A infância de Snape



N/A As partes que são todas em Itálico são lembranças.

Cap.1 A infância de Snape

‘ -Mamãe, porque o papai está sempre tão bravo?-perguntou Severo Snape,com seus infantis seis anos,deitado em sua cama num quartinho escuro cheirando a mofo.
Eileen Prince Snape olhou aqueles olhos tristes com um aperto no peito.Como explicar a seu filhinho que o pai não aceitara bem o fato de ela ser uma bruxa?Seus olhos estavam constantemente cheios de lágrimas prontas para rolarem por sua face...Sua família a rejeitara depois que souberam do seu envolvimento com um “Sangue-ruim”, fora deserdada por causa de uma ilusão amorosa, pois o que estava vivendo era um pesadelo.
O gentil trouxa com quem se casara, por quem largara tudo, estava transformado.Não se parecia com aquele homem que a chamava de “Princesa” e fazia de tudo para conversar com ela.
-Não pense nisso meu querido, ele está assim porque não consegue fazer mágicas como a mamãe.-Ela engoliu em seco e olhou para os lados alerta.O marido a proibira de falar nessas “coisas do demônio”, faze-las e cita-las ao filho.Ele não queria o menino metido “com essa sua gente”.Ela tinha até que se submeter a usar míseras descrições para contar ao seu filho que ele, era um bruxo.Ela passou as mãos nos negros cabelos do filho que a olhava preocupado, um tanto sério para a idade.
-Não se preocupe mãe, quando eu aprender eu ensino pra ele!-tentou sorrir o menino,mas parou vendo o olhar severo da mãe.
-Nunca!-disse ela afoitamente; e vendo o olhar assustado do garoto,completou:-É que...ele passou da idade meu Príncipe, e se você contar pra ele sobre nossas conversas, ele vai ficar bravo outra vez.
-Mamãe, eu queria que ele me amasse como a senhora.Uma vez a vovó disse que ele não presta e não passa de um trouxa nojento... o que ela quis dizer com isso?-Eileen olhou assustada para o menino, ele com certeza devia ter ouvido a discussão com sua mãe Ivy Prince, uma senhora rude e autoritária, quando pedia ajuda financeira.A situação não estava nada boa para eles e sua mãe não estava querendo ajudar a desviada da família, pelo que os outros pensariam.No entanto, a mulher não pôde explicar, pois ouviu um estardalhaço chegando ao quarto.Era ele.Seu sonho juvenil, sua perdição.’

-Não faça isso com ela!!

Severo estava ofegante,tinha 15 anos e estava em seu quarto nas masmorras da Sonserina. Sonhara outra vez com aquela pavorosa cena de sua “amada” infância.

Via seu pai chegando completamente bêbado, falando coisas das quais naquela época não entendia, mas já sentia medo.Arrastando a mãe para mais uma “conversa” enquanto ela chorava implorando para que ele a deixasse fechar a porta do quarto dele para conversarem a sós longe do filho.

Ele via dia após dia a tristeza invadir os olhos da mãe.Ela nunca fora grande coisa, era entediada mas esperta quando garota, mesmo assim não se comparava nem a um terço do que tinha se transformado nos últimos 3 anos.
O pai dizia que ela o enfeitiçara, o enganara, a chamava de pervertida e tudo quanto mais existisse de ruim.

-Maldito!-sibilou o jovem Snape socando o travesseiro.Alguns companheiros de quarto resmungavam para que ele calasse a boca e ele se levantou para tomar um copo d’água.

Tudo vinha novamente à sua cabeça e uma lágrima de rancor deslizou por sua face.Eram dolorosas lembranças e ele tinha sede de vingança do mundo, como se este fosse o culpado por tudo que o destino lhe reservara.


‘-Lembre-se, meu filho: Você, tem o sangue dos Prince e ninguém pisa em nós! Somos sempre bons no que fazemos, ouviu?Não me decepcione!- Sua mãe lhe sorriu encorajadoramente e piscou pra ele.
-Você vai se orgulhar de mim, mãe.Nenhum trouxa noj... quer dizer, hum, vou ser bom em tudo mamãe.disse ele enquanto seus pensamentos gritavam:”Por que ele pisa então mãe? Por que você deixa que ele pise?”
A Sra. Snape olhava seu garoto tentando manter uma aparência firme, tinha arranhões nas mãos que tampava com luvas e sabia que seu único desejo de viver estava encaminhado na vida.Finalmente ele iria para Hogwarts.
Sua missão de mãe bruxa estava inicialmente cumprida e lhe custou muito física e emocionalmente a ida do filho, contrariando o marido.

E Snape sabia.Sabia muito bem o quanto custou para ele estar ali.isso só aumentava um sentimento que ele não identificava muito bem em seu coração de criança, mas que logo reconheceria...Ódio.

Cinco anos se passaram desde que colocara o chapéu seletor.Sua mãe, por fim estava cedendo à tristeza, ela estava morrendo, estava pagando por todo o mal que fizera ao se casar com um trouxa.

Mesmo com toda a raiva do mundo ele se perguntava por quê, apesar de ser tão poderosamente bruxa, a mãe não fazia nada, absolutamente nada para evitar que tudo aquilo acontecesse.

-Eu odeio o amor- “falou” Snape ,apertando o copo, embora seus lábios finos tivessem apenas se mexido levemente.

“Essa droga destruiu minha vida.Destruiu minha mãe.Isso só pode ser invenção dos trouxas.Me sinto tão só...oras que bobagem.Eu sou um Prince, um meio Prince...O meu sangue me diz que eu nunca devo me sentir por baixo.Isso é lei pra mim.As pessoas ainda vão rastejar aos meus pés.Todos os idiotas dessa escola vão me temer.Eu tenho paciência e muita determinação...”

Ele andava de um lado para o outro, seus pensamentos furiosos e desembalados, o pijama velho tinha linhas soltas em diversos lugares e ele passava as mãos nos cabelos oleosos e lisos que lhe batiam quase no pescoço, nervosamente, quase em desespero.

Parecia sem rumo e carente por atenção.Tinha 15 anos, era desengonçado e um esforçado aluno de Hogwarts.Seu nome, Severo Snape.



Comentem por favor é minha primeira fic!!!Críticas são bem vindas!!!!Bjaum!!!!

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