Sexta-feira, 22 de agosto
SEMPRE
HÁ UM AMANHÃ
CAPÍTULO
XXXIII
SEXTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO
Amsterdã
Sexta-feira,
22 de agosto – 8 da manhã.
Duda
e dois detetives, de plantão no apartamento de cima, ouviam a conversa de Harry
e Hermione.
-
Pãozinho doce, amor? Café?
-
Não, obrigado.
“É
o último café da manhã que eles tomam juntos, pelo resto de suas vidas!”
-
Sabe o que está me deixando mais excitada? A nossa viagem na barca.
-
Este é o grande dia e você excitada com um mísero passeio de barca?? Porque?
-
Porque seremos só nós dois. Acha que sou louca?
-
Absolutamente! Mas é a minha louca! – Hermione riu.
-
Então me beije, meu amo e senhor.
Ouviu-se
um som de beijo.
“Ela
deveria estar mais nervosa, - pensou Duda – eu quero que ela fique muito
nervosa.”
-
Acho que de certa forma, não gostarei de ir embora daqui.
-
Veja tudo por outro lado, querida. Não ficaremos mais pobres pela experiência.
Outra
vez a risada de Hermione.
Eles
continuaram naquele ritmo preguiçoso de férias, até quando o relógio deu
nove horas. No quarto de cima, Duda começava a se preocupar.
“Deviam
estar aprontando os planos de última hora. E Mark? Aonde iriam encontra-lo?”
-
Querida você poderia cuidar de tudo na recepção, antes de sairmos? Estarei
muito ocupado.
-
Claro. O concierge tem sido maravilhoso. Porque não existem deles nos Estados
Unidos?
-
Acho que é somente uma instituição européia. Sabe como começou?
-
Não.
-
Na França, em 1637, o rei Hugo construiu uma prisão em Paris e pôs um conde
para dirigi-la. O rei deu-lhe o titulo de Comte des Cierges ou concierge,
significando “Conde das Velas..."
-
Do que diabos eles estão falando? – Duda rosnou sozinho para a parede.
A
voz de Hermione:
-
Não... Não me diga onde aprendeu isso... Deixe que eu adivinho: já namorou
uma linda concierge!
Uma
voz estranha de mulher:
-
Goede morgen, movrow, mijheer.
A
voz de Harry:
-
Não existem lindas concierges.
A
voz da mulher estranha, perplexa:
-
Ik begrijp het niet.
A
voz de Hermione:
-
Aposto que você as descobriria se existissem.
-
Que diabo está acontecendo lá embaixo? – indagou Duda.
Os
detetives estavam aturdidos.
-
Não sei. A camareira está no telefone, ligando para seu chefe. Entrou para
arrumar o quarto, mas diz que não vê ninguém... Embora ouça vozes.
-
O que?
Mas
Duda já estava na porta, correndo apressadamente pelas escadas. Momentos depois
eles irromperam quarto adentro. E exceto por uma confusa camareira, a suíte
estava vazia. Em cima de uma mesinha, no canto, um gravador repetia a voz de
Harry:
-
Acho que vou mudar de idéia sobre o café. Ainda está quente?
A
voz de Hermione:
-
Está sim.
Duda
olhou para os detetives holandeses. Não podia acreditar no que estava vendo.
-
Eu não compreendo... – balbuciou o detetive mais baixo.
-
Qual o telefone de emergência da polícia? – cortou Duda, bruscamente.
-
Vinte e dois - Vinte e dois - Vinte e dois.
Duda
discava ao mesmo tempo em que o homem falava. Não podiam perder tempo.
-
Aqui é Dudley Dursley. Entre imediatamente em contato com o inspetor Van Duren.
Diga-lhe que Granger e Potter desapareceram. Avise-o para verificar a garagem e
ver se o caminhão ainda está lá. Estou indo para o banco.
Quando
ele bateu o telefone, a voz de Hermione dizia:
-
Já tomou alguma vez café fermentado com cascas de ovos? Fica uma coisa...
Mas
Duda não estava mais ali.
Em
cima do telhado, no outro lado do banco, o Inspetor Van Duren disse tranqüilamente:
-
Está tudo certo. O caminhão saiu da garagem. Eles se dirigem para cá. - Com
ele, na posição estratégica de vigiar toda a rua, estavam Duda e os dois
detetives que fizeram plantão na escuta. – Provavelmente eles decidiram
apressar o plano ao ver as escutas. Mas relaxe, americano, e dê uma olhada.
Van
Duren meteu a luneta nas mãos de Duda. Na rua lá embaixo, um homem de macacão
polia a placa de latão do banco... Um gari varria a rua... Um jornaleiro estava
parado na esquina... Três eletricistas trabalhavam, todos equipados com
walkie-talkie em miniaturas. Van Duren falou pelo seu aparelho:
-
Ponto A?
