O casamento N’A Toca



- CAPÍTULO DOIS –

O casamento N’A Toca


- Feliz aniversário, Potter. – Murmurou a Professora Mcgonagall enquanto os três seguiam pela Rua dos Alfeneiros completamente deserta e escura.
- Obrigado. – Respondeu Harry.
- Atitude admirável a sua, Harry. – Falou Olho-Tonto seriamente. – Embora tenha sido humilhado e rejeitado por sua família, ainda assim a protege de seus inimigos. Não conheço muitos bruxos que fariam isso, muito pelo contrário, fariam questão que eles pagassem pelo que fizeram da pior forma, eu seria um desses bruxos.
- Realmente, admirável. – Sorriu a Profª. – Mesmo seus tios sendo a pior qualidade de trouxas existentes, você permitiu que nós prolongássemos o feitiço de proteção. – Ela suspirou. – Dumbledore ficaria orgulhoso.
Harry corou após a deixa da sua Profª, que provocou um silêncio repentino, causado pela lembrança do falecido Dumbledore. Quebrando o silêncio e afastando tristes pensamentos de sua cabeça, Harry perguntou.
- Profª, Hogwarts realmente vai continuar fechada?
- Sinceramente, Potter. Não sei. Rufus não parece muito satisfeito com as medidas que os professores e o próprio ministério aderimos à escola, novos feitiços, novas proteções. Todo o corpo docente trabalhou muito para manter Hogwarts tão segura que, se permitem dizer a própria Azkaban.
- Rufus é um velho estúpido. – Moody resmungou. – Acha que privar alunos de estudar é o meio certo de manter os jovens seguros. Se Hogwarts não é segura Harry, eu não sei o que seria.
- Mas a decisão de Rufus não foi definitiva, Moody. – A profª pareceu mais alegre. – Hogwarts pode ser reaberta. Grande parte dos pais dos alunos acha e com razão que Hogwarts é mais segura para seus filhos que suas próprias casas.
- Ainda mais com o apoio dado pela Confederação Internacional de Bruxos. – Concluiu Olho-Tonto. – Sabe, vão mandar até um deles para a escola, e para negociar com o ministro.
- Aqui está bom. – A Profª Minerva parou subitamente próximo a um dos postes, sendo imitada em seguida por Harry e Olho-Tonto. A Profª olhou a volta e fitou o malão e a coruja de Harry. – Oh céus, para trás Potter. – Harry recuou e a professora puxou da manga de sua veste verde sua varinha e tocou na gaiola de Edwiges e na bagagem do garoto que sumiram num estampido seguido de uma pequena nuvem de fumaça branca. – Não se preocupe, suas coisas foram enviadas para a casa dos Weasleys. Alastor, pode devolver as luzes aos postes.
O homem concordou com a cabeça e puxou do bolso novamente o apagueiro, apertou o botão e fez os pequenos globos de luz voltar aos postes, iluminando a rua ainda de forma fraca.
- Segure-se em mim, Harry. – A Profª estendeu seu braço para Harry que o segurou firme. Ele sabia exatamente o que iria acontecer, pois o fizera no ano anterior com Dumbledore, iriam aparatar. Ele no entanto pareceu mais acostumado com a desagradável sensação de girar para todos os lados e de sentir seus olhos serem forçados contra sua cabeça e de seus tímpanos zunirem. Quando Harry abriu os olhos, se viu diante da casa do seu melhor amigo, uma casa modesta de formações tortas, A Toca. A Profª que estava ao seu lado deu os primeiros passos em direção a porta, sendo seguida imediatamente por Moody e Harry. Minerva bateu três vezes, a porta se abriu revelando a Srª Weasley usando um roupão estampado e bobis no cabelo.
- Harry querido! – Ela exclamou o abraçando. – Que bom que veio, que bom que veio. Profª Macgonagall, Moody.
- Boa noite, Molly. – Cumprimentou a bruxa de chapéu pontudo. – Bem, o trouxemos são e salvo. Creio que podemos ir Moody.
