Entre suspeitas , ameaças e me

Entre suspeitas , ameaças e me





Sirius Black recebeu uma coruja de Dumbledore, deixando-o a par dos acontecimentos, sobre o desaparecimento de Hermione e que ela era uma escolhida, antes de amanhecer junto com Lupim estava secretamente em Hogwarts, Dumbledore os recebeu na sua sala .



- viemos assim que recebemos seu recado - disse Lupim - já a encontraram?



Dumbledore meneou a cabeça frustrado , limpou a lente dos seus óculos , parecia realmente ter a idade que tinha , estava desanimado e preocupado.



- ainda não e descobrimos que o garoto Weasley também sumiu.



- será que fugiram? - arriscou Lupim.



- Não sabemos, creio que a senhorita Granger tem a cabeça no lugar o suficiente para não fazer uma besteira dessas.



- ela está apaixonada e confusa , numa hora dessas ninguém tem a cabeça no lugar - comentou Sirius metodicamente.



- Eu sei, pode ser que tenha sido idéia de Rony , onde está Harry - perguntou Lupim.



- Harry ainda continua dormindo, Rony e ele tiveram uma briga feia ontem a noite.



- brigaram? - quis saber Sirius mas foi interrompido quando alguém bate na porta.



- quem é - perguntou o diretor olhando para Sirius que rapidamente se transformou num cachorro e se ocultou debaixo da mesa .



- sou eu Arabella Figg senhor.



Os olhos de Lupim brilharam e seu coração bateu mais forte.



- Arabella?



- pode entrar professora Figg - disse Dumbledore amavelmente abrindo a porta para ela - estávamos esperando sua visita.



- Estávamos? Você e mais quem...- antes de falar ela vê que Remus estava lá parado perto da janela olhando para ela surpreso.



- olá Bella - disse ele mansamente - Puxa quanto tempo... como vai você.



- oi Remus , fora a situação critica do momento estou bem - respondeu ela sentindo seu coração bater descompassado - você mudou bastante...



- você também , só que para mais bonita.... - elogiou ele .



- obrigado , mas eu continuou a mesma. - agradeceu ela corando.



Dumbledore diante aquela cena olhou para Sirius debaixo da mesa , o cachorrão sacudiu os ombros , mas o velho diretor resolveu intervir.



- Ahã - pigarreou para chamar a atenção - desculpe interromper mas, acho que teremos mais tempo para isso mais tarde.



- Perdão - desculpou-se Lupim desconcertado - é que fazia tanto tempo, que a gente não se via...



- compreendo - sorriu o diretor logo em seguida ficando sério - Arabella tem mais alguém que você não via a muito tempo, e antes de fazer qualquer coisa , deixe eu explicar primeiro. Pode vir Sirius.



Então Sirius sai de seu esconderijo e revela seu disfarce para a mulher .



- Sirius! - espanta-se ela levando a mão a boca.



- Oi Bella, como Remus disse você continua muito bonita.- sorri ele cauteloso com a reação de Arabella, afinal de contas ela é auror também e como faz parte do ministério procurava por ele como condenado fugitivo.



- Bella - Lupim interveio antes que ela fizesse alguma coisa - Sirius é inocente , não foi ele que fez aquilo com os Potter...



- mas eu não acredito.... - ela ainda estava pasma.



- na inocência de Sirius? - perguntou Dumbledore.



- Não , claro que acredito na inocência dele , sei que ele nunca seria capaz de fazer o que falaram - disse ela contrariada se aproximando de Sirius - mas não acredito que ele conseguiu se transformar num animago e nunca havia me contado!



Os três suspiraram aliviados, então ela abraçou a Sirius fraternalmente.



- seja bem vindo Black , quando houver provas suficientes pode apostar que estarei aqui para ajudar a limpar seu nome.



- essa pode ser a oportunidade , a senhorita Granger sumiu , temo que seja um trabalho dos comensais e de Voldemort. - divagou Lupim.



