Very Irresistible (Givenchy)



N/A: uargh! Não me matem!! É que começou a facul e eu tive que fazer um monte coisas, aliás, eu to matando aula da facul pra poder escrever esse cap, olha oq vcs me fazem fazer! Hauhauhauahuahua!!!

VANI: Aqui estááá!!! Hahahah talvez vc vai axar isso um pouco coincidência demais, ms fala pra suas primas q eu adorei elas táá´?? Niver surpriseee te amo lindaaa

THATY: MUITO OBRIGADA por comentar e por ser “dependente” da minha fic!! Fiquei muitíssimo feliz!! Hahah e eu sou dependente dos seus comentários! Obrigada por sempre me apoiar!! Vc vai ter uma surpresa no fim do cap! Hauhauhahahahah bjus querida! Comente sempre! Mil desculpas pelo atraso viu!

NASH: BRIGADÃO por comentar!!! Vcs são demaisss!!! Surpresa pra vc tb no fim do cap! Hahahaha desculpa pelo atraso!!! Amo seus comentárioss!! Vê se atualiza sua fic que to morrendo de curiosidade






Capítulo Oito – Very Irrésistible (Givenchy)



Olívio encarava profundamente os olhos de Mia, as sobrancelhas erguidas de um modo exagerado. A garota não sabia identificar o que aquele par de olhos cor-de-mel diziam ao cintilarem daquela forma; seriam de... amor? Surpresa? Excitação? Ou seriam de... – Mia hesitou por um instante – ...Raiva?

O que Olívio sentia àquela hora Mia não sabia dizer, mas o calor que percorria seu corpo, aquele mesmo que fazia certos lugares formigarem de um modo bom, a faziam ter certeza de seus próprios sentimentos. Cada fibra de seu ser amava Olívio, cada molécula do corpo gritava desesperadamente por ele, ela queria tê-lo consigo, queria envolvê-lo contra seu corpo de um modo que eles se prendessem em um laço que os unisse para sempre...

- Oli? – ela o chamou num sussurro, ainda enlaçando o pescoço do rapaz.

Olívio continuava a encarar a garota com os olhos brilhando numa intensidade louca. Nem ele mesmo sabia o que estava sentindo àquela hora. O perfume cítrico que emanava dos cabelos de Mia se misturavam com o cheiro doce da própria garota, entorpecendo-o por completo; ele sentiu um arrepio percorrer cada parte de seu corpo quando a garota sussurrou seu nome, e estava prestes a ceder ao pedido de Mia, agarrando-a contra seu corpo musculoso, mas pensamentos idiotas não deixavam de assombrar sua mente. Pensamentos dela com Jean, nessa mesma situação. Olívio se perguntava quantas vezes ela e Jean haviam dormido juntos. Quantas vezes essa garota, já uma mulher – SUA mulher – que ele tanto amava, que ele tanto desejava, já não havia sido de outro antes dele. Sentia raiva. Sentia ciúmes. Sentia um certo desprezo por Mia.

- Olívio, o que foi? – perguntou Mia docemente, o cenho franzido, enquanto encarava o rapaz nos olhos.

Olívio soltou um longo suspiro, desvencilhando-se vagarosamente dos braços que envolviam seu pescoço. Mia encarava-o totalmente confusa.

- Olívio? – chamava ela novamente, agora com um certo tom indignado na voz.

O rapaz afundou as mãos no rosto, esfregando os olhos com violência, enquanto se apoiava na parede do corredor.

- O que está acontecendo? – perguntou ela erguendo as sobrancelhas e se agachando para encarar Olívio, que escorregara pela parede e agora se encontrava sentado, os olhos miravam o chão com tristeza.

Olívio piscou lentamente, uma, duas vezes, ainda encarando o chão, e Mia precisou tornar a chamá-lo para ele finalmente erguer os olhos e encará-la.

- Você quer me dizer o que está havendo? – perguntou ela irritando-se.

- Não consigo parar de pensar. – respondeu ele com a voz rouca, os olhos castanhos cintilaram.