- Ah não. – A Srª Weasley olhou seria para a severa bruxa e a segurou pelo braço. – Não vão sair sem ao menos tomar um chá e comer uns biscoitos que acabei de tirar do forno.
- Molly, receio que já esteja tarde e você...
- Adoraria uns biscoitos. Se não for incomodo. – Respondeu Alastor com um sorriso no rosto. – Apenas se não for causar incômodo, claro.
- Incômodo algum, entrem. – Mooly saiu do caminho, afastando Harry o puxando pelos ombros. Olho-Tonto passou primeiro, seguido de Minerva que tirara o chapéu. – A cozinha é por ali. – Falou a mulher apontando, enquanto os dois velhos bruxos se dirijam ao local indicado, A Srª Weasley sorriu para Harry. – Seu malão e a sua coruja estão aqui. Rony recolheu suas coisas e colocou no quarto que você e ele vão dividir, o de Fred e Jorge. Agora me siga, vamos comer algo, você deve estar faminto.
Harry concordou com a cabeça, a única refeição que ele havia feito no dia foi o almoço. Pois graças a tamanha ansiedade que sentia havia perdido totalmente o apetite. Mas com a aparatação seu estômago pareceu despertar. Seguido pela gentil senhora de cabelos ruivos enrolados em bobes, ele foi a direção a cozinha, que cheirava fortemente a biscoitos recém assados. Harry puxou uma cadeira e sentou-se do lado oposto onde Minerva Macgonagall e Olho-Tonto Moody se sentaram. A Srª Weasley puxou de seu robe a sua varinha e fez o bule levitar e servir em xícaras chá para os presentes. Com outro movimento da varinha, fez uma bandeja repleta de saborosos biscoitos de aveia com contas de chocolate erguer-se sobre a mesa. Ela se sentou em uma cadeira ao lado de Harry e tomou um gole de sua xícara de chá.
- E então Minerva, a escola permanece fechada?
- Sim, Molly, permanece até segunda ordem. – Respondeu a professora tomando um pouco do conteúdo de sua xícara.
- Mas chegaram as corujas da escola com a lista de matérias e tudo mais. – Disse a Srª Weasley confusa.
- Assim como chegou uma nota lamentando pela morte do falecido diretor, informando também que eu assumi temporariamente a direção de Hogwarts e informando que só comprassem os matérias após o Profeta Diário divulgar a noticia que Hogwarts iria ser reaberta.
- Assumiu temporariamente a direção? Não vai ficar em Hogwarts? – Perguntou Harry se metendo no meio da conversa. – A senhora não vai deixar Hogwarts, vai?
Mcgonagall lançou sob Harry um olhar penetrante e respondeu.
- Não Potter, não vou. Apenas acho que são muitas responsabilidades para mim dirigir a escola, lecionar transfiguração e ser a chefe da casa Grifinória.
- Já possui algum indicado ao cargo de diretor? – Perguntou Olho-Tonto.
- Dei minhas indicações ao ministro, ele decidirá.
- Do jeito que ele é idiota vai colocar um elfo doméstico na direção. – Disse Olho-Tonto dando em seguida uma mordida em um dos biscoitos crocantes, seu comentário inevitavelmente arrancou risadas até da Profª Mcgonagall.
- Bom, vamos torcer que ele escolha uma ótima opção. – Disse Macgonagall terminando sua xícara de chá. – Molly, ficamos gratos pelo chá e pelos deliciosos biscoitos, mas eu e Alastor devemos ir, ainda temos um último compromisso a cumprir. – A Profª se levantou e agradeceu gentilmente, sendo seguida por Olho-Tonto, que olhou pra Harry e disse.
- A propósito Potter, feliz aniversário. – Ele deu uma piscadela com seu olho normal para o jovem que retribuiu com um aceno de cabeça. – Nos vemos em breve, se tudo der certo.
