O Segredo no Armário



O Segredo no armário



Snape entra em casa, com rapidez, e com um olhar estranhamente inexpressivo.

Ele olha em volta, para ver se há alguém por perto.
Senta no sofá, largando-se, olhando para o teto, e respirando fundo.


Fazia muito tempo, que ele não fazia isso.
Ele não refletia sobre sua vida, ele não pensava por conta própria... Ele estava sempre atrás de trabalhos para Voldemort. E isso não havia acabado. Ele tinha mais uma missão, depois de muitas e muitas missões, cansativas. Começou a pensar no que ele faria, para conseguir transferir aquela horcrux.

- Voltou rápido! O que ele queria?! Perguntou de mim?! Tem missão para mim?!

- Pare Rabicho. Você é tão inútil, que ninguém lembra de você. Somente eu, que tenho que aturá-lo à roubar minha comida – disse Snape secamente, agora, olhando para ele– E Cale a boca.

- Eu não falei nada! – responde ele, indignado

- Ah, é verdade. Eu tenho que ensiná-lo, caro amigo. Legilimência é o nome. E eu sou muito capaz disso. E, se você ousar me chamar de “Ranhoso” novamente na sua mente, essa sua mão nova, que você tanto segura com afeto – Rabicho apertou a mão com força – será substituída enquanto você dorme, por uma pata de gambá.

Rabicho subiu a escada, resmungando, e Snape novamente olhou para cima, e começou a pensar...

PAF

- RABICHO SEU INÚTIL! O QUE VOCÊ FEZ DESSA VEZ?! SE QUEBROU ALGO NO MEU QUARTO, ESSA SERÁ A SUA ÚLTIMA LEMBRANÇA.

Snape levantou-se muito rápido com muita raiva. Ele aparatou para o quarto na mesma hora. Rabicho estava parado, olhando para o armário. A boca de Snape abriu um pouco. Ele empunhou sua varinha, e com um feitiço não verbal, alterou a memória dele. Quando ele voltou à realidade, Snape falou, como se continuasse uma conversa. Ele havia derrubado seu retrato de uma cobra no chão.

- ...VOCÊ TERÁ QUE COLAR TUDO! DO JEITO DOS TROUXAS! E SE EU PEGAR VOCÊ USANDO A VARINHA... EU TE MATO! DEPOIS QUE ESTIVER PROTO, VOCÊ PODE USAR O “Reaparo”. SOMENTE QUANDO ESTIVER PRONTO!

Ele ficou encarando Rabicho, com uma expressão de muita raiva contida.
- Tá bom... tá bom.... – disse Rabicho, um tanto confuso – vou ao mercado de trouxas comprar... como é o nome..... “Crola”! isso, vou comprar “crola”.

Snape esperou rabicho sair do aposento, e fechou a porta bem forte. Trancou-a com todos os feitiços imagináveis, e todas as janelas do mesmo jeito.

Acendeu sua varinha e foi em direção ao armário. Abriu-o, Quando uma bacia de pedra foi iluminada. Nela continha umas inscrições em uma escrita desconhecida, e dentro dela, uma substância que não era nem líquida, nem gasosa. Era uma penseira.

-Hum – murmurou- Aquele idiota quase descobre.... Preciso lacrar melhor. Mas antes...-
Aparentemente percebeu que estava falando sozinho, então, subitamente parou, e começou a olhar ao redor desconfiado.

Andou pelo quarto, iluminando cada canto do aposento. Quando teve certeza de que não havia ninguém lá, foi em direção a penseira e mergulhou dentro dela.

Ele via Dumbledore com os dedos muito escuros, usando um anel preto. Ele estava muito aflito, mais nada dizia sobre o assunto.

- Entre Professor, rápido. – disse Snape.

Dumbledore entrou sorrindo, e dizendo

- Obrigado por me receber professor. Espero que não esteja atrapalhando-o.

- Sente-se aqui, Quando surgiu esse ferimento?! Está ficando pior a cada minuto! O quê você fez para acontecer isso?! – perguntou Snape Inquieto

- Eu achei esse interessante artefato – responde Dumbledore, como se estivesse num agradável chá, contando algo muito bobo – E achei melhor colocá-lo. Sabe, para dar um ar mais astuto.

- Entendo... Mas.... Isso é muito grave. Se eu não descobrir o que é rápido, ele pode consumir você por inteiro.! Espere um minuto.

- Certo Severo. Não tenho pressa – Dumbledore sorriu vagamente e ficou observando o quarto –

Snape volta, com um olhar realmente preocupado.

- Estou fazendo uma poção com pedra-da-lua.... Mas, não sei se irá funcionar. Isso é magia das trevas. Terei de usar outra, para quebrar esta. Espere um minuto, tenho umas coisas aqui... – Snape colocou muitos objetos estranhos na poção – Bom, está bom agora.

