Porquê?

Este não é um novo capípulo...
Putz... foi mal, na ultima vez tinha por tinha postado dosi juntos por acidente...


Porquê?
No quarto havia uma lareira com um caldeirão fervilhando, com algumas fotos penduradas a parede, que Lupin reconheceu como as irmãs e tias da Sra. Tonks, e até uma dela com Sirius. Em algumas prateleiras verificou livros de magia e vários artefatos mágicos, como caldeirões e ingredientes de poções. E um belo sofá azul.
—É onde mamãe guarda as coisas mágicas, uma vez Tia Anne tentou roubar uma das receitas do famoso jantar da Andromeda, roubou a receita de bolinhos de núvem, sabe aqueles que a gente coloca nos pés das plantas, para garantir a água? Pois minha tia os fez, e pior, como não conhecia os ingredientes, inventou alguns, o resultado foi hilário... – Tonks começou a rir, quase não conseguiu terminar a história. – Mamãe passou a noite enxugando a casa...
Quando parou de rir Tonks se virou séria para Lupin, e indicou o sofá para que se sentassem.
—A sala está encantada, os trouxas tem a impressão de que é um quartinho de despejo, ninguém além da mamãe vem aqui. Pode ficar tranqüilo.
Fez se silencio.
Tonks deu um suspiro...
Lupin não sabia por onde começar, tentou:
—Bem, eu... - sempre soube o que dizer, mas mais uma vez diante dela, lhe faltavam às palavras.
—Porque você veio atrás de mim, aconteceu alguma coisa, né? - Começou ela diante da falta de palavras dele.
—Digamos que muitas coisas vêm acontecendo...- respirou fundo... Ele parecia calmo, e principalmente, confiante, como Tonks nunca o vira.
—Quando nos tornamos amigos, me deixei levar pelo seu entusiasmo, aproveitava ao máximo a sua companhia, e fazia de tudo para ter um pouco mais... deu um sorriso maroto para ela... e como eu já havia contado, nunca achei pudesse sentir algo por mim até aquele beijo.
—Mas claro...
—Por favor Nimphadora, deixe me terminar...e muito difícil o que eu tenho para te contar.
Tonks franziu a testa ao ouvir seu nome, mas disse: —Olha, você não precisa...
—Eu te devo isso, agora escute, é importante... - Segurou as mãos dela entre as suas e olhou em seus olhos.
—Bom, eu jamais imaginaria encontrar alguém como você na minha vida, pelo que eu sou e pelo que estamos envolvidos, mas aconteceu, e não posso negar que foi maravilhoso. Voltei a me sentir, ah, digamos que, normal, e feliz, como a muito eu não me sentia.
—Você passou a ser muito importante para mim, tão importante que não pude arriscar, te perder, ou colocar em risco... Você sempre respeitou a distancia que eu te pedia na lua cheia, mas ainda assim eu comecei a temer por sua segurança... Que eu inconscientemente procurasse por você quando transformado, ou que acontecesse algum acidente...
—Comecei a repensar sobre você quando encontrei um bicho papão no porão onde eu na lua cheia, não consegui me livrar dele.. E aquela imagem ficou me atormentando, fazia muito tempo que eu não levava um baile daquele...
—Era você, com marcas de garras pelo corpo... Como se eu a tivesse atacado... Aquilo me abalou profundamente, e na seqüência houve aquele ataque no ministério, que teve como fim a morte de meu amigo e você caída ao chão... você pode imaginar o que eu senti imaginando que havia perdido as duas pessoas mais importantes da minha vida? - Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e sua voz quase já não saia.
—Enquanto você esteve no Santo Mungos eu tomei minha decisão, no que dependesse de mim, você não estaria exposta a risco algum, e isso incluía a minha pessoa. Eu não suportaria perder mais ninguém! Principalmente a pessoa que eu amava...
—Sei que foi uma decisão covarde, mas você jamais entenderia... Então tentei te afastar de um jeito eu pudesse tentar convencer, razões que realmente existiam, usei argumentos racionais, não foram o suficiente, mas faziam sentido.
—Não foi nada fácil para mim te afastar daquele jeito. Meu peito ficava apertado, só de ouvir seu nome, e Molly não tornava isso mais fácil para mim. Quando nos encontrávamos, eu me esforçava para não ir te dar um abraço, dizer que eu sentia muito, que te amava... Eu ainda tentava me convencer que era o certo, não podia arriscar mais.
—A missão que Dumbledore me deu até veio a calhar, pois me ajudou a evitar ainda mais nossos encontros. Ficar em meio aos Lobisomens, no frio, na chuva e encarando as transformações sem a poção era melhor que a possibilidade de te encontrar... A saudade que eu tinha de você estava insuportável, e o perigo de estar espionando Greyback e seu bando me fazia esquecer um pouco...
—Não foram poucas as vezes em que tive vontade de te procurar, principalmente após passar muito tempo com o bando. Eu me controlava para não ir até sua casa no meio da noite, só para te sentir em meus braços novamente...
