Aniversarios e Namoros
Cap. 6 – Aniversário e Namoros
No dia seguinte, eu levantei-me e fui ao quarto de Harry para lhe dar os parabéns. Entrei no quarto dele, deparando-me com Harry a dormir, para variar. Sentei-me na beira da cama dele e abanei-o levemente.
- Hei, dorminhoco. – chamei, ao que ele abriu os olhos, mas ainda sonolento. – Parabéns, fofinho.
Abracei-o e dei-lhe um beijo carinhoso. Entreguei-lhe a minha prenda e vi o olhar de surpresa de Harry, quando ao rasgar o papel se deparou com um linda moldura com uma foto de nós os dois (obra de Harry, que durante o nosso passeio no meu segundo dia de estadia na casa dos Dursley me arrastou até a um centro comercial e nós tiramos umas fotografias numa pequena loja fotográfica que lá havia). Eu tinha aproveitado e tinha pedido à tia de Harry para me comprar uma moldura onde eu pudesse colocar uma das minhas fotografias com Harry (já que as restantes iriam ficar no álbum de Harry). Após me agradecer o presente, eu voltei ao meu quarto para que tanto eu como Harry nos arranjássemos antes de descermos para tomarmos o pequeno-almoço. Após Vernon e Dudley saírem (Vernon para o trabalho e Dudley para ir ter com os amigos), a tia de Harry chamou-nos aos dois à sala, onde entregou a Harry algumas fotografias de Lily quando ela ainda era criança e já em adolescente, e fotos dos avós maternos de Harry. Fomos interrompidos pela chegada de Dumbledore, que após uma breve conversa com Petúnia, disse que teríamos de ir embora e eu e Harry levamos os nossos malões para o carro onde Dumbledore tinha vindo buscar-nos. Como era o senhor Weasley que vinha a conduzir, eu e Harry sentamo-nos no banco de trás e começamos a nossa viajem a caminho de Grimmauld Place.
Mas não nos dirigimos para Grimmauld Place, pois na minha opinião, tínhamos tomado uma direcção diferente e estávamos a dirigir-nos para uma pequena povoação, que não se parecia nada com Grimmauld Place. Mr. Weasley estacionou o carro em frente a uma casa, que embora parecesse como nova, parecia inabitada. Dumbledore saiu do carro e pediu-nos que o acompanhássemos, embora estivéssemos um pouco relutantes, seguimo-lo até à casa. Entramos na casa e não vimos nada de especial, mas com um segundo olhar, dei de caras com um retrato em cima de uma mesa, que parecia ser mesmo de…
- São os meus pais. – exclamou Harry, que também tinha visto o retrato e pegou-lhe, vendo que era uma fotografia de James e Lily abraçados, tendo como pando de fundo Hogwarts.
- Harry! Será melhor veres a casa. – falou Dumbledore. – Foi aqui que os teus pais viviam antes de morrerem. Era aqui que eles estavam escondidos.
- Mas a casa não tinha ficado em ruínas? – perguntei.
- Não. – respondeu Dumbledore. - A única divisão que teve mais estragos foi o quarto de Harry e embora tenha sido reconstruído, não está igual ao original.
Depois do que Dumbledore disse, Harry pousou o retrato e pegando-me na mão, levou-me com ele de modo a que explorássemos o resto da casa. Descobrimos que a casa ainda mantinha muitos pertences de James e de Lily, incluindo as varinhas dos dois, que encontrámos numa gaveta da cómoda do quarto dos pais de Harry. Harry analisou tudo detalhadamente, e senti que ele começou a ficar triste.
- Harry. – disse, abraçando-o. – Não fiques assim, agora tens muitas coisas dos teus pais. E podes ver que eles eram muito felizes.
- Obrigado, Hermione. – ele agradeceu e abraçando-me, chorou. Tentei confortá-lo fazendo-lhe festas na cabeça.
