A Toca - Permissão



-Não, não e não! - exclamou a Sra. Weasley. - Vocês não saíram de casa, mesmo não morando aqui, Harry e Hermione também não vão!
-Mas mãe... - implorou Gina - Harry é forte, você o conhece, ele é capaz de me proteger, e ainda acho que é capaz de proteger a mim, Hermione Rony.
-Ei! Eu sei me defender sozinho! - exclamou Rony.
-Rony, fique quieto um momento, por favor. - pediu Hermione, tapando a boca do namorado com a mão direita e a outra, em volta de seus ombros, abraçando o garoto.
-Está bem Mione. - respondeu Rony, beijando a mãe de Hermione.
-Sra. Weasley. Sei que a senhora acha que seus filhos ainda são crianças, desprotegidas,que não sabem como é lá fora. Está com medo de Voldemort. - disse Harry, fitando-a - E peço que não se preocupe mais ainda com Gina, por que é mais nova. Ela estará bem, dou-lhe minha palavra.
-Harry, apesar de não ser, eu te considero meu filho de sangue, por isso, também me preocupo com você. O mesmo se aplica para Hermione, que é a irmã que Gina nunca teve. - exclamou a Sra. Weasley.
-Mãe. Harry deu-lhe sua palavra. Por acaso não acredita nele? - indagou Gina.
-Mas é claro que acredito, e ainda assim, acredito que Harry é um grande bruxo jovem. Acredito também que possui poderes mágicos que eu não conseguiria realizar nem em todos os anos que eu passei e passarei. - respondeu Molly.
-Mãe. A senhora disse que queria ver Você-Sabe-Quem morto! E Harry, acredito eu, é o único que consegue realizar esta tarefa. - disse Rony - E eu sei que nós três, Hermione, Gina e eu podemos ajudar tanto quanto Gui, Fred e Jorge.
-Pergunte a opinião de Papai. Veja o que acha ele. E se ele concordar? - perguntou Gina.
-Rony, se você quer tanto ir assim, então deve ser algo especial, não é? - questionou-o Sra. Weasley.
-Bom, Harry. Posso contar? - perguntou para Harry.
-Rony, Dumbledore e eu estávamos fazendo em segredo e ele mesmo disse que as únicas pessoas a quem eu poderia contar era a você e Mione. Mas, Gina já sabe. - respondeu Harry. Sra. Weasley, creio, me desculpe, sinceramente que a senhora não deva saber.
Molly Weasley fitou os quatro, sentados no sofá a sua frente, parados com reações imprevisíveis. Depois de um tempo, não estava mais lá, tinha aparatado para o Ministério da Magia, onde provavelmente agora, Arthur Weasley estaria sentado numa cadeira, assinando milhares de papéis.
Segundos depois, Arthur e Molly reaparecem em sua casa, a frente dos quatro adolescentes sentados no sofá, agora com feições pasmas, como se estivessem prontos a cair em prantos caso e bronca viesse grande.
-Muito bem garotos. Molly me contou que querem partir para uma aventura. Posso saber do que se trata? - indagou Sr. Weasley.
-Creio que não Sr. Weasley. - respondeu Harry, antes de todos.
-E por que não, Harry? - tornou a perguntar.
-Por que não pode papai. - respondeu Gina aborrecida.
-Não se atreva a gritar comigo mocinha. - repreendeu-a Sr. Weasley.
-Papai, é um assunto particular. - respondeu Rony, gritando mais alto do que a irmã.
-Já disse para não se excederem! - retrucou Sr. Weasley. - Ou querem sofrer castigos?
-Mas, Sr., só queremos viajar um pouco. - disse Hermione - O que tem de mais?
-Acontece, mocinha, que não quero que se metam em encrencas, além do mais, recebi uma carta da professora Minerva McGonaggal. Ela, professora Sprout, Flitwick e Slughorn, diretor da Sonserina agora, estão mandando cartas a todos os pais de alunos, dizendo que Hogwarts não abrirá mais em Setembro, como costume já, pro começo das aulas, e sim, depois da reforma, as aulas começarão em Novembro, dois meses depois.
-Mas não voltaremos a estudar mais, papai. - respondeu Rony, desta vez, saltando de um pulo só do sofá, e encarando o pai de perto, com a varinha na mão.
-Você não vai usar magia contra seu pai, Rony, eu lhe proíbo. - ordenou Sr. Weasley. - Só por me ameaçar com a varinha, está de castigo. Suba para seu quarto com Harry, e Gina, com Hermione.
-Não vamos, papai! - Gina pôs-se de pé. - Iremos com Harry, é importante para ele.
-Nada é importante se você se meterão em encrencas, entendeu? - perguntou.
-Mas, é muito. - Gina se excedeu mais do que o normal. Rony e Gina começaram a gritar com seus pais, e Sra. Weasley ficou gritando mais ainda, com Arthur.
Sem agüentar aquela situação mais um momento, Harry pôs-se de pé, e gritou:
-Nós vamos procurar as HORCRUXES restantes que Voldemort fez de seu corpo!
Todos se calaram, Rony e Gina já sabiam o que era, mas Arthur e Molly ficaram fitando o garoto por momentos demorados, constrangendo Harry.
-Harry, não era... - disse Hermione.
-Harry, você não disse isto, me diz que não! - pediu o Sr. Weasley. - ME DIZ QUE NÃO!
-Desculpe Sr., mas é isto mesmo que o senhor ouviu. - respondeu Harry, todos ainda calados.
Passados dez minutos em silêncio, com o Sr. Weasley fitando-os um a um, parecendo pensativo, mas atento aos garotos, e Sra. Weasley, quase chorando, o Sr. Weasley pôs-se pé e disse:
-Está bem. Podem ir. Eu permito. Mas quero ver o que vocês levam na mochila. Não, não me olhem assim, não é truque nenhum. Vamos, amanhã quero ver suas mochilas. Boa noite. Pro quarto.
-Mas querido... - Sra. Weasley fora interrompida.
-Deixe Molly, sei o que estou fazendo.

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