A Batalha Perdida
N/A: Hum... Já vi alguns progressos nos comentários, parece que entenderam meu apelo. Muito Obrigado aos que comentaram, eu digo, realmente comentaram. Acho que não tenho nada pra falar agora, é só ir direto para o capítulo. Ah, não esqueçam de comentar, quanto mais, melhor. E votar também!
Capítulo 14: A Batalha Perdida
Harry explicou para Rony o porquê de irem falar com Cho. O que parecia muito claro, afinal ela era uma aluna de Corvinal. Os dois desceram as escadas e comunicaram a Sra. Weasley aonde iriam, sem muita demora já estavam no Nôitibus. Chegaram ao ponto em que o ônibus não poderia seguir em frente, pois a casa dos Chang era em um condomínio. Os dois iam entrando, quando um homem os parou, parecia ser o porteiro.
- Onde vocês estão indo? – perguntou ele aos garotos.
- À casa da família Chang, ela nos deixou ir – afirmou Harry.
- É mesmo? Deixa-me averiguar isso – e falando isso ele se dirigiu a uma espécie de guarita, que parecia também com uma casa, e entrou, deixando os dois bruxos esperando.
Harry e Rony trocaram olhares que diziam: “Esse cara é maluco?”. Alguns minutos após entrar na casa, ele voltou.
- Ok. A Sta. Cho Chang espera por vocês.
Rony fez um gesto com o braço, parecia comemorar a resposta do porteiro. Os dois seguiram em frente. Após andarem um pouco, Harry percebeu que deveria ter pedido ajuda ao homem para saber onde exatamente era a casa dela. Finalmente havia achado a rua, e em poucos instantes alcançara seu objetivo.
- Eu pensei que você tinha falado que ela morava em uma casa – comentava Rony. – Mas isso não é casa, isso é uma mansão!
Harry riu. Realmente, aquilo não era um lar qualquer. Só o jardim à frente da casa já dava três “Tocas”. Quando se dirigiram ao portão, ficaram felizes em ver que a menina já os esperava. Com um feitiço abriu para que eles pudessem passar. Os dois a cumprimentaram e ela os levou a um banco no jardim, com uma paisagem muito bonita. Não era apenas um lugar com plantas e flores. Ali havia também um pequeno lago, onde podiam se ver lindos patos e peixes coloridos nadando. Árvores muito bem cuidadas e que davam frutos muito bonitos. Rony não tirava o olho das frutas, seus olhos brilhavam.
- Eu acho melhor ficarmos aqui fora mesmo, essa paisagem é muito melhor do que qualquer casa, não acham? – os dois rapidamente concordaram. – Mas então, o que os traz aqui?
- É complicado, eu queria saber o que você poderia nos contar sobre Rowena Ravenclaw. Acredito que toda sua família, ou parte dela pelo menos, pertenceu a essa casa – falou Harry.
- Pelo o que você diz, não adiantaria eu perguntar o porquê disso, não é? – Harry balançou a cabeça em negação. – Sim, toda minha família foi de Corvinal, e não sei o que você quer que eu conte, existem livros para isso.
- Eu sei, mas o que eu quero saber é se você sabe algo fora dos livros, algo diferente, uma lenda que é contada de geração em geração.
- Uma lenda que eu escutava quando era criança, é que Rowena era muito bonita, por isso a maioria das gurias bonitas de Hogwarts vai para casa dela. Isso ajuda?
- Creio que não. Mais alguma coisa?
- No momento não lembro de nada. Mas se você quiser, eu posso falar com minha mãe e ver se descubro algo, caso eu descubra lhe mando uma carta.
- Boa idéia, vamos fazer isso então.
- Ah, e fale para o seu amigo, que ele pode pegar uma fruta se ele quiser – disse ela cochichando para Harry. Os dois riram.
- Pode deixar, eu falo pra ele. Mas, acho que era só isso mesmo.
- Tem certeza? – perguntou Cho de um jeito que dizia: “Eu acho que você quer mais alguma coisa”.
- Sim, por quê? – respondeu Harry “captando” o olhar.
- Não sei, você ainda está com a Gina? – e quando Harry assentiu, a menina murchou. – Que pena.