Ficamos mais um tempo assim até que decidimos ir ao sítio que nos faltava visitar: o quarto de Harry, onde Lily tinha morrido a tentar salvar o filho. Assim que Harry abriu, eu senti um arrepio na minha espinha, como se tivesse apanhado com uma corrente de ar. Estranhei pois a janela do quarto estava fechada, mas instalou-se em mim uma sensação de estar a ser observada. Harry que tinha entrado no quarto não reparou que eu tinha ficado parada à porta. Algo me dizia que não era ali que eu deveria entrar. Seguindo a minha intuição, afastei-me da porta e continuando pelo corredor, cheguei perto de uma porta e voltei a sentir novamente a sensação de ter apanhado com uma corrente de ar, mas em vez de ficar com frio, senti algo quente a espalhar-se no meu corpo. Aproximei-me e abrindo a porta, entrei na divisão, ficando surpreendida pois em vez de um quarto, encontrei escadas, pensado que deveriam levar até ao sótão. Sem olhar para trás, subi as escadas, curiosa em saber o que havia no sótão. Fiquei bastante surpresa com que lá encontrei: encostado a uma das paredes estava um quadro, que deveria ter sido pintando por um pintor muggle, já que as figuras de James e Lily não se moviam (pensei que deveria ter sido ideia de Lily, devido à sua descendência muggle). Na parede que ficava de frente para o quadro dos pais de Harry estavam encostados dois malões: um com um JP e o outro com um LE, e deduzi que deveriam ter pertencido aos pais de Harry, mas antes de me dirigir aos malões, olhei melhor em volta e vi que aos lados dos malões, haviam três baús uns ao lados dos outros, também encostados à parede; havia também uma estante cheia de livros que deduzi que tivessem pertencido a Lily, pois Harry tinha-me tido que também ela adorava ler. Ao lado, havia outra estante, mas essa tinha alguns troféus e aproximando-me para os observar, reparei que a maioria pertenciam a James, como recompensa de ele ser o melhor apanhador de Hogwarts (mas Harry também não ficava muito atrás) e havia uns quantos de Lily, que lhe foram entregues por ser a melhor aluna que tinha estudado em Hogwarts, dois ou três por ter ganho pequenos concursos de o aluno mais brilhante e ainda um por ter sido nomeada como Rainha do Baile de Finalistas, colocado logo ao lado do de James, que tinha sido nomeado como Rei do Baile de Finalistas. Sorri, eles realmente tinham sido muito felizes, como demonstrava a fotografia que tinha sido colocada atrás dos dois troféus e que deveria ter sido tirada logo após eles se terem tornado Rei e Rainha do Baile de Finalistas. Mas os meus pensamentos foram interrompidos por Harry.
- Hermione. – ele chamou e sorri, porque ele deveria ter ficado preocupado quando não me viu no quarto. – Onde estás?
- Aqui em cima. – respondi, e em pouco tempo vi a cabeça de Harry aparecer na porta.
- O que encontraste? – ele perguntou, curioso, começando a subir as escadas.
- Muita coisa que tu vais gostar de ver. – respondi e notei que a boca dele ficou aberta com o que encontrou no sótão.
- Anda cá. – chamei. – Vais gostar de começar por aqui.
Ele aproximou-se de mim e começou a observar os troféus.
- Como chegaste aqui acima? – ele perguntou após pousar a fotografia dos pais que estava atrás dos troféus de rei e rainha do baile de finalistas.
- Uma intuição com a ajuda de um certo vento frio. – respondi e ri-me da cara de confusão que Harry fez. Aproximando-me do vão de escada, chamei. – Professor Dumbledore?
- Sim, Hermione. – perguntou o director, aparecendo à porta da despensa.
- Será que o senhor poderia chegar cá acima? – perguntei, tendo como resposta um acendo afirmativo de Dumbledore, que começou a subir as escadas.
Após chegar ao pé de nós era visível que ele estava surpreendido.
- Quem conseguiu abrir a porta da dispensa? – ele perguntou, virando-se para mim.
- Eu professor. – respondi. – Porquê?
- Porque quando a casa teve em obras. – ele exclamou e dando uma pausa e olhando para mim. – Ninguém conseguiu abrir a porta. Nunca realmente soubemos porque.
- Como é que ninguém conseguiu abrir a porta. – Harry exclamou, olhando para mim. – E Hermione à primeira tentativa é capaz? O que aconteceu?
- Hermione sabe a resposta. – Dumbledore simplesmente afirmou e eu então compreendi.
- Lily! – exclamei, recebendo um aceno afirmativo de Dumbledore. – Mas como?
- Pelos vistos, no dia em que Voldemort atacou esta casa, Lily tomou algumas precauções para esta parte da casa não ser aberta por ninguém. – explicou Dumbledore. – Lily tinha certos poderes de Adivinhação e soube antecipadamente que iria morrer. Mas não fugiu, pois não queria mostrar a Voldemort que tinha medo. Então ela lacrou a porta com magia e só alguém com muito amor por Harry é a poderia abrir.
- Amor? – perguntei. – Então Harry não teria conseguido abrir a porta?