O
homem de macacão disse:
-
Na escuta.
-
Ponto B?
-
Tudo certo, senhor – disse o gari.
-
Ponto C?
O
jornaleiro levantou e acenou com a cabeça.
-
Ponto D?
Um
dos eletricistas respondeu pelo walkie-talkie:
-
Positivo, senhor.
Van
Duren virou-se para o americano:
-
Não se preocupe. O ouro está dentro do banco. E só se eles vierem buscar, é
que vão levar – o homem abriu um sorriso presunçoso – mas nós estaremos
aqui, e vamos pegá-los.
Duda
nem mesmo respondeu. Olhou para esquerda. “Onde está o caminhão?”
Dentro
do banco a tensão era crescente. Os empregados, avisados do que estava
acontecendo, iriam cooperar de toda a maneira que pudessem para que as barras de
ouro chegassem ao caminhão.
Os
detetives disfarçados observavam furtivamente a rua, atentos ao caminhão. No
telhado, Van Duren perguntou pela décima vez:
-
Algum sinal do maldito caminhão?
-
Não.
O
detetive mais baixo que o parceiro, disse, aumentando ainda mais o nervosismo do
inspetor:
-
Eles estão treze minutos atrasados... E nessa operação o tempo é crucial...
O
homem tomou um safardana do colega. Afinal, quando o inspetor está tão
nervoso, ninguém precisa de mais pilha.
O
walkie-talkie entrou em funcionamento de repente:
-
Inspetor! O caminhão acaba de aparecer! Está cruzando a Rozengracht. Vai
passar na frente do telhado em um minuto.
-
Atenção unidades! Vamos fisgar o peixe. – Van Duren ordenou pelo
walkie-talkie.
Um
caminhão cinzento, blindado, encaminhou-se para a entrada do banco e parou.
Enquanto Duda e Van Duren observaram, dois homens saltaram, usando uniformes de
segurança, avançaram para a porta do banco.
-
Onde ela está? – indagou Duda em voz alta – Onde está Hermione Granger?
-
Isso não tem importância. – retorquiu o inspetor Van Duren – ela não
ficará longe do ouro.
“E
mesmo que fique, isso não fará diferença. As gravações vão condena-la!”
– pensou Duda.
________________________________________________________
Nervosos
empregados ajudaram os dois homens uniformizados a levarem as barras de ouro do
cofre do banco para o caminhão blindado. A policia observava, em seus postos, o
carregamento do ouro.
Toda
a operação demorou oito minutos. Depois que a traseira do caminhão foi
trancada e os dois homens se encaminharam para a boleia, Van Duren gritou pelo
aparelho:
-
Todas as unidades fechem o cerco!
Um
pandemônio irrompeu. Os policiais disfarçados correram para o veiculo blindado
e o cercaram, empunhando armas. A rua, rapidamente, foi isolada, não havendo
trafego em qualquer direção.
-
Vamos descer?!
– perguntou
Van Duren a Duda.
“Tudo
está acabado, finalmente!” – pensou Duda.
Eles
desceram apressadamente para a rua. Os dois homens uniformizados foram colados
contra a parede, as mãos para o alto e policiais armados por todos os lados. Van
Duren ordenou:
-
Podem se virar agora. Estão presos!
Os
dois homens, muito pálidos, viraram-se para enfrentar o grupo. Todos ficaram
bastante chocados. Eram totalmente estranhos:
-
E quem são vocês? – explodiu Van Duren.
-
Somos guardas da agência de segurança – os homens suavam frio – não
atirem... Liguem para nosso patrão... Mas não atirem.
Van
Duren virou-se
para Duda.
-
O plano deles saiu errado – um tom de histeria traia a segurança que queria
passar. – E eles acharam melhor cancelar tudo.
Um
gosto amargo, como fel, subia pela garganta de Duda. Quando ele finalmente
conseguiu falar, sua voz estava estrangulada:
-
Não... Nada saiu errado.
-
Do que está falando?
-
Eles nunca estiveram atrás do ouro. Não passava de uma cortina de fumaça.
-
Mas é impossível. O caminhão, a barca, os uniformes... Temos as fotografias.
-
Não compreende? Eles sabiam que eram vigiados durante todo o tempo!
Van
duren empalideceu:
-
E, onde... Onde será que eles estão?
Ontem,
meia-noite.
Na
rua Paulus Potter, que estava tão vazia, que podia se desconfiar da existência
do Centro de Lapidação de Diamantes.
Agachados
em uma esquina próxima, Harry e Hermione esperavam pelo sinal, de Tonks, de que
a barra estava limpa.
Tonks
havia deixado de ser auror, porque durante a guerra, colegas seus de trabalho,
corruptos, haviam assassinado seus pais. Com isso ela se revoltara contra o
sistema e sumira no mundo. Sirius é que sabia o trabalho que dera para
encontra-la.