Harry se despediu com um aceno da Professora e do Auror que saíram pela porta dos fundos que ficava na cozinha. Novamente Harry mergulhou em duvidas: deveria voltar para Hogwarts ou deveria buscar pelas Horcruxes de Voldemort como havia prometido fazer juntamente de seus melhores amigos no mês anterior? Seus pensamentos foram interrompidos pela Srª Weasley que lhe cutucava para chamar sua atenção.
- Harry, além de faminto você deve estar cansado. E eu sei que esses biscoitos de aveia não encheram seu estômago, então acho melhor você subir e ir para o seu quarto. Pode ir, eu levo um prato de sopa de legumes para você. – Sorriu a bruxa se levantando e dando um profundo beijo na cabeça de Harry. – Tenha uma boa noite.
Harry agradeceu sorrindo alegremente pela agradável gentileza da Srª Weasley e subiu para o quarto pela escada que rangia a cada degrau que Harry subia. Ele abriu o quarto e para sua surpresa, encontrou Rony acordado lendo O Pasquim sentado na sua cama.
- Harry! – Saudou o garoto de cabelos ruivos. – Feliz aniversário.
- Valeu, Rony. – Harry sorriu dando um breve abraço no amigo e sentando-se na cama que estava vazia, lançando um olhar para seu malão, onde Edwiges repousava calmamente em sua gaiola. – Onde está Hermione?
- No quarto de Gina. – Respondeu Rony. – Ela chegou cansada, mas não mediu esforços para ficar resmungando para todo lago que Hogwarts não podia fechar, e lálálálá...
- Como a Gina está? – Perguntou Harry, que foi interrompido pelo som de batidas na porta do quarto, era a Srª Weasley com a sopa de legumes. Harry abriu a porta, pegou a bandeja que a mulher trouxera, a agradeceu e voltou a sentar-se na sua cama.
- Bom, só prometa que isso vai ficar entre nós. – Disse Rony, que vendo que Harry concordara com a cabeça continuou. – Ela ficou um pouco triste porque vocês acabaram, sabe. Ela chorou um dia até, tentou escrever várias cartas para você, que ela as incinerou e... Falou que nunca ia desistir de você, esperaria você até que você derrotasse Você-Sabe-Quem. Ela também disse que por mais triste que ela estivesse ela entendeu os seus motivos.
- Isso é bom. – Harry sorriu enquanto dava colheradas na quente sopa de legumes. – E você e Hermione?
- Vamos bem. Embora ela seja muito mandona e não concorde comigo em certas coisas, mas aquela garota é demais. – Riu Rony jogando a revista que lia para o lado e se deitando na cama. – Ela disse que queria conversar seriamente conosco assim que você chegasse. Acho que é sobre a nossa busca as Horcruzes sei lá o nome daquilo...
- Horcruxes, Rony. – Corrigiu Harry bocejando. – Estou cansado, vou dormir. – Falou Harry deixando a bandeja com o prato de sopa vazio ao chão e se cobrindo com a colcha de retalhos. – Boa noite Rony,
- Boa, - Rony também bocejou. – Noite Harry.
Pela manhã Harry acordou incomodado com os raios de sol que batiam no seu rosto vindos da janela do quarto. Ao lado de sua cama onde ele tinha deixado a bandeja com o prato vazio de sopa, havia outra bandeja, dessa vez com o café da manhã, acompanhado de um bilhete de Hermione que dizia: ‘Assim que comer, vá até o quintal’.
Para o espanto de Harry, ao chegar até o quintal, viu que ele se encontrava tumultuado. Vários bruxos vestidos de branco estavam removendo com as suas varinhas os caldeirões e botas velhas do quintal, outros usavam suas varinhas para podar as árvores e aparar a grama. O grande terreno atrás da casa torta estava também repleto de pessoas que estavam arrumando o lugar, armando tendas brancas, mesas e cadeiras de forma uniforme. Do outro lado havia sido montado um altar, com uma mesa de carvalho, rodeado de arranjos de lírios brancos, a frente do altar havia duas longas fileiras de bancos também de carvalho, separadas por um tapete vermelho.
