Alone & Lost - Só e perdido



Oi! Esta foi a minha primeira fic, a minha "preferidinha", a que ocupa o meu pensamento todos os momentos da minha existência ehehe!
Além de DG, a fic tem outros casais, Sirius/Narcissa Severus/Persoagem Nova e Lupin/Personagem Nova!
Espero que se divirtam se divirtam tanto a lê-la como eu a escrevê-la ;)...Boas leituras e obrigada por gastarem um pouco do vosso tempo a ler a fic!
Um beijinho enorme!***
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Ah, já agora as personagens (infelizmente) não me pertencem – excepto o Lupin, esse é meu hehehe!;D


Capitulo I


Alone & Lost - Só e Perdido


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There's a dark cloud over me

And I can't shake it off,

Estava num quarto(?) amplo e muito escuro. Tinha apenas uma pequena janela. Sentado numa cadeira solitária e desconjuntada, banhada pela escuridão, tentava perceber como fora ali parar, onde estava e como poderia sair dali. De repente, ouviu um estampido abafado e uma figura negra aproximou-se dele. Era uma sombra encapuzada, porém bastante sólida, e tentava puxá-lo para a parte mais sombria do quarto.

I can't make a move to save myself

Thoughts keep spinning through my head

All the times that we never did what we wanted to, yeah

Inconscientemente, tentou lutar contra a vontade do vulto, fugindo dele. E então, quando a “coisa” finalmente o conseguira arrastar para as trevas, um novo personagem apareceu subitamente na sala. Ao contrário do outro ser(?) parecia ser contornado a luz e, pegando suavemente na sua mão, levou-o consigo até uma janela recém-aparecida do nada, saindo a voar do estranho compartimento. A “dama de luz”então disse-lhe, numa voz muito doce, que não tivesse medo. Confuso, um mar de perguntas afluiu ao seu pensamento. A voz da sua “salvadora” parecia-lhe familiar e quando olhou para ela…

- Menino Draco!

But right before I hit the ground

It's just like a dream

Uma voz chamava-o ao longe, e antes que pudesse pensar em alguma coisa, a sua salvadora desapareceu e ele começou a cair…

- Menino Draco!

Acordou com um salto, como se tivesse acabado de aterrar desamparado de pára-quedas. A sua cabeça parecia estar cheia de nevoeiro, mas ao esfregar os olhos viu que estava a salvo, no seu quarto, sentado no meio dos seus lençóis cinzentos, onde o brasão da família Malfoy, um M rebuscado de cor prateada abraçado por uma serpente verde que se contorcia ameaçadoramente. Outra vez aquele maldito sonho! E o pior, nunca coneguia ver a face da sua “salvadora”!

- Bom-dia, menino Draco! Finalmente acordou! – sorriu pomposamente um fantasma de ar aristocrata. – Dormiu bem?

- Bons-dias Geofroy… - Resmoneou o rapaz por entre um espreguiço, ainda com voz áspera de sono. – Que horas são?

- Hummm…10 horas, menino… – respondeu o ser transparente, olhando pa ra o relógio de Sol que trazia no braço.

- Rhumm… Porque é que não me acordaste mais cedo? – Resmungou Draco, levantando-se preguiçosamente.

- Oh, então eu quis deixar o menino aproveitar bem este último dia de férias… – sorriu Geofroy, ajundando-o a vestir o roupão de veludo verde, também com o emblema dos Malfoy. – Afinal, só vai voltar a casa nas férias de Natal, não é?

- Hum-hum… – assentiu o jovem, aceitando a toalha condizente com o roupão que o mordomo lhe estendia. Dirigiu-se então para o outro extremo do quarto.

- O Tobby já lhe vem trazer a roupa. – referiu o fantasma, cofiando o longo bigode. – Ah, e não se esqueça de seleccionar o que deseja levar para Hogwarts!