O garoto estranhou a atitude de Cho, mas não falou nada. Levantou, despediu-se e deu de cara com um Rony meio perdido em pensamentos, que aparentemente não havia escutado nem um pedaço da conversa. Harry arrancou uma fruta e colocou na mão do ruivo, acordando-o do transe. Ao saírem pelo portão, eles tentaram aparatar, mas não era possível. Então seguiram até voltarem ao começo. Logo que passaram pela portaria, desapareceram.
À noite, quando as duas também já haviam voltado de suas tarefas, eles estavam reunidos no quarto de Harry. Rony pedira desculpas à Hermione, que aceitou, mesmo com um pé atrás, pois na verdade não havia perdoado ele totalmente, não ainda. Talvez por isso, ela estava sentada em uma cadeira procurando em um livro, enquanto ele estava deitado na cama.
- Não consigo achar nada útil – estressava-se a garota. – Nenhum objeto, nenhum lugar especial, nada!
- Talvez, sei lá, Voldemort sabia disso. Sabia o quão difícil seria achar algo sobre Ravenclaw e essa seja uma das partes complicadas dessa Horcrux. – comentou Gina.
Eles ficaram em silêncio, procurando em livros. Mas parecia não adiantar, pois o quanto mais eles procuravam, mais ficavam irritados com a falta de informação.
- Eu desisto por hoje! – exclamou Harry. – Eu tenho uma dúvida que eu acabei esquecendo após toda essa história. Como aquele colar me salvou, Gina?
- Eu não disse pra vocês ainda? Hum... O “Colar do Coração” é uma lenda antiga. Diziam que as mulheres os davam para seus maridos quando eles iam enfrentar os inimigos, em guerras e coisas assim.
- E como funciona? – perguntou Rony.
- Calma, já vou chegar lá. – respondeu a ruiva. – Ele é feito com uma pedra muito rara, que você só encontra no Egito, que foi aonde eu o comprei. E já que o Rony quer tanto saber, ele funciona mais ou menos assim: se você estiver em apuros, você ou pede por ajuda ou teme pela perda de uma pessoa que você ama; se você fizer isso de um jeito puro, com o sentimento guardado em seu coração, o colar emana um poder muito forte, que é capaz de te proteger contra qualquer coisa. Foi isso que aconteceu? – ao perguntar isso e olhar para o garoto, Gina encarou aqueles olhos verdes assentindo e logo percebeu que ela era a responsável pelo poder que saiu do colar. Ela sorriu para o garoto que retribuiu.
- Eu conheço essa lenda, e realmente é uma pedra muito rara. Antes era encontrada em abundância até, mas quando Voldemort começou sua destruição, da primeira vez, ele destruiu a maior parte dessas pedras, afinal, nenhum ser do mal poderá usá-la, pois não há sentimento puro. – Hermione explicou e Gina assentiu.
Iriam continuar conversando, mas a Sra. Weasley apareceu na porta para mandá-los dormir.
Na manhã seguinte, Harry logo que acordara descera para o café da manhã. Encontrou Gina, Hermione e a Sra. Wesley na cozinha. Todas à mesa em volta do Profeta Diário. Quando perceberam que o garoto havia entrado, as três olharam para ele com um olhar que misturava infelicidade e pena. Ele estranhou.
- O que aconteceu? – perguntou o garoto.
- Parece que Voldemort voltou a atacar. – respondeu Hermione com os olhos virados pro jornal.
- Pessoalmente?
- Não... Ontem era lua cheia.
- Lobisomens... – concluiu Harry e as três assentiram. – E quem foram as vítimas?
- Lembra que você foi visitar a Cho ontem? – Harry não acreditou no que ouvira. Voldemort havia mandado atacar a família Chang, e provavelmente era culpa dele isso, pois de algum jeito seu “plano” havia sido descoberto.
- E eles estão bem? – perguntou ele mesmo sabendo que a resposta não seria muito agradável.
- Apenas a Cho sobreviveu – falou rapidamente Gina, como se quisesse acabar de uma vez com aquela angústia.
- E como ela está?
