Godric's Hollow



- Então é aqui? - perguntou uma Hermione assustada, meia hora mais tarde, quando chegaram em
frente à casa onde Lílian e Tiago Potter haviam morrido.
- É... - respondeu Harry, fitando a casa que sempre sonhou em conhecer.
A casa seria muito bonita se não tivesse extremamente cheia de poeira e faltassem várias
telhas.
- Dá arrepios.
- Com certeza, Ronald.
Harry começou a andar decidido até a casa e Hermione, Rony e Gina foram atrás.
- Harry! - chamou Gina, quando o garoto encostou a mão na porta, preparando para abri-la -
Cuidado.
Harry abriu a porta. Era uma bonita casa. Mas, assim como por fora, estava extremamente
empoeirada, mas Harry não se importou, afinal, a casa estava há dezesseis anos sem ser tocada.
- Ai! Que cheiro de mofo!
- Para de reclamar, Rony! - exclamou Gina.
- Shiii! - fez Harry. Ele passava olhando para as prateleiras, que continham uma enorme
quantidade de fotos de seus pais e dele.
- Olha. O Sirius. - apontou Hermione para uma foto na mesinha, ao lado do sofá.
Harry virou-se para olha-la. Ali estava, o padrinho dele, completamente diferente. Estava com
um sorriso, um imenso sorriso. Os outros marotos estavam com ele: Aluado, Pontas e Rabicho.
Harry sentiu uma enorme raiva ao ver Rabicho. Ele pegou a foto, rasgou a imagem de Rabicho e
guardou o que sobrara da foto: seu pai, Sirius e Lupin.
- Vamos continuar, Harry.
Ele subiu, então, as escadas. E lá havia uma porta entreaberta. Seu quarto. Ele entrou, viu
um berço. Várias fotos de uma criança, ainda sem cicatriz em forma de raio, uma criança ainda
normal. Ele não conseguiu se conter: lágrimas caíram de seu rosto. Ele saiu do quarto e rumou ao
corredor, procurando o quarto de seus pais. E logo o encontrou.
As fotos não tinham acabado na sala, nesse quarto havia várias fotos dos três. A cama ainda
estava arrumada, embora com um cheiro horrível e com centímetros de poeira.
- Harry, você... você já pensou, no caso de... de Vol-ldemort ter deixado... uma... uma
Horcrux aqui?
- Sim, Hermione, várias e várias vezes.
- E o que você vai fazer?
- Acho que, com a casa assim, toda empoeirada, não conseguiremos nada. - ele pegou a varinha e
com um agito limpou todo o quarto.
Estava impecável: era como se ainda houvesse moradores ali.
- Vamos procurar.
- Mas, Harry, o que procuraremos?
- Bom, a sugestão de Dumbledore era que as Horcruxes seriam: a taça de Helga Hufflepuff, o
medalhão de Slytherin, alguma coisa de Ravenclaw ou de Gryffindor e... a cobra Nagini.
- A cobra? - perguntou Gina atordoada.
- Sim, por isso não nos preocuparemos com isso agora. Dumbledore também acha que ele nunca
conseguiu algo de Gryffindor, pois acredita que a única coisa que pertencia a Gryffindor estava
segura com ele: a espada que eu usei para matar o basilisco, no nosso segundo ano.
- Então, devemos procurar um medalhão, uma taça ou algo com a insígnia de Ravenclaw e
Gryffindor? - perguntou Hermione.
- Calma ae, Harry! - gritou Rony. Seu grito ecoou pelo quarto.
- O que foi?
- Roubaram o medalhão! Então, basicamente, nós não precisamos procurar por ele aqui. Nós
devemos descobrir primeiro quem é o tal de R.A.B. pra poder procurar o medalhão.
- Você tem razão, Ron! - ele já tinha te esquecido de que ainda teria de descobrir quem era
R.A.B.
Eles ficaram mais ou menos meia hora no quarto, procurando.
- Não há nada aqui, Harry.
- Vamos procurar em outro lugar.
Eles rumaram novamente para o quarto de Harry. Chegando lá, Harry agitou a varinha novamente e
o quarto ficou limpo. Cada uma foi para um canto e continuaram a busca.
Harry olhou para o armário do quarto e levou uns segundos para ele perceber que algo brilhava
lá dentro.
- Hermione! - chamou Harry. Ela olhou para ele e o viu apontando para o armário. Todos agora
prestavam atenção naquela luz. Cuidadosamente, Harry abriu a porta.
Ele se viu frente a frente com uma tacinha de ouro com duas asas finamente lavradas, que
continha uma insígnia.
- A taça. - sussurrou Harry.
- Da Helga Hufflepuff?
- É. - ele esticou a mão, mas ao toca-la sentiu uma dor insuportável e largou-a no chão. Ela
parou perto da porta.
- O que fará agora, Harry?
- Só eu posso destruí-la, mas como?
- Como você destruiu o diário de Riddle? - perguntou Hermione. Gina estremeceu a menção do
diário.
- Eu usei a espada de Gryffindor. Eu perfurei o diário com ela...
- Então não teria como...
- Mas Dumbledore não destruiu o anel assim, não foi? - perguntou Rony - Ele ficou com aquela
mão murcha...
- E se lançássemos um feitiço nela? - sugeriu Gina.
- Tente, Hermione, você conhece mais feitiços. - falou Harry.
Hermione virou-se para a horcrux, caída perto da porta. Murmurou um feitiço, mas nada
aconteceu. Tentou mais feitiços, mais nada aconteceu.
- Nada? - perguntaram todos, quando ela foi até a horcrux e soltou-a rapidamente.
- Não. - respondeu a garota.
Passados dez minutos, Harry percebeu que não conseguiria destruir a horcrux.
- É melhor irmos embora. - sugeriu Harry.
Ele saiu do quarto, mas ao fazer isso sua cicatriz ardeu e ele caiu de joelhos. Imagens
começaram a passar pela sua cabeça.
Um homem de capuz entrava pela casa que Harry estava agora. Ele ficou frente a frente com um
homem bonito, de cabelos despenteados.
- Corra, Lílian, e leve o Harry.- gritou Tiago Potter.
A mulher na escada agarrava o bebê em seu colo com muita força. Ela gritava, Harry chorava.
- Não, Tiago, não deixarei você morrer.
- Vá, Lílian, salve o Harry.
Ele agora lutava com Voldemort. Lílian subiu as escadas correndo e rumou em direção ao quarto
de Harry.
Um grito lá em baixo. Um barulho de alguém sendo arremessado longe. Lílian ouviu os arbustos se balançarem violentamente e passos lentos subindo a escada. Ela não conseguia acreditar: Tiago estava morto.
A porta foi escancarada. Uma gargalhada horrível invadiu o quarto.
- Saia da frente. - disse Voldemort.
- Não! Mate-me. Deixe o Harry em paz!- suplicava Lílian.
- Não seja tola, você não precisa morrer.
Mas Lílian colocou Harry em cima da prateleira e se postou na frente dele. Voldemort ergueu a
varinha. Um jato de luz invadiu o quarto e Lílian caiu no chão, morta.
O bebê em cima da prateleira chorava. Voldemort virou a varinha para ele. Um segundo jato de
luz invadiu o quarto. Harry foi atingido na testa, mas em vez de cair como fizera Lílian, uma
cicatriz em forma de raio apareceu. Voldemort sumira.
O Harry mais velho estava ajoelhado na entrada de seu quarto, gritando. Seus amigos gritavam
também, tentando faze-lo cair em si. Uma lágrima caiu do rosto de Harry na tacinha de Helga
Hufflepuff.. E segundos depois, ele desmaiou.

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