- Harry! – Disse Hermione que correu em sua direção e lhe deu um abraço apertado. – Como você vai?
- Vou bem. – Disse Harry sufocado pelos braços de sua amiga, que ao perceber o que estava fazendo o soltou. – Quem são essas pessoas?
- Ah, são os decoradores, os cozinheiros. – Riu Hermione.
- E para quê essa decoração toda?
- Harry, Fleur e Gui vão se casar hoje. Dia 31 de julho, dia do seu aniversário por sinal, parabéns. – Respondeu Hermione.
- Ah é. Obrigado. – Disfarçou Harry. – E cadê o Rony?
- Beliscando os doces da festa nas tendas. – Indicou Hermione com dedo. - Ele disse que as bombas de chocolate recheadas de doce de abóbora estavam chamando ele e elas não podiam esperar até a noite para serem devoradas.
- Eu vi o seu bilhete, Hermione. – Falou Harry indo direto ao assunto que o levara ao local. – E Rony me avisou antes de eu ir dormir que você precisava falar com a gente.
- Sim, eu gostaria. E é sobre nossa busca pelas Horcruxes. – Disse hermione fitando uma das tendas brancas de onde Rony saia com a boca lambuzada de chocolate. – Olhe o Rony ali, vamos até lá e conversaremos.
Eles seguiram em direção ao garoto ruivo que limpava a boca com a manga de sua camisa. Eles se cumprimentaram e foram em direção há um lugar menos tumultuado do jardim, onde havia um tronco de árvore no chão, onde os três se sentaram deixando Hermione no meio.
- E então Hermione? – Perguntou Harry.
- Harry, o que planeja exatamente para nossa busca? – Perguntou Hermione.
- Bom, primeiro nós temos que ir até Godric's Hollow, visitar o túmulo de meus pais, Dumbledore quis assim. – Disse Harry confiante.
- Ok, e depois? – Hermione questionou novamente.
- Depois sairemos em busca de outras Horcruxes, claro.
- Eis que surge a questão Harry. Onde achá-las?
Harry engoliu seco com a pergunta de Hermione. Procurando a resposta em sua cabeça sem sucesso ele suspirou.
- Eu não sei. Há hipóteses de onde elas possam estar...
- É sobre isso que eu quero falar, Harry. Primeiramente, não quero que você ache que estou voltando atrás, se eu disse que iria com você em busca das malditas partes da alma de Você-Sabe-Quem, eu vou. Mas sinceramente, acho que não devíamos ir.
- Ta ai, porquê Mione? – Perguntou Rony.
- Rony, Harry, pensem comigo. Vamos até Godric’s Hollow, mas e depois? Acho que há alguma pista sobre os outros Horcruxes lá, ou até mesmo um deles. Mas entendam, somos apenas estudantes do sétimo ano de Hogwarts. E acho que lá temos mais chances de descobrir mais informações de como localizar e destruir essas coisas.
- Eu odeio a escola, mas você tem razão Hermione. – Disse Rony.
Harry ficou calado por uns instantes, refletindo sobre as palavras de Hermione. Mesmo com sua imensa vontade e perseverança em destruir de uma vez por todas Voldemort, Harry percebeu que eles estavam seguindo sem rumo, sem direção, sem garantias de que iria dar certo.
- Mas quanto mais nós demorarmos a encontrá-las, mais forte Voldemort fica. – Hermione e Rony soltaram o costumeiro guincho de quem ouve o nome de Voldemort. – Quanto mais tardar, mais pessoas morrerão e serão torturadas nas mãos dos Comensais da Morte.
- Talvez devêssemos contar a Moody, Harry. – Disse Hermione. – Ele assumiu a Ordem da Fênix após a morte de Dumbledore, ele vai ficar furioso se souber que não foi lhe informado nada sobre Horcruxes a ele, mas ele pode nos ajudar.
- Não. – Respondeu Harry. – Mas acho que você tem razão, nós podemos ir para Hogwarts, dedicar o ano a estudar sobre isso e depois seguir em rumo a busca de Horcruxes. Mas nada de contar ao Olho-Tonto sobre isso, certo?