-Está bem… – murmurou o rapaz, ainda um pouco alheado da realidade, antes de entrar na casa de banho, que era muito bonita, do estilo rústico. Pendurou o roupão e colocou a toalha em cima de um banco de três pernas. Ainda sonolento, lavou a cara e, abriu uma porta acima do lavatório, que tapava um elegante espelho. Olhando o seu reflexo de várias perspectivas, não pode deixar de sorrir. “Não há dúvida, Draco Malfoy…És realmente um rapaz…hum…digamos …interessante!”, pensou, enquanto ajeitava uma madeixa do seu cabelo louro platinado, que contornava delicadamente o seu rosto anguloso. Às vezes ficava que tempos a apreciar os seus belos e invulgares olhos azuis acinzentados, o nariz fino, os lábios bem delineados, a sua pele pálida e brilhante…

- Vê-se bem que é filho de Narcissa! – Grazinou de repente uma voz trocista vinda do espelho.

- Credo! Não podia chegar de maneira mais furtiva, Senhor Rorrim? – Saltou Draco, variando entre a surpresa e o mau-humor.

- Bom-dia também para si, menino Draco! – Riu o espelho, no qual agora, além do reflexo do rapaz, se via um par de olhos oblíquos e uma boca quadrada, torcida num sorriso irónico. – Aposto que estava a ver pela bilionésima vez como é belo, maravilhoso, encantador, …hum, espere só um momento, deixe-me arranjar mais adjectivos…formoso, um poço de charme, lindo de mor…

- O.k., o.k.! Já chega… - Retorquiu o rapaz louro, com um sorriso vaidoso na cara.

- Pois, concordo que é melhor ficar por aqui, senão o menino poderia ser fulminado por um ataque de amor-próprio! – Alvitrou maldosamente o Sr. Rorrim, colocando uma falsa nota de preocupação na sua voz zombeteira. – Então, estamos no nosso último dia de férias, não é?

- Sim… – anuiu Draco, dirigindo-se para a grande banheira vertical de pedra cinzenta, rodeada de candelabros, que efectuavam delicados passos de dança e davam uma bela iluminação à divisão. Tinha várias torneiras, de diversas cores e lá perto encontrava-se um bonito móvel de madeira trabalhada, com portas de vidro, de onde sorriam livros curiosos. Draco ligou três torneiras ao mesmo tempo e tirou do móvel um livro de capa escura. Tinha um aspecto antigo, embora estivesse bem conservado, pois já tinha pertencido à sua avó materna…

- Com que então, anda a ler “Hogwarts – Uma História”… – observou o espelho, curiosamente. – É para matar saudades da escola?

- Nem por isso… – objectou Malfoy, com cara de enfado, entrando na água. – Acredita que ainda não voltei e já estou um pouco farto de Hogwarts?

- Oooohhhh… – tagarelou Rorrim, sempre com um sorriso sarcástico na face brilhante.- Quem diria…Draco Malfoy, um dos mais prestigiados e inteligentes alunos…

- Que eu me lembre não pedi opinião! – Rosnou Draco, enquanto colocava o livro em cima de uma almofada dourada, situada na borda da banheira, desaparecendo depois por entre a espuma.

- Vinte e seis segundos, vinte e sete segundos, vinte e oito segundos…oh! – Enumerava o espelho, com um ar muito sério, quando de súbito uma cabeça loira emergiu por entre as nuvens coloridas de espuma. – Estava com esperança de se afogar, menino Draco?

- Não… – respondeu o rapaz, fulminando-o com o olhar. – Estava com esperança de que o Sr. Rorrim se tivesse ido embora…

- Ai, sim! – Clamou o espelho, que entretanto ganhara um tom avermelhado – Pois então eu vou, e não por causa de uma ordem de um rapazinho presumido como o menino, mas porque tenho a minha dignidade! Tenho dito!

- Boa-viagem, então! – Gozou Draco, enquanto os olhos maldosos do Sr. Rorrim desapreciam lentamente do espelho. – Cumprimentos à família!

“Não devia ter descarregado o meu mau-humor matinal no Senhor Rorrim…”, pensou o rapaz, sentindo um ligeiro peso no peito. Afinal, já convivia com o Espelho desde que se conhecia e até achava piada às suas tiradas trocistas. Por outro lado, o Sr. Rorrim, atrás do seu ar petulante e língua afiada, escondia um coração afável e não hesitava em dar conselhos e ajudar quando era necessário. Draco não sabia bem a história do seu aparecimento na vida dos Malfoy, mas tinha conhecimento da relação próxima que este tinha com a sua mãe, pois já os encontrara várias vezes a conversar animadamente, através do espelho existente no quarto de Lucius e Narcissa.

