido e torcendo para não quebrar nada, quando bati na imbecil
-Ai!
-Vem!
Subimos as escadas. Em cima estava mais escuro do que em baixo, e logo dei um jeito de me separar dela. Eu conseguia ver seu vulto, por causa da luz do luar, mas a tonta parecia que não tinha percebido.
-Stacy...? – perguntou com medo – Stacy, você tá ai?
Como adoro aquela casa por causa do eco.
-AQUI!
Deu impressão que eu estava em baixo, e assim, ela se virou para descer as escadas, nessa hora, ataquei. Cheguei mais perto, e puis o meu lado dublador para funcionar. Sussurrei em um tom rouco e assustador.
-“A morte pode estar mais perto que imagina”
Ela deu um grito, e anta como só ela (sem ofensa anta), se desequilibrou e caiu, rolando as escadas. Se não fosse a situação, eu morreria de rir. A luz foi acesa, e pude ver Pansy no chão, desacordada.”Pronto, matei a buldogue” pensei. Olhei para porta, e vi Draco, Blaise e Narcisa. Foi aí que tudo desmoronou.
-OH, Droga!
Os três correram até a loira, e eu desci as escadas. Eles a balançaram, mas a garota, fingia estar desacordada, e muito mal fingido, diga-se de passagem.
-O que aconteceu?- Draco perguntou.
-Ela deve ter escorregado e caído – disse Blaise.
-Stacy... Ela... Empurrou-me...
Nessa hora meu rosto ficou mais vermelho que pimenta. Como ela pode? Se bem que... Alô, ela é Pansy Parkinson, faria tudo para me colocar em maus lençóis.
-O QUE?
Gritou Narcisa. Sim, gritou. Mesmo parecendo mais calma que o Papa, ela gritou, se é que aquilo pode ser considerado um grito.
-Não... mas...
-Stacy, que brincadeira sem graça é essa? Você ficou doida? Poderia ter matado a menina.
-Mas...
-NEM MEIO MAS! A senhorita está de castigo. Não sai do quarto até segunda ordem.
-VOCÊ NÃO É MINHA MÃE PARA ME COLOCAR DE CASTIGO, SUA COMENSAL IMBECIL!
Bem, não foi exatamente isso que eu disse, mas foi quase.
-Está bem, tia.
O que você esperava? Que eu gritasse com ela? E se ela me mandasse um Crucius ou qualquer coisa parecida? Era meu corpo que estaria sendo contorcido. Suspirei e subi para o meu quarto. Fiz questão de bater a porta o mais alto possível (tá, eu tentei quebrar a porta, mas isso fica á parte do conhecimento deles). Caramba. Fui acusada por algo que não houve minha intervenção direta, e ainda por cima fico de castigo? Mas é INJUSTIÇA AO QUADRADO. Fala sério. AFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF!
E sem comentários quanto aos meus AF´s. Agora eu vou parar e voltar a curtir meu castigo, mas eu já aviso que isso não vai ficar assim. Aquela loura aguada vai pagar muito caro por isso, a vai.
N/A:Então, o que vcs acharam? He,he,he. Bem, demorou, mas veio. Tá ai, quero comentários. Muitos. E dessa vez muito mesmo. Beijos
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