Hermione riu, surpresa pela reação de Harry ser melhor do quê a que ela realmente esperava. Ela imaginou Harry dizendo que iria sozinho, que não voltaria a Hogwarts de jeito nenhum, mas ele pareceu compreender bem.
- Claro Harry,
- Mas temos um único problema. Quer dizer, num é exatamente um problema, é um problema para quem gosta de estudar e uma maravilha para as pessoas como eu, que odeiam. – Disse Rony. – Hogwarts ainda permanece fechada.
- É verdade. – Disse Hermione triste.
- Mas não é definitivamente, Mcgonagall me disse. – Respondeu Harry.
- Disse? Que maravilha! – Suspirou Hermione.
- Que desastre. – Resmungou rony.
- Sim, ela disse enquanto me trouxe até aqui. Disseram que até a Confederação Internacional de Bruxos está apoiando, vão até enviar um deles para negociar com o ministro.
- Isso é genial. – Disse Hermione sem esconder sua felicidade.
- Ronald Weasley! – Gritou uma voz feminina familiar de longe. – Venha aqui já provar suas roupas para hoje á noite. E diga ao Harry que depois é a vez dele.
- Ta, mãe. Mas com esse berro que a senhora deu, mesmo que ele estivesse em Azkaban ele teria ouvido. – Respondeu Rony desanimado gritando e se levantando do tronco.
- Minha vez?
- É, Madame Malkin. – Rony apontou para a única cabana de cor azul. – Prova de roupas, acho melhor você vir comigo.
Harry seguiu Rony até a tenda azul, lá dentro eles encontraram a mulher esguia que Harry reconhecera como a Madame Malkin, que sorriu ao ver os dois rapazes entrar. Eles provaram trajes de gala para o casamento, que caíram bastante bem em ambos, tendo que apenas que ajustar coisas como a bainha. Ao saírem da cabana Harry se perguntou como tantas coisas poderiam estar sendo feitas na casa dos Weasleys se eles eram tão pobres, mas logo ele foi respondido involuntariamente por Rony enquanto eles voltavam para a Toca levando os trajes.
- Eu também vou trabalhar em Gringotes. – Rony disse sarcástico. - Sabe, embora a família de Fleur seja rica, o banco onde eles trabalham ofereceu como presente para eles essa festança, nós não estamos pagando nada, os duendes de lá disseram que foi pela valentia de Gui, e pela beleza de Fleur. – Rony riu enquanto abria a porta e entrava. – Até nossos trajes, isso inclui o seu também Harry, foi o banco quem pagou.
- Nossa, nunca pensei que eles fossem ser tão generosos. – Disse Harry admirado.
- Pois é, mas nós todos adoramos, menos mamãe e papai. Papai diz que podia pagar mesmo se esforçando, e mamãe odiou a idéia da comida ter vinda toda do país da Fleur, ela realmente queria cozinhar, levou isso como uma ofensa.
O resto do dia, Harry passou com Rony observando da janela do quarto a arrumação no quintal para a festa de casamento. Ele ria ao ver a Srª Weasley resmungando e xingando os cozinheiros que carregavam imensas bandejas de doces finos. Quatro dos homens traziam com cuidado um bolo de casamento que era composto de quatro bolos com diferença de tamanhos arrumados uns em cima do outro e cobertos de glacê branco que também trazia no topo dois bonecos que se olhados de perto eram bonecos animados que reproduziam Gui e Fleur, que dançavam alegremente. Hermione e Gina sumiram o dia todo, assim como Fleur, Harry deduziu que elas estavam na cabana de Madame Malkin pois via Gui tentar adentrá-la e sendo expulso pela mulher aos berros (você não vai ver a noiva antes do casamento nem que eu esteja morta, Gui Weasley). Ele também pôde ver três pessoas chegarem dentro de uma carruagem que não era puxada por nenhum tipo de animal, mas se movia. As pessoas que saíram era um homem de cabelos brancos, porém de aparência jovial usando vestes finas, uma mulher que usava um véu cobrindo sua cabeça e parte de seu rosto, deixando á mostra apenas seus olhos e uma franja de cabelos loiros-dourados, a ultima pessoa era uma garotinha que Harry reconhecera desde o momento que batera seus olhos nela: Gabrielle Delacour, a irmã de Fleur, com isso Harry concluiu que aqueles outros indivíduos se tratavam dos pais da noiva. Os três foram recepcionados pelo Sr° e Srª Weasley de forma agradável, os deixando bem á vontade, com exceção da mãe de Fleur que olhou para a casa e soltou um olhar como se tivesse se perguntando se ali realmente era uma casa.