- mas como? Quase ninguém sabia que ela era a escolhida, como pode ter vazado essa informação?



- ela pode ter contado a alguém...



- alguém muito próximo.



- a única pessoa muito próxima dela naquele momento era Rony Weasley, que também sumiu.



- será que ele tá envolvido em alguma coisa? - suspeitou Sirius.



- está insinuando que Rony tem parte com Voldemort? - riu Lupim não crendo no que Sirius sugeria - Rony ,nunca faria uma coisa dessas , eles são muitos amigos , por que ele faria uma coisas dessas?



- por ciúmes, por amor...



- isso não justifica, ele não seria capaz.



- por amor somos capazes de tudo - disse Arabella olhando de relance para Lupim.



- isso é muito grave - advertiu Dumbledore - mas não devemos desprezar essa suspeita .



- A ultima pessoa que estava com Snape era Rony - disse Sirius - mas só um comensal teria poder para fazer o que fez, desconfio que a época da inocência acabou. - sentenciou ele olhando para fora.- eu rezo para que eu esteja enganado.



- nós também , Sirius - divagou Dumbledore - nós também.



****************



Harry acordou , sua cabeça doía muito , olhou em volta e não viu Rony , será que ele já foi? Melhor assim , não sabia o que seria dele depois daquela briga da noite anterior, não sabia se seria castigado ou até expulso .



Se levantou e se vestiu . Iria procurar por Hermione e se desculpar com ela , a pobrezinha não merecia aquele vexame.



Não fazia idéia das horas, foi caminhando pelos corredores vazios, de repente deu de cara com Gina ela parecia apreensiva.



- Harry você viu Rony?



- pra que eu iria vê-lo ?Só se fosse para dar outro soco na cara dele - respondeu aborrecido sentindo o olho roxo ainda arder, mas pela cara amargurada de Gina achou meio indelicado dizer isso - por que?



- ele sumiu desde ontem a noite .



- ele estava na ala hospitalar...



- não, não estava , Fred e Jorge foi vê-lo e ele não estava , Hermione também sumiu.



- Hermione ?



Gina assentiu , estava prestes a chorar.



- meus irmãos acha que ele ficou com medo de ser expulso e meus pais brigarem com ele...



- mas Hermione foi com ele?



- não sei...



- Harry , venha até aqui . - alguém o interrompeu, era Dumbledore que chegava - bom dia senhorita Weasley.



- diretor , tem noticias do meu irmão? - perguntou Gina preocupada.



- sinto muito , mas ainda não - disse Dumbledore condoído, tinha esperanças que a suspeita de Sirius estivesse errada - mas estamos tomando as providencias, nossa como as noticias correm rápido pela escola.



- e Hermione? - perguntou Harry que a essas alturas estava quase desesperado - não me diga que os dois fugiram?



- não sabemos , mas precisamos conversar , venha comigo. - mandou o direto.



Harry obedeceu deixando Gina apreensiva para trás, mas antes voltou e disse para ela.



- não se preocupe ele vai voltar - piscou para a garota , fazendo um pequeno sorriso surgir no seu rosto aflito.



Seguiram todo o caminho calados , Harry achou que seria o castigo dele por ter provocado aquela baderna na hora da jantar.



Quando finalmente chegaram na sala, Harry dá de cara com o padrinho.



- Sirius? O que faz aqui?



- oi Harry, temos algumas perguntas. - então Harry percebeu que na sala Arabella, Lupim e Moody olho torto também estavam presentes, Moody havia acabado de chegar do ministério da magia com noticias fresquinhas, as coisas por lá também não pareciam ir bem, a neta do ministro também havia desaparecido. Não tinham certeza se havia ligação com o desaparecimento de Hermione e Rony.



- Sente-se Harry - convidou Lupim - temos umas perguntas .



- o que aconteceu? - indagou se sentando - onde está a Mione.



- não sabemos, tememos que ela tenha sido raptada.



- mas por que? E Rony por que também desapareceu?