“Não faz mal…As zangas dele são passageiras, não consegue estar mais de 3 minutos amuado!”. Mais descansado, pegou de novo no exemplar de “Hogwarts – Uma História” e abriu-o na página 179: “Mistérios da Floresta Proibida”. Releu, então, inconscientemente, o 1.º parágrafo vezes sem conta, sem assimilar o seu conteúdo. As palavras do Espelho tinham-no feito relembrar o tão próximo regresso a Hogwarts. O reencontro já tão inevitavelmente perto com os corredores da Escola de Feitiçaria, as aulas, o Quidditch e…com Harry Potter, o “Rapaz-Que-Sobreviveu” e o seu maior rival.

I'm alone and feeling lost

Desde o momento em que tinham cruzado os olhares pela primeira vez que entre eles havia uma espécie de barreira agressiva de gelo, construída pela rivalidade e pelo desejo de superar o outro, uma linha fina de fogo, que os opunha e impedia qualquer convivência ou qualquer contacto civilizado entre ambos.

If I could only have it all

Then I'd be alright

Draco até não se importava de suportar Harry, se não fosse o afecto que via que Dumbledore e quase todos em Hogwarts tinham para com o “Super-Potter”: Na verdade, Draco tinha inveja, uma inveja cega do “Trio Maravilha” que Harry formava com Hermione Granger e Ron Weasley.

'Cause I can't see who I really am

Through all the doubt that I'm living in

Embora fosse opinião comum que Draco Malfoy tinha tudo o que desejava, isso não era verdade. Não tinha uma coisa muito importante: um amigo verdadeiro e compreensivo, que não olhasse apenas para o seu apelido e a quem pudesse contar e confiar tudo o que sentia. Por vezes, sentia um desejo incontrolável de ir ter com o “grupinho do Potter” e rir e divertir-se com eles. Mas não podia. Afinal de contas, era um Malfoy. E, como lhe admoestara uma vez o pai, colérico, quando ele, um rapazinho de 7 anos, entrara em casa muito contente a dizer que fizera amizade com um rapazinho muggle, “Um Malfoy tem que ter classe na escolha das companhias. Um Malfoy não é escolhido nem implora. Um Malfoy escolhe, comanda e domina.”.

Agora que pensava, afinal talvez não passasse duma marioneta nas mãos de Lucius Malfoy, o homem que mais admirava e temia no Mundo. Era ele que ditava como ele devia agir, falar…

I don't know it, yeah

Right before I hit the ground

- Voltei só para lhe dar um recado da sua mãe, que deseja falar com o menino o mais rápido possível! – Comunicou de repente Sr. Rorrim com voz de autómato, assustando Draco pela segunda vez numa questão de minutos.

O rapaz, acordando bruscamente dos seus pensamentos, abafou um sorriso “Eu nunca me engano! Aí está ele novamente!”.

- Obrigado, Sr. Rorrim. Mas desta vez bateu o recorde do tempo de amuo, hein! Cinco minutos e trinta e cinco segundos, está a melhorar! – Sorriu o rapaz, olhando para o relógio de sol dourado pousado no parapeito da janela.

- Que atrevimento! – Barafustou o espelho, adquirindo de novo um tom rubicundo e desaparecendo aos poucos – Deixe-se de conversas e despache-se!

Desta vez, Draco não conseguiu conter uma gargalhada, pousando o livro no banco e preparando-se para encarar o novo dia…


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Nota da Autora: Adoro colocar músicas nas minhas histórias, como se fosse a banda sonora...Como pequenas songfics dentro das histórias!E esta, dos The Calling, achei que tinha tudo a ver com o Draco! Se puderem, ouçam, porque é 5 estrelas ;) !Espero que tenham gostado deste capítulo, deixem a vossa opinião!

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