- Não. – respondeu Dumbledore. – Só alguém que amasse o filho que ela protegeu na mesma intensidade que ela própria. Mas só poderia ser uma mulher. Lembro-me de uma vez Lily ter mencionado uma divisão na casa que ela gostava muito e onde passava muito tempo quando se sentia triste. Então ela deve-se ter certificado que só outra mulher poderia entrar aqui. Mas ela também se certificou que a mulher que entrasse aqui, seria aquela que sentisse amor por Harry. Acho que James nunca entrou aqui, e se entrou tinha de ter a permissão de Lily.
- Mas se nenhum homem poderia entrar aqui. – falou Harry. – Porquê é que ela não se escondeu aqui, quando a casa foi invadida por Voldemort.
- Amor, Harry. – respondeu Dumbledore. – Embora ela te amasse, Harry e muito, ela sentiu-se perdida quando percebeu que James tinha morrido. Eu sei que parece um pouco cruel, mas ela quis morrer, pois amava demais James, a vida deixou de ter sentido para ela quando a pessoa que ela mais amava, além de ti, tinha morrido.
- Mas se nenhum homem poderia entrar aqui. – eu falei, atraindo a atenção de Harry e de Dumbledore. – Como é que vocês dois conseguiram entrar?
- Porque tu deste autorização, Hermione. – respondeu Dumbledore. – Um homem só pode entrar aqui se a mulher que conseguir entrar aqui, der autorização para isso. Doutro modo, o homem nunca conseguirá entrar, mesmo que a porta estivesse aberta.
- Entendi. – falei e lembrando-me de uma coisa, apontei para os malões que estavam encostados à parede. - Aqueles malões foram de James Potter e Lilian Evans?
- Sim. – respondeu Dumbledore. – Quando Lily se mudou para aqui, exigiu que eles também viessem. A mãe de Harry gostava muito das suas coisas da escola.
Aproximando-me dos malões e abrindo o de Lily abri-os e encontrei várias coisas, que deveriam ter pertencido a Lily, durante os seus tempos em Hogwarts: havia um álbum onde estavam muitas fotos de Lily em criança, em Hogwarts e algumas fotos dela com James, do dia do casamento dos pais de Harry; de Lily grávida, sozinha ou com James ou com os amigos (Sirius, Remus, Peter, Frank e Alice e duas mulheres que eu desconhecia, mas que Dumbledore me disse serem Andrómeda Black e Michelle McKinnon); e muitas fotos de Harry (sozinho, com os pais, com Sirius e com Remus) e todos os livros escolares de Lily (deduzo que os livros que estavam naquela estante, deveriam ser livros que Lily comprou ou ganhou como presente). Harry sentou-se ao meu lado e abriu o malão do pai. Lá dentro estavam os livros escolares que lhe tinham pertencido, uma pequena caixa, que continha uma snitch de ouro (que James dever ter comprando ou ter recebido como presente, pois era maior do que a snitch de Hogwarts) e também um álbum de fotografias onde se viam fotos de James em criança, adolescente, várias fotos dos Marotos e algumas de James com Lily. Fechando os malões eu e Harry passamos para os baús. No primeiro, encontramos principalmente vestidos que deveriam ter sido usados por Lily nos bailes de Hogwarts e os mantos e uniformes de Hogwarts. No segundo, havia roupas de James e os mantos e uniformes de Hogwarts. Mas foi no terceiro que eu me emocionei, pois só havia roupas de bebé e muitas delas lindas e intactas.
- Harry. – chamei, batendo-lhe no braço e mostrado um conjunto de camisa e calças que eu achei adorável. – Deverias parecer um pequeno homem dentro destas roupas.
Caímos os dois na gargalhada e continuamos a mexer nas roupas de bebé de Harry, mas houve uma coisa que eu encontrei que gostei mais acima das outras coisas que vi: dentro de uma caixa havia uma pulseira que apesar de ser pequena, serviu-me no meu pulso. Notei que assim que a coloquei palavras apareceram na pulseira e olhando atentamente fiquei confusa pois tinha reconhecido o meu nome: Hermione Jane Granger.
- Hum, professor. – chamei. – Esta pulseira era de Harry?
Após olhar atentamente a pulseira, ele acenou negativamente.
- Se bem me lembro, essa pulseira pertencia a Lily. – ele disse. – Lembro-me de vê-la muitas vezes no pulso dela. Embora Lily odiasse James durante alguns anos em Hogwarts, o mesmo não se passava com ele, e embora sabendo que nunca receberia nenhum presente, James costumava mandar muitos presentes a Lily tanto no dia de anos dela, como no Natal. E Lily nunca deitou fora nenhum presente. Um deles é essa pulseira, que foi enfeitiçada para mostrar o nome da pessoa que a usa.