- não sabemos - disse Sirius , ele não queria contar a Harry que desconfiava que Rony era seu maior suspeito - deve ser que ele foi junto com ela .



- mas o que queriam com ela...



- Harry - disse Arabella muito seria - o que vamos falar aqui vai esclarecer muita coisa mas é segredo absoluto , não quero que os outros saibam, entendeu?



Harry anuiu , então a professora contou tudo sobre a poção primordial e Hermione ,e perguntou se ele não havia comentado nada e nem Rony também. Harry alegou que não sabia de nada, só que achou que na hora que brigou com Rony achou ele estranhamente mais forte do que de costume.



Aquele breve comentário fortaleceu as suspeitas de Sirius, era uma amarga descoberta, o padrinho se levantou e colocou a mão sobre o ombro do afilhado .



- agora Harry pode ir , mas me prometa que não vai querer procurar por eles, deixe isso conosco e não comente nada pela escola.



Harry não disse nada , para Sirius aquilo não era bom, sabia como Harry era teimoso quando se tratava de assuntos como aquele.



- será que posso falar em particular com ele diretor? - pediu Sirius.



Dumbledore consentiu e ofereceu a sala particular na porta ao lado. Sirius levou Harry até lá, trancou a porta .



- Sirius acho que posso ir embora , vocês já deram o recado.



- Harry eu quero que você me prometa que não vai atras deles!



- não vou...



Sirius se vira para o afilhado e aperta os braços dele com força obrigando a olhar bem nos olhos e disse taxativamente.



- eu quero que me prometa! Senão serie obrigado a amarrar você no pé da cama.



- fica frio Sirius - tranqüilizou Harry - eu ...prometo.



Mesmo assim ele não ficou convencido e fez uma coisa que nunca havia feito antes e o ameaçou.



- Quando seus pais eram vivos e me indicaram como seu padrinho eles me disseram uma vez que se fosse para o seu bem eu teria permissão de fazer qualquer coisa com você, nunca imaginei que chegasse a esse ponto - tomou fôlego e apontou o dedo na cara de Harry intimidando-o - mas se você ousar me desobedecer... eu juro pelas barbas de Merlim que se eu te pegar na tentativa não hesitarei em ter dar... uma bela surra , ouviu?



Harry espantado assentiu balançando a cabeça vigorosamente todas suas intenções de ir as escondidas atras de Mione foram anuladas pela ameaça de Black, pelo jeito ele falava sério, e Harry não queria nem um pouco sentir a fúria do padrinho , aquelas mão não eram de brincadeira.



- Ok - disse Sirius mais calmo, convencido de que Harry não iria desobedece-lo - então volte para o seu quarto, e não se preocupe, a traremos de volta e ao Rony também.



- pode deixar o Rony por lá.. . - brincou Harry.



Sirius tentou rir , mas ele mesmo não sabia se seria possível trazer qualquer um dos dois se nem sequer sabiam por onde começar.



**************************



Hermione tentava em vão se soltar, as amarras prendiam firmemente suas mãos e pernas , se sentia fraca e desolada , não conseguia acreditar que Rony a havia enganado e pior de tudo ele era um comensal . Chorou silenciosamente a manhã inteira, já não tinha mais lagrimas.



A porta se abriu e Rony entra timidamente, com algumas frutas.



- pensei que estivesse com fome.



- não quero comer nada! - disse friamente .



- Mione por favor - disse ele chegando perto do seu ouvido - tomei uma decisão vou tirar você daqui , mas tem que estar forte suficiente para fugir.



- Ah ,sim , claro - respondeu de forma sarcástica - isso depois de seu querido mestre me usar e quem sabe até tentar abusar de mim como aquele nojento do Malfoy tentou fazer.



- ele fez o que?



- ele tentou me tomar a força... - ela estremeceu só de lembrar - mas eu dei um jeito nele provisoriamente , acho que vai ficar uma semana sem se sentar.



- desgraçado - rosnou Rony - depois de muito pensar vou tirar você daqui nem que eu morra tentando .