Um
brilho vermelho começou a piscar no final da rua, dando à Harry e Hermione o
sinal combinado.
Ainda
na esquina, Hermione transfigurou sua roupa preta e em um belíssimo vestido de
seda vermelha. Com passos lentos e calculados ela foi chegando perto do guarda
da porta.
O
homem gordo, tinha olhos vigilantes e um enorme fuzil de artilharia. Não estava
mesmo para brincadeira. Quando, já estava em frente a ele, Hermione
"virou" o pé.
O
guarda correu a acudi-la.
-
Está tudo bem, madame?
Hermione
deu um sorriso constrangido e com ajuda, levantou-se novamente.
-
Estou obrigado. Esse calçamento não oferece mesmo segurança para meus saltos.
– e soltou uma risadinha coquete.
-
Não devia estar andando sozinha, madame. É muito perigoso. Gostaria que eu lhe
chamasse um táxi?
-
Você me faria essa gentileza? – Hermione pegou na mão do homem – ahhh...
Muito obrigado.
O
guarda encantado com a linda mulher, a convidou para entrar na recepção vazia
da joalheria: Não podia deixa-la sozinha na rua.
O
que ninguém viu, foi um pequeno ratinho de cabeça roxa passando pela porta.
Assim
que o ratinho da cabeça roxa voltou à esquina, Harry e Tonks (agora
transfigurada em gente) colocaram a segunda parte do plano em ação.
Tonks
se transfigurou no presidente da joalheria e Harry em um famoso cantor de rock,
conhecido mundialmente, por suas excentricidades.
Os
dois chegaram a porta e acenaram para a câmera de segurança instalada ali. Em
pouco tempo, o segundo guarda da noite veio lhes atender.
-
Boa noite Hingel – disse Tonks, quando já estavam no átrio – temos uma
missão muito importante essa noite.
-
Claro Sr. Van Shuzen – anuiu o guarda. Como jamais havia conversado com o patrão,
não pode perceber que a voz não era a mesma – Em que poderei ajuda-lo?
Olhando
por todos os lados, Harry procurava algum sinal de Hermione. Mas não havia
nenhum.
Tonks
afastou o guarda para um canto, e passou a explicar o que iria acontecer aquela
noite. Palavras soltas ecoavam no espaço vazio.
-
Estrela do rock... Excentricidade... Milhões de dólares... Sigilo... Confio em
você...
Os
dois homens voltaram para perto de Harry, que pode ver nos olhos do segurança,
como o homem estava se sentindo importante.
-
Os senhores podem me seguir.
Harry
e Tonks o seguiram, mas estavam começando a ficar preocupados: Onde estava
Hermione?
Eles
foram chegando na área da oficina, e puderam ouvir gemidos estranhos de dentro
do banheiro masculino mais próximo.
-
Não se preocupe – disse o guarda constrangido, enquanto digitava os códigos
que desligava os raios laser da sala do diamante – É apenas meu amigo. Ele
disse mais cedo que estava passando mal.
Harry
apenas olhou para Tonks. "O que Hermione pensa estar fazendo?"
Somente
quando os três já estavam de frente para o Lucullan, é que Hermione apareceu.
Transfigurada no outro guarda.
Magnífico
em seu pedestal, o diamante parecia estranhamente solitário.
-
Obrigado Hingel! – disse Tonks, no melhor tom de despensa. – podemos ficar
sozinhos por um momento?
Os
guardas deram de ombros. Afinal, que dono se auto-roubaria?
Os
dois saíram da sala e ficaram esperando em frente à porta fechada.
-
Gente estranha, não Etan? – perguntou o guarda – vê? Visitar diamantes a
essa hora da noite.
-
É verdade! São esquisitos mesmo esses artistas...
-
Cara, você está mesmo estranho. Até sua voz parece diferente! – Hermione
tossiu constrangida – Acho que esses caras vão demorar, né?
-
É provável. – disse com a voz mais parecida com a do verdadeiro Etan.
-
Vou buscar um café. Você vai querer?
-
Vou sim. Obrigado.
"Quanto
mais você demorar, é melhor!"
O
homem estava caminhando para a maquina de café, do lado dos banheiros, quando
um cinza lhe chamou a atenção. Respirando com dificuldade, ele abriu a porta
do lugar e viu o verdadeiro Etan, esparramado no chão.
Virando
rapidamente, ele olhou para a porta da sala de exposição. Não tinha mais
ninguém ali.
De
repente, um som estridente e agudo ecoou por todo o lugar. O alarme do diamante
tinha sido disparado. Correndo como louco Hingel foi até o pedestal:
Apenas
para encontra-lo vazio. E a sala também!
Em
Oosterpark, há alguns quarteirões do Centro de Lapidação, três pessoas
surgiram do nada, no meio da praça.