E finalmente a hora da cerimônia chegou. À noite daquele dia estava iluminada por milhares de estrelas e pela cintilante meia-lua ostentada no límpido céu. Os convidados se posicionaram nos bancos, um homem vestido de preto com um longo chapéu pontudo foi para trás do altar, os pais de Rony se sentaram no primeiro banco á esquerda, juntamente de Fred, Jorge e Carlinhos que haviam chegado mais cedo para alegria da Srª Weasley e ao mesmo tempo tristeza (Que bom, toda família reunida. Menos... Percy). e do outro lado a família de Fleur acompanhada da gingante Madame Máxime com exceção do pai da noiva e de Gabrielle
Harry desceu junto de Rony correndo pelas escadas. ambos estavam usando vestes parecidas, com gravatas prateadas. Logo eles se encontraram com Hermione, que estava vestindo um vestido violeta e os seus cabelos arrumados em um penteado. Rony e ela se beijaram e Harry achou mais conveniente se separar do casal.
Enquanto procurava um lugar entre os convidados, Harry viu em uma fileira vazia uma mulher de cabelos rosa chiclete, usando um vestido lilás. Ela estava aparentemente incomodada com o ambiente, olhava inquieta para os lados até que avistou Harry. Ela abriu um largo sorriso quando o viu e o cumprimentou.
- Harry, Harry! Senta aqui comigo por tudo de mais sagrado!
- Claro, Tonks. – Disse Harry se sentando do lado da jovem mulher. – Está esperando alguém?
- Não é isso, Harry. – Tonks sorriu disfarçadamente, mas mudou rapidamente de assunto. – Feliz aniversário, Harry.
- Obrigado. – Disse Harry agradecido, mas voltou rapidamente ao assunto. – Mas porque está tão inquieta?
- Tá Harry, eu to esperando alguém. – Bufou Tonks. – Olho-Tonto, Macgonagall e Lupin foram buscar uma pessoa.
- Que pessoa? – Perguntou Harry.
- Isso não posso falar, quando a pessoa chegar você vai ver. – Tonks olhou para trás e exclamou. – Olhe Harry, vai começar o casamento e nenhum daqueles folgados chegou...
Todos que estavam sentados se levantaram instantaneamente quando instrumentos enfeitiçados ao lado do altar começaram a tocar a marcha nupcial. As luzes prateadas que iluminavam o local apagaram, deixando apenas o tapete e o altar iluminados. Harry olhou para Gui, que estava usando uma fina veste de gala, com os longos cabelos ruivos bem arrumados e apesar das marcas em sua face dava para perceber o quanto ele estava nervoso, pois suas pernas bambeavam. Harry ouviu soluços altos, de alguém chorando. Ele imaginou ser a Srª Weasley ou a Srª Delacour, mas incrivelmente era Madame Olímpia Máxime, que pranteava enquanto enxugava os olhos com um lenço que mais parecia uma toalha. Pelo tapete entraram quatro pessoas. Duas usavam vestidos de tom dourado cintilantes e jogavam pétalas de flores brancas retiradas de um pequeno cesto que traziam em suas mãos pelo caminho, eram Gabrielle Delacour e Gina Weasley, que trocou um olhar rápido com Harry o que fez as bochechas de ambos se avermelharem. Atrás das duas vinha uma mulher loira, que trajava um vestido de noiva branco-prateado, riquíssimo em detalhes. Ela também usava uma grinalda longa presa á sua cabeça, que estava rodeada de pequenas fadinhas prateadas e brilhantes que se contrastavam com os cabelos loiros-prateados e esvoaçantes de Fleur. A garota que já era conhecida por sua tamanha beleza, estava mais divina do que nunca, suas feições marmorizadas e delicadas pareciam estar mais encantadoras. Ela dava passos delicados, e embora olhasse para frente confiante, seu nervosismo ficava exposto quando se observava suas mãos trêmula que traziam um buquê de rosas brancas. Do seu lado e segurando sua mão direita vinha o mesmo homem que Harry vira mais cedo, o homem de rosto jovem e cabelos brancos, o pai de Fleur.