Essa ultima frase fez Hermione sentir seu coração se comprimir e quando achou que não tinha mais lagrimas para chorar ela sentiu que uma lhe escorria no canto dos olhos.



- mas ele pode te matar... - disse num fio de voz.



- eu sei , mas não quero deixar você nas mãos desse caras - disse tentando desamarrar as mão dela, as amarras pareciam que estavam sob algum feitiço - e também depois de tudo que eu fiz , acho que mereço morrer mesmo.



- não Rony, não merece. Ninguém merece isso.



- eu sim , apostei mais que tinha pra jogar e agora tenho que pagar essa divida do jeito mais caro , não quero ferir mais ninguém , não quero magoa-la mais e nunca mais te fazer sofrer.



- se você morrer vou sofrer pro resto da vida...



- você não vai sofrer , não vai mais querer saber de mim depois dessa coisa que me tornei...



- lembra-se que eu disse ? - perguntou ela passando a mão que ele acabara de soltar no rosto dele - eu prometi que não te abandonaria acontecesse o que acontecesse.



Rony sentiu as lagrimas aflorarem dos seus olhos e a beijou ternamente nos lábios.



- Oh minha Mione...



- que comovente... - repentinamente uma voz soou por trás deles, era Lúcio Malfoy acompanhado de mais um outro rapaz alguns anos mais velhos que Rony - uma pena que vou ter que separar os pombinhos agora.



- não toque nela. - disse Rony na defensiva.



- saia da minha frente moleque , você não é de confiança para vigia-la , Dimitri aqui é que ficará encarregado do serviço , o mestre quer ver a garota agora.



- o que vão fazer com ela?



- isso não é da sua conta, mas garanto que é uma pena que não tentarei nada mais interessante contra essa inútil , mas eu juro se tivesse pegado ela aquela hora,- ele olhou avidamente para Mione amarrada - eu teria feito uns estragos nessa sangue ruim .



- seu filho da... - Rony avançou contra ele mas Lúcio foi mais rápido pegou Rony pelo pulso torcendo-o pelas costas imobilizando-o.



- então seu moleque iria me atacar? - e puxando a varinha colocou sobre a nuca de Rony - agora você vai sentir o gostinho da dor.. crucio!



- AAAAAAhhhhhhhhhh - Rony gritou sentindo como se cacos de vidros moídos circulassem em suas veias , seus olhos reviraram de dor .



- Pare - pedia Mione desesperada - pare , vai mata-lo!



Lúcio ria junto com o outro rapaz, vendo Rony se contorcer no chão, então sentiu que uma mão de ferro segurou a sua numa força quase esmagadora.



- pare agora Malfoy. - era Rabicho, sua fisionomia estava muito austera, Malfoy sabia que bastava um apertão mais forte e Pedro poderia esmagar sua mão - acho que o mestre disse que queria ver a garota, vai fazer o que ele mandou.



Lúcio também sabia que não podia brincar nem com a mão de Pedro e nem com a paciência de Voldemort , com olhar de desprezo baixou a varinha libertando Rony do feitiço.



- você vai ver seu fim tendo piedade desse moleque, Pedro.



- isso não é da sua conta - disse se ajoelhando do lado de Rony que ainda estava caído respirando com dificuldade - agora leve a garota.



Sem dizer nada Lúcio com sua varinha desata as amarras de Hermione de segurando-a pelos braços junto com Dimitri a leva para fora do quarto sob protestos dela.



- Hermione - murmurou Rony fracamente ainda no chão.



- por enquanto ela estará bem - disse Pedro enquanto ajudava ele a se levantar - mas é inútil tentar tira-la daqui, não tente nenhuma besteira.



***



- você quer para quieta? - dizia Malfoy apertando o braço dela com mais força enquanto Hermione resistia bravamente - uma pena que o mestre queira você acordada , caso contrario te faria dormir da pior forma.



- tente se for capaz - reclamou ela cuspindo na cara dele.