- Pensar no quê? – retorquiu Mia confusa e irritada ao mesmo tempo – Olívio, desembucha logo. Se você não quiser fazer, não fazemos, sem problemas. – ela terminou, a pouca paciência que tinha se esgotara completamente, e ela se sentia extremamente magoada com o rapaz, sem contar ofendida.

Olívio tornou a erguer as sobrancelhas daquele modo exagerado.

- Você acha que não quero? – retrucou ele alterando a voz, fazendo Mia pular de susto – Lógico que quero, Mia! Você acha que eu sonho com o quê todas as noites desde o que aconteceu quando você foi enfeitiçada com a Amortentia, hein?! Eu não conseguia dormir, pensando em você! Pensando em como seria se a Emma não nos tivesse interrompido! Sonho com seu corpo, seus afagos, seu carinho! Sonho com seu sorriso, com suas palavras e até com seus tapas! Sonho com você todos-os-dias!

Mia encarava o rapaz, extremamente corada, se de vergonha ou de raiva Olívio não sabia ao certo; ele só queria desabafar, fazê-la saber o quanto ele a queria, o quanto ele a amava, mas a conhecia bem o suficiente para saber que ela não deixaria a discussão morrer ali.

- E agora que você tem a chance de parar de sonhar e ver como é na realidade, você começa a pular fora? – perguntou ela, mais como uma acusação do que como uma pergunta – O que foi? Está com nojo de mim? Por acaso eu mudei? Estou feia? Fala Olívio! – ela dizia tudo muito rápido, a voz erguia-se a cada palavra. Lágrimas brotavam de seus olhos. Ela não podia acreditar que Olívio estragara esse momento... Não conseguia entender como ele conseguia fazê-la a mulher mais feliz do mundo e no instante seguinte a mais raivosa.

- É lógico que não estou com nojo! – gritou ele indignado – Mia, você é linda, eu amo você! Amo tanto, que só de pensar que você tenha sido dessa forma de outro homem me dói! Eu fico com ciúmes, com medo de perder, com medo de ser pior, sei lá...

- Perder? Ser pior do que quem? – indagou ela confusa.

Olívio soltou um resmungo discreto.

- Quê?! Olívio, fale com a boca, não entendi nada! – ralhou Mia ficando cada vez mais impaciente.

- Morlevat. – resmungou ele novamente, fazendo uma careta inevitável ao dizer o nome do ex-noivo de Mia.

- O que tem ele? – insistiu Mia ainda sem entender.

- Ora, Mia. Vocês estavam noivos e você dormiu no apartamento dele no dia em que ele te pediu em casamento, e de quebra, ganhou a Taça Européia de quadribol! Vai me dizer que vocês comemoraram dormindo abraçadinhos? – desabafou Olívio com raiva, amarrando a cara depois.


Mia encarou profundamente os olhos de seu amado, logo após aquele desabafo tão sem sentido; e para a surpresa do rapaz, que esperava que a namorada fosse tomar fôlego para a discussão continuar, ela sorriu, os olhos ainda marejados.

- Se você quer saber, foi assim mesmo. – respondeu ela se aproximando de Olívio novamente e sussurrando em seu ouvido, fazendo um arrepio percorrer sua espinha – E sabe porquê não consegui ir adiante com ele? – Olívio ficou em silêncio, encarando a expressão serena no rosto de Mia, expressão esta, que nesses sete anos de convivência ele nunca a vira usar – Porque não conseguia parar de pensar em você.

Olívio franziu o cenho, mas não pôde deixar de sorrir ao ver o sorriso lindo que Mia exibia. Ele a abraçou pela cintura, e com um movimento rápido a carregou nos braços fortes, como se fossem recém-casados.

Mia soltou um gritinho surpreso, mas feliz, enquanto ele abria a porta do dormitório masculino com um chute, e a carregava em direção a sua cama de coluna, próxima à janela.

- O que é isso, hein, Olívio Wood? – perguntou ela com uma voz maliciosa.

- To treinando pra daqui a alguns anos quando nos casarmos. – respondeu ele sorrindo, enquanto a depositava com carinho em sua cama, e se afastava um pouco para contemplá-la. Como ele amava essa garota! Cada fio de cabelo fora do lugar, cada pneuzinho, cada ruga que aparecia enquanto ela fazia suas milhares de caretas... A amava como um todo, por completo, e duvidava que amaria alguém dessa forma novamente.

