O Salão de Cristal



-- CAPÍTULO 17 --
O SALÃO DE CRISTAL

A noite chegara, Mel já estava pronta para a ceia na casa dos Malfoy, mesmo triste ela estava linda num vestido tomara que caia preto longo com pequenos detalhes de rosas, um casaco de pele de urso polar e o cabelo liso e solto. A Sra Mean se apresentava com um vestido também longo inclusive longo nos braços na cor vermelha e os cabelos loiros brilhantes solto. Sr Mean e David de terno e gravata, homens não precisam muito de detalhes.
Minutos depois de saírem de casa, Sr Mean já estava estacionando seu carro no estacionamento magico no quintal dos Malfoy juntamente com dezenas de outros carros, parecia que a festa de Natal não seria somente para eles e sim para toda comunidade bruxa, claro que só os bruxos que convinha ao Sr Lucio Malfoy. Ao desceram do carro foram escoltados por dois seguranças bruxos que os encaminharam ate a entrada do grande Salão de Cristal onde sempre acontecia as famosas festas dos Malfoy, a porta se dividia em duas era transparente e brilhavam ate demais, para chegar ate ela subiram doze degraus de pedra ao chegarem à porta ela se abriu e depararam com um lugar repleto de pessoas bem vestidas ao som de uma musica digamos que um pouco “desanimadinha”. Mel não se sentia feliz, voltar novamente a esse lugar não lhe fazia bem e ao ouvir a musica sentiu um vazio no peito, uma vontade de chorar e sair correndo dali, mas nada disso era possível, lembrou do sorriso de Harry isso fez com que ela desce um curto sorriso justamente na hora em que os três Malfoy se aproximaram.

 Me parece que Mel está mais contente agora, minha querida irmã. - disse Lucio ao cumprimenta-los.
 E como não ficaria como uma festa dessas?! - disse Julie ao receber os cumprimentos.
Nessa mesma hora Draco chegou perto de Mel todo se achando, crente que ela ia aceitar seu abraço, obviamente ele foi ignorado, mas ninguém percebeu pois ela o cumprimentou com um aperto de mão, a expressão do rosto de Mel já não era mesma quando estava pensando em Harry, seu rosto se misturava em ódio, raiva e tristeza.

 Vá dançar com Draco, querida. - disse Narcisa, mãe de Draco.
 É vai, pois a meia-noite haverá uma grande surpresa e quero vê-los juntos. - disse Lucio.
 Qualquer coisa me bipa. - disse David no ouvindo de Mel entregando-a uma caneta com a ponta vermelha onde ficava o lugar para “bipar”, ela a colocou na faixa que havia na sua cintura juntamente com sua varinha e piscou para seu irmão.
Lucio, Narcisa, Julie, Matthew e David se sentaram numa grande mesa redonda onde havia vários bruxos importantes e muito deles trabalhavam junto com Matthew e David no Ministério da Magia. Na pista de dança havia vários adolescentes e alguns deles estudavam em Hogwarts, Mel conseguiu reconhecer de longe Crabbe, Goyle, Parkinson e alguns outros que também eram da Sonserina, mas ela não sabia seus nomes.
 Não consegue se divertir quando está longe de Potter, não é mesmo? - disse Draco parecendo meio triste.
 Por que você esta dizendo isso, o que você está aprontando dessa vez? - perguntou Mel desconfiada, realmente não fazia o menor sentido Draco Ter falado isso.
 Por que você sempre acha que estou aprontando algo, será que você nunca vai acreditar em mim?
 Impossível acreditar em alguém como você.
 Como assim, como eu? - perguntou Draco parecendo ofendido e confuso.
 Ah, você sabe, não se faça de bobo. - disse Mel impaciente e rumou para fora do salão, Draco foi atras e continuou falando.
Nevava muito do lado de fora do salão e fazia bastante frio, foram andando ate o lago que ficava não muito longe, era em frente o salão, ainda dava para ouvir a musica tocar, Mel parou em frente o lago que tinha virado gelo e se virou para Draco que estava alguns passos à sua frente.
 Me diz o que você quer, Draco! - bravateou Mel.
 Só quero que você confie em mim, só isso. - respondeu Draco calmamente se aproximando ainda mais de Mel.
 Aé?! E me diz por que eu deveria confiar em você?
 Porque quando a gente gosta de uma pessoa a gente tem que confiar nela.
 Peraí, eu não gosto de você.
 Ah sei, vai me dizer que gosta do Potter cicatriz. - disse Draco em deboche pondo a mão na testa como se estivesse indicando a cicatriz em forma de raio de Harry.
 Isso não é da sua conta e não o chame assim.
 Assim como? De Potter cicatriz? - disse Draco em gargalhadas.
 Você é ridículo, era de se esperar que não havia mudado. - disse Mel desapontada rumando de volta pro salão.
 Espere Mel, era brincadeira, eu mudei sim. - disse Draco indo em sua direção e segurou a sua mão, ela o olhou com um olhar diferente, como se estivesse enfeitiçada por Draco, isso não poderia está acontecendo, Draco a beijou, Mel não se moveu para sair dos braços dele, tudo estava perdido, ela chorava ao beija-lo, sabia o que estava fazendo, só não sabia porque estava fazendo isso, longos segundos depois ambos se olharam e Mel disse calmamente:
 Draco, eu não sei por que isso aconteceu.
 Isso aconteceu porque nós dois quisemos. - disse ele carinhosamente.
 Não, não poderia Ter acontecido, não poderia... - disse ela chorando, mas continuou com os braços nas costas dele.
 Calma, fique calma. Nada de ruim vai te acontecer. - consolou-a Draco colocando a cabeça dela em seu ombro.