- essa garota precisa de uma lição, Malfoy - zombou Dimitri - por que não dá um jeito nela depois que o mestre desocupa-la.



- tente se puder - sibilou Hermione sentindo seus braços quase sem circulação por causa das mãos que a seguravam com força - senhor Malfoy já tentou e agora anda de pernas abertas.



O rapaz olhou para Lúcio que não disse nada apenas segurou ela pelos cabelos .



- daqui a pouco você não vai estar zombando de mim , sua cadelinha.



- Calma Malfoy cuidado com a mercadoria , eu a quero intacta.



Lúcio soltou os cabelos dela no mesmo momento que Voldemort aparece na porta que acabara de abrir, Hermione ao vê-lo não deixa de soltar um grito de horror diante tanta asquerosidade.



- eu te assusto , sangue ruim?



Hermione fechou os olhos não ousava ver aquela criatura de novo , mas sentiu a mão de Voldemort apertar firmemente seu rosto forçando-a a olhar para ele.



- você vai fazer umas coisinhas pra mim...



- nunca! - disse ela desafiadoramente agora tomando coragem e abrindo os olhos.



- impetulante! - disse Lúcio com arrogância - castigue-a meu lorde.



- Malfoy , Malfoy - sorriu Voldemort tranqüilamente - como ela vai me preparar a poção se não tiver em boas condições de saúde?



- pode me matar , não seriei aliada , nunca terá minha ajuda para fazer a poção.



- quanta coragem , isso é muito bonito mas é inútil , você vai colaborar sim benzinho tenho certeza.



- sinto muito, mas está redondamente enganado, sua... sua tripa seca ambulante! - disse ela com um ódio crescente dentro de si.



- tsk tsk tsk - Voldemort parecia brincar com a determinação dela - eu não te mataria , você é importante , por que eu faria uma coisas dessas? Talvez você não se importe com a sua vida mas e a vida daquele garoto que você gosta?



- Rony? - disse ela com o coração batendo forte e sentindo seu sangue gelar - não faça nada com ele.



- não está na posição de exigir nada, posso matar o garoto de varias formas muito dolorosa mas acho que uma só já basta, não é?



Ela engasgou , ele tinha tocado num ponto sensível da sua alma , ele estava vencendo.



- eu faço o que você quiser mas não faça nada de mal ao Rony.- disse derrotada de cabeça baixa.



- boa menina, que bom que resolveu colaborar - virando-se para Malfoy ele diz jovialmente , se por acaso fosse possível isso em Voldemort - está vendo Lúcio? Um pouco de persuasão sempre funciona.



Ela estava num beco sem saída , se negasse Voldemort mataria Rony, ela se sentia terrivelmente mal.



- venha até minha sala , aqui tem todos os ingredientes para fazer a poção.



Ela hesitou e tremula disse.



- mas eu não sei como faze-la , foi de repente...



- claro que sabe - disse asperamente - tem o dom natural é só jogar os ingredientes que sairá a poção.



- e se não der certo?



Voldemort aproximou o rosto bem próximo ao da garota e disse.



- vai dar. Para o bem do garoto vai ter que dar.



Ela engoliu seco , Voldemort com seus dedos compridos guiou Hermione até um caldeirão negro que já fumegava no fogo crepitante.



- aqui está já com a poção neutra, comece a fazer mocinha , e rápido o tempo está correndo.



Sob o olhar vigilante do bruxo ela começou a misturar as poções a esmo sem saber no que ia resultar. Durante um bom tempo ficaram lá e nenhum resultado satisfatório, o suor brotava na testa dela , as suas mãos tremulas entornavam , visgo do pântano , suor de dragão, baba de trasgo , mas não acontecia nada.



- você está abusando da minha paciência menina. - disse Voldemort que se mantivera calado desde então.



- Eu não consigo - disse ela sendo tomada por um desespero crescente. - eu não me lembro...



- Talvez precise de um pouco de motivação, hum? - perguntou Voldemort postando-se por traz dela quase sussurrando em seu ouvido - qual seria a sua inspiração quando fez a poção?