- O que devo fazer?! Beber...?

- Não beba isso! Deixe-me aplicá-la em você...
Snape pegou uma agulha, um tanto diferente, dentro dela, havia um termômetro, e uns números estranhos... E ela deveria medir 1 metro, no mínimo.

Ele mergulhava a agulha de 1 metro dentro do pequeno caldeirão – que estava começando a derreter, devido a potência desta poção – e espalhava na mão de Dumbledore. A esta altura, a mão estava completamente preta, sem vida, morta. Snape aplicava, fazia um risco na parte superior da mão, e furava uma vez ao redor do risco que havia feito.

Ele fez isso, até a poção acabar, o que levou, mais ou menos, 3 horas e meia.

Dumbledore parecia muito enfraquecido com os efeitos da poção. Ele olhava ao redor de tudo, mas com uma expressão morta.

- Dumbledore?! Professor.... Você está bem?!

Snape olhava desesperado para Dumbledore. Ele pegou a pedra-da-lua que restara, e colocou na boca dele, logo depois, algumas gotas de outra poção.

Dumbledore olhou para ele então. E disse:

- Leve-me embora daqui por favor. Preciso sair daqui. Ir para o meu aposento. O Escritório. Por favor, você..... Não me...... Não.....

Ele adormeceu, mas respirava pouco. Snape na mesma hora levantou sua varinha, e levantou-o do chão.

Ele levou-o levitando até seu escritório. Assim que entrou com o corpo, Fawkes piou muito alto, começou a bater as asas, e não parou até Snape sentá-lo em uma cadeira.

- Vamos Fawkes cante.... Criaturas curiosas as Fênicses, são fortes Harry... Muito fortes...

Dumbledore estava delirando, mas passara dos limites. Fawkes pousara sobre ele, e começou derramar sua lágrimas sobre sua mão. E logo após, sobre sua boca...

Ele abriu os olhos, vagarosamente e olhou para Fawkes. Sorriu e disse:

- Obrigado cara amiga. E Snape, por favor, retire-se, preciso descansar. Muito obrigado pelos seus cuidados.

- Tem certeza professor?! Eu não deveria....?

- NÃO. Saia, por favor.

- Sim professor.

Snape saiu silenciosamente, sempre olhando para trás.

- Hora de voltar – disse Snape –

Ele estava de volta à seu quarto. Ouvia uma voz irritante, e uma batida constante na porta.

- ESPERE RABICHO! VOCÊ É ESTÚPIDO OU COISA PARECIDA?! – disse com raiva.

Desfez todos os feitiços, e destrancou a porta. Abriu-a e disse:

- Leve esses cacos do retrato para baixo. Não o quero no meu quarto.

- Sim.... Ta bom.... – respondeu ele, com muita má vontade.

Snape esperou que ele descesse, foi até o armário, e lacrou-o com outros vários encantamentos.

Ele desceu as escadas, e sentou-se no sofá, enquanto via rabicho colar as coisas. Era impressionante, como ele não tinha habilidade alguma com as mãos.

Até que a porta se abre. E entra ninguém menos do que Lúcio Malfoy.

- Lúcio. O que aconteceu?! –responde Snape. Ao ouvir a porta abrir, ele já empunhara a varinha, mas ao ver quem era, abaixou-a.

- Snape.... Severo... Eu... Posso me sentar?!

- Claro. À vontade... Mas conte-me, o que faz aqui?!

- Eu.... Eu fugi.... Aurores... Muitos aurores.... Eles estão por toda a parte! E.. bem, agora eu consegui despistá-los....

- SE VOCÊ ATRAIU AURORES PARA MINHA CASA......!!!

- Não! Não! Calma, eu aparatei de muitos lugares diferentes, e deixei rastros meus indo para Surrey.... Certamente pensarão que estou atrás de Potter.

Ao ouvir esse nome, Rabicho parou o que estava fazendo, e continuou a olhar para o chão. Aparentemente, queria disfarçar que estava agora, prestando atenção na conversa.

- Rabicho, traga um chá para nosso convidado – disse Snape, com satisfação.

- Não sou seu empregado! Já lhe disse isso.

- Sim.. Certamente... E eu também já lhe disse que o Lorde das trevas mandou-lhe aqui para me ajudar, não para ficar ouvindo conversas particulares. Depois que trouxer o chá, saia do aposento, e fique pela cozinha, fazendo companhia ao Elfo.

Rabicho saiu, resmungado mais do que nunca.... Trouxe o chá, e depois foi diretamente à cozinha.

- Pronto Lúcio, agora podemos conversar em paz. Mas me diga, o Lorde Sabe que você está vivo?