- Totalmente abalada, chorando muito. Está em Hogwarts e vai ficar por lá mesmo, pois perdeu seus únicos familiares.
- Será que eu deveria ir falar com ela? Afinal, provavelmente é culpa minha isso. – falou um Harry que já sentara e estava com a cara nas duas mãos.
- Não é uma má idéia, Harry. Mas não vem com essa de se culpar, a culpa é de Voldemort. Agora vai dizer que todas as pessoas que ele matou foram culpa sua porque você não estava lá para salvar? É demais, não é? – Hermione tentava acalmá-lo.
- Mas eu preciso ir para Hogwarts mesmo.
- Por quê? – perguntou Gina, que sentara ao lado dele para acariciá-lo.
- Eu lembrei ontem, eu ainda estou com a taça de Hufflepuff aqui comigo. Preciso destruí-la.
- É mesmo, tinha esquecido desse detalhe. Vamos hoje então.
Harry assentiu. Gina já se colocou disponível para ir também, e como a Sra. Weasley não se pronunciou contra, a pequena ruiva ficou feliz.
Mais tarde, aparataram até Hogsmeade e seguiram até o castelo. Como Gina não podia aparatar, ela iria esperar que Harry falasse com a professora McGonagal, para poder ir de Pó de Flu, afinal, havia sido colocada uma proteção nas lareiras. Quando entraram nos terrenos do castelo, avistaram Hagrid.
- Hagrid, que bom vê-lo! – cumprimentou Harry.
- Harry! Mione! Rony! – disse ele cumprimentando cada um – Que surpresa. O que fazem por aqui? Ah, parabéns Harry pela Horcrux. Ouvi dizer que você conseguiu encontra-la.
- Sim, obrigado. Então, por isso mesmo estamos aqui, eu vim destruí-la.
- Mas precisa ser obrigatoriamente no castelo?
- Não, mas é que eu preciso da espada e de um lugar afastado de todos. Mas, como vai o Grope?
- Muito bem! Eu me surpreendo mais a cada dia com ele. Ontem mesmo estávamos jogando cartas. – os três se olharam e riram.
- Que bom que ele largou totalmente o lado gigante dele, que bom que ele não está mais agressivo. – comentou Hermione.
- Mas Hagrid, você sabe qual a senha para a sala da McGonagal?
- Claro, é Fera Verto.
- Desistiram de continuar com as senhas sobre doces?
- Sim. Foi um pedido do próprio Dumbledore. Ele pensa que nós devemos fazer o que queremos, não precisamos lembrar dele a cada instante. – respondeu Hagrid um pouco abalado.
- Pedido de Dumbledore? Então o quadro está falando? – espantou-se Harry.
- Ele fala pouco e nada importante, mas fala.
- Entendo. – falou Harry pensativo. – Mas agora nós vamos lá à sala da diretora, depois nós conversamos mais então.
Eles se despediram e seguiram ao castelo. As lembranças dos tempos de escola logo surgiram em suas cabeças. Mas ao mesmo tempo, na cabeça de Harry, lembranças da noite em que Dumbledore morrera também surgiram. Rony pensava mais nos treinos e jogos de quadribol e também se aliviava, pois não teria que fazer nenhuma prova esse ano, mas ao mesmo tempo em que pensava isso lembrava que o que ele estava fazendo era muito mais complicado. Hermione sentia falta dos estudos, das aulas e das provas. Nunca mais havia testado sua inteligência, nunca mais ganharia pontos para Grifinória com suas respostas. Os três chegaram à sala de McGonagal sem prestar muita atenção no caminho, mas conheciam o castelo praticamente de cor, pois haviam se metido em inúmeras confusões ao desafiarem cada parte daquele lugar. Bateram na porta e sua ex-professora de transfiguração a abriu.
- Boa tarde, crianças. – disse ela. – O que fazem aqui?
- Boa tarde, professora. Viemos pegar a espada emprestada novamente, mas antes, eu queria que a senhora liberasse a lareira para que Gina pudesse vir também. – respondeu Harry.