-
Foi mais fácil que tirar doce de criança – zombou Tonks ao voltar a sua aparência
normal.
-
É... Nem eu podia imaginar que fosse tão fácil – concordou Harry e tirou o
diamante do bolso – e seria melhor ainda, se não tivéssemos que nos
preocupar com o Ministério da Magia monitorando mágicas em trouxas.
Hermione
riu – Mas foi muito melhor assim querido. Mais engenhoso – e piscou para
ele.
-
Bom... – disse Tonks animada – vou receber de Sirius, em Londres. Tenho que
ir. Tem certeza que não querem que eu leve o diamante?
-
Não é que não confiamos em você Tonks, - disse Hermione – mas podem te
parar no caminho e você se encrencar. Já temos tudo sobre controle.
Tonks
apenas acenou coma mão e com um ultimo estalo, sumiu do parque.
Harry tirou um pequeno apito do bolso, deu um
único sopro e esperou. Dali a minutos escutaram o farfalhar suave das asas de
uma coruja.
-
Aposto que ele vai achar que o diamante saiu daqui em um pombo. Pelo menos isso,
não irá adivinhar, não é? – Hermione perguntou irônica.
-
Eu não sei... E também não quero saber. – Harry disse ao amarrar a
sacolinha do diamante da pata de Morgana.
-
Vamos lindinha. Leve isso para seu dono! – ele ordenou e soltou o bicho. A
coruja ainda parou um tempo no ar e então pegou a direção oeste. Diretamente
para Londres.
-
Estamos livres. – disse Hermione – vamos viver o resto de nossas vidas.
-
Sim! – concordou Harry e a beijou. No meio do parque escuro.
Sexta-feira,
22 de agosto – 13 da tarde
-
O guarda disse que um dos assaltantes era o dono do Centro – disse o Comissário
Willens – mas o homem está no Japão, negociando diamantes. E o outro – a
estrela do rock – está em turnê pela América.
-
Não foram eles! – disse Duda em voz baixa.
-
Então quem foi? – o comissário estava com muita raiva, e sentia que cabeças
iriam rolar dentro da policia.
-
Granger e Potter usaram o banco como cortina de fumaça, para o roubo do
diamante. Se houvesse nos avisado disso ainda de madrugada...
-
Não vejo onde quer chegar, Sr. Dudley. Não há qualquer relação dessas
pessoas com o roubo e...
-
Não? E a audácia do crime? O fato de usarem violência? A esperteza de como
entraram e saíram do lugar! – Duda bufou – Ora! Eles são os únicos que
conheço capazes de fazer isso!
-
Mandamos revistar suas bagagens no aeroporto, hoje de manhã – disse o comissário
sem muito modos – não encontraram nada!
-
E vocês sabiam que eles haviam ido embora. E não nos avisaram? Nos fizeram
perder tempo! – rosnou Duda ameaçador.
-
Não lhe devo qualquer satisfação, Dudley. Embora eles só pegaram o vôo as
onze da manhã. Bem depois do fiasco na frente do banco!
Duda
não corou porque estava mais preocupado em pensar como o diamante fora embora
do país. Sua cabeça trabalhava furiosamente em uma solução, até que a
encontrou.
-
O pombo! Eles compraram um pombo. Foi com um pombo correio que eles tiraram o
diamante da Holanda!
Willens
abriu a boca. Mas não tinha nada o que falar. E quem teria?
Brasil!
Estavam indo diretamente para o inicio de uma vida nova e feliz. Havia tanto em
que pensar, que Harry e Hermione, sentados lado a lado no avião estavam
calados.
Eles
seriam cidadãos exemplares. Os ultra-respeitáveis Sr. E Sra. Potter. Era bom
demais para ser verdade.
Ainda
perdida nesses pensamentos, Hermione sentiu-se cutucada por alguém.
-
Eu não posso acreditar! – disse uma voz desagradavelmente conhecida – nem
aqui, eu me livro de vocês?
-
O mesmo podemos dizer, Malfoy! – replicou Harry com uma cara bem azeda.
-
Saia da frente, Potter – Malfoy jogou os cabelos loiros para trás – eu
comprei a cadeira da janela.
Ele
se sentou e Hermione e Harry puderam observar as mudanças que o tempo havia
feito nele. E como havia sido generoso!
Cabelos
loiros, ombros largos, olhos ainda mais cinzentos, e uma voz de barítono:
musical e muito agradável.
Durante
uma meia hora, Malfoy e Harry ficaram trocando alfinetadas, até que Hermione se
encheu.
-
Calem a boca! Os dois! – os homens assustados se calaram – Harry mude de
lugar comigo.
Ele
mudou e ela ficou no meio. Prevendo confusões, colocou o head-fone no ouvido.
-
Ahhh... Agora sim! Vamos ter uma viagem muito agradável!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!