Ela ficou calada tremendo nas bases sentindo uma repugnância sem precedentes aos ter Voldemort tão próximo dela, soltou um gritinho de espanto quando sentiu que as mãos do bruxo passeou pelo seu corpo de forma ousada.



- por favor não me toque - pediu ela quase implorando sem olhar para ele. Mas será que aquele covil estava cheio de tarados maníacos assassinos?



- será que atendo seus pedidos? - perguntou Voldemort mais junto a ela passando seus dedos longos e frios na barriga de Hermione - ah, o prazer da carne... faz tanto tempo... seria muito difícil resistir.



Ela sentiu uma coisa estranha na boca do estômago , era medo, um terrível medo se apossou dela por completo, dali a pouco ela perderia toda a pose e começaria a gritar apavorada.



- então comece a fazer a poção com mais afinco - disse ele se afastando de repente - antes que eu mude de idéia.



Suspirou aliviada e determinada se esforçava para lembrar dos ingredientes, até que depois de passado algum tempo a poção começa a ficar azulada, sim, estava conseguindo então se lembrou do ultimo ingrediente.



- Leite de pedra - disse procurando um frasco com o ingrediente.



- aqui está - disse prontamente Voldemort entregando o fraco ansioso para ela terminar a poção o mais rápido possível.



Ela pingou o conteúdo do frasquinho e o caldeirão brilhou , mas não ficou purpura, só ficou borbulhante num azul brilhante.



- Está pronta? - quis saber o bruxo.



- acho que sim ... mas a cor... acho que falta alguma coisa não sei o que é coloquei tudo.



- tente lembrar. - mandou Voldemort impaciente.



- não faltou nada que eu me lembre - disse cansada pois fazia mais de seis horas diretas que estavam lá, não conseguia nem pensar direito, se Voldemort tentasse algo contra ela Hermione acreditou que conseguiria com facilidade pois estava tão debilitada que não conseguiria reagir.



Mas em vez disso , Voldemort ordenou a Lúcio, que já estava quase cochilando.



- leve-a para o quarto , mais tarde descobriremos qual é o ingrediente que falta.



Sem reticência alguma ela saiu da sala , cambaleante , antes de Lúcio sair Voldemort dá uma ultima ordem.



- Esteja aqui daqui a pouco e chame rabicho e Rony também.



Hermione foi levada para outro quarto bem mais reforçado , nas janela grades , nenhuma saída.



- fique na porta vigiando para ela não sair - a voz de Lúcio ordenou por trás da porta fortemente trancada.



Por enquanto Hermione se sentia fraca demais para pensar em fugir, precisava deitar , foi então que notou que na velha cama de madeira tinha uma coisa encolhida que tremia coberta pelos lençóis. O que Seria? Se aproximou cautelosamente e escutou.



O que estava lá choramingava de forma amedrontada.



Tomando coragem ela cutucou o montinho tremulo.



- oi - sussurrou.



Então puxou com cuidado e para sua surpresa pode ver que debaixo do pano encardido estava uma garotinha que não parecia ter mais que seis anos, ela estava apavorada se encolheu mais ainda ao ver Hermione.



- calma - disse Hermione suavemente - o que você faz por aqui?



A garotinha não disse nada apenas choramingou com uma voizinha fina e pueril.



- vovô , quero vovô...- tornou cobrir a cabeça - tou com medo...



- não chore eu vou tomar conta de você. - Hermione a abraçou resignada, como tinham coragem de prender uma criança inocente? Cambada de monstros - calma como é seu nome?



- Tracy, Tracy Fudge - respondeu ela com o rostinho lavado de lagrimas - você vai me levar embora pra casa?



- gostaria , mas eu também quero ir para casa - divagou Hermione afagando a cabeça da criança , Fudge... será que era parente do ministro?



Mas estava debilitada demais pela falta de sono para pensar nisso e acabou adormecendo , dominada pelo extremo cansaço.



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