- Esse ai com a Fleur é o pai dela, Oberon Delacour. – Cochichou Tonks. – Ele trabalha no Ministério da Magia francês, o homem é um saco de arrogância, porém dizem que é justo.
Mas Harry não estava prestando atenção nas falas de Tonks, nem em Fleur que acabara de ser entregue a Gui pelo Sr° Delacour, ele não conseguia tirar os olhos de Gina. Por todo decorrer do casamento, eles trocaram olhares, o que faziam ambos ficarem vermelhos e por vez escaparem risadinhas. Harry sentia vontade de falar com Gina, mas algo não permitia que ele o fizesse, talvez o medo de envolver-se demais com ela e com isso não conseguir se separar dela novamente, a pondo em apuros, então ele decidiu nem sequer trocar uma palavra com ela aquela noite.
Quando o casamento acabou, Harry e Tonks foram para umas das mesas cobertas por toalhas de linho branco. Tonks ainda estava ansiosa esperando alguém, e para aliviar a tensão ela começou a despetalar as flores do arranjo de mesa.
- Casamento chato, hein? – Ela resmungou. – Só vim porque o Gui é meu amigo.
- Eu achei brilhante. – Disse Harry com a visão de Gina ainda em sua cabeça. – Ela estava linda.
- A Fleur? Não achei não, ficou muito pálida. Até o Pirraça parecia mais corado.
Mas Harry apenas deu um risinho leve, não era de Fleur quem ele falava, era de Gina. A visão dela sorrindo pra ele não saia da cabeça dele nem por um segundo. Grande parte do tempo, Harry passou pensando naquele momento comendo uma das deliciosas bombas de chocolate recheadas enquanto Tonks olhava para os lados o tempo enquanto esmagava um dos pedaços do bolo de casamento inconscientemente. Repentinamente, Tonks se levantou e cutucou Harry, o que fez ele levar um susto pois estava concentrado.
- Chegaram, bando de folgados. – Ela apontou para o outro lado da festa, onde vinham Macgonagall, Olho-Tonto e Lupin, que se aproximaram e sentaram nas cadeiras vazias.
- Desculpe-nos pelo atraso, Tonks. – Disse gentilmente Minerva.
- Ta, tudo bem. E ai conseguiram? – Respondeu Tonks parecendo um tanto nervosa.
- Conseguiram o quê? – Perguntou Harry.
- Harry, Harry. – Disse Lupin batendo nas costas dele. – Feliz aniversário.
- Obrigado. – Disse ele. – Mas, o que vocês foram buscar?
- Potter, acho que demos um grande passo para que Hogwarts abra novamente. – A Profª Macgonagall parecia mais alegre que mais cedo. – Conseguimos dois novos aliados, um fantástico, outro inesperado.
- Quem são? – Perguntou Harry curioso.
- Um realmente vem da Confederação Internacional de Bruxos. – Respondeu Macgonagall sorridente. – Contudo, o inesperado é ninguém menos que...
- Que...?
- Aberforth. – Exclamou Lupin. – Aberforth Dumbledore.

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P.S: Ê, capítulo chato. Huehuehuehuehueheehhue
Semana que vem eu posto o terceiro, abraços

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