—E não me ajudava em nada as notícias que eu tinha de você, de como estava cansada e abatida, por mais que dissessem que era o trabalho excessivo, eu tinha certeza de que era a causa de você estar daquele jeito. Mas na minha cabeça eu estava apenas te protegendo...
—Ah Lupin! Tonks, que estava chorando não resistiu e o beijou. Lupin não resistiu e lhe retribuiu, a afastou e tomou fôlego, continuou.
—Bom, ontem, perdi mais uma pessoa que me era muito querida, Dumbledore é o responsável pelo que eu sou hoje, se não fosse por ele eu jamais teria ido a Hogwarts, não teria conhecido meus amigos, jamais teria sido aceito por ninguém, seria apenas um lobo, e não um mago, ele se arriscou por mim, em mais de uma ocasião. E eu, não tinha ainda a coragem de me arriscar com você...
—O que você disse ontem mexeu muito comigo, porque meu jeito de te amar estava levando nós dois ao sofrimento. Eu queria dizer que não te procuraria, mas a verdade é que eu teria te abraçado ali mesmo, no instante em que você proferiu aquelas palavras, mas antes mesmo que eu fizesse algo, você já tinha ido, achei melhor deixar as coisas como estavam, eu não a procuraria mais...
—Aí vieram Artur e Molly, e fizeram eu me sentir, digamos, um idiota, bom quem afasta a pessoa que ama na hora em que mais precisa dela? Eu sou o infeliz dono desta idéia... O idiota que não quis se arriscar a viver junto da pessoa que ama... E que começou a pensar que realmente não haveria outra chance.
—Decidido a viver o restante da minha vida como um amaldiçoado solitário, resolvi ir para a sede ajudar Moody, mas não conseguia para de pensar em você... Então finalmente o cabeça dura aqui resolveu te procurar... Cheguei até a invadir seu apartamento... Segui por sua lareira e fui te procurar n'A Bruxa, nem sei por que... Mas te perdi por muito pouco, voltei ao seu apartamento de novo e pela manhã, e como havia me comprometido a ajudar Moody, voltei para a ordem, lá encontrei Shackbolt, que me deu seu bilhete... E aqui estou eu...
—Pela recepção calorosa que tive na sala, cheguei a pensar que eu a havia perdido de fato e merecidamente... Sou muito grato por ser tão teimosa e ainda me deixar falar com você, depois de tudo que eu a fiz passar... - Disse ele chorando - Espero que me perdoe... Pois esta separação foi a idéia mais estúpida que eu já tive na minha vida...
—Não, Lupin, deixa eu te contar algo, esta noite eu tive um pesadelo, digamos que algo ruim aocnteceu a uma pessoa que eu gosto...(sem muitos detalhes, ora, não queria colocar mais minhocas na cabeça dele). Isso me ajudou a te entender um pouco, mas ainda assim, realmente foi a idéia mais estúpida da sua vida. Você deu sorte desta bruxa aqui gostar muito de você... Eu já estava desistindo, sabe... Disse ela enxugando as lágrimas de Lupin.
—Posso perguntar porque você esperou tanto tempo? Disse Lupin também enxugando as próprias lágrimas (quem diria que ele poderia chorar tanto?).
—Estávamos tão apaixonados, e você nunca disse que deixou de gostar de mim, isso foi o que manteve minhas esperanças...
—Nimphadora, saiba que eu te amo! Espero que me perdoe por eu ter tentado te afastar, tê-la feito sofrer tanto... Você e muito importante para mim, me arrependia todos os dias por tê-la deixado... Nem sei como reparar meu erro. - Disse ele abraçado a ela, soluçando sobre seus ombros.
—O principal você fez, você esta aqui. Não me deixe mais... Quer dizer não sem me dar um bom motivo, bom, sem que estejamos, bom, não me deixe e ponto.
Se entregaram mais uma vez a um beijo apaixonado, junto a mais um abraço apertado
—Remus, eu também te amo... E comecei a achar que estava ficando maluca, você me deixar daquele jeito... Estava tão feliz com você ao meu lado que parecia um absurdo estarmos separados.
Os dois se se encostaram ao sofá e um no outro, se aconchegando.
—Se nada tivesse acontecido ontem, você não estaria aqui hoje... Algo bom saiu daquilo tudo... - Fez se um breve silêncio...
—Eu daria meu olho direito para ver você nA'Bruxa sozinho...
Lupin passou o braço em torno dela e começou a contar sua saga ate ali. Tonks se divertiu muito com a estória e os dois caíram no sono, ali juntos, sentados no sofá fofo.
Ao meio-dia Andrômeda bateu a porta, como ninguém respondeu, ela resolveu abri-la, e os encontrou num sono tranqüilo, abraçados. Pareciam felizes, sossegados, ela achou que deveriam ficar daquele jeito mesmo, afinal ambos pareciam muito cansados. - Quando tiverem fome eles acordam. . Fechou a porta com cuidado e os deixou ali.

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