Minutos depois um bruxo que parecia ser um dos empregados da festa chegou ate eles disse:
 Com toda licença Sr Malfoy, seus pais e os pais da Srta Mean estão o aguardando no centro do salão, pois falta exatamente dez minutos para meia-noite.
 Ah sim, pode ir. - respondeu Draco, Mel se soltou dele e saiu andando pro salão.
 Espere Mel, temos chegar juntos. - disse ele, ela parou de andar e o esperou, deram as mãos e foram juntos.

 Onde você estava? Por que não me bipou? - perguntou David preocupado.
 Porque não precisou, relaxa. - Mel respondeu calmamente ao chegar no centro do salão onde estavam seus pais e os de Draco e David também estava junto.
 Essa noite é uma noite muito especial por dois motivos - começou dizer Lucio Malfoy quando o salão inteiro ficou em silencio. - primeiro porque é Natal e segundo porque, bom, juntamente com minha amável irmã Julie Mean queremos anunciar o noivado de nossos filhos Draco Malfoy e Mel Mean, um brinde à eles.
Todos brindaram inclusive Mel que não entendia nada, pensava que isso era uma brincadeira de mal gosto e que logo seu pai ia falar que era tudo uma mentira, mas isso não aconteceu, todos continuaram a aplaudir, Mel se sentiu em outro lugar, não se sentia ali, achava que estava tendo um pesadelo e que em breve acordaria dele, sentiu algo em seu em seu dedo da mão direita, ao olha-la percebeu que tudo era real, via Draco colocando em seu dedo um lindo anel de ouro branco com uma pequena pedra de cristal.
 Vamos Mel, coloque a aliança em mim. - disse Draco quando sua mãe entregava a aliança a Mel, ela olhou para Narcisa e depois para Lucio e sentiu que se não fizesse o que Draco dizia algo ruim iria acontecer, só de olhar para o seu tio dava a entender isso, então ela fez o mandado e novamente todos aplaudiram.
 As pessoas estão esperando que se beijem, queridos. - disse Julie Mean à Mel e Draco, ele deu um sorriso e ela fechou a cara, foi apenas um estalinho e aplausos novamente.
 E a festa continua. - disse Lucio aos convidados e o som começou a tocar.
Mel saiu do centro do salão e foi direto ao toalete feminino, chegando lá se deparou com um enorme espelho em cima das três pias brancas, ficou se olhando e olhava a aliança em seu dedo, sabia que isso não poderia está acontecendo, não entendia porque estava noiva de Draco, sendo que a única pessoa que realmente gostava estava muito longe dali, essa pessoa sem sombra de duvidas era Harry, ela reconhecia isso, não sabia como contar isso à ele, como iria dizer que gostava se estava noivo de outro? Certamente ele não acreditaria em nada pois Draco ia dar um jeito de fazer com que não acreditasse. Mas como se livrar disso? Como fazer com que Harry acreditasse? Não havia como, principalmente porque havia muitos alunos de Hogwarts presentes e todos viram que nada aconteceu contra a vontade de ninguém, foi o que viram, mas não foi isso que Mel sentiu, era contra sua vontade tudo que estava acontecendo. Ia Mel pensando quando ouviu uma voz fria dizer atras dela:
 Por que está com essa cara de tonta, se conseguiu o que queria, hein Mean? - Mel olhou para o espelho e viu Parkinson com uma expressão de ódio no olhar.
 Está com inveja né Parkinson, porque eu consegui o que você tanto queria. - disse Mel com a cabeça erguida, não podia demonstrar inferioridade à ela.
 Não estou com inveja, quer saber de uma coisa? Eu quero que você e o Draco se explodem. - finalizou nervosa e saiu do banheiro.
 Doente essa garota. - disse Mel consigo mesma rindo.