- Oli? – chamou ela sorrindo, despertando-o de seus pensamentos.

Ele retribuiu o sorriso da garota, ficando de joelhos na cama para poder encostar seus lábios de leve no dela, provocando-a como ele sempre adorava fazer. Ele roçou seus lábios de leve nos de Mia, caminhando então para o pescoço, beijando-o com carinho, e sorrindo toda vez que a sentia tremer de leve. Seus lábios foram traçando um caminho para a orelha, enquanto ele a mordiscava de leve, sua mão percorria o abdômen de Mia embaixo de sua camiseta, fazendo a.garota sentir arrepios inexplicavelmente prazerosos. Olívio voltou seus lábios para a boca da garota e beijou-a de leve, aprofundando cada vez mais o beijo à medida que puxava o short da garota para baixo, sendo ajudado por ela, que dobrou as pernas e o arrancou rapidamente. Olívio sorriu ao perceber as mãos de Mia percorrerem suas costas e migrarem sem cerimônias para seu abdômen. Seus dedos se demoraram nas depressões do tanquinho do rapaz, fazendo-o tremer levemente.

Olívio beijava com fervor o pescoço de Mia, enquanto a garota subia vagarosamente sua mão pelo tórax do rapaz, levantando sua camiseta, e arrancando-a logo em seguida. Mia abriu um sorriso satisfeito ao contemplar o corpo do rapaz. Essa obsessão por quadribol valera para alguma coisa, afinal.

- No que você está pensando hein? – perguntou Olívio maliciosamente ao encarar o sorriso de Mia.

- Que sua obsessão por quadribol valeu pra alguma coisa. – respondeu ela sorrindo, mirando o peitoral, o abdômen e os braços do rapaz, que sorriu, e tornou a beijá-la com mais fervor, agora despindo a larga camiseta que Mia vestia, deixando-a apenas de lingerie.

Olívio parou um pouco, fitando Mia como se analisasse cada parte de seu corpo. A garota corou, um pouco desconfortável, mas aproveitou a pausa de Olívio para desabotoar a calça do rapaz, que sorriu e ajudou-a, despindo-se de uma maneira incrivelmente rápida. Mia sentia o corpo de Olívio se arrepiar enquanto ela brincava com o elástico do samba-canção do rapaz e ele tirava-o do mesmo modo brusco com que fizera com a calça.

- Está com pressa? – perguntou ela, divertida, enquanto mordiscava a orelha de Olívio e beijava seu pescoço, bem abaixo da orelha, num ponto estratégico.

Aparentemente Olívio não conseguia responder. Parecia estar em transe com os beijos de Mia. Ela sabia exatamente o ponto fraco do rapaz. Ele tremia e ela o abraçou com carinho, fincando suas unhas nas costas musculosas, despertando-o de seu transe. Olívio sorriu, enquanto Mia ainda beijava seu pescoço e brincava com os dedos em seu peitoral, ele percorreu sorrateiramente suas mãos para as costas de Mia e abriu seu sutiã, de um modo muito desajeitado, enquanto ela sorria e o ajudava a tirá-lo. Olívio tornou a beijar o pescoço de Mia, enquanto ela sentia arrepios percorrerem todo seu corpo. Ele foi descendo, pelo colo, seios, beijando-os com carinho, e desceu seus lábios pelo abdômen de Mia, que ofegava e tremia.

A garota sentia todo o seu corpo quente e trêmulo, e apesar de estar seminua, com Olívio sentia-se tão protegida de tudo e de todos que era como se ele tivesse construído uma fortaleza em volta deles.

Olívio parou seus beijos chegando na aba da calcinha, e fitou Mia como se pedisse permissão para continuar. Ela apenas acariciou os cabelos do rapaz com carinho, o que foi suficiente para ele despi-la por completo, e voltar seus beijos para os lábios da garota, beijando-a com ternura e ao mesmo tempo com um desejo desesperado. Segurou delicadamente a cabeça de Mia enquanto a beijava como se a tranqüilizasse, como certificasse que ela não sentiria dor.



