*de volta ao mundo mágico*



Harry acordou. Estava na rua dos alfeneiros, mas não por muito tempo. Faria dezessete anos em setembro e logo seria maior de idade e poderia sair daquele lugar. Nada mudara nele. Continuava o mesmo garoto magro, alto, de cabelos negros e com a cicatriz na testa em forma de raio. Só uma coisa mudara nele desde que chegara ali. Seus sentimentos. Não sabia como entender aquilo, mas o que achava que sentia por Gina Weasley tinha evaporado e ele pensava nele apenas como irmã do seu melhor amigo. Ele sentia uma grande falta de outra pessoa, mas não sabia como lidar com esse sentimento. Sempre que se via cercado por ele, convencia a si mesmo que aquilo era apenas um engano. Estava no dia vinte de Agosto. Não saira ainda para a casa dos Weasley como todos os anos, ainda não haviam lhe enviado nenhuma carta fazendo esse pedido. Mas normalmente era por esses dias que os Weasley salvavam Harry da casa dos Dursley.
De repente, avistou no céu uma coruja, escura. Quem estaria enviando uma carta para ele? Mione não tinha coruja e, mesmo que tivesse na casa de Rony, aquela decididamente,e não era a coruja de Rony.
A coruja pousou no para-peito da janela e largou a carta em cima da mesa e depois voou para longe, em direção ao horizonte. Abriu a carta e um arrombo de felicidade invadiu seu peito. Era a letra da Professora McGonnagall.

“Potter,
decidimos abrir Hogwarts novamente. Dumbledore gostaria que assim fosse feito. Mando essa carta diferente da habitual pois tenho outras coisas para informa-lhe. Lhe poupei o trabalho de comprar seu material escolar como verá, mandarei uma coruja com ele. Peço que não saia da casa dos seus tios por motivos de segurança. Terá uma surpresa e acho que vai aceita-la, mas só saberá qual é em breve.
Atenciosamente,
Minerva McGonnagall
Diretora”