McGonagal assentiu, e ao liberá-la, usaram Pó de Flu para a cabeça de Harry chegar à sede da Ordem e ele conseguir avisar Gina que ela poderia vir. Em pouco menos de um minuto, a garota já estava de pé na sala, junto com eles. A diretora perguntou se eles sabiam do ocorrido com a família Chang; todos assentiram. Ela também contou que Cho não parava de chorar e agora provavelmente estava no Salão Comunal da Corvinal. Uma onda de tristeza voltava à cabeça de Harry, o garoto voltara a acreditar que era dele a culpa de tudo isso, mas logo que percebeu isso, Gina assumiu o controle, despediu-se de McGonagal e dando um beijo em Harry o puxou para fora da sala.
Harry, que havia pegado a espada logo após a aparição da menina, aprovou a idéia dela e os quatro seguiram aos jardins do castelo. O garoto dirigia-se ao Salgueiro para poder ir outra vez ao esconderijo de Lupin, assim não irá machucar ninguém quando destruísse a Horcrux. Ele imobilizou a árvore, e assim entrou nela sem arranhões. Os três ficaram de fora, apenas esperando por ele. Harry continuou seu caminho, parou em frente à escada que havia, colocou a taça em um dos degraus e preparou-se para destruí-la. Acreditava que não precisava ir àquela mesma sala, poderia fazer ali mesmo, já estava suficientemente longe. E também, se voltasse àquela sala, lembraria do seu terceiro ano, e das possibilidades de continuar vivendo com seu padrinho. Mas essa não era hora de pensar no passado, e o garoto sabia disso. Essa era a hora de se concentrar no presente, e só nele. Não tinha motivo para pensar no que faria após destruir Voldemort, e sim, o que faria para destruí-lo. Harry sacou a espada e com um movimento rápido destruiu a taça em duas partes, e as duas partes desapareceram logo que destruídas. Ele apenas guardou a espada e seguiu para fora da árvore.
- Nossa! – exclamou Rony – O que foi aquela luz toda?
- Não sei, não vi nada – respondeu Harry.
- Então, foi da destruição da Horcrux. E já que o Harry não é afetado pelos poderes dela, então viu nada. – falou Hermione. Todos assentiram.
A noite chegou e eles estavam jantando no castelo. Eles esperavam que estivessem apenas eles, mas havia alguns alunos também. Todos que perderam suas famílias e não tinham para onde ir, estavam “morando”em Hogwarts. Mas Harry ainda não havia visto Cho, o que não era de se espantar, pois ela provavelmente estaria sozinha no dormitório.
- Harry, o que você tem? – perguntou Gina se aproximando mais dele e acariciando seus cabelos.
- Nada, Gina. Eu estou bem – disse ele sorrindo quase que falsamente.
- É a Cho, não é? – concluiu a ruiva.
- Talvez... – respondeu Harry espantado com a perspicácia de Gina.
- Mas, qual o problema?
- Ela perdeu a família, está chorando e isolada. E é tudo culpa minha! – afirmou ele.
- Claro que não. Quem fez isso foram os Lobisomens, a mando de Voldemort!
- Mas se não fosse eu levar eles até ela, nada teria acontecido.
Os outros três ficaram quietos. Era verdade que Harry era quem havia levado-os até a família Chang, mas ao mesmo tempo, o garoto não deveria se culpar, não havia sido ele quem atacou alguém.
- Eu preciso contar a ela. – falou ele, quebrando o silêncio.
- Mas como? Ela não sai do quarto – comentou Rony.
- Não é verdade, olha ela lá – respondeu Hermione apontando para a entrada do Salão.
Harry levantou-se e foi ao encontro dela.
- Cho, preciso falar com você – disse ele se aproximando dela.
- Claro, Harry – respondeu ela com os olhos vermelhos das lágrimas derramadas. – Eu não descobri sobre o que você me pediu... Desculpe-me.
- Isso não tem importância agora. Vem aqui. – disse ele levando ela para fora do Salão para que pudessem conversar em paz. Levou-a até o jardim. Pararam alguns metros longe do castelo, o céu iluminado pela lua. As estrelas brilhavam, e seria uma linda noite se não fosse pela tristeza que pairava no ar.