Ao sair do banheiro Mel tromba com uma mulher loira que estava acompanhada com um sujeito que carrega uma maquina fotográfica, no mesmo instante Mel deduziu quem fosse.
 Fotografa a noiva. - disse a tal mulher entusiasmada.
 Perai, pode ir parando com isso. - disse Mel enraivecida.
 Já sei, a senhorita acha melhor ser fotografada no jardim, não é mesmo?!
 Obvio que não, primeiro que não sou noiva e segundo que odeio que pessoas intrometidas me fotografem.
 Então devo estar enganada... a noiva por um acaso tem irmã gêmea?
 Suponho que voce seja a tal Skeeter.
 Suponho que sim, desculpe não fomos apresentadas ainda, mas vejo que sou famosa a seu gosto.
 A meu gosto? Não vejo gosto nenhum em te conhecer. - respondeu Mel em deboche.
 Então como explica o reconhecimento da minha pessoa? - perguntou Skeeter enquanto sua pena magica ia anotando tudo que ambas diziam.
 Me falaram sobre voce.
 Quem? É alguém famoso?
 É... foi o Harry que me disse.
 Harry Potter? Saudades desse garoto e de seus amigos. Aposto como não disseram muito bem de mim. - disse Skeeter normalmente.
 Ainda bem que voce reconhece. Escuta, por que voce não vai fotografar os convidados, vejam como estão super elegantes. - disse Mel apressadamente ao ver Draco vindo em sua direção.
 Veja, o seu noivo está vindo.
 Mel, te procurei pelo salão inteiro. - disse Draco serio.
 Que gracinha, o noivo preocupado com a noiva. Não se preocupe jovem, ela estava me contando como está contente por esse dia. Façam uma pose pra foto.
 Isso é ridículo. - disse Mel a si mesma ao posar para foto seriamente.
 Obrigada queridos, creio que amanha mesmo será primeira pagina do Profeta Diário. - disse Skeeter satisfeita.
 Profeta Diário? Primeira pagina? - perguntou Mel confusa.
 Querida, vocês são o assunto do momento, amanha a nação bruxa inteira estará comentando sobre o noivado de vocês. - disse Skeeter sorrindo e em seguida partiu para o meio do salão a fotografar os convidados.
 Não vejo a hora do Potter saber da novidade. - disse Draco malvadamente.
 Para que voce precisa disso? - perguntou Mel irritada.
 Preciso para mostrar à ele que nem tudo que ele quer ele pode Ter, que eu sempre serei melhor que ele.
 Voce é patético, me dá enjoou ficar perto de voce, nem sequer sabe o que é Ter sentimento por alguém.
 Ah, o sentimento que tenho por ser melhor que o Potter é melhor que qualquer coisa.
 Voce não é melhor que ele, e nunca será, nunca! - finalizou Mel indo em direção a mesa de seus pais.
 Filha, por que está tão nervosa? - perguntou Matthew à Mel.
 Porque estou com muito sono, vamos embora papai?
 Agora que a festa estava ficando boa, voce já quer ir? Não deveria estar com o Draco? - disse Lucio com aquele olhar que Mel não gostava de ver.
 Deveria, mas... ele precisou ir ao banheiro. - mentiu Mel. - Vamos papai. - ela continuou a insistir.
 O.k, filha, voce venceu. - disse Matthew.

Mel saiu depressa para o carro, não se despediu de ninguém pediu David para dizer que estava passando mal e por isso que não se despediu. Ao chegar em casa Mel foi a primeira entrar, foi direto para o seu quarto e começou a chorar olhando para a foto de Harry que ela tinha colocado no seu criadinho mudo.
 Gosto tanto de voce Harry... me desculpe, não tive culpa. - dizia Mel acariciando a foto quando teve uma idéia:
 Vou escrever uma carta pro Harry.

Pegou um pedaço de pergaminho, uma pena branca e o tinteiro que estava na gaveta do criadinho e começou a escrever:

“Oi Harry,
Desculpe por estar lhe enviando essa carta a essa hora, é que queria que voce soubesse que eu não quis ficar noiva de Draco e que não tive outra escolha a não ser aceitar tudo isso. Quero que saiba que gosto muito de voce, nunca tive coragem de dizer isso pessoalmente, talvez nem eu mesma sabia explicar o que sentia, mas agora sei que gosto de voce e que estou infeliz por as coisas estarem sendo dessa forma.
Estou com muita saudade, penso em voce todo tempo, quero ver voce... me desculpe por tudo. Me responda por favor.
Beijos, Mel Mean”

Mel colocou a carta num envelope, selou com um adesivo e a pôs no bico de Kitty.
 Entregue essa carta à Harry Potter, por favor Kitty. - disse Mel dando um beijo na cabeça da coruja.

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