Tirando a pulseira passei-a a Harry, mas ele não a aceitou.
- Não. – ele recusou. – Fica com ela. Fica melhor em ti do que em mim, Hermione.
Voltei a colocar pulseira e fiquei feliz por Harry ma ter oferecido. Dumbledore avisou-nos que era hora de irmos embora, pois a Sr.ª Weasley estava à nossa espera.
Rapidamente, saímos da casa e entrando para o carro, seguimos em direcção à Toca (Dumbledore disse-nos que era para lá que iríamos. Após quase uma hora de viagem chegamos ao nosso destino e vimos que Molly, Ron e Ginny estavam à nossa espera. Reparamos também num edifício grande e que parecia ter sido colocado ali há pouco tempo. Vendo os nossos olhares, Dumbledore explicou.
- Aquele edifício é a nova sede da Ordem da Fénix. – Dumbledore falou.
- O que tem de errado Grimmauld Place? – perguntou Harry.
- Embora Sirius te tenha deixado Grimmauld Place no testamento que fez. – respondeu Dumbledore. – Não temos garantias que a casa te pertence legalmente, pois não havendo mais homens com o sobrenome Black, quem herda as coisas é a mulher que tenha tido como Black no sobrenome. No caso, Bellatrix Lestrange, que é a mulher mais velha e que já teve como sobrenome Black.
- E como podemos provar que a casa é mesmo de Harry? – perguntei.
- Simples. – respondeu Dumbledore e com um aceno de mão fez aparecer Kreacher. – Se a casa pertencer a Harry, Kreacher terá de lhe obedecer. Harry, agora se fazes o favor, ordena algo a Kreacher.
Harry parecia indeciso no que ordenar a Kreacher, e eu sabia que ele ainda tinha ódio ao elfo por ser responsável pela morte de Sirius. O elfo estava a gritar que preferia ficar com Bella, até que Harry se fartou.
- Cala-te, Kreacher. – ordenou Harry, ao que rapidamente, o elfo se silenciou.
- Bem, isto significa que como Kreacher te pertence, também Grimmauld Place te pertence. – explicou Dumbledore.
- Mas o que eu faço com ele, professor? – perguntou Harry indeciso, olhando com raiva para o elfo.
- Se quiseres manda-o para Hogwarts. – respondeu Dumbledore. – Lá ele será vigiado pelos os outros elfos domésticos.
- Hum, está bem. – concordou Harry. – Kreacher ordeno-te que vás para Hogwarts e fiques sobre as ordens de Dumbledore.
Com um estampido, o elfo desapareceu e eu, Harry e Dumbledore pudemos entrar na Toca. Harry ficou bastante surpreendido quando entrou na casa e viu que tudo estava decorado e havia uma grande faixa pendurada no tecto que dizia: Parabéns Harry Potter!!!!! Haviam várias pessoas conhecidas para além dos Weasley, tais como Neville (que me agradeceu e a Harry pelas prendas que nós lhe tínhamos oferecido: eu tinha dado a Neville uma foto que nós os seis tínhamos tirado após o ataque ao Ministério; e Harry ofereceu a Neville um livro sobre Herbolgia, pois Harry sabia que Neville gostava muito de Herbologia), Luna, Lupin, Tonks, Shacklebolt e mais algumas pessoas que eu desconhecia.
Harry ficou bastante emocionado com a surpresa e abriu os vários presentes. De Ron recebeu uma caixa com vários doces da Doces e Duques; de Ginny recebeu algumas recargas para o kit de Manutenção de Vassouras; de Mrs Weasley recebeu alguns bolos caseiros e uma camisola tricotada por ela; de Mr. Weasley recebeu um livro Animais Fantásticos; de Lupin recebeu um livro que era basicamente como se defender das Artes Negras, mas ensinava várias coisas que tanto eu como Harry nunca tínhamos visto antes; de Neville recebeu umas luvas de apanhador; e Luna ofereceu a Harry um livro com o título de Os Mais Famosos Bruxos dos Últimos Séculos (Harry ficou surpreso com prenda, e eu também, pois pelo menos não era nada daquelas coisas esquisitas que Luna afirmava que existiam). Harry agradeceu a todos pelas prendas e pela festa de aniversário e afirmou que aquela tinha sido a sua melhor festa de sempre. Mas quando pensou que todos os olhares se tinham afastado dele, Harry saiu para os jardins da casa. Como estava a olhar para ele, decidi que era melhor segui-lo, pois eu sabia que ele não estava completamente feliz. Descobri-o sentado junto a um tronco de uma árvore, a chorar. Aproximando-me, ajoelhei-me ao seu lado e carinhosamente levantei-lhe a cara e olhei com carinho para os olhos verdes dele.