Mia sentiu uma lágrima escorrer pelo seu rosto, uma lágrima de felicidade, de satisfação e de prazer; quando Olívio uniu seus corpos, agora eles eram um só, fundidos num amor incondicional, em um amor eterno. A garota agarrou os cabelos Olívio, perto da nuca, trazendo-o para si enquanto sentia seu corpo tremer involuntariamente de prazer, uma gota de suor percorreu sua testa e ela sorriu satisfeita.

Olívio se separou lentamente, sorrindo ao encarar os olhos marejados de felicidade de Mia.

- Você está bem? – ele perguntou com carinho, enquanto deitava-se ao lado da garota e aninhava Mia em seus braços.

- Maravilhosamente. – respondeu ela simplesmente. Olívio beijou-lhe a testa e observou-a adormecer lentamente, enquanto lhe fazia cafuné.

- Amo você, Mia Chang. – sussurrou ele para a garota profundamente adormecida. Ele sentiu-a tremer levemente e a aconchegou mais perto de si. Como amava sua garota. Sua mulher. Abraçou-a firmemente como se alguém fosse tomá-la de seus braços, e após fitá-la por um tempo, caiu nos encantos do sono.




“... Eu posso sentir você perto de mim
Quero apenas que esse sentimento seja eterno

Eu quero estar aqui eternamente
Eu posso ver que você é tudo que preciso
Apenas esse momento será eterno”





Mia acordou na manhã do dia vinte e quatro com um arrepio de frio percorrendo a espinha. Abriu os olhos lentamente e se espreguiçou, piscando várias vezes para se acostumar com a luz fraca do dormitório. Soltou um longo bocejo e virou-se para olhar o rapaz que dormia profundamente abraçado à sua cintura. A respiração quente de Olívio em seu cangote a fez sentir um novo arrepio, dessa vez não era de frio. Sorriu, beijou a face de Olívio e o cobriu com um pesado cobertor enquanto se desvencilhava com delicadeza do rapaz e se enrolava no lençol, caminhando em direção à janela, sentando-se no parapeito e pondo-se a observar como Hogwarts ficava magnífica no Natal. Nevara muito na noite anterior, pelo menos o suficiente para cobrir todo o campo de quadribol e o gramado em volta do lago, que congelara. A cabana de Hagrid em meio à Floresta Proibida parecia de chocolate coberta de glacê, e pela chaminé saía uma fumaça azul.

- Hagrid provavelmente deve estar fazendo o café. – comentou Mia para si mesma, sorrindo. Hoje para ela tudo era sorrisos, depois da noite maravilhosa que passara com o rapaz que ela observava agora roncar alto na cama ao lado. Parou de contemplar Hogwarts por um instante e seu olhar percorreu o corpo de Olívio, que apesar de ela o ter coberto segundos antes, naquele momento encontrava-se seminu, de tanto que o garoto se revirava e mexia na cama. Mia sorriu. Como o amava! Como se enganara achando esses anos todos que o que sentia por ele era ódio, quando na verdade era um desejo louco, um desejo ardente, um amor contido, reprimido de todas as formas, que agora liberado era o amor mais lindo do mundo.

Mia levantou-se do parapeito, pondo-se de pé e se espreguiçou, deixando o lençol escorregar pelo seu corpo, e caminhou, nua, em direção ao banheiro, sendo acompanhada por um par de olhos cor-de-mel que cintilaram maliciosamente ao observar que ela não trancara a porta.

Mia abriu a torneira da banheira, murmurou um feitiço para a água esquentar e mergulhou na água quente, jogando alguns sais de banho rosa-claro dentro. Fechou os olhos e assim ficou, quase adormecendo novamente, quando sentiu lábios quentes encostarem-se aos seus.

- Oli?! – ela exclamou sobressaltada, abrindo os olhos.

- Quem mais poderia ser? – ele respondeu sorrindo. Mia observou que Olívio tinha enrolado uma toalha em volta dos quadris de um modo não muito eficaz.

- Bem que poderia ser Marcos Flint. – provocou Mia numa voz de fingido desapontamento, enquanto Olívio abria uma careta e beijava seu pescoço.