Lúcio Malfoy gemeu ao ouvir este nome

- Bom... Sabe Severo.... Eu estive em Azkaban, até que eu fugi por causa de um outro comensal, que pediu para eu não identificá-lo aos outros. Eu estava vagando por aí, com um feitiço da Desilusão.... Quando o maldito do Olho-Tonto me viu..... E eu tive que aparatar. Depois disso, eram dezenas de Aurores atrás de mim. Quando eu fui à uma repugnante loja de trouxas, e comprei uma..... peruca. E aparatei outras 20 vezes até despistá-los de vez. Aparatei para Surrey, depois indiquei uns rastros meus, e aparatei para a porta da sua Casa. Não se preucupe.

- AVADA KEDAVRA!

Snape havia mandado este feitiço em direção à porta. Um auror Caiu no chão.

- OBLIVIATE
Um segundo auror estava no chão. Mas com a memória alterada. Snape alteou-a de uma maneira que ele pensava que Malfoy havia matado-lhe, e foi em direção á França. E este auror aparatou de volta.

- Vejo que o seu trabalho de despistar foi medíocre. Pena que a minha casa está protegida.... Se não, eles teriam matado-lhe.

- Ahn. Bom.. Pelo menos eram somente dois.

- Sim Lúcio.. Sim... Mas espero que você saiba, que o Lorde está muito insatisfeito com você. Por sua culpa o Diário de Riddle se foi... Por sua culpa, a profecia foi quebrada.... Por sua culpa.... E ele não esqueceu disso. Não sei se está ciente, mas Draco virou um.. Digamos, pré-comensal. Ele já tem a marca negra, ele jah fez missões. E se não fosse por mim, ele já estaria morto.

- O quê?!! Draco?! Mas... Draco?! Elle é um idiota, não saberia se sair bem!

- Pelo visto, ele não desapontou o Milorde... Saiu-se bem melhor do que o pai.

- Bom... Mas... E a minha esposa?! Como ela está?!

- Bem.. da última vez que á vi, estava lá na casa de... Opa! Não sei se você é bem-vindo lá. Na casa do Lorde. Sabe Lúcio.. Não foi nada bom, o que você fez. Seu filho foi capaz de fazer comensais entrarem em Hogwarts....! E você, nem foi capaz de colocar um Diário nas mãos certas.

Lúcio começou e olhar Snape Temeroso.

- Mas você sabe... Se você não for falar com o Lorde.... Você acabará morto. Veja o Igor?! Ele fugiu quando Voldemort nos chamou pela primeira vez...! E ele foi comido pelos gigantes do Lorde.

- Severo... Meu amigo... O que você acha que eu devo fazer?!

- Não sei.... Sinceramente, eu não sei...... Primeiro, acho que você deveria tomar o chá.

- Sim claro.. Eu devo... Onde está Narcisa?! Onde?!

- Sabe Lúcio.. Esta pergunta é interessante. Alguém que podia responder-lhe o que fazer, realmente é a Narcisa. Eu acho, que você deveria aparatar para sua casa, e perguntar à ela. Mas, eu não sei se ela está lá. Você que sabe, se esta é a decisão que você quer tomar...

- Severo... Eu estou cansado! Eu perdi meia sobrancelha, de tanto aparatar! Eu poderia ficar por aqui?! Só por esta noite?!

- Claro.. Mas infelizmente, a peste do Rabicho está ocupando o único quarto de hóspedes que tenho. E para desinfetá-lo, irá demorar um mês... Você terá de dormir no sofá. Se você não se importar...

- Não severo! Não me importo... Agradeço então.

- Claro.. Estou indo me deitar. Boa noite.

Snape subiu as escadas.... Novamente com a cara inexpressiva.

Lúcio deitou-se imediatamente... E logo adormeceu. Snape, após trancar a porta, subiu para o seu quarto, e com o mesmo ritual – trancar tudo, e revisar 70 vezes – foi deitar-se.



Ao amanhecer, Snape já estava na cozinha, tomando seu café... E Lúcio, estava acordando.

- Snape.... Obrigado – disse Lúcio, agora mais revigorado – Eu vou tomar café em casa. Adeus.

CRACK

Não havia mais ninguém na sala. Snape respirou fundo... E foi em direção à porta e disse:

- Rabicho?! Eu vou falar para o Lorde que você está se perguntando quando terá uma missão de verdade... Não que eu me interesse, mas ter você em minha casa, realmente não é agradável.

Adeus.

CRACK

Rabicho estava sozinho novamente. Mas desta vez, até que Animado. Foi até conversar com o Elfo da Família Snape, o Cructus, para sentir-se melhor.


N/A: Oiee...! keria agradecer minha BETA (como sempre) {Mary Evans}², tbm meu irmão, que sem ele, eu não conseguiria raciocinar tão bem para montar teorias.

Um beijo então!

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