- Harry, porque estás a chorar? – perguntei, sentindo também tristeza.
- Gostava que Voldemort nunca tivesse existido. – ele afirmou, abraçando-me. – Gostaria que quem tivesse feito aquela festa para mim fosse a minha mãe. Sei que a mãe de Ron gosta muito de mim, mas não é a mesma coisa.
- Eu sei que sentes muito a falta dos teus pais. – afirmei. – Mas eles não queriam que tu ficasses assim. Nem Sirius.
- Hermione tem razão. – afirmou a voz de Ron atrás de mim. Aproximando-se sentou-se ao lado de Harry e Ginny, que tinha vindo com o irmão, sentou-se ao meu lado. – Embora os teus pais não estejam aqui, tens pessoas que gostam muito de ti. Que sofrem quando tu sofres. Que riem quando tu ris. E que nunca te abandonarão por nada deste mundo.
- Ron tem razão. – Ginny afirmou. – Nós os três estaremos sempre aqui para ti, mesmo sabendo do perigo que isso representa.
- Mas nunca te deixaremos. – outra voz falou e vimos que se tratava de Neville, que estava acompanhado de Luna.
- Assim como esperamos que tu nunca nos abandones. – falou Luna, numa voz diferente da voz sonhadora que ela usava. Era uma voz sábia e inteligente. – Nós seis somos bastante mais fortes juntos que separados.
- Agradeço o vosso apoio. – agradeceu Harry. – Todos vocês são bastante importantes para mim. São como a família que nunca tive.
Abraçamo-nos todos, bastante sensibilizados com as palavras que ali foram ditas.
- Mas que para que possamos conviver. – falou Harry, após o abraço terminar. – Será melhor não haver segredos entre nós mesmo que isso magoe outras pessoas.
Senti-me assustada, pois sabia ao que Harry se estava a referir, e eu tinha muito medo de perder a amizade de Ron.
- Vocês estão a esconder algo de nós? – perguntou Ginny, desconfiada, olhando para mim e para Harry.
- Bem, eu não diria esconder. – explicou Harry. – Apenas um receio de perder amizades com que vamos revelar.
- E qual é o vosso segredo? – perguntou Ron.
- Eu e Harry começamos a namorar. – respondi, cortando a palavra a Harry.
Senti que Ron, Neville e Luna ficaram espantados com a nossa revelação. Ginny não ficou pois sabia que eu gostava de Harry e era só uma questão de tempo antes de começarmos a namorar.
- Parabéns. – felicitou Ron, visivelmente aliviado. Algo que me confundiu e a Harry. – Essa revelação facilita as coisas para mim. Eu e Luna também começamos a namorar.
Por aquela é que eu não estava à espera, mas isso explicava porque Luna já não parecia tão sonhadora como antes.
- Ron tinha medo de perder a tua amizade, Hermione. – explicou Luna. – Tinha medo que gostasses dele.
- Nós os dois também tínhamos receio de perder a amizade de Ron. – falei, aliviada. – Eu estava na dúvida, porque pensava que Ron gostava de mim. Mas ainda bem que nós não magoamos os sentimentos dele.
- Bem, já que vocês assumiram os vossos namoros. – falou Ginny. – Só falto eu. Também eu e Neville começamos a namorar.
Felicitei o casalinho, pois sabia que há muito tempo que Ginny era apaixonada por Neville. Ficamos mais um tempo, sentados em círculo a falar. Só quando a Sra. Weasley veio ralhar connosco dizendo que era hora de ir para a cama. Nós os seis fomos encaminhados não para a Toca, mas sim para a Sede da Ordem. A mãe de Ron e Ginny explicou-nos que eu, Harry, Luna e Neville estaríamos mais seguros lá do que na Toca, pois os feitiços postos à volta da casa, tinham sido feitos com o objectivo de proteger todos aquele que não eram Weasley’s. Após nós dirigirmos para os respectivos quartos: eu, Ginny e Luna para um e Harry, Ron e Neville para outro. Eu, Ginny e Luna ficamos mais um pouco a conversar sobre os recentes relacionamentos, ouvindo os roncos provenientes do quarto da frente e que deveriam pertencer a Ron e a Neville. Só quando Ginny começou a mostrar sinais de cansaços, achamos melhor irmos dormir.
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