De novo teria que ficar trancado na casa de seus tios até segunda ordem. Por que? Achava que já que Voldemort está a solta, iriam querer protege-lo em algum lugar bruxo, mas não, deixam ele num lugar totalmente desprotegido. As férias passaram , da pior maneira possível. Finalmente seu aniversário estava chegando. O dia amanheceu ensolarado, planejava dormir até tarde naquele dia para no dia seguinte embarcar em hogwarts. De repente ouve a campainha tocar. Tio Valter foi atender. Não dava para ouvir quem era, apenas percebeu que nem bom dia o Tio Valter dera para os visitantes. Achando isso estranho, pois tio Valter sempre foi muito educado, levantou e foi até a porta do seu quarto e saiu. Foi até o pé das escadas e viu na porta uma menina com cabelos castanhos e cheios, um homem alto de vestes sujas e uma senhora com rosto sério, magra. Reconheceu os três na hora, Hermione, sua melhor amiga, Professor Lupin, professor de DCAT no terceiro ano e a Professora McGonnagall, diretora de sua casa, atual diretora da escola, e professora de transfiguração.
- Boa tarde Sr. Dursley.-disse a professora.- Viemos falar com o Harry.-Tio Valter estava assustado, três bruxos estavam ali, na frente de sua porta, Tia Petúnia estava na porta da cozinha olhando do tio Valter para os três, e Harry sabia que em sua mente corria o medo de alguém ter visto aquelas criaturas, como assim ela os denominava, atravessarem seu jardim absurdamente limpo e baterem a sua porta. Os dois professores estavam vestidos como bruxos, apenas Mione usava calça Jeans e blusa baby-look. A menina olhou para cima e quebrou o silêncio.
- Harry. – a menina subiu ao seu encontro e deu um beijo em seu rosto, isso deixou Harry sem graça.
- O que estão fazendo aqui? Minerva me pediu para não sair da casa dos meus tios.
- É. Pedi para não sair da casa dos seus tios desprotegido. Mas agora sairá com a gente.
- E para onde vão me levar?
- Largo Grimmauld, 12.
- A casa de Sirius!- isso deu um aperto no peito do Harry. Não queria ir para um lugar onde o padrinho se sentira tão mal.- E o que vamos fazer lá?
- Você é o herdeiro.-disse Lupin.- A casa é sua agora. Queríamos lhe pedir permissão para que a sede da Ordem da Fênix continue lá.
- Claro que pode. Não há problema algum.-disse Harry.- Ficaremos lá até amanhã?
- Exatamente. A família Weasley já deve ter chegado. Mas, acho que sabe que o fiel segredo do local é você agora que Dumbledore se foi.-disse Minerva.
- E...
- E... Que só poderão descobrir onde se encontra a sede se você contar. Acho que conhece essa história.-disse Minerva.
E de fato ele conhecia. Era a história de seus pais. Graças a esse fiel segredo Rabicho, eles estavam mortos.
- O que devo fazer já que sou o fiel segredo?
- Lembra que você, há dois anos, recebeu o pergaminho com a letra de Dumbledore?
- Lembro. Moody me deu o pergaminho.
- Contará apenas para os membros da ordem, e esse não poderá contar para ninguém. Quando fomos até a frente de onde deveria estar a casa ela aparecerá. Não precisa fazer nada. Apenas prestar esse serviço na reunião de hoje à noite.
- Tudo bem.
- Harry sua mala está pronta?-perguntou Hermione.
- Não. Até arrumar vai demorar.
- Deixa de ser besta. Somos maiores de idade, podemos usar magia. Vamos. Aprendi um feitiço ótimo!
Chegaram no quarto e tudo estava uma bagunça. Hermione fez um movimento com a varinha e as roupas, livros e objetos mágicos entraram todos arrumadinhos na mala. Apontou para a gaiola de Edwiges e disse: Limpar! Toda a titica que tinha ali dentro desapareceu.
- Vejo que andou treinando.
- Um pouco.- respondeu a menina com um sorriso. Harry não pode deixar de reparar como a menina estava mais bonita.
- Vamos?
- Vamos.
- Locomotor malas. Accio Gaiola.- a mala saiu do chão e a gaiola foi parar na mão de Mione.
- Já pensou no que vai fazer quando acabarmos a escola?
- Estava pensando em ser Auror e entrar para a ordem.
- Vejo que realmente considerou minha idéia de ser auror.
- É. Nesses tempos difíceis, tive que considerar. Pode ser bom, sem contar que minha família é trouxa, é bom ter um auror por perto.
- Sua família corre perigo?
- Bruxos e trouxas correm perigo agora, Harry. Minerva instalou um boa proteção na casa de meus pais. Estão seguros e está vendo esse anel?- e levantou a mão. No seu dedo anelar havia um anel com uma pedrinha no meio.- Meu pai e minha mãe receberam anéis iguais a esse. Se estiverem em perigo é só girarem essa pedrinha e meu anel começará a piscar uma luz vermelha.
- Que maneiro. Foi uma boa idéia.
- Foi uma idéia da Fleur. Ela fez o mesmo com sua família e com sua irmãzinha.
- Esteve com ela?
- Passei as férias com a família Weasley. Ela e Gui estão muito felizes.
- Que bom. – Harry sentiu uma pontada de ciúmes. Queria ter passado as férias na Toca também e não trancado na casa dos Dursley.
Saíram da casa dos Dursley, e ficaram na calçada.
- Ah...Como iremos para Londres?
- Iremos aparatar.- disse Minerva. Creio que você sabe aparatar, pois aparatou com Dumbledore.
- Sei. Mas não tenho licença.
- Você acha que ter licença, nesses dias que estão se passando, é importante? – disse Lupin.- Desculpe falar assim Harry, mas você está na mira de Voldemort. Se alguém nesse mundo tem o direito de aparatar sem licença, usar magia fora da escola é você. O ministério, por mais incrível que pareça, está preocupado com a sua segurança.
Eles se concentraram no destino e harry sentiu aquela sensação estranha de que estão tirando o ar de seus pulmões. Quando abriu os olhos estava diante de duas casas com os números 10 e 14. Subiu na calçada e de repente o número 12 surgiu, empurrando para o lado as outras casas.
-Acho que agora podemos entrar.- disse Rony.
Harry virou e viu seu melhor amigo. Entraram na casa. Gina sem querer derrubou algo que estava ali e começou a ouvir uns berros de uma mulher.
“Sangues ruins, ralé, traidores do sangue.”
Era o retrato da mãe de sirius.
- Primeira providência, antes de qualquer coisa, tirar esse retrato daí, mesmo que tenha que arrancar a parede.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.