- Posso me juntar a você? – perguntou ele, já colocando um pé dentro da banheira.

- Hm... deixa eu pensar... – fazia Mia em um tom de quem pensa seriamente no assunto, enquanto desamarrava a toalha dos quadris do rapaz e ele se sentava de frente pra ela, puxando as pernas da garota para ela se aproximar.

De repente Mia ouviu um som que fez seu coração parar de bater por um instante, seu sangue congelar em suas veias e um nó se formar em sua garganta. Ela engoliu seco.

- OLÍVIOOOO!!! – uma voz berrava da sala comunal. A pessoa obviamente se aproximava, pois os gritos se tornavam cada vez mais altos. Ela agora subia as escadas em direção ao dormitório.

Mia sentiu Olívio congelar em sua frente. Ele estava branco como a neve lá fora e balbuciava coisas sem sentido, os olhos arregalados de surpresa e terror.

- Olívio – chamou Mia num sussurro, tão (se não mais), desesperada quanto o rapaz – Olívio! – ela chamou novamente, mas ele estava paralisado com o choque. Ela saiu rapidamente da banheira, se enxugando com a toalha que Olívio jogara no chão, e correu para trancar a porta do banheiro com a varinha.

- OLÍVIO RODRIGO WOOD, ONDE VOCÊ SE METEU?! – berrava a voz feminina, que chegara à porta do dormitório.

- Olívio, responde! – sussurrou Mia irritada para o rapaz, que continuava com os olhos arregalados – Anda, Olívio, é a sua mãe!

- OLÍVIOOOO, ONDE VOCÊ ESTÁ?! – a Sra. Wood gritava estridente, parecia que ela estava procurando o filho no amontoado de cobertas que era a cama de Olívio – NOSSA QUE SHORT PEQUENO! OLÍVIO, MEU FILHO, VOCÊ ANDA USANDO ESSAS COISAS PRA DORMIR? ISSO NÃO CABERIA EM VOCÊ NEM QUE VOCÊ USASSE FEITIÇO PRA REDUZIR!

Mia arregalou os olhos, apavorada. A Sra Wood estava vasculhando em meio às cobertas e amontoado de roupa que ela e Olívio jogaram no chão na noite passada, e se continuasse procurando, ia acabar encontrando as peças íntimas de Mia e – bem, isso seria um bocado estranho para Olívio se explicar.

- Olívio, anda! – sussurrou Mia impaciente, dando uma cotovelada com força no tórax do rapaz, que soltou um gemido.

- Uff!

- Olívio? – a Sra. Wood chamou, virando-se para a porta do banheiro e largando sem ao menos ver, a camiseta de Mia com o sutiã enrolado dentro – Você está aí meu filho?

Mia continuava encarando o rapaz com os olhos faiscando perigosamente de raiva, e ele pareceu finalmente acordar.

- Estou ... ahn... tomando banho! – respondeu ele com a voz um tanto hesitante. Parecia que a mãe poderia ver através da parede o que ele estava realmente fazendo. Olívio continuava sentado, nu, na banheira, enquanto Mia aguardava imóvel enrolada na toalha.

- Ah sim, querido! Eu e seu pai estávamos dando uma passadinha por Hogsmead e aproveitamos para vir aqui e trazer seus presentes. – a sra. Wood falava com o rosto colado à porta, o que assustava terrivelmente Mia. A garota conhecia Helena Wood desde seu primeiro ano em Hogwarts, quando ela e Emma viraram amigas, e desde então em todas as férias nesses sete anos Mia passava pelo menos uma semana na casa dos Wood. Ela adorava a mãe de Emma, mas vê-la como sogra era uma visão extremamente assustadora.

- Dando uma passadinha. – Olívio balbuciou mal-humorado, e recebeu um olhar fuzilador de Mia.

- Bom, nós estamos esperando você faz duas horas! Já entregamos os presentes de Emma e de quebra conhecemos o namoradinho dela! Rapaz simpático não? – ela disse, desencostando-se da porta do banheiro, e pareceu não esperar uma confirmação da parte de Olívio, mas sim, de outra pessoa.