- Olha, Cho, eu não sei como lhe dizer. – falou o garoto parando à frente dela. Olhava no fundo dos olhos da menina, mas não saberia se teria coragem em contar. Não sabia se a garota agüentaria saber que ele era o culpado. Ele sentia que não podia deixar de contar, ela precisava saber de todos os fatos, tinha pelo menos esse direito.
- O que foi, Harry? – perguntou ela apreensiva.
Harry virou-se de costas para ela, o olhar da menina pedia por apoio e não por mais uma noticia que a deixaria pior do que já estava. No momento, era melhor ter algo bom para contar, para talvez poder amenizar o fato ruim, mas ele tinha nada. Na verdade, não tinha noticias boas faziam dias já.
- Você está começando a me deixar preocupada.
Ele respirou fundo, era a hora.
- Fui eu, Cho. Eu sou o culpado.
- Foi você? O que? Culpado do que? Explique-se! – a garota não entendera, ou estava muito abalada para perceber.
- Eu sou o culpado pelo que aconteceu à sua família. – respondeu Harry ainda de costas para ela. O garoto sentiu sua garganta secar e parecia buscar por oxigênio que não vinha. Era um silêncio realmente desagradável, e ele queria que ela falasse algo o mais rápido possível.
- O que você quer dizer com isso? – ela pegou o braço dele e o fez virar. – Foi você quem mandou os Lobisomens nos atacar?
- Claro que não! – exclamou ele – Voldemort fez isso!
Cho tremeu um pouco mais ao ouvir aquele nome.
- Mas então o que você quer dizer?
- Se eu não tivesse ido a sua casa naquele dia, provavelmente nada disso teria acontecido. – disse ele abaixando a cabeça.
- Harry, como você pôde? – ela parecia processar as informações.
- Não foi por querer. Eu não sabia que isso iria acontecer. Não sabia que Voldemort estava me vigiando...
- Pare de falar esse nome, me arrepia ainda mais!
- Não, Cho! Não sou eu que devo parar de falar, são as pessoas que deveriam começar a pensar que o medo do nome só aumenta o medo que elas sentem por Voldemort.
- Agora além de entregar minha família a Você-Sabe-Quem, você também vai me dar lições de moral? – o garoto parecia não conseguir acalmar a menina e ela parecia ainda mais magoada.
- Não estou lhe dando lições de moral... – Harry percebeu que havia falado a coisa errada e tentou mudar o rumo da conversa – Olha, eu sei como você está se sentindo.
- VOCÊ SABE COMO EU ESTOU ME SENTINDO? – Cho agora não falava mais, estava berrando. E ela provavelmente sabia disso. – COMO QUE VOCÊ PODERIA SABER COMO ESTOU ME SENTINDO!?
- Como eu poderia saber? Olhe para os últimos 16 anos da minha vida, você vê algum pai ou mãe? Não! – Harry tentava se manter sem berrar, pois se juntar à garota nesse sentido não era uma boa idéia se ele quisesse acalmá-la. – Quer uma coincidência? Voldemort também matou meus pais! E tudo porque o idiota de um amigo deles... – o garoto parou de falar. Todos esses anos vinha xingando Rabicho, todos esses anos o culpando pela morte de seus pais e agora achara que fizera o mesmo – os traiu.
Cho percebeu a confusão no olhar de Harry. Ela estava tão perturbada com tudo aquilo que havia esquecido que ele também havia perdido seus pais. O garoto abaixou a cabeça e a jogou no meio de suas duas mãos, parecia chorar.
- Harry, eu não o culpo pela morte de meus pais. – ela tentava acalma-lo. – Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado o fez, e o fez porque é um ser repugnante. Você não deve se culpar por isso, você não é igual a esse “amigo” de seus pais. Você está com muita pressão nas suas costas, ainda mais agora que ele voltou e Dumbledore se foi.
- Ele confiou em mim para destruir Voldemort e eu vou fazer, e vou acabar com todo o mal no mundo. – Harry havia levantado a cabeça, e agora tentava aumentar sua auto-confiança.
- Não, você não vai conseguir. – o garoto espantou-se com a resposta – Você vai destruir Você-Sabe-Quem, eu sei que vai. Já fez uma vez, por que não poderia fazer de novo? Mas não há jeito de destruir o mal. Ele sempre existirá, por mais otimista que você seja você precisa entender isso.
