Epílogo, parteI
Tinha sido um casamento duplo, Thiago estava num paletó preto com um colete escuro que combinava com seus olhos, Lily estava num vestido branco com belas esmeraldas no colar. Sirius estava com um paletó alugado e colete azul-marinho que ressaltava suas belas faces e Tina estava num vestido rosa-bebê que tinha um corpete bem justo até a cintura e depois soltava em camadas. Estavam exuberantes. Corine vestia um vestido prateado que combinava loucamente com seus olhos, ela sorria, jogando pétalas de rosas para todos os lados.
Passou um ano, Tina e Sirius tiveram um filho, Peter, o menino tinha os olhos da mãe e os cabelos e a estrutura óssea do pai, era muito risonho e se dava as mil maravilhas com a tia, que agora era extremamente feliz.
-Hey pestinha! Que idéia é essa de tacar papinha na minha cara? Corine exclamou, brincalhona, enquanto Peter gargalhava às suas custas.
-Ah, seu moleque! Você ficou todo sujo, vamos tomar banho antes que a mamãe chegue do trabalho e brigue com a titia, vamos.
Subiram e chegaram num banheiro onde a banheira tinha sereias nadando no fundo e a cortina era de hipogrifos voando.
Corine encheu a banheira magicamente e uma espuma confortável e morna foi aparecendo na superfície da água.
-“Samba crioula, que veio da Bahia, pega a criança e joga na bacia! A bacia é d’ouro areada com sabão, depois areada enxuga com o roupão, o roupão é de seda, lalalalala...”(N/A: ela cantou isso em português mesmo, hehe. ^^)
Peter riu.
-Ah, você gostou? Eu aprendi essa música quando fui no Brasil, lembra, mês passado. Lá eles também tão vivendo dificuldades, parece que uns trouxas instalaram uma ditadura por lá, nada que não se resolva. Mas o povo é muito alegre, feliz, um dia, quando você for mais velho, eu te levo lá, as crianças são tão risonhas quanto você, o país é lindo, a arquitetura das igrejas é de tirar o fôlego...Ah, é um país maravilhoso...
O banho termina, Corine leva o bebê num pijama de dragõezinhos com fundo azul para o quarto e o põe para dormir com mais umas cantigas brasileiras.
-Boa-noite, queridinho.
Os minutos foram passando...As horas se arrastavam...E nada de Tina chegar. Corine ia ficando mais e mais preocupada. Se remexia, ajeitava as coisas, fazia papinha...Ela já devia ter limpado os móveis umas três vezes, já tinha papinha até dizer chega e as almofadas estavam tão fofas, que se um botão caísse nelas, entraria num buraco negro e nunca mais ninguém o acharia.
=Onde ela se enfiou? Nesses tempos é perigoso ficar até tão tarde fora de cas...=
BLAM!
-Sirius! Você está todo ferido...Onde está a Tina? O que hou...
-Cou-ri-ne...Dum-blen-do-re...Rá-pi-do...Tina...Mor... Antes que ele terminasse a frase ele desmaiou nos seus braços e falou algo na linha de “colar”, “chave”, “morte”, “Peter” e “recuperar o corpo da Tina”, isso ele falou clara e repetidamente. Corine ficava mais ansiosa, onde estaria sua irmã? O que estava acontecendo? Mas mesmo com todas essas angústias, medos e dúvidas, Corine chamou Dumblendore, realizou os primeiros-socorros em Sirius e foi preparar uma poção reanimadora. Sirius estava numa cama e Dumblendore, Remo, Peter (Pettigrew), Thiago, Lily e Corine estavam ao seu redor, ao que ela pôde perceber, é que TODOS sabiam o que se passava, TODOS, menos ela.
Após um longuíssimo silêncio, Corine ousou perguntar:
-Afinal, o que está havendo, de fato.
Lily soltou um soluço molhado de lágrimas, Thiago a abraçou para consolá-la, Peter a olhou preocupado, mas não abriu a boca, a expressão de Dumblendore endureceu e Remo falou num sussurro rouco, quase inaudível, como se ele quisesse se entregar às lágrimas, como Lílian fazia:
-Alva, Corine, ouça, Tina e Sirius voltavam do trabalho, quando...Bem...Eles foram atacados por um grupo de Comensais e...
Corine estava entendendo que rumo essa conversa ia tomar, mas mesmo assim, arriscou perguntar:
-E que fim levou Tina?
-...Corine, seja forte, Sirius e Peter precisam de você,... Disse Remo apertando sua mão.
-O que houve com a minha irmã?! Corine berrou, esquecendo que só ela, Peter (ele era um bebê, não contava), Sirius, Voldemort e Tina sabiam que as duas eram irmãs.
-I-irmã? Is-isso fica para outra hora, mas...Um grupo de aurores está tentando resgatar...Bem...O corpo dela dos escombros.
Peter chorou no seu quarto.
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