Abandono



Ele ficou um tempão acariciando o topo de sua cabeça...Ela parou de chorar, mas só fez apertar mais o corpo dele contra o dela...O que estava havendo? Sirius...Que se dane o Sirius! Ela se declarara, ele tivera sua chance e a mandara para o escanteio, então, que problema tinha ficar com o Remo, aquele doce amigo que sempre esteve ao seu lado? Por que o seu coração sangrava? Antes que ela percebesse, seus lábios já haviam se aproximado, o abraço estava apertado...
-CORINE!
Eles se separaram bruscamente, Sirius, pálido de fúria, ia avançar, quando se conteve e sorriu sonsamente, era óbvio que seu peito urrava com a dor da "traição", mas que se dane, ela não agüentara ver ele e Tina se amassando um monte de vezes?
BLAM!
Ninfadora Tonks, uma segundanista, largou todos os livros que tinha nas mãos e saiu da sala comunal, chorando. Remo, obviamente, saiu correndo atrás dela. Corine sentiu como se uma faca transpassasse seu coração, doía tanto que era enlouquecedor, será que ela era tão descartável assim?! De repente, Corine se deu conta do ridículo da cena, afinal, Sirius ficara com ciúmes, mas ela pouco se importava, já Remo, saíra correndo atrás de uma pirralha sem experiência e ela sentia como se tivesse sido empurrada do precipício. Quando se deu conta, percebeu que todo a sala comunal a encarava. Até seus melhores amigos, a olhavam como se ela fosse um bichinho de zoológico. Ela sentiu o sangue pulsar na garganta...Mas depois passou, incrível, ela pouco se lixava para o que eles achavam, eles que achassem o que quisessem. Afinal, eles não significavam nada para ela mesmo, eram só um bando de instrumentos nas mãos, como talheres, quando não presta mais a gente descarta. Quando recuperou a consciência, ela estava no meio de um corredor, chorando, se achou patética e começou a rir de si mesma, ria com uma gargalhada alta, aguda, histérica e fria, uma gargalhada que não combinava com ela, uma gargalhada que não era dela, aquela não era ela...
=O que está havendo comigo? Eu rio, mas meu peito dói tanto...Eu fui descartada, eles me descartaram antes que eu os descartasse...Tudo o que eu queria era que eles morressem! D-desde quando eu me tornei uma pessoa horrível assim?=
Era isso o que ela era: descartável, uma amiga descartável, como um guardanapo.
=Meu peito dói...Eu tenho que alcançar a enfermaria antes que...antes que...=
-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Quando pensou que não queria morrer, seu peito doeu como se estivessem apertando-o, como se alguém estivesse rindo de sua desgraça...









...Mas a dor foi passando...

















































...Seu peito foi se aliviando...













































...Ela já via os casais dançarem, já via aquela dança sem fim, já sentia alguém tirando-a para dançar...













































...Enfim, ela estava livre...














































...Enfim, ela estava morta...














































...Ou assim pensava.














































Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.