- O que você quer dizer com isso? – ele parecia confuso. O que aconteceu com a velha Cho? A nova Cho mostrava-se mais atenta, mais preparada. Será que a perda de Cedrico e de sua família havia a feito amadurecer mais rápido do que deveria? – Você quer dizer que o mal é invencível?
- Talvez, Harry. Mas ele é tão invencível quanto o bem. Por mais que você acabe com Você-Sabe-Quem, outros aparecerão, seguidores ou talvez inimigos piores, não adianta Harry, o que você está fazendo é batalhando em uma batalha perdida.
- Então, você está me dizendo para desistir?
- Não! Nunca... Por que é de pessoas como você, de guerreiros corajosos, que o bem precisa nesse momento. Se não fossem homens como você e Dumbledore, talvez o mal já tivesse o controle total da situação.
Harry estava perplexo. Onde a velha Cho fora parar? Mas não importava, preferia a nova. Era decidida e realmente muito madura. Com quem ela havia aprendido tudo aquilo ele não sabia, mas que todas aquelas palavras foram importantes, foram.
A garota seguiu até ele e lhe deu um abraço. Ela sussurrou algo em seu ouvido: “Eu sei que você deve estar espantado com tudo o que lhe falei, mas apenas estou lhe devolvendo tudo que aprendi com a AD.”
- Vamos voltar ao castelo? – perguntou Harry – Está ficando tarde.
- Vai você, acho que vou ficar aqui mais alguns minutos – respondeu ela sorrindo para ele. O garoto seguiu andando, ainda meio pasmo. Quando alcançou os degraus, a menina lhe chamou.
- Eu estava conversando com minha Vó sobre o que você me perguntou, e ela disse que talvez soubesse de algo que poderia lhe ajudar. – Harry estava ouvindo completamente, se ainda tivesse algo que eles não soubessem era assim que achariam a nova Horcrux. – Mas, ela não pode me contar, os... Lobisomens invadiram bem na hora que ela iria contar.
Harry pensava nas novas informações, poderiam ser melhores, mas ajudavam. Ele virou-se para porta novamente, não antes de sussurrar um muito obrigado para Cho. Entrou no castelo com apenas um pensamento em sua cabeça: “Então Ravenclaw, você está escondendo algo de mim, não é? Ah, você não perde por esperar!”.
N/A: Esse capítulo provavelmente é um dos mais entediantes já lidos na história da Floreios e Borrões. E eu não digo isso apenas para vocês falarem: “Ah como tu se faz...”. Não! Realmente eu achei bem chato. Mas, eu precisava mostrar algumas coisas. Primeiro que eu não queria dizer agora o porquê do titulo ser Harry Potter e a Batalha Perdida, mas eu fui obrigado, pois muitos estavam pensando que era por que Harry iria perder para Voldemort, o que não está fora de cogitação. Assim, talvez por achar que o final já estava selado, poderiam desistir de ler, mas agora dei mais uma opção, talvez Harry o vença. Vamos deixar isso para o final, fica mais apropriado. Segundo que mostra os Lobisomens, mais uma arma de Voldemort contra Harry, que será mais explorada no futuro. Terceiro que mostra uma nova Cho, diferente da mimada e chorona (nem tão diferente assim) de antes. Mas isso não é tão importante. Quarto por que no capítulo mostra a destruição de mais uma Horcrux, a taça de Hufflepuff. Resumindo: mais um capítulo chato, mas importante.
Estou começando a ficar mais empolgado com os comentários, mas sei que ainda podem aumentar. Se você leu a Fic comente, o que custa? E votem também, custa menos ainda. Nem que seja para xingar o leitor, ou sugerir que Voldemort morra caindo de uma ponte, qualquer coisa, comente! Mas por favor, tente fazer comentário sobre a Fic ou sobre o autor...
Acho que por hoje é só. O próximo capítulo eu já comecei, e só depende de vocês quando irei atualizar, pois depende da quantidade comentários.
Obrigado por me “escutarem”.
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