- É. – confirmou uma voz grave, era o Sr. Wood – Mas fique de olho nele, Oli! Se ele se meter a engraçadinho com a Em, você já sabe...

Mia arregalou ainda mais os olhos, se é que era possível, e fitou Olívio que parecia um pouco menos aterrorizado devido à presença do pai.

- Tudo bem, pai! – exclamou ele com a voz natural.

- Não demore muito no banho! Estaremos esperando no Salão Principal! Temos uma surpresa pra você! – exclamou a Sra. Wood contente, enquanto Mia deduzia que se afastava – Mia, querida, trouxemos um presente pra você também! – a Sra. Wood completou, fazendo as entranhas de Mia darem dez cambalhotas em dois segundos, e seu rosto inteiro queimar de vergonha: “Escutei o que escutei?!”, ela pensava aflita, o coração batia acelerado de desespero, os olhos quase saltaram nas órbitas.

- Helen! – ralhou o Sr. Wood.

- Ah, estamos TÃO felizes por vocês dois! – a Sra Wood disse afobada, não conseguindo se conter, ignorando o marido.

- Vamos, Helen, deixe os dois em paz... coitados, devem estar morrendo de vergonha. – ele disse em um tom de censura, mas parecia estar se divertindo com a situação.

- Não demorem hein! – ela disse, entusiasmada, enquanto se afastava.

Mia virou-se para Olívio, o rosto púrpura, sua boca abria e fechava, horrorizada.

- Como eles sabem? – ela indagou para o rapaz que sorria sem jeito e se levantava da banheira.

Olívio simplesmente deu de ombros, e enlaçou Mia pela cintura novamente, tirando o nó da toalha, quando foi impedido por um tapa.

- Você está louco? – ralhou ela ajeitando a toalha que agora solta, insistia em escorregar pelo seu corpo – Seus pais estão aí! Estão esperando você lá em baixo!

- E daí? – fez Olívio despreocupado, segurando firmemente Mia, impedindo-a de se desvencilhar – Agora que eles já sabem que você está comigo não vão estranhar se nós demorarmos mais um pouco. – e sorriu divertido, ao ver a careta horrorizada de Mia.

- Olívio NÃO tem graça! – ela gritou estridente, fazendo um enorme esforço para sua toalha não cair – Precisamos nos trocar!

- Ta – disse ele, vencido – Mas antes – e puxou a toalha de Mia, que foi surpreendida por lábios quentes e macios e no instante seguinte, viu-se prensada na parede enquanto Olívio a beijava loucamente, seus corpos colados, um arrepio percorreu todo o seu corpo...

- Não, Olívio! – ela gritou, reunindo todas as forças de resistências de seu corpo, enquanto grande parte de suas células gritava indignada. Olívio revirou os olhos, desapontado. – Vamos!

Mia o puxou para o dormitório, e foi à caça de suas roupas, vestindo-as o mais rápido que podia, recebendo exclamações indignadas de Olívio, que a observava, e pedia para ela se vestir “mais devagar”.

- Ah, Olívio, estou sem humor para suas gracinhas! E ande logo! – ralhou ela impaciente, enquanto o garoto resmungava e vestia uma calça e uma camiseta – Que surpresa é essa que sua mãe falou? – ela perguntou, curiosa, enquanto observava Olívio calçar um tênis.

- Não faço a mínima idéia. – respondeu ele sonolento soltando um bocejo.

Mia vestiu seu casaco e puxou um Olívio emburrado pela mão, enquanto eles desciam as escadas para o salão comunal. Antes de sair pelo retrato da Mulher Gorda, ela virou-se para Olívio que ainda ajeitava o botão da calça, impaciente, encurralou-o na parede, e surpreendeu-o com seus lábios macios no dele, mas quando ele ia aprofundar o beijo e agarrar sua cintura, ela se desvencilhou agilmente.

- Não é só você e sua mãe que conseguem fazer surpresas! – ela exclamou rindo, e puxando um Olívio sorridente para o salão principal.



- Até que enfim! – exclamou Emma mal-humorada, logo que os dois se sentaram à mesa da Corvinal, com Cedrico de uma cor vermelho-tomate ao seu lado.

Mia reparou na presença de duas garotas idênticas, muito bonitas, de cabelos louros dourados volumosos na altura do ombro e olhos verde esmeralda que conversavam alegremente com os Wood.

- Kahlen, quem são essas duas? – perguntou para a amiga, mas ela apenas deu de ombros, preocupada demais em caçoar de Emma para reparar na presença de duas garotas absolutamente idênticas; talvez mais que os gêmeos Weasley.

- Emma está de mal humor porque o pai dela falou uns negócios sobre ela não se formar em Hogwarts por causa de uma gravidez indesejada. – sussurrou Kahlen no ouvido de Mia, que tentou esboçar um sorriso, mas corou muito ao lembrar da cena de minutos antes.

Mia observou, ainda corada, o Sr. e a Sra. Wood abraçarem Olívio fortemente enquanto ele sorria sem jeito, e lançava olhares encabulados a Mia que simplesmente sorria como se dissesse “Os pais são seus!”. Logo depois foi a vez das gêmeas abraçarem Olívio, de uma forma muito íntima – “Íntima demais”, pensou Mia emburrada – e darem dois beijinhos no rosto dele.

- Ei – chamou Rogério num sussurro, despertando a garota de uma provável cena de ciúmes. Mia fitou o rapaz e imediatamente concluiu que ele fora tirado à força da cama: tinha os cabelos bagunçados e o rosto levemente inchado – O que aconteceu com vocês dois que demoraram um tempão pra descer?

- Ah – fez Mia revirando os olhos, cansada, mas ficando da cor de seu suéter – É uma longa história, depois eu conto pra vocês.

Kahlen ergueu as sobrancelhas para a amiga, enquanto Mia se servia de um pouco de café.

- E não esquece de contar, também, o que você estava fazendo no dormitório masculino da Grifinória a essa hora da manhã, e com os cabelos molhados, ta? – disse Kahlen em um tom absolutamente natural, fazendo Mia cuspir café em seu suéter.

- Ai ai ai! – fez a Sra. Wood andando energicamente na direção de Mia, e com um movimento da varinha, a mancha marrom sumira do suéter vermelho de Mia, e ela agradeceu, extremamente corada, a senhora baixinha e de rosto bondoso, que para a total surpresa da garota, a abraçou fortemente logo em seguida - Ah, Mia querida! É tão bom saber que Oli finalmente arranjou uma namorada que preste! – ela comentou, emocionada, enquanto abraçava Mia ainda mais forte.

- É... eu... er... obrigada. – agradeceu Mia encabulada, retribuindo o abraço da sogra.

- Olha, aqui está o seu presente! – exclamou o Sr. Wood entregando-lhe um embrulho quadrado, do tamanho de uma mão, e abraçando a garota logo que ela foi solta por Helena – Ah! Mas só pode abrir amanhã! – exclamou ele energicamente, quando Mia fez menção de abri-lo.

- Oh, sim! – disse a garota sorrindo, sentindo um pouco mais à vontade. Pensar neles como os pais de sua amiga era uma idéia muito mais confortável do que como pais de seu namorado, e ela agarrava-se firmemente a essa idéia para não falar nenhuma besteira. Kahlen, Rogério, Emma e Cedrico pareciam estar se divertindo à beça com a situação. Emma, que fora obrigada a apresentar Cedrico aos pais parecia estar se vingando através de Mia.

- Ah, essas aqui são minhas sobrinhas da Itália que vieram passar o Natal conosco esse ano. – disse o Sr. Wood apresentando as gêmeas, que acenaram timidamente para Mia, Kahlen, Rogério e Cedrico.

- É, mas achamos que seria muito chato pra elas ficarem com esse casal de velhos, sem a companhia de Oli e Em, que resolveram passar o feriado aqui, então... – começou a Sra. Wood em um tom ao mesmo tempo insinuante e esperançoso.

- Então as trouxemos pra cá, pra passar o feriado com vocês aqui em Hogwarts, o que vocês acham? – completou o Sr. Wood, abrindo um sorriso quase de súplica aos garotos.

Imediatamente Os Seis trocaram olhares uns com os outros; Emma parecia extremamente aborrecida com a presença das primas, Olívio (que Mia sentiu uma vontade enorme de chutar as canelas) parecia hipnotizado com as duas; Rogério agora cochilava em cima de uma travessa de panquecas; Cedrico sorria timidamente; Kahlen sorria simpática, e Mia parecia extremamente confusa com a idéia.

- Bem – começou ela, vendo que nenhum dos outros amigos nem Olívio abriam a boca pra falar – Acho que não vai fazer mal se passarmos o Natal e o Ano Novo com elas, não é mesmo? – e ela virou-se para os amigos, que simplesmente sorriram afetados. Rogério soltou um gemido alto de dor quando Kahlen lhe deu uma cotovelada nas costelas.

- O quê? – perguntou ele assustado; erguendo a cabeça e mostrando o rosto lambuzado de calda de caramelo – Ah, não! – e começou a limpar a calda nas vestes.

- Ele concorda. – falou Kahlen prontamente por Rogério, parecendo levemente irritada.

- Que ótimo então! – exclamou a Sra. Wood energicamente sorrindo para todos – Bom, acho que já está na nossa hora! Juízo a todos vocês! Um feliz Natal!

- Eu digo o mesmo! – exclamou o Sr. Wood com a voz imponente, e os dois desapareceram na neve pela porta do castelo, caminhando até Hogsmead para poderem aparatar.

- Bom – começou Mia hesitante, encarando as duas primas de Olívio e Emma – Vocês se chamam...?

- Tatiana Favalli, mas podê me chamare de Tati! – disse a gêmea que vestia uma saia xadrez dois palmos acima do joelho e um suéter branco; a timidez parecia ter sido levada embora junto com os tios, e agora ela sorria confiante em um tom provocante, o que fez Mia e Kahlen erguerem as sobrancelhas e Emma soltar um muxoxo.

- Eu sou Nash Favalli. – disse a outra gêmea, que quase não tinha sotaque italiano na voz – E vocês são...? – ela disse sorrindo maliciosamente, ignorando as garotas, e voltando-se para Cedrico e para um Rogério agora incrivelmente desperto e atento.

- Rogério Davies. – disse Rogério simpático, estendendo a mão para cumprimentá-las. As gêmeas se entreolharam sorrindo, e abraçaram o rapaz de um modo muito íntimo dando-lhe dois beijinhos no rosto, do mesmo modo que fizeram com Olívio. Rogério apenas ficou parado, surpreso pela atitude das garotas que pareceram tão tímidas na presença dos tios, enquanto Kahlen erguia as sobrancelhas e batia o pé no chão, irritada.

- O amasso comeu sua língua...? – perguntou Nash sorrindo maliciosamente para Cedrico, que permanecia sentado, agarrando firmemente a cintura de uma Emma mal humorada.

- Ahn... sou Cedrico. Cedrico Diggory. – cumprimentou ele acenando com a mão, evitando entrar em contato com as gêmeas; Mia achou que Cedrico estava com medo. Se das gêmeas ou de Emma ela ainda não descobrira.

- Ah, sim Cedrico-Cedrico Diggory. – repetiu Nash enquanto Tati ria, os olhos faiscando – Você é muito bonito. Parabéns, Emma. – disse, encarando pela primeira vez a prima, que meramente revirou os olhos e bufou de raiva.

- Pois é, cada um tem o que merece, não é mesmo? – disse Mia interferindo, fazendo um grande esforço para se controlar – A propósito, vocês têm namorado? – alfinetou.

As gêmeas se entreolharam maliciosamente, sorrindo de um jeito desdenhoso.

- É pra isso que estamos aqui, querida. – respondeu Tati abrindo um sorriso maldoso.

Cedrico agarrou a cintura de Emma com força, fazendo-a soltar um resmungo irritado; Kahlen e Rogério fitavam as gêmeas ambos boquiabertos, e Mia trocou um olhar indignado com um Olívio conformado.











N/A: Tati, Nash... não imagino vcs assim de jeito nenhum, mas é q queria colocar vcs na fic como uma forma de agradecimento por vcs estarem sempre comentando, entãããããaaooo ta aí! Espero q tenham gostado! Bjão pra todos, POR FAVOR COMENTEMMM

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