Memórias



Capitulo I
“Memórias”

Harry estava sentado na sua cama, e tentando arranjar sono em sua consciência ocupada. Seu corpo pesava, tudo o que havia ocorrido todos esse anos lhe passava pela cabeça constantemente. Ele lembrava de Cedrico, de Cho, de Quirell, de Sirius, e de Dumbledore. E neste momento, seu coração doía. A perda recente que Harry havia enfrentado tinha afetado – e muito – os pensamentos dele. Tudo seria diferente depois de tudo aquilo. Como seria Hogwarts sem Dumbledore? Agora ele estava praticamente sozinho. Tudo aquilo voava sobre sua cabeça, as cenas se repetiam continuamente. “Snape... Por favor.”, foram essas suas últimas palavras. Ele não entendia, não sabia como aquilo poderia ter acontecido. "Justo ele, o único que ainda acreditava em Snape", pensava Harry. O dia já estava amanhecendo e Harry achou melhor deitar para tentar cochilar novamente. "Não se preocupe, tudo acabará bem", dizia uma voz dentro dele.

-Por que ele sempre volta? – gritou Tio Valter.

Foram essas as palavras doces que acordaram Harry. Ele tateou a cabeceira e pegou seus óculos. Em pé, tentava decifrar a barulheira que se passava lá em baixo.

-Diga Petúnia, o que está escondendo de mim? – ele berrava.

-Fale baixo. Vai acordá-lo. – sussurrou Petúnia.

Foram essas as palavras que realmente assustaram Harry." Ela? Preocupada com meu sono?" Pensava ele. Então decidiu sair do quarto, que se encontrava no andar de cima, e ouvir a conversa do primeiro degrau da escada. Ele se sentou com cuidado para que ninguém ouvisse, se acomodou, e voltou a prestar atenção na conversa.

-Petúnia, eu não irei suportar mais essas mentiras! Diga-me a verdade ou forçarei o menino a sair daqui novamente. – ele bradou, em tom de ordem.

-Está certo. Acho que já está na hora. – disse ela com uma voz assustada.

-Está na hora do quê?

-Agora que Dumbledore está morto, será que posso? – sussurrou ela para si mesma.

-Quem morreu? Aquele velho caduco? – respondeu ele, confuso.

-Não fale assim dele.

-Petúnia eu não te entendo.

Ele estava certo, ninguém estaria entendendo nada naquele momento. Até mesmo Harry parecia confuso. "Como assim?" As coisas não pareciam ir nada bem lá em baixo. Tio Válter berrava sem entender nada. Harry desviou sua atenção naquele momento. Sua cicatriz havia dado uma pontada. Ela andava fazendo muito aquilo ultimamente. E Harry sabia o porque. "Ele está próximo. Eu sinto isso. Tenho que agir rápido."

Harry resolveu descer, já que Duda havia acordado e chegado na cozinha, e a conversa havia sido trocada por mimos. Ao chegar à cozinha, todos, como sempre, reagiram como se Harry não existisse. Ele se sentou, pegou uma torrada e passou um pouco de cream cheese. Quando ele levou a torrada à boca, tia Petúnia veio até ele.

-Harry, o que quer para acompanhar a torrada? – perguntou ela.

"Algo realmente está errado".

-O que está acontecendo? – disse Harry após fazer uma cara de quem quer saber a verdade.

-O quê? – retrucou.

-Eu ouvi a conversa. Vocês estavam discu... – de repente tudo parou.

Em um segundo, Harry não conseguia mais falar, nem pensar. Tudo o que saiu de sua boca foi um estrondoso grito de dor